História Under My Skin - The Meeting

~Pov Nathaniel~

Um dia se passou, depois dois. E nada acontecia. Essa era minha 4 noite de caçada e eu estava tendo um bom (ou mal) pressentimento que eu iria encontrar o monstro hoje. Esperei o sol se pôr. Peguei minhas coisas e parti. Hoje eu iria encontrar aquele monstro e destruí-lo.

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~Pov Castiel~

Aquele caçador bastardo. Por culpa dele eu estava morrendo de sede. Não me alimentava a 5 dias. Eu não podia arriscar. Era muito perigoso. Eu vim para essa vila por que era calmo. Por que ninguém iria me encontrar aqui. Eu estaria a salvo. Esse foi o ultimo pedido dos meus pais antes de morrerem. Que eu tentasse de tudo ficar a salvo. Por eles. Nós morávamos em outro reino. Um maior. Mas uma doença começou a se espalhar pela população, o sangue deles já não era mais bom. Dezenas da minha espécie foram mortos por causa disso. Mas eu consegui escapar. Agora com esse maldito caçador rondando, eu tenho apenas duas opções. Fugir ou matar-lo. E eu me nego a fugir novamente.

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~Pov Nathaniel~

Fiz a mesma trajetória de sempre. Dei uma volta na vila inteira procurando em todos os lugares. Quando voltei a meu lugar de partida ouvi um barulho em um beco ali próximo, parecia um grito abafado. Vou correndo ver o que é.

~Pov Castiel~

Acabo de encontrar um jovem fazendeiro em um beco escuro. Ruim para ele, mas simplesmente ótimo para mim. Me aproximo lentamente, mostro meu melhor sorriso.

- Sua mãe não te ensinou que é perigoso andar por ai sozinho? - Eu ataco.

~Pov Nathaniel~

Quando chego lá, vejo uma cena que mesmo depois de tantos anos nesse trabalho, ainda me gela o sangue. Um jovem estava deitado no chão, ele não aparentava ter mais de 15 anos. Por cima dele estava um homem... eu só conseguia ver seu cabelo vermelho, como se ele tivesse pintado com sangue. E uma capa escura. Ao sentir minha presença, ele levanta a cabeça. Suas pupilas estão dilatadas, deixando seus olhos quase completamente negros. Sangue escorre da sua boca e mancha sua camiseta. Ele rosna para mim como um cachorro de rua. Eu preciso agir. Preciso matar esse monstro. Mas estou paralisado. Eu pisco, ele não estava mais lá. Sinto mais do que vejo ele passar correndo por mim, eu me viro e o assisto correr em direção da noite.

~Pov Castiel~

Ele me encontrou. Eu rosno para ele esperando um ataque. Mas ele não faz nada. Apenas fica lá olhando para mim. Antes dele ter uma reação eu saio correndo, quando passo por ele sinto o cheiro do seu sangue. É tão intenso que quase me faz tropeçar. Mesmo eu tendo acabado de me alimentar minha boca enche de água, só de imaginar como seria enfiar as presas nele. Depois de alguns momentos correndo percebo que eu fiquei excitado.

- Pare com isso. - Eu me repreendo mentalmente. Mas não adianta negar. Eu fiquei excitado e o motivo foi aquele... ugh. Nem consigo completar meus próprios pensamentos. Eu tento me distrair com a paisagem que passa rapidamente ao meu redor. Mas ainda há aquela pequena parte da minha mente que não consegue deixar para lá...

~Pov Nathaniel~

Depois de alguns instantes eu saio do meu transe. Me volto para o corpo do rapaz, e checo sua pulsação. Morto. Ele deveria estar realmente com fome para ter drenado todo o sangue desse jovem. Com muito pesar, pego ele nós braços. Preciso descobrir a qual família ele pertence. Enquanto carrego o jovem rapaz para o pequeno hospital da Vila não consigo parar de pensar na cena de mais cedo. Por que eu não fiz nada? Qual o meu problema? Eu poderia ter salvado a vida desse jovem. Quando chego ao hospital percebo que lagrimas silenciosas descem pelo meu rosto. Bato na porta, uma enfermeira de plantão abre. Eu coloco o jovem em uma cama que ela indica. Caio no chão chorando e soluçando.

- Por que não tive nenhuma reação? - Grito o mais alto que consigo.

- Por que? Por que? Por que eu não fiz nada? - Eu sussurro.

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A notícia se espalhou como fogo. Logo o hospital havia ficado cheio de pessoas, todos querendo ver quem o "monstro sanguinário" havia matado. A pequena multidão se abriu revelando uma senhora e um senhor com vários jovens de diferentes idades ao seu redor. Imaginei serem a família do rapaz, pois todos haviam a mesma aparência. Ruivos, com muitas sardas e olhos azuis. A mãe caiu de joelhos ao ver seu filho naquele estado. Ele estava coberto de sangue. Pálido como a neve. E seus olhos azuis como o céu de um dia claro que eu imaginava serem cheios de vida e alegria em outros tempos, agora olhavam friamente para o teto. Dois jovens abriram caminho em meio aos outros. Um rapaz de cabelos que mais pareciam um ninho de ratos e óculos e uma mocinha de fartos cabelos cacheados.

- Rony. - Eles gritaram em uníssono e começaram a chorar um no ombro do outro. Não aguentei mais ver a dor deles e sai silenciosamente. Fiquei olhando o nascer do sol por alguns momentos antes de parti em direção a pousada.

Eu preciso descansar. Entrei e fui logo recebido por um Louis muito preocupado. Eu devia estar com uma aparência horrível. Ele abriu a boca, mas antes dele falar. Lhe cortei dizendo que ia para meu quarto e não queria ser perturbado. Meu tom de voz foi tão agressivo que ele deu um passo para trás. Enquanto subia as escadas prometi a mim mesmo que iria pedir desculpas mais tarde, mas agora preciso dormir. O sono vêm com dificuldade, e meus sonhos não são nada bons.

Sonho que a Vila está pegando fogo, corpos estão espalhados por todos os lados. Eu consigo ouvir um choro de criança ao longe. Vejo o vampiro da outra noite. Ele está de costas para mim, eu grito mas minha voz não sai. Parece que minha boca esta cheia de areia. Tento me mover mas meus pés estão grudados no lugar. Ele se vira lentamente, sorrindo como uma raposa. Sou invadido por um pânico indescritível, ele tem um corpo nos braços? Sim! Consigo ver um relance de cabelos dourados... e um crucifixo. Um igual ao que estou usando nesse momento. Com repulsa percebo que o corpo é o meu próprio.

Acordo coberto de suor, os lençóis enrolados em minhas pernas. Estou respirando com dificuldade. O que significa esse sonho? Não consigo nem pensar em voltar a dormir. Não quero ter outro pesadelo. Olho para a janela e vejo que o sol já está se pondo. Minha nossa! Dormi o dia todo. Estou me sentindo ainda pior depois desse sonho. Preciso fazer alguma coisa ou essa culpa ira me consumir completamente.