1. Spirit Fanfics >
  2. Unconditional Love >
  3. We do Not Like Baby

História Unconditional Love - We do Not Like Baby


Escrita por: RafaelaRM

Notas do Autor


Isso não é uma miragem, eu realmente voltei! Espero que não tenham me abandonado e nesse capítulo vão descobrir o sexo do Baby Camren! Eu gostei desse mas se não estiver bom o suficiente me avisem, por favor!
Com amor, Rafa <3

Capítulo 133 - We do Not Like Baby


Quinto mês de gestação

 

Camila pov.

Eu nem consigo acreditar que hoje, em algumas horas, vou descobrir o sexo do meu pequeno bebê, Lauren está muito mais nervosa que eu, sobretudo porque ela fez questão de convidar os pais para a consulta e nenhuma de nós sabe se os mesmos virão, na verdade Taylor já afirmou que os dois não estão bravos e que se arrependem do show de meses atrás, isso é passado e estamos dispostas a perdoa-los assim como eles vão perdoar nosso “pequeno esquecimento”.

Estou sentada na cama esperando Laur se trocar quando a porta se abre minimamente e pelo canto do olho eu posso ver Alice entrar no quarto com a vergonha estampada no rosto, me arrasto para a ponta da cama e a chamo com o dedo indicador, minha pequena latina vem até mim com a cabeça baixa e eu a pego no colo enquanto sorrio, dou em beijo molhado em sua bochecha e sussurro.

- o que foi, pequena? – a pergunta a faz suspirar e de feliz eu passo a ficar preocupada, viro seu pequeno corpo para que nossos rostos fiquem quase colados e ela me olhe nos olhos.

- eu e o Bry queremos falar com você – ela disse com um medo visível e eu franzi o cenho confusa.

Por quê Alice estaria com medo?

- e o que querem me falar, amor? – pergunto preocupada.

Ela olha em volta e eu sigo seu olhar que vai diretamente para o closet onde Michelle está, provavelmente, muito concentrada em se maquiar para ouvir qualquer coisa vinda do quarto, mas isso não me importava no momento o que me importa é o quão minha filha estava tensa por essa suposta conversa, seus ombros tencionaram quando Lice voltou a abaixar a cabeça para murmurar quase inaudivelmente o pedido seguinte.

- pode ser lá no nosso quarto? A mamãe anda muito brava e a gente queria falar só com você – suspirei em um misto de curiosidade e preocupação.

Me levantei com seu corpinho no colo e sai do quarto silenciosamente, a casa parecia abandonada pois a mudança de humor de Lauren inevitavelmente afastou os adolescentes que agora dormiam muito mais fora de casa do que dentro e os gêmeos faziam de tudo para não sair do quarto de brinquedos, isso era completamente compreensível pois a única que é obrigada a suportar a instabilidade emocional da grávida mais imprevisível do mundo sou eu, mas não seria nada mal se alguém nos apoiasse um pouco mais.

Ao entrar no quarto, totalmente bagunçado e cheio de brinquedos no chão, me sentei na cama e Alice imediatamente saiu do meu colo para ir se sentar ao lado de seu irmão, que estava tão ou mais apreensivo que ela, tentei relaxar os ombros e me encostei na parede antes de murmurar que eles podiam falar o que tanto queriam.

- mama, hoje nós vamos no médico da mamãe, não é? – Bryan se pronunciou e eu apenas assenti.

- e é hoje que vamos descobrir se esse bebê é menino ou menina? – dessa vez quem perguntou foi Alice e sua feição de desprezo me preocupava cada vez mais.

- sim, querida. Mas, por favor, vão direto ao ponto – pedi chegando um pouco mais perto.

- nós não gostamos desse bebê – Bryan falou me encarando.

Meu queixo imediatamente foi ao chão, não podia acreditar que eles não gostavam do próprio irmão e nem mesmo tinham o conhecido, mas era compreensivo o fato de estarem com ciúmes.

- mas vocês nem o conhecem – disse de modo carinhoso.

- mama, você não vê o que ele faz com a nossa mamãe?! – Alice quase gritou ao perguntar aquilo mas assim que fui responder a mesma me interrompeu. – se ela não está brava e gritando com todo mundo, ela está chorando feito uma doida!

A forma como ela mexia os seus bracinhos histericamente me lembrava o Austin e a capacidade de argumentação vinha dele também, era obvio que ambos podiam manipular qualquer um e incrivelmente faziam isso comigo, mas não hoje, não com relação a minha mulher e ao nosso filho, até porque não era verdade, por muitas vezes Lauren estava excitada, alegre ou até eufórica, mas isso quase nunca acontecia perto deles. Deixei de lado o fato de terem xingado a própria mãe pois eu estava precisando de alguns pontos com ambos.

- isso não é verdade, pequena. Além disso, quando conhecerem o caçula da família aposto que vão adora-lo! – disse com firmeza e ambos reviraram os olhos.

- não é sobre isso que estamos falando. Se vamos gostar ou não dele é algo imprevisível! – o quão adulto Bryan ficou ao fala aquilo me fez arregalar os olhos surpresa.

Talvez eles tivessem treinado essa conversa no espelho. Era o que eu fazia quando precisava contar algo sério para Mama ou Papa.

- estamos falando sobre o sexo do bebê – Alice continuou no mesmo tom sério.

- eu já falei crianças. Vamos descobrir hoje – disse confusa.

- mama, você tem que nos prometer uma coisa – Bryan me direcionou seus olhinhos pidões e eu assenti imediatamente.

- se for menina, me prometa que nunca, em hipótese alguma, você vai chama-la de “pequena sereia” – Lice aparecia magoada ao pedir aquilo.

- claro Ariel! – quase gritei. – você é a única sereia dessa casa, Alice Cabello Jauregui!

- e eu? Sou o único capitão dessa casa? Vocês não vão achar ele mais parecido com o capitão America ou mais fofo? Eu também sou único? – o desespero em sua voz me fez ficar igualmente desesperada.

Ergui meus braços e fiz com que ambos se aconchegassem em meu corpo, os abracei com a maior devoção, amor, carinho e compreensão. Eu os amava como nunca havia acontecido, eles eram meus filhos e mesmo que eu tivesse duzentos filhotinhos Jauregui´s cada um deles seria especial e insubstituível, era um amor indescritível e enorme.

- pelo amor de Deus, pequenos! Eu, assim como a mamãe de vocês, sei que vocês são únicos. Por favor, não duvidem disso muito menos achem que, porque vão ter um irmão mais novo, serão esquecidos – falei ainda abraçada a eles.

Continuamos nos abraçando até que a porta se abriu, nós três olhamos para lá imediatamente, Michelle estava nos encarando com um sorriso enorme cobrindo seus lábios pintados de vermelho.

- que cena mais linda! – ela disse animada. – o que eu perdi? – perguntou se aproximando e sentando ao meu lado.

- nada! – Bryan foi rápido em responder e eu soltei uma risadinha baixa.

- bom, estamos atrasados para a consulta do bebê – Lo passou a mão pela barriga enquanto sorria.

Olhei para os gêmeos que, ainda mais parecidos que no mês passado, reviraram os olhos em conjunto, não seria nada fácil fazê-los gostar do nosso pequeno, mas somente os apertei em meus braços.

- vão estar todos lá, quer dizer as meninas vão estar pelo menos. Tay disse que não poderia ir por causa da faculdade e mamãe e papai ainda não falaram comigo – dessa vez o tom de Laur passou a ser triste e imediatamente me levantei para abraça-la.

- quanta atenção para esse bebê, não é mesmo? – Alice murmurou e eu logo tratei de mudar de assunto.

- vamos para o carro logo! – disse indo na frente dos três.

Saímos de casa e eu fechei a porta, o caminho até o hospital foi lento entretanto nada cansativo, fomos todo ele conversando e eu agradeci mentalmente por não termos comentado sobre a gravidez, afinal nossa vida não podia rodar em volta do bebê ou nossos outros pequenos iriam ficar exageradamente emotivos e chatiados.

Já na clínica encontramos todas as garotas, Dinah, Mani, Demi, Sel, Ally, Vero, Lucy, Kea, Miley, Bianca, Luna e por fim Sofia. Não posso nem descrever o quão animadas todas estavam, exceto Sofia é claro, entramos na sala e como sempre o doutor albino nos cumprimentou com o máximo de educação possível, respondemos algumas perguntas rotineiras e finalmente Laur foi até o vestiário colocar aquele roupão demasiadamente constrangedor.

- essa é a única parte que eu odeio em vir ao médico – Lern disse do modo mais sôfrego que eu já havia ouvido.

Meu corpo começou a suar assim que vi Michelle saindo daquele vestiário, ela não estava linda como sempre e com certeza essa não era a sua melhor forma mas o modo como caminhava a deixava graciosa e o sorriso em seu rosto era o mais perfeito do mundo.

Eu a amava de todas as maneiras possíveis, eu a amo tanto por estar carregando o nosso filho!

Então seu corpo foi posto na maca com a minha ajuda e o doutor se sentou em sua cadeira, tudo era tão lento e tortuoso que eu pensei que iria desmaiar assim como aconteceu com Laur no meu primeiro ultrassom, mas eu sabia que precisava ficar aqui, por mim, por ela e por todos.

- nossa amor! Não me contou como isso era gelado. – Lauren pegou na minha mão ao dizer aquilo em forma de brincadeira mas a tensão de meu corpo não me permitiu rir.

- vinte dólares que é uma menina – uma voz bem conhecida surgiu no fundo da sala e a minha única reação foi sorrir.

- papai! – minha morena gritou como uma verdadeira criança e, como nos filmes, todos deram passagem para que meus sogros viessem até sua filha.

- dou cinquenta por um menino! – dessa vez foi Clara quem disse enquanto me abraçava de lado.

- setenta e cinco que são gêmeos – Dinah fez a pior piada que eu já ouvi, minhas pernas tremeram e eu soltei a mão de Lo mas logo voltei a agarra-la.

- meninas! Chega de apostas, vocês estão deixando minha norinha em estado de pânico – a mais velha ali presente fez com que todos nos acalmássemos enquanto me dava um sorriso cúmplice.

- então, vamos lá! – o doutor branco demais para os meus próprios olhos debochou do meu nervosismo com o olhar e entrelacei minha mão livre com a de Sofi. – esse é o primeiro bebê da família?

- por que a pergunta? – Demi lhe direcionou um olhar mortal que foi desviado rapidamente.

Os gêmeos, que já estavam desconfortáveis o suficiente, se levantaram do sofá e murmuraram que iriam comer algo na lanchonete, eu nada disse mas tenho certeza que Lauren me mandaria busca-los se o doutor não tivesse, graciosamente, nos interrompido.

- bom, não é comum esse número de pessoas no meu consultório – ele riu e eu acabei rindo junto.

Todos falam algo desse tipo. Sempre!

- temos muitas crianças na nossa família, mas amamos crianças e quanto mais melhor – Ally sorriu daquele jeito que só ela conseguia e acariciou sua enorme barriga.

- mas esse é o ultimo, não é? – Miley olhou de forma desesperada para suas mães que assentiram freneticamente.

- espero que estejam todos de acordo com isso – Luna olhou para Sel que revirou os olhos.

Foi aí que eu soube que, provavelmente, outro bebê estava a caminho mas me calei totalmente, afinal eu não previa o futuro só lia maravilhosamente bem as pessoas.

Vinte minutos, foram angustiantes vinte minutos até que finalmente o branquelo me olhasse e dissesse que já sabia o sexo, graças ao meu bom Deus, e eu nem sou tão religiosa assim, estava confirmado o fato de ser apenas um pequenino, o que pelas palavras dele era um milagre, em quase todas as inseminações artificiais que funcionam, mais de um espermatozoide é fecundado.

- qual é a preferência de vocês? – ele perguntou ainda pressionando a barriga de minha mulher com o aparelho.

- qual a importância dessa merda?! – Lauren quase gritou e eu apertei sua mão para acalma-la.

- contanto que venha com saúde está ótimo – menti porque na verdade eu tinha, sim, uma preferência.

- perfeito, porque o bebê de vocês não podia ser mais saudável – ele riu e eu suspirei aliviada.

Aquela imagem na pequena televisão ainda não tinha me feito chorar mas assim que os batimentos do pequenino preencheram o silêncio da sala meus olhos se encheram de lágrimas, Laur já chorava há alguns minutos e Ally estava se debulhando sentada ao sofá que antes meus filhos ocupavam, por mais que eu soubesse que não seria vergonha alguma chorar de emoção tentei controlar minhas lágrimas, e consegui quando Sofia me abraçou também aos prantos, minha filha podia não demonstrar ou até mesmo desprezar nosso caçula mas eu sabia que, no fundo, ela o amava muito.

- por favor, Doutor! Eu não estou aquentando mais esperar! – Mike roia as minúsculas unhas e no fundo eu sabia que ele compartilhava a preferência de sexo comigo.

- eu tenho uma tradição que sempre faço nesse tipo de ultrassom, mas vou entender perfeitamente se não quiserem fazer – olhei para Laur que assentiu com um pouco de pesar.

- claro Doutor, prossiga – pedi educadamente.

- com exceção das mães, quem quer que seja uma garotinha levante uma das mãos – ele pediu sorrindo.

Mani, Demi, Ally, Miley, Luna, Vero e Clara levantaram suas mãos eufóricas e eu ri junto de minha mulher. Depois foi a vez de quem preferia que o bebê fosse menino, ou nas suas palavras “um garotinho”, e Dinah, Sel, Bianca, Sofi, Keana, Lucy e Mike levantaram as mãos um pouco menos animados, provavelmente estavam pensando que iríamos perder mas eu também pensava nisso, já começava a imaginar o quarto rosa.

- bom, então são sete contra sete, vamos ver quem ganhou. Assumo que nunca tinha visto um número tão grande. – ele riu alto e dessa vez eu fiz uma careta, cada vez mais estranho e inevitavelmente mais engraçado, parecia ser uma boa pessoa.

- já chega de palhaçada! É menino ou é menina? – Lauren apertou minha mão e eu a tranquilizei retribuindo o aperto.

- meus parabéns, mamães! Vocês terão um menininho grande e saudável – os gritos invadiram o lugar que deveria estar completamente silencioso e o albino nem se deu o trabalho de repreender minha família.

Eu e Michelle nos olhamos com lágrimas nos olhos e sorrisos enormes, nós teríamos um filho, um menininho, nosso pequeno amor, e eu com certeza não conseguiria descrever o quão emocionada eu estava, dessa vez deixei que minhas lágrimas descessem sem controle enquanto escutava as comemorações e lamentações atrás de nós.

O grupo “do menino” estava comemorando aos gritos enquanto os “da menina” parecia realmente lamentar aquela notícia e o médico, tão profissional quanto eu desejava, apenas limpava o gel da barriga branquinha e rechonchuda da morena linda deitada naquela maca, ele estava sorrindo assim como todos da sala.

Eu conseguia ouvir ao fundo o quanto o Doutor nos parabelizava, mas nesse momento eu e Lauren estávamos no nosso próprio mundo e ninguém, absolutamente ninguém, consiguiria nos tirar dele, nem mesmo os gêmeos entrando na sala com olhares mais do que magoados, isso me cortava o coração mas esse não era momento para dramas de crianças.


Notas Finais


OK crianças, ficou bom?! Por favor, comentem mais porque eu estou muito sem motivação.
Pedi para votarem sobre menina ou menino e tiveram poucos comentários, sendo assim eu mesma escolhi!
O que acham sobre essa negação dos gêmeos? Antes eles pareciam bem felizes e agora...
*Peço desculpas pela demora*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...