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História Uncover - Surpresas


Escrita por: Brokeen

Notas do Autor


Olá peoples, demorei? Não muito, certo? Certo (irei me auto convencer aqui, obg) Obrigada pelos favoritos e comentários anteriores anjineos <3
Não vou enrolar muito aqui não, então é isso

Boa leitura e até lá embaixo!!

Capítulo 22 - Surpresas


Fanfic / Fanfiction Uncover - Surpresas

 Fui pega desprevenida por seus atos. Seus lábios se mexiam contra os meus, mas eu não correspondia, aliás, nem sabia o que diabos sua boca estava fazendo colada na minha. Não era como se fosse algo proibido, mas eu não me sentia nenhum pouco confortável em fazê-lo.

 O empurrei para longe sem fôlego, era como se ele fosse algum invasor do meu espaço pessoal. Andrew era um amigo que eu havia mantido por anos, nunca iria imaginar que ele sentisse coisas assim por mim.

 - O que está fazendo? – Indaguei com a respiração entre cortada e ele apenas olhou-me confuso, mas depois sua expressão tornou-se fria. Após alguns segundos observando minha reação ele soltou um riso fraco, com desgosto.

 - Agora ficou claro, obrigado pela resposta. – Esbarrou em meu ombro para passar mas segurei seu braço.

 - O que você tem? Por que me beijou? – Tudo ainda estava confuso para mim, nunca me encontrei em uma situação como esta e de fato não sabia como agir. Ele mordeu o lábio inferior por alguns segundos e logo suspirou.

 - Você é estúpida? – Continuara com o mesmo tom seco.

 - Eu sou estúpida? Você me beijou do nada e sem a minha autorização!

 - É preciso pedir para beijar quem ama? – Ele havia tirado todas as palavras que eu tinha em mente após ter me insultado.

 - Você... – Minhas palavras tornaram-se vazias e um sentimento ruim se afundou em mim. – Andrew...

 - Solte-me. – Pediu e soltei seu braço. – Nunca pensei que aconteceria assim, mas já esperava algo do tipo. Eu precisava tentar e mesmo que não tenha gostado do que fiz, eu não vou pedir desculpas, porque não me arrependo. Ah e... feliz aniversário. – Disse por fim antes de desaparecer corredor a fora.

 Queria que ele ficasse para esclarecer a situação, mas estava óbvio demais para que eu não percebesse e tentasse conseguir alguma palavra dele, por mais que quisesse ouvir da boca dele o que já estava óbvio, não queria tanto o escutar falando sobre seus sentimentos a meu respeito. Isso faria com que eu me sentisse ainda mais confusa, estúpida e aflita. Andrew de fato gostava de mim de uma forma diferente e eu nunca sequer havia notado.

 

***

 

 Não era certo agradecer pelo fato de não ter tido as últimas aulas com Andrew, mas seria melhor assim. Meus pensamentos e sentimentos estavam confusos depois de tudo que acontecera nos últimos dias. Taehyung era a única pessoa que fazia com que eu perdesse totalmente o foco e eu estava ciente de que a cada momento que passasse com ele faria com que o que eu sentisse se expandisse ainda mais. Ele era a pessoa que fazia meu coração palpitar descontroladamente.

 Eu tinha certeza do que estava sentindo, apesar de ser confuso e deixar-me ansiosa e desnorteada, mas depois do que Andrew havia dito e feito, as coisas apenas se complicaram ainda mais. Por mais que eu tivesse certeza de meus atos e sentimentos, ainda era confuso e difícil de lidar, eu não era experiente com nada disso.

 Esperei que todos saíssem da sala para então me dirigir para o corredor depois do sinal ter tocado. Dava passos lentos até atravessar a saída e ainda haviam pessoas perambulando por todos os lados. Não vi Jessie e muito menos Andrew e, me senti melhor por não ter que trocar palavras com eles, pois sabiam do que estava acontecendo e eu me sentiria ainda mais idiota se conversasse com ambos.

 Assim que eu já me aproximava da rua para atravessar e ir até a estação, senti um braço me segurar. Olhei para o lado e senti meu coração dar um pulo.

 - O que faz aqui? – Perguntei de supetão e vi uma curva em seus lábios, ele estava sorrindo. Engoli em seco.

 - Não posso buscá-la na porta do colégio? – Pigarreei.

 - Me buscar? Por que me buscaria? – Indaguei ainda sentindo o nervosismo em mim transparecer.

 - Já está dormindo em minha casa, também achei que iria precisar que eu lhe acompanhasse para ir para casa. – Travei ao ver que Andrew nos observava ao longe. Engoli em seco novamente e soltei uma tosse.

 - Não é para tanto, pare com isso. – Senti-me desconfortável por um momento ao ver que pessoas demais nos observavam. Ele riu, deveria estar achando graça de meu constrangimento. – Como sabe onde eu estudo?

 - Você é bem óbvia quanto aos seus afazeres, preciso que venha para um lugar. – Sua mão desceu de meu braço para minha mão e a segurou.

 - O quê? Onde? – Não me respondeu, apenas continuou me puxando.

 O lugar ao qual continuava a me levar ficou claro para mim após andar algumas quadras. Estávamos nos aproximando da praia.

 - Por que a praia? – Perguntei assim que comecei a avistar a costa ao longe. Ele continuou em silêncio e após algum tempo finalmente falou.

 - Por que a minha casa? – Parei assim que meus pés já tocavam a areia.

 - Não pergunte algo que nem eu mesma sei. – Soei sincera e ficamos em silêncio. A brisa tornava-se forte conforme eu me aproximava do cais, nossas mãos não estavam mais juntas e estávamos mais distantes um do outro.

 - Não sabe ou tem medo de saber? – Continuei em silêncio até formular uma resposta.

 - Não tenho medo. – Afirmei.

 - Alguns sentimentos podem se tornar amedrontadores quando são desconhecidos. – Vire-me para ele e tive que umedecer meus lábios quando minha boca ficou seca. Eu poderia ser facilmente enganada por um sonho ou pela realidade, pois a forma dele poderia muito bem ser apenas um sonho. Era difícil de acreditar que alguém tão belo e singelo era real.

 - Não tenho medo do desconhecido, tenho curiosidade. Porque assim que o conheço, não é mais um desconhecido. Coisas que podem ser facilmente mudadas não me amedrontam, tenho apenas medo do que poderia ser mudado em mim após o conhecer. – Seus olhos tornaram-se mais intensos ao me encarar.

 - Suas palavras se referem a mim?

 - Você era um desconhecido? – Sorri e ele abaixou os olhos.

 - Não sou mais? – Agora ele olhava para as águas azuis claras à nossa frente.

 - Acha que eu iria para o lugar onde um desconhecido estivesse me levando? Acha que eu dormiria na casa de um desconhecido? Acha que eu iria procurar por um desconhecido para sentir-me mais segura ou para ser consolada? Eu não uso alguém que não conheço como meu porto-seguro. – Soltei um suspiro trêmulo ao perceber o que tinha acabado de confessar.

 Seus olhos voltaram aos meus e se avançou passos suficientes para poder acariciar meu rosto singelamente.   

 - Eu a trouxe para cá por um motivo. Quando estava correndo de seus problemas, você veio para cá, pude interpretar que já fora para esse lugar antes para poder ficar sozinha e refletir sobre os acontecimentos. Para poder chorar sozinha, sem ninguém para contestar. Mas naquele dia eu te segui, e vi o quanto precisava de alguém para limpar suas lágrimas. E por causa da importância desse lugar, eu poderia lhe dizer feliz aniversário sem que passasse despercebido porque sei que não teria tanta importância se fosse apenas vindo de mim em um lugar ou hora qualquer. – Pude ficar alguns segundos sem respirar ao ouvir isso dele.

 Meu coração já estava descontrolado o suficiente para eu não saber mais o que fazer e nem ter controle ou razão sobre meu corpo e sobre o que eu sentia. Algo estava sendo criado dentro de mim. Sendo cuidado e zelado por alguém, eram sentimentos fortes por ele, pela pessoa postada à minha frente. 

 - Como sabia que era meu aniversário? – Ele sorriu. 

 - Vi uma mensagem em seu celular quando estava dormindo, mas foi sem querer. Então... nossa diferença de idade diminuiu. Sou apenas dois anos mais velho. – Ele tinha vinte... Não aparentava.

 - Vinte anos? Bom... Vitória para mim por finalmente saber sua idade. – Ri sem graça. – Ah, viu a mensagem? Uma amiga mandou, então foi você quem visualizou? – Ele assentiu e pegou em minha mão novamente, entrelaçando nossos dedos. – Nunca iria imaginar que pudesse tirar tantas conclusões sobre a importância desse lugar para mim. E de fato são conclusões certas, esse lugar é muito importante sim, obrigada. Você poderia até ganhar um prêmio. – Caçoei e ele riu fraco.

 - Por que é tão importante para você?

 - É onde eu passava a maioria das tardes com meu pai. Antes eu não tinha tanto contato com minha mãe por causa do trabalho que tomava todo o tempo dela e como meu pai estava desempregado... Ele era o responsável por aguentar meus dramas. – Sorri ressentida ao lembrar do passado. – Depois que ele se foi, passei a frequentar esse lugar todos os dias e, de fato eu passava um longo tempo aqui chorando por sentir a falta dele. Naquele dia que descobri por engano o que tinha acontecido com ele corri para cá porque esse lugar sempre estará relacionado a ele. E agora você sabe disso, pode se considerar muito sortudo. – Ele riu e se aproximou mais.

 - Eu já sou sortudo por estar aqui com você... Ah, fique sabendo que quero receber meu prêmio. – Antes que eu pudesse entender, seus lábios foram até os meus.

 Seus movimentos eram delicados e lentos. O beijo foi se tornando intenso vagarosamente com nossos toques de língua. Eu estava começando a adorar seus movimentos e o sabor de seus lábios desde a primeira vez que nos beijamos. Assim como seus movimentos eram precisos, seus toques também eram e me provocavam sensações inexplicáveis.

 Assim que meus lábios se separaram dos seus eu pude sorrir. Estava realmente feliz por estar dividindo aquele momento com ele. Era como se eu estivesse descobrindo um sentimento novo a cada momento que passava.

 Enquanto voltávamos, resolvi parar em um café para comprar algo para comermos e Taehyung se dispôs a comprar algo enquanto eu esperava do lado de fora por causa do local incrivelmente lotado. Por causa da avenida lotada, várias pessoas passavam por mim, mas notei claramente quando um homem esbarrou em mim, sua vestimenta era toda preta e não pude ver seu rosto por causa da quantidade de roupa que usava. Pedi desculpa, mas ele apenas continuou seu trajeto.

 Suspirei e logo avistei Taehyung voltando do estabelecimento, trazendo consigo um Frappuccino para mim e um Bubble Tea para si em cada uma das mãos.

 - Obrigada. – Agradeci e voltamos a caminhar. – Você não é daqui, é? – Ele assentiu. – De qual cidade você é?

 - Cresci na Filadelfia. – Assenti em silencio por um tempo.

 - Sente saudade da vida que tinha antes? – Ainda era como um desafio para mim perguntar sobre o seu passado. Parecia errado pelo jeito que ele não se mostrava disposto a falar de águas passadas. Parou de encarar a bebida já pela metade em suas mãos e dirigiu o olhar para mim.

 - Abby... Eu não quero decepcionar você com sentimentos que eu já tivera no passado gerado por conflitos criados por mim mesmo. Eu vim parar aqui por causa desses erros e conflitos... Não quero transmitir o peso das palavras para você. – Suspirei pesadamente e tentei entender seu lado por mais que achasse injusto não saber nada pelo o que já passou quando ele sabia tanto sobre mim.

 - Eu nunca me importei de não saber o bastante de você, o que me importa é ficar ao seu lado, mas não posso continuar assim com tantos segredos da sua parte. Você já sabe de toda minha vida praticamente e o que eu sei sobre você? – Parei de caminhar e olhei ao redor para evitar seus olhos que tanto me instigavam e traziam sentimentos ocultos e intensos.

 Observei a rua em que estávamos e finalmente fui reparar no quão monótona e vazia ela estava. Não havia sequer um carro parado no acostamento. Fechei os punhos devido a frieza de meus dedos no tempo frio.

 Senti dedos gelados grudarem em meu pulso com força e puxarem-me bruscamente para o beco ao lado e acabei derrubando a bebida de minhas mãos. Soltei o ar preso em meus pulmões por causa do susto. Braços firmes seguraram meu tronco enquanto apontavam algo gelado e afiado contra minha garganta. Uma lâmina. A suposta pessoa estava atrás de mim prendendo-me em seus braços.

 - Taehyung... – Murmurei assustada demais para falar algo mais.

 Seus olhos estavam apreensivos. A lâmina roçou mais um pouco em minha garganta e fechei os olhos ao senti-la afundando levemente em minha pele. Taehyung deu um passo para frente, mas se deteve ao ver que a pessoa não iria me poupar se ele se aproximasse mais.

 - O que você quer? – Perguntou cauteloso. – Deixe-a ir se o problema que tem é comigo. – Senti a respiração pesada contra mim e apertei ainda mais meus olhos.

 - O que eu quero? – Um arrepio percorreu-me ao escutar a voz estranha e abafada perto demais em meu ouvido. – Deveria saber o que eu procuro depois do que fez comigo, garoto. Quer a garota viva? Vai continuar brincando com as pessoas ou devo terminar com seus joguinhos logo agora que mal curtiu sua vida de refugiado?

 Eu não conseguia processar suas palavras de imediato. O que essa pessoa estava falando? Ao sentir seus braços afrouxaram, desferi uma cotovelada em sua costela, ouvi um gemido abafado e consegui soltar-me. Corri para atrás de Taehyung e finalmente vi a forma da pessoa. Era um homem alto todo de preto, seu rosto estava coberto com uma máscara preta que deixavam seus olhos à mostra.

 O homem investiu para cima de Taehyung, mas ele apenas desviou e desferiu um soco em sua face. O homem cambaleou para trás e a máscara desceu para seu queixo, revelando sua face.

 - Alex?! – Taehyung proferiu descuidadamente e pude ver que sua respiração começara a acelerar descompassadamente. 


Notas Finais


HEHEHE risada maléfica, mindira não é n
Alex voltou a ativa, parece que o jogo virou, não é mesmo? Poderia não virar, mas virou e a coisa vai feder.
Desculpem ficar adiando as confissões do Tae, afinal, não é fácil superar ser acusado de ter matado a própria irmã e tê-la visto morrer na sua frente, mas ele vai superar, pelo menos um pouco para esclarecer as coisa para Abby. Há outros meios de saber sobre o passado dele, será que Abby irá procurar? Não sabemos e.e
Não sei como, mas to conseguindo seguir com a história diariamente escrevendo... o foda é postar e.e
Mas então é isso amores.
Espero pela opinião de vocês nos comentareozineos aqui em baixo. Bjs!!


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