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História Unconditional Love - Many Problems


Escrita por: RafaelaRM

Notas do Autor


NOTAS FINAIS
NOTAS FINAIS

Capítulo 127 - Many Problems


Fanfic / Fanfiction Unconditional Love - Many Problems

~Duas semanas depois~

Camila pov.

Meu mundo veio ao chão novamente, durante duas semanas eu me mantive firme e fiz de tudo para superar a morte dos meus pais e superei, ou pensei que tivesse superado porque agora diante de suas imagens retratadas em um mural sinto mais um pedaço de mim morrer, é a pior sensação do mundo saber que parte de você morreu mas parte de você continuou viva, não sei como toda a equipe do FBI encontrou o corpo de meus pais mas aposto que um dos meus amigos avisou alguém, não quero saber quem foi e muito menos quem pediu para que mandassem o maldito convite para a porra do memorial dos Cabello Estrabão, eu já odeio o suficiente Dinah por ter apertado a merda do gatinho, claro que não odeio literalmente porque sei que foi preciso, não poderia deixar Lauren sozinha criando cinco crianças, uma dessas crianças está agora a minha frente desabando.

Sofia está literalmente acabada, mas não posso dizer que eu estou melhor, nossos pais se foram e isso dói mais do que o imaginado, como previsto nossa pequena deixou de nos chamar de mães mas realmente entendo esse fato, mesmo que eu queira não sou a sua mãe e não posso cobra-la quanto a isso, a entendo porque nunca chamaria outra pessoa que não fosse Sinuhe de mãe, além disso não quero nem tentar substitui-la porque a mesma é insubstituível, depois de muito conversar com Lern fiz com que ela percebesse que isso não é total ingratidão, quero que Sofia sofra a perda assim como eu estou sofrendo para só então podermos seguir nossa vida, mesmo que seja totalmente diferente do que no início, assumo que minha latina está lidando com a perda de uma forma agreciva, como quando o convite para o memorial chegou e tudo veio aos ares pela milésima vez.

*Flashback on*

Durante um almoço em família resolvi que iria recolher nossa correspondência e fui até a caixa de correio, vários papéis passaram por minhas mãos incluindo cartas e contas a pagar mas o último foi o que fez meus olhos marejarem, um envelope preto com um emblema do FBI que guardava uma carta escrita à mão por algum de meus chefes convidando eu e minha família para o memorial de meus próprios pais, nele Sr. Miles lamentava por minha perda e se desculpava por não ter descoberto os corpos antes para podermos fazer um enterro decente, claro que ele não usou essas palavras mas agiu como se eu não soubesse da morte de ambos, eu infelizmente sabia, me sentei ao lado da caixa de correio e me permiti chorar, chorar desesperadamente porque mesmo que eu por segundos, minutos, horas, dias, meses ou anos conseguisse esquecer que eu tinha culpa nisso tudo alguém iria me fazer lembrar constantemente que eu sou a culpa de tudo.

Senti um toque leve em meu ombro e me virei lentamente para encontrar Alice e Bryan me olhando preocupados, sorri sem mostrar os dentes e com os olhos cheios de água.

- você está bem, mamá? - Alice perguntou abraçando minhas costas.
- sim, querida. Não se preocupe - falei sorrindo.
- e o que é isso na sua mão? - Bryan disse apontando para o envelope e me fazendo perceber que eu havia amaçado a carta dentro dele.
- nada, meu amor. Só entre - pedi tentando não voltar a chorar.

Lice segurou meu rosto entre suas mãos pequena e macias e sorriu terna parecendo não acreditar em mim, Bry estava ao seu lado e tinha o olhar idêntico de preocupação, tentei sorrir e consegui.

- a senhora está bem mesmo, mamá? - Bryan perguntou suspirando em seguida.
- acreditem em mim. Só vou recolher isso aqui e já entro - apontei para as cartas espalhadas pelo asfalto.

Ambos assentiram e foram até a porta de casa andando calmamente entre conversas internas, recolhi as cartas que sem perceber havia jogado no chão e me direcionei para dentro de casa, coloquei todas as correspondências na mesinha ao lado da porta e fui até a sala, onde minha família comia entre conversas animadas, a primeira a me ver foi Lauren, um erro pois ela fez questão de alertar a todos que eu estava com cara de choro.

- amor! Você andou chorando? - ela rapidamente correu até mim e me abraçou, retribui pois precisava daquilo.
- estou bem - disse baixo e ela suspirou.
- você não está bem, Camila. Vamos, diga o que aconteceu - Sofia parecia impaciente e se levantou do sofá para me encarar inexpressiva.
- chegou um envelope do FBI nos convidando para o memorial dos nossos pais - disse a olhando dentro dos olhos e tentando prever sua reação já que cada dia era uma.
- e é por isso que estava chorando? - perguntou com rispidez.
- sim, é por isso! Você e nossas primas vão nessa merda - disse séria.
- nós também vamos - Ally se pronunciou deixando o prato de lado para me olhar.
- não acho que seja conveniente - disse tentando não ser grossa.
- claro que é conveniente, nós vamos de um jeito ou de outro - Mani cruzou os braços e eu suspirei negando.
- é sério, prefiro que vá só a família - disse cansada.
- somos sua família e nós vamos - Demi me olhou de maneira séria e escutei uma risada alta.
- vocês não vão porra nenhuma! Algum de vocês está sentindo a merda a perda? Algum de vocês realmente amava eles? Algum de vocês se importam de não tê-los aqui? Não! Sendo assim, vai eu, minha irmã e as minhas primas. Ponto final - disse olhando para todos com raiva e então subiu as escadas correndo.
- Sofia! - Luna gritou tentando alcança-la.
- nem pense em vir atrás de mim, Luna! - seu grito vindo do andar de cima deixava bem claro que ela estava em prantos.

Suspirei e olhei para todos naquela sala como se pedisse desculpas ela atitude bruta de Sofia, mas ela tinha razão, não precisávamos encher espaço no memorial de meus pais e se teríamos realmente que prestar essa homenagem que fossem somente os que os amavam de verdade, subi as escadas e entrei no quarto sem pedir permissão, como em tantos outros dias me deitei na cama e a puxei para os meus braços deixando que chorasse tudo que queria.

*Flashback off*

Desde então ela não age de maneira agreciva mas também não de maneira carinhosa, Luna tem a ajudado muito com toda essa situação e faço questão de agradece-la todos os dias por isso.

Muitos pessoas vieram para homenagear nossos pais porque, embora fossem pessoas com uma indoni não tão boa, eram realmente ótimos no que faziam e até mesmo pacientes de Sinuhe estão aqui, faz exatamente duas horas que estou escutando discursos falsos sobre o quão eles eram ótimas pessoas e, graças a Deus, isso acabada daqui à alguns minutos, não consigo chorar porque provavelmente já chorei muito desde a morte deles e ver os lutos falsos de cada um desses agentes incrivelmente mascarados me dá nojo, Sofia está sentada ao meu lado mas, ao contrário de mim, não olha para o grande quadro onde ambos são retratados felizes e sorridentes, ela chora mais do que todos nesse salão, ao meu lado está Lucy e ao lado dela Keana, ambas decidiram que, assim como eu, não trariam seus cônjuges para passar algo tão amargo e doentil.

Cada minuto se passa com muita lentidão mas depois de tanto esperar posso finalmente entrar no carro e ir para casa, antes disso deixo minhas primas nas respectivas casas, não estamos em clima de reunião familiar e sinto que não consigo continuar vendo ambas chorando, só não dói mais do que a minha perda, Sofia finalmente se acalma sentada ao meu lado olha para a janela e ergue uma das mãos para entrelaça-la com a minha deixando ambas descansando em sua coxa, minha pequena não tem ideia mas essa sua atitude faz cada célula do meu ser se revigorar, ela está aqui, está tudo bem, nada está perdido.

- sabe, Mila, eu realmente te amo como amo minha mãe, mas espero que entenda o meu luto - diz sem me olhar.
- mas é claro que eu entendo. Eu também era filha deles, pequena - digo sorrindo e continuando o caminho.
- que tal passarmos no Mc.? Eu sinceramente acho que precisamos de um sorvete - diz me fazendo gargalhar.

Concordo com ela e mudo o caminho indo até o primeiro Mc. que encontro, já lá dentro faço os nossos pedidos e claro não deixo de comprar todo o necessário para alimentar a minha enorme família, tendo uma mulher grávida em casa nunca se sabe o quanto ela vai querer comer, aliás ainda tenho que contar aos meus filhos que, por uma ideia maluca de uma das mães, agora eles terão mais um irmãozinho.

Voltamos para casa enquanto estamos comendo e eu não me importo com o quanto aquele luxo pode acabar sujando o meu carro, passamos pela porta de entrada entre gargalhadas altas e os olhinhos da minha latina tinham um brilho tão intenso que eu quase chorei de emoção, Lauren estava sentada no sofá com Alice em seu colo enquanto Kyle e Bryan provavelmente estavam no quarto de brinquedos.

- meus amores - ela disse se levantando com nossa pequena sereia no colo.
- trouxemos comida - levantei às sacolas e as duas sorriram largo.

Minha morena deixou nossa filha no chão e veio até mim me dando um abraço de urso, segurei sua cintura e olhei em seus olhos tão felizes, Sofia levou Alice para chamar os meninos e finalmente ficamos à sós, a beijei com doçura sabendo que possivelmente toda essa situação estava sendo mais difícil para ela do que para mim, Lauren estava grávida e isso fazia seu humor variar e sua fome multiplicar, além do quão manhosa ela ficou depois de dois dias do meu luto, seu apetite sexual também aumentou, o que eu adoro, mas tenho medo de machuca-la.

- você está bem? Digo, mesmo depois de tudo isso - perguntou com a boca colada a minha.
- estou, meu amor - disse lhe roubando mais um selinho.
- sabe, estou preocupada com a Sofia - ela disse contorcendo o rosto e se jogando no sofá.
- apesar de tudo, ela está bem. Você entende sua raiva repentina, não é? - perguntei receosa.
- sim, entendo, mas não deixa de me machucar - vi seus olhos brilharem ainda mais.

Senti que ela iria chorar, isso acontecia frequentemente, toda vez que entrávamos em um assunto delicado, como o ódio de Sofia, ela chorava e isso destruia meu coração. A puxei para meu colo e balencei seu corpo na tentativa de acalma-la, mas seu choro já tinha começado e agora meu pescoço estava enxarcado.

- meu amor, não chore! Você sabe o quanto isso dói! Vamos, me desculpe por isso, sei que a culpa é minha, só não chore! - ela tirou o rosto vermelhinho da curva do meu pescoço e me olhou com um biquinho nos lábios.
- não é culpa sua, querida - disse com um sorriso triste e logo voltou a chorar.
- pare, Lauren! Eu trouxe comida, amor - senti sua agitação em meu colo e sorri largo.

Ela secou o próprio rosto e sorriu como uma verdadeira criança, eu só conseguia me apaixonar ainda mais por essa Lern frágil e doce, esses nove meses serão intensos e muito, imensamente agradáveis.

- acho que precisamos contar para as crianças - disse enquanto se levantava.
- realmente, mas quando? - eu perguntei me dirigindo a cozinha.

Lo não respondeu apenas se sentou e ficou me encarando enquanto eu arrumava o lanche e as batatas num prato para ela, deixei o prato no balcão em frente ao seu corpo e comecei a comer o meu segundo lanche diretamente da embalagem.

- que tal contarmos hoje? - perguntou com a boca suja e cheia me fazendo gargalhar.
- amor, mastigue antes de falar - a repreendi fazendo minha branquela revirar os olhos. - podemos contar hoje
- mas a gente vai comer primeiro, né? - perguntou ignorando o que eu havia dito sobre falar de boca cheia e enfiando outra batata ali.
- amor! - voltei a repreende-la - sim, nós vamos comer primeiro - falei com um sorriso divertido no rosto.
- você é muito chata, Camz - falou terminando o primeiro lanche e me olhando esperançosa.
- claro que tem outro lanche, Michelle - disse me virando de costas para arrumar mais um prato e a entregando. - ainda sou chata?
- você é a melhor mulher do mundo! - disse me mandando um beijo no ar.

Ficamos mais alguns minutos comendo entre brincadeiras e depois tomamos os sorvetes que eu tinha deixado no congelador, quando estávamos quase terminando, nossas quatro crianças apareceram na cozinha e acabaram com qualquer resquício de comida que tinha ali, Lauren se sentou no meu colo enquanto eu ajudava Bryan a comer o lanche e ficamos esperando eles terminarem, levantei o rosto para deixar minha boca na altura de seu ouvido.

- nós vamos contar agora? - sussurrei a vendo se arrepiar e sorrindo satisfeita.
- aí amor, não faz assim! - disse se virando para mim. - pode ser agora - falou no mesmo tom que eu.

Esperamos todos terminarem de comer e deixei Lauren sentada na cadeira para ficar levantada.

- temos uma coisa pra contar para vocês - ela disse do modo mais fofo e apreensivo que eu já tinha ouvido e eu sorri abobalhada.
- então conta, mamãe! - Bryan gritou alto e começou a pular na cadeira.
- conta você, Camz - Lern me olhou amedrontada e eu suspirei.
- a mamãe está grávida e nós vamos ter mais um bebê! - disse rápido e alto.

Bryan e Alice começaram a gritar feito loucos e se abraçar, Kyle ficou boquiaberto e com os olhos arregalados e Sofia tinha uma expressão que revezava entre incrédula e magoada, minha irmã levantou como um tiro e deixou a cadeira cair no chão causando um estrondo em toda casa e fazendo com que os gêmeos se calassem.

- eu não acredito nisso! - gritou com ódio olhando diretamente para nossa grávida.

Nos segundos seguintes eu não pude fazer absolutamente nada, a latina passou tão rápido que senti meus cabelos voarem e Lauren começou a chorar sem que eu pudesse controlar a situação, eu estava dividida, não sabia se ficava na cozinha e amparava minha mulher ou corria atrás de minha irmã para saber o que tinha de errado, me ajoelhei ao lado da cadeira da mulher chorosa e ela secou os olhos para me olhar.

- vá atrás dela, Camz - pediu em um sussurro e eu suspirei.
- pode ir, madre. Eu cuido dela - Kyle falou sério se levantando.

Essa foi a minha deixa para correr o mais rápido que pude até a porta do quarto de Sofia, como imaginado, estava trancada e eu bati uma, duas, três, dez e até quinze vezes e nada de ser aberta, tomando decisões precipitadas por estar guiada pelo medo arrombei a porta um um chute certeiro e encontrei o quarto completamente destruído, Kaki estava estática no meio dele com um porta-retrato em mãos, provavelmente assustada com a minha entrada repentina, mas sua quietude não durou três segundos porque logo o porta retratos voou até a parede, me aproximei em passos rápidos e fui recebida com lágrimas, socos e tapas, as agreções eram fracas porém ainda doídas, ela estava tendo um crise histérica, não entendo como mas estava totalmente transtornada e não parava de gritar que me odiava, finalmente enlacei seu corpo e a apertei em um abraço, mais socos, mais tapas, mais lágrimas, não sei quantos minutos ficamos nessa luta até que ela se cansasse e parasse seus movimentos, mesmo assim continuei a aperta-la, só queria saber o que estava acontecendo e a essa altura até eu estava chorando.

- foi só eu parar de te chamar de mamá e você já me substituiu? Eu não significo nada mesmo, né? Por que quer me substituir, eu ainda sou sua filha, você não precisa desse bebê - entre lágrimas ela falava baixo e eu chorava.
- nunca vou te substituir, querida. Você é insubstituível, amor. Lauren queria ficar grávida e isso não tem nada a ver com o fato de você ter parado de nos chamar de mães - disse calma e ela buscou por ar para responder.
- então a culpa é... - não deixei que Sofia terminasse sua frase.
- não ouse! Ela tem o direito de querer mais um filho e você não tem o direito de dar esse show! Nunca vamos te substituir e nunca tivemos a intenção de te machucar, ao contrário de você que está acabando com todos nessa casa - a soltei do abraço por pura repulsa, eu estava vermelha de raiva.
- eu não queria te machucar, Kaki - disse manhosa.
- você não está vendo, caralho?! Não é culpa nossa que a sua mãe e o que seu pai se foram e agir dessa maneira idiota não vai trazer ninguém de volta! - gritei a fazendo chorar ainda mais e me arrependendo segundos depois. - hey, por Dios! no llores!

Dessa vez quem estava entrando em desespero era eu, Sofia não parava de chorar e isso me tirava do sério, repeti mais de mil vezes "no llores!" (não chore!) e ela só parou quando nos deitamos na cama, como da outra vez entre meus braços me olhou nos olhos e suspirou.

- me perdoa - pediu em um sussurro.
- a Lauren está sensível, ok? Eu te amo mais do que qualquer coisa, você é minha irmã e faço tudo por você, mas não me subestime e não magoe a minha mulher porque ela também te ama e se eu tiver que vê-la chorar por você mais uma vez eu nunca mais vou te perdoar - disse tudo de um vez e ela fechou os olhos me apertando ainda mais em seus braços finos.

Não deixei de retribuir o abraço, ela precisava de mim e eu precisava dela, mais alguns minutos se passaram e tendo minha irmã totalmente calma em meus braços passei a me preocupar com Lauren que estava lá embaixo em prantos porque a otária da Sofia recebeu a notícia da pior maneira.

- acho que deveria ir lá embaixo pedir desculpas para Lauren - disse a vendo abrir os olhos e me encarar.
- vai me obrigar a fazer isso? - Sofia.
- claro que não, mas é o mínimo que você pode fazer para a mulher que literalmente te criou e te ama -  disse a olhando profundamente.
- eu a amo também, mas se ela não tivesse lá meus pais não estariam mortos - arregalei os olhos.

Não sabia quem mas alguém tinha lhe contado direitinho tudo que aconteceu dentro daquele chalé, provavelmente Kyle e eu não podia nem culpa-lo pois nunca havia pedido segredo.

- então preferia que ela morresse, assim como todos os seus tios e ficássemos eu, você e os nossos pais? - perguntei em tom chatiado.
- mas é claro que não. Me desculpe, Mila, as vezes eu falo e faço coisas sem pensar - disse se sentando na cama e sorrindo de lado, igualzinha a mim.
- eu sei bem disso, mas realmente não quero minha mulher magoada - falei séria.
- não vou mais fazer esse tipo de coisa - prometeu em tom forte.
- não vai mesmo ou as coisas vão ficar feias, além disso não vou arrumar essa porra que você fez no seu quarto, arranje alguém para te ajudar com isso - levantei da cama e balencei meus cabelos. - você tem vinte minutos para descer e pedir desculpas para a Lauren
- então, você está me obrigando? - perguntou com uma sombrancelha argueada.
- encare isso como quiser, Cabello. Mas saiba que está me decepcionando muito - disse saindo do quarto.

Não fechei a porta porque não havia como, arrombei aquilo com tanta raiva e medo que destruí a maçaneta, desci as escadas correndo e minha pequena estava enrolada no cobertor assistindo algum desenho, me sentei no último degrau ao lado de Kyle que observava a mãe.

- ela está bem? - perguntei sem deixar de olha-la.
- sim, está, mas eu realmente não entendo esse negócio de mais um filho. Sinceramente é ridículo, já temos problemas demais - ele se levantou e eu fiz o mesmo o encarando incrédula. - não se preocupe, eu nunca falaria isso para a mãe, ela está realmente sensível
- você é contra a gravidez? - perguntei preocupada.
- não tem como eu ser contra isso, não entende que já está feito? Mas continua sendo ridículo, quase inaceitável - ele se virou e subiu o segundo degrau.
- Kyle, nem pense em colocar essas asneiras na cabeça da Sofia porque, como você já disse, temos problemas o suficiente - disse séria e ele assentiu.
- não se preocupe, madre - disse me deixando ali.

Fui até Lauren e cuidadosamente joguei meu corpo encima do seu, sua gargalhada preencheu a sala e eu sorri largo com sua felicidade.

- me perdoa - pedi dando diversos beijinhos em todo o seu rosto.
- amor, já disse que a culpa não é sua - falou sorrindo abertamente para mim.
- eu conversei com ela, juro que nunca mais vai ter que chorar por causa de alguma besteira que Sofia fizer - disse tentando transparecer toda a veracidade de minhas palavras.

Ela sorriu de modo compreensivo e me abraçou forte, trocando as posições e me colocando por baixo.

- eu sei que estou meio sentimental, né? - mordeu o lábio inferior sentada sobre o meu quadril.
- é pra mentir? - perguntei sorrindo largo.
- não - disse séria.
- você está insuportavelmente sensível - disse revirando os olhos.

Lauren me olhou incrédula e me deu um tapa forte no peito, desceu o corpo e me deu uma mordida com força no pescoço, eu gritei, gritei alto e ao mesmo tempo gargalhei, estava doendo como o inferno porque ela conseguia ser muito forte com esses dentinhos perfeitos mas era fodidamente agradável tê-la em meus braços tão feliz, fomos interrompidas por uma voz suave e receosa.

- Laur, será que a gente podia conversar? - perguntou coçando a nuca e a morena se levantou.
- claro, querida! Pode falar - ela sorriu amigavelmente e Sofia mordeu o lábio.
- poderia ser a sós? - perguntou me olhando com medo, era bom mesmo que ela tivesse medo de mim.


Notas Finais


Vim aqui dizer que a partir de agora a estrutura dos capítulos vai mudar, o que pode significar que eles vão ser bem menores, isso porque estamos no final e é importante que tenham em mente que a fanfic acaba assim que o bebê camren nascer, ok? Além disso agora estou totalmente focada na gravidez e tudo em volta dela.
Espero que tenham gostado e por favor comentem sobre o que estão achando.
Uma última coisa, não tenham tanto ódio de Sofia, tadinha! Kkkk


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