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História Uncover - Desprevenida


Escrita por: Brokeen

Notas do Autor


Oii amorzinhos, desculpe. Acho que desde o começo da Fanfic eu nunca tinha demorado tanto assim, (ou tinha? não me lembro) Acho que sou mais pontual em me atrasar do que em fazer minhas obrigações, apesar de escrever seja um lazer para mim.
Tive alguns problemas, tanto quanto psicológicos, tecnológicos e para a escola. Nesse tempo que passei ausente tive várias provas, trabalhos, além de meu computador ter dado pau e eu ter pedido algumas coisas importantes. Emfim...
Agora está tudo bem e vou tentar não atrasar.

BOA LEITURA SEUS(AS) LINDJOS

Capítulo 21 - Desprevenida


Fanfic / Fanfiction Uncover - Desprevenida

 Antes que Taehyung pudesse questionar-me sobre a minha ida repentina até a sua casa, o prendi em meus braços. Era a segunda vez que eu sentia seu cheiro de perto... e Céus, como seu cheiro era bom e aconchegante.

 Seu corpo estava rijo por causa da aproximação abrupta e tive medo que me soltasse rapidamente, mas não o fez. Seus braços foram para minhas costas e soltei um suspiro trêmulo de alívio.

 - Obrigada. – Murmurei contra seu ombro.

 - O que aconteceu? – Comprimi meus lábios e senti o gosto salgado das lágrimas neles. Soltei-me dele e dei um passo para trás, desviando o olhar quando um calor invadiu-me. Meu rosto queimava.

 - Desculpe. – Murmurei continuando com o tom baixo. – Eu o atrapalhei em algo? – Sequei rapidamente as lágrimas e ele não tardou em tocar meu rosto quente.

 - O que aconteceu? – Perguntou novamente e voltei meu olhar para ele.

 - Nada... apenas dramas familiares. – Fraquejei em meu tom e pigarreei. – Não é nada demais, desculpe.

Dei um passo para trás para afastar-me, mas sabia que não conseguiria afastar de alguma forma, eu queria ir para os seus braços quentes e confortáveis novamente. O queria perto, até demais e, tinha medo do que poderia querer mais. Ele deu um passo para trás e abriu ainda mais a porta.

 - Não tem ninguém aqui. – Avisou. Isso é o que me preocupa, queria dizer a ele, mas isso não me amedrontava mais, pelo ao contrário, eu queria isso.

 Ele suspirou e mordi meu lábio, talvez meu silêncio o deixasse desconfortável. Mas senti que ele provavelmente sabia o que eu realmente queria, porque sua mão foi até a minha e puxou-me para dentro e fechou a porta.

 - Sua mãe esclareceu a situação sobre você ter achado que matou seu pai? – Indagou e assenti.

 - Mesmo não o tendo matado diretamente, eu ainda faço parte de toda a história. Eu me odeio e, odeio ainda mais precisar de outras pessoas para me recuperar. – Passei a mão pelos meus cabelos e escondi meu rosto por alguns segundos quando senti lágrimas quererem brotar. – Eu fui um peso na vida de meus pais e continuo sendo mesmo quando meu pai não está mais aqui... Eu não quero mais sentir isso. Mas é como se estivesse acumulado em meu ser, eu não consigo esconder essa dor e sinto ódio por ainda sentir. A falta das pessoas importantes ainda está trancada em meu coração e eu não consigo tirá-la e, é ainda pior quando o sentimento de culpa está junto com tudo. Eu sei que sou culpada... e é horrível saber disso, sentir isso... Eu tenho vergonha do que sou. – Cobri meu rosto e meus ombros começaram a tremer por causa da onda de lágrimas que me invadiu.

 Dei alguns passos para trás até chocar-me com o sofá e cai sentada ainda com o rosto coberto. Tudo continuou em silêncio, mas o que o cortava eram os meus soluços. Senti dedos longos e quentes segurarem meus pulsos e os tirarem de meu rosto. O calor que eu tinha sentido antes voltou ainda mais intenso quando o vi de perto, com nossos olhares grudados um no outro.

Ele estava agachado e nossos rostos estavam na mesma altura e muito próximos. Uma de suas mãos continuou segurando minha mão quando caiu em minha coxa e, a outra pousou em minha bochecha, enquanto a acariciava e limpava minhas lágrimas.

 - Não deve sentir coisas assim. Você não merece senti-las. – Sua voz estava baixa, calma e carregada de um sentimento que eu ainda desconhecia. Eu ansiava por seus lábios, mas tinha medo do que poderia sentir ou o que iria intensificar dentro de mim se eu o tocasse.

 - Eu posso ficar aqui? – Perguntei hesitante. Por que havia perguntando uma coisa dessas? Uma curva foi criada em seus lábios, um sorriso discreto.

 - Achei que não gostasse de ficar sozinha comigo. – Fiquei em silêncio. - Sua casa é mais segura do que aqui comigo. – Desci meu olhar até nossas mãos entrelaçadas.

 - Lá eu não consigo segurar tudo o que estou sentindo, toda a casa está cheia de lembranças que me atormentam, mas aqui... Nenhum lugar agora parece ser mais seguro do que aqui, porque aqui você não sabe dos erros que cometi, das coisas que sinto arrependimento, de meus traumas, medos ou constrangimentos. Aqui...

 - Eu posso protegê-la sem saber de seus segredos, sem que tenha medo de que eu possa julgá-la. – Assenti levemente e apertei nossas mãos. – Mesmo que eu soubesse de seus segredos mais obscuros, eu nunca a julgaria ou a deixaria e, ajudaria a superá-los e guardá-los. Porque eu sei que você não é tudo isso de ruim que julga ser. Você é boa, Abby. – Os formigamentos em meus dedos passaram para todos os meus membros e não pensei antes de acabar com a distância em nossos lábios.

 Taehyung não demorou para tomar a iniciativa, se aproximando ainda mais. Nossos lábios se juntando intensivamente e nossas línguas se tocando fazia com que choques se elevassem em todo meu corpo que ansiava por mais do que ele podia oferecer.

 Sua mão desceu de meu maxilar para o meu pescoço, e a minha foi para o seu ombro subindo para o seu maxilar. Nossos lábios se desgrudaram quando já não tinha mais ar em mim, nossas testas se tocaram enquanto nossos olhos se mantinham fechados. Eu poderia ficar ali perto dele pelo resto da noite, e talvez fora assim que eu tenha passado.  

 Após Taehyung sair para comprar algo para comermos, resolvi dar algum sinal de vida para minha mãe. Mandei uma simples mensagem para que ela pelo menos pudesse dormir bem sem preocupações sobre o meu paradeiro.

‘’Eu estou bem, estou segura, não se preocupe. Durma bem.

Te amo’’

  Assim que olhei para as horas, pude ver a data. Um aperto no coração veio de imediato. Amanhã seria meu aniversário. Os dezoito anos tão esperados havia chegado e eu não estava com nenhuma disposição para comemorar. Se não fosse por agora eu nem sequer iria saber que dia seria amanhã. Isso mostrava o quanto a minha existência era notável. Nem eu mesma teria lembrado o dia que nasci.

 Encostei a cabeça nas costas do sofá e fechei os olhos. Era reconfortante ficar em um lugar onde Taehyung sempre se encontrara. Cada pedacinho das coisas de sua casa poderia ter seu cheiro, assim como o sofá.

 Fechei os olhos enquanto inalava seu cheiro. Ainda que houvesse uma inquietude quando pensara sobre o que provavelmente estaria sentindo agora por ele – e estava se intensificando – era bom pensar nele. Ele me trazia conforto e segurança.

 

***

 

 Algo macio e quente roçava em minha bochecha insistentemente. Tentei tirar tal coisa de meu rosto com um tapa, mas dedos longos seguraram meu pulso. Abri os olhos vagarosamente e sobressaltei-me imediatamente.

 Olhos puxados e castanhos escuros me encaravam atentamente e, uma curva em seus lábios estava presente como se estivesse segurando uma risada. Estava se divertindo?

 Afastei-me do lado da cama que ele estava. Espere, eu estava em uma cama? Levantei-me subitamente e vi seu sorriso aumentar.

 - Eu não... Nós não...? – Dei um aceno indicando a cama e ele riu fraco e negou.

 - Dormi no sofá, bela adormecida. – Contornou a cama e arrumou uma mecha de meu cabelo ondulado que estava sob o meu rosto. – Faltam dez minutos para se atrasar para a aula. – Tampei meu rosto e virei-me de costas para ele. Pouquíssimas pessoas já haviam visto a situação de meu ser ao levantar de manhã, e agora ele já tinha presenciado meu estado também, duas vezes.

 - Eu preciso de um banheiro para morrer lá. – Resmunguei enquanto saia de seu quarto.

 - É o primeiro do corredor, não demore. Não quero enterrar um corpo.

 - Espero que fique claro que não uso seu apartamento como Hotel! – Aumentei o tom assim que fechara a porta. – Espero que não tenha traumas disso. – Olhei no espelho e assustei-me de imediato. Eu tinha de fato virado um leão que provavelmente tinha levado um choque.

 Essa era uma das vantagens de ser ruiva e ter o cabelo quase completamente cacheado, ou nem tanta vantagem assim, na verdade nenhuma. Agradeço muito a minha mãe por ter passado pelo menos um terço da genética de seu cabelo liso para mim.

 Tentei prendê-lo em um coque após ter o molhado levemente. Limpei meu rosto e tentei não parecer um cadáver. Após sair de seu banheiro não o vi, mas vi outra coisa, meu celular no sofá, o peguei junto com minha mochila.

 - Obrigada... Por tudo! – Aumentei o tom já na porta, pronta para abri-la. – Até mais... – Fechei a porta e sai a passos largos do corredor extenso.

 Parecia que tinha um buraco em meu estomago e estava me sugando, eu precisa de comida, urgentemente. Parei em um café perto do colégio e comprei uma bandeja com quatro donuts e um refrigerante para ajudar a digerir a massa grossa e doce.

 Sabia que não era certo comer ‘’porcarias’’ há essa hora da manhã com a rotina alimentar obrigatória que eu tinha, mas realmente não queria esperar até o intervalo.

 Ainda estava com um donuts com cobertura de morango na mão quando passava pelo corredor quando um ser o roubou de mim.

 - Esse é o pagamento por eu ter dito à sua mãe que você dormiu em minha casa. – A dona da voz irritante mordiscou o donuts e lambuzou a boca toda com a cobertura. Seu batom escuro havia ficado rosa.

 - Ela ligou para você? – Perguntei surpresa. Assentiu enquanto dava a última mordida. Não sabia como Jessie conseguia comer tão rápido.

 - Sim, por que a surpresa? Você tem outras casas para dormir? – Desviei o olhar e pigarreei. – Aliás, se eu tive que mentir, é porque não dormiu em casa, onde você passou a noite, Abby? – Senti minhas bochechas corarem e virei-me para o armário.

 - Em um... – Ia citar o vagão, mas ninguém sabia que eu sempre o frequentava, aliás, só Taehyung sabia da existência do local. – Eu voltei para casa depois. – Forcei uma tosse. – Estava andando e esqueci a hora de voltar para casa, minha mãe deve ter te ligado para saber onde eu estava, e graças à minha linda e bondosa amiga, para a minha mãe, eu passei a noite em sua casa, em completa segurança. – Nem tanta segurança assim. – Mas eu dormi em casa, tudo bem?

 - Olha só que lindo, se você fosse sequestrada eu entraria na história como cumplice! Sua mãe é uma Detetive, não há como te rastrear não? Não quero ficar inventando histórias só porque você se distrai enquanto corre perigo vagando nas ruas pela noite.

 - Nem diga sobre me rastrear para ela, se não irá implantar um GPS em mim. Está tudo bem Jessie, agradeça por eu ser uma pessoa que não gosta de infringir as leis ou fazer rebeldias, ainda bem que não sou você. – Dei um sorrisinho falso e ela rolou os olhos.

 - Tá tá, okay. – O sinal tocou e me direcionei para a sala já com os livros em mãos. – Espere, onde você comprou esse donuts? Eu quero mais.

 

***

 

 Fui uma das primeiras a ir para o refeitório, portanto consegui pegar o lanche rapidamente. Sentei-me na mesa com Jessie à minha espera para roubar os bolinhos que eu havia pego.

 - Por que não vai para a fila pegar o seu lanche? – Indaguei a observando roubar meu lanche.

 - Porque eu tenho você. – Sorriu sínica.

 - Ah claro. Não deveria estar tendo refeições adequadas? Você praticamente acabou de sair do hospital, creio que não quer voltar para lá. – Ela rolou os olhos após comer um dos bolinhos.

 - Claro que sim, lá eu tenho paz e posso comer aqueles mingaus de aveias que parecem mais água com leite. – Sorriu com desdém e depois roubou novamente um de meus bolinhos.

 - Por que não pede para o seu querido irmão pegar para você, então?

 - Não sei onde ele está. Aliás... Nada. – Pigarreou.

 - O que ia dizer? – Tomei mais um gole de meu suco.

 - Nada. – Murmurou assim que enfiou todo o bolinho em sua boca. Rolei os olhos. – Hum, viu a mensagem que mandei para você mais cedo? Não respondeu, mas visualizou.

 - Mensagem? – Perguntei enquanto vasculhava o bolso de minha calça, peguei meu celular e vistoriei as mensagens. Tinha uma de Jessie.

‘’Olá! Bom dia! Dezoito, não é? Feliz Aniversário amore! Cuidado para não fazer nenhuma bobagem, você já pode ser presa - cof cof – Bom... Não tenho nenhuma surpresa preparada para você porque meus pais roubaram minha mesada (sim, roubaram porque não admito estar em um castigo pós-depressão) Enfim, irei comprar um vestido ultra escandaloso de cetim com lantejoulas para você comemorar a formatura. Espero que goste!’’

Beijos de sua amada e linda JESSIE!

 - Lantejoulas? – Perguntei com desgosto. – Nem pense em aparecer com uma coisa dessas na minha frente. – Seu sorriso descarado aumentou.

 - Calma, ainda nem comprei. Apenas vi em uma vitrine, estava com 70% de desconto, me segurei para não comprar, quer dizer, a minha falência me segurou, mas fique calma. Se o vestido está com um desconto tão alto assim é porque ninguém quer comprá-lo, inclusive eu, mesmo que fosse para você. Vou me encarregar de comprar algo descente. – Sorriu e assenti.

 - Obrigada pela mensagem, realmente não vi antes, desculpe. – Apesar de ter sito visualizada anteriormente, pergunto-me se tal pessoa que está em minha mente o tenha feito. Ela sorriu e assentiu.

 - Ah, nem comentei sobre fazer uma festa, você odeia comemorações. – Avisou.

 - Que bom que me conhece bem. – Dei um sorrisinho ao terminar de comer e fui levantar para devolver a bandeja, mas Jessie segurou meu braço.

- Ele está estranho... Andrew está estranho. – Suspirou.

 - Ah... Aconteceu algo? – Ela deu de ombros.

 - Não sei. Somos irmãos, mas nunca ficamos sabendo dos problemas um do outro... – Mordeu o lábio. – Eu preciso comer. – Decidiu finalmente comer algo descente. Devolvi a bandeja e avisei que iria passar no banheiro.

 Após passar um pequeno tempo no banheiro e ter molhado um pouco meu rosto, sai de lá e resolvi ir para a biblioteca até o sinal bater. Ficavam poucas pessoas na biblioteca na hora do intervalo e no momento agradeci por isso, pois eu queria evitar pessoas.

 Cumprimentei a bibliotecária assim que entrei e avistei as várias fileiras de livros a frente. Entrei em uma das sessões e procurei algum livro para ler que eu ainda não tinha em minha coleção já que não tinha comprado novos livros.

 Depois de alguns minutos procurando alguma história interessante que chamasse minha atenção, o sinal bateu. Peguei o livro que estava lendo a sinopse e o devolvi para a fileira. Quando já estava saindo de um dos corredores de prateleiras, senti uma mão puxar-me para um canto afastado.

 - Não vá agora. – Era Andrew. Fiquei em silêncio por alguns segundos por causa da surpresa. Sua mão se matinha segurando meu pulso e estávamos muito próximos.

 - O que está fazendo aqui? – Perguntei recompondo-me. – Me assustou.

 - Desculpe. Não queria ver ninguém hoje, por isso estava aqui. Mas você veio aqui. – Um sorriso pequeno formou-se em seus lábios e estranhei o jeito que falou.

 - Só vim pegar um livro, o que aconteceu para querer se isolar? – Ele deu mais um passo para frente, ultrapassando meu espaço pessoal e tive que desviar o olhar.

 - Você aconteceu. – Murmurou.

 - Como assim? – Minha respiração começou a se tornar falha por causa do pouco espaço que tínhamos entre nós dois. – Andrew, o que você...

 Não pude terminar de falar porque seus lábios foram até os meus. 


Notas Finais


EAEEEEE? ANDREW TA OUSADENHO AUISHAU
Espero que não tenha respostas negativas por causa do tempo que passei sem atualizar, apesar de merecer. Obrigada por terem continuado comigo <3
Sabe quando vc dá aquelas crises existenciais que dura uns fucking quinze dias sem disposição pra nada? Pois é, eu passei/passo por isso, e é um inferno, quem passa por isso sabe, infelizmente. Mas de qualquer forma, voltei.
Espero pelo comentário de vcs, obrigada e até o próximo!!


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