História Under My Skin - The Stalker

~Pov Castiel~

Meu novo passatempo favorito é observar o Exorcista. Onde ele vai. Quando. Com quem. Eu poderia dizer que estava planejando um ataque (Eu estava.) Mas havia outro motivo... Eu estava fascinado por ele. Por tudo que ele fazia. Fico nas sombras. O sol está quase se pondo. Ele passou o dia todo andando sem rumo. Onde estava aquele ar irritante de alegria que sempre o rodeava? Por que ele estava tão triste? Eu queria me aproximar. Mas não posso, não sou estúpido para sair ao sol. Eu cometi um erro parecido no passado. O que? Uns 50 anos atrás mais ou menos. Passei um mês inteiro para me curar completamente. Foi uma tragédia, minha pele, meu cabelo. Tudo. Queimado até não sobrar quase nada. E tudo por alguns segundos para se exibir para um simples camponês. Saindo dos meus devaneios, volto a observar o Exorcista. Me pergunto qual seria seu nome. Parece que ele esta voltando para lugarzinho de baixo nível que ele está ficando. Quando todos estiverem dormindo, entrarei no seu quarto e farei o faço de melhor. Rindo baixinho volto para a proteção das sombras.                         

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~Pov Nathaniel~

Eu não conseguia ficar parado. Andei por toda a vila. As pessoas falavam comigo mas eu não achava forças para responder. Apenas dava um fraco aceno. A culpa me consumia lentamente. Sem aguentar mais esse sentimento, voltei para pousada. Talvez dormir um pouco me ajudasse. Eu só precisava orar para não ter nenhum pesadelos. Acredito que Deus ira me ajudar com esse fardo.

- O senhor não vai comer?

Louis pergunta timidamente. Parece que ele ainda esta assustado da explosão que tive ontem.

- Não Louis. Não estou com fome. Olha, sinto muito por ter sido tão agressivo com você ontem. Aconteceram muitas coisas. E eu estava sobrecarregado. Eu realmente sinto muito.

- Está tudo bem Senhor. Não se preocupe. Eu nem consigo imaginar as abominações que o Senhor passa nesse trabalho.

- Bem meu bom amigo, irei lá para cima. Nós vemos depois.

- Durma bem Senhor.

Eu agradeci e subi as escadas. Cheguei ao meu quarto, tiro as roupas e me deito. A noite aparenta que será longa.

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Eu me remexo de um lado para o outro. Não consigo dormir. O sol já se pôs a algumas horas. Parecem mais anos.  Vejo um vulto passar pela janela mas decido ignorar. O relógio da igreja anuncia a hora. Começo a contar as badaladas silenciosamente. Um, dois, três... dez, onze, doze. Eu fecho meus olhos. Devo ter caído no sono, pois o que acontece em seguida não pode ser real. Ouço um barulho na janela, como se alguém tivesse tentando abrir-lá por fora. Ouço um forte estrondo. Me sento na cama e quando meus olhos se acostumam com a pouca luz, vejo que se trata de uma pessoa caída no chão. E não qualquer pessoa... 

- Pensei que vampiros eram graciosos e silenciosos.

~Pov Castiel~

O relógio anuncia meia noite ao longe. Hora perfeita para meu ataque, penso enquanto escalo a parede do lugarzinho onde o Exorcista está. Para pessoas normais seria difícil, mas para eu com minhas garras e reflexos perfeitos é brincadeira de criança. Abro a janela do seu quarto, quando vou entrar, minha camisa enrosca em um prego e acabo perdendo o equilíbrio e caio de cara no chão.

- Pensei que vampiros eram graciosos e silenciosos.  

Ele está caçoando de mim? Como ele ousa? Rosno levemente para ele como forma de aviso. Ele ri. O riso dele... me faz sentir coisas estranhas na boca do estômago. Me levanto em um pulo e escovo a poeira das minhas roupas.

- Você não devia estar acordado.

 Maldição isso estraga todos os meus planos. Eu planejava entrar rapidamente (e em silêncio) beber um pouco do seu sangue e sair.

- Por que? O que você está fazendo aqui? - Ele olhou para mim intensamente.

- Ugh... É... Eu...

Por que estou gaguejando? Por que ele me deixa tão nervoso?

~Pov Nathaniel~

Ele não parecia tão assustador quando não estava matando alguém, na verdade ele é... lindo. E ele não é tão frio como os vampiros que estou acostumado. Ele é bastante expressivo e inquieto.

- E então? O que você veio fazer aqui?

 Ele demora a responder, fica jogando o peso de um pé para o outro, passa a mão na nuca. Está claramente nervoso, mas por que? Depois de algum tempo ele murmura algo incompreensível.

- O que?

- Eu queria beber seu sangue.

 Eu coro furiosamente.

- Bem, você não pode. Eu não irei permitir.

Tentei soar autoritário mesmo estando apenas em minhas roupas intimas e meu rosto estando vermelho como tomate. Ele olha para mim friamente e no próximo momento ele se joga em cima de mim.

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~Pov Castiel~

Nossos corpos se chocam juntos. A força é tanta que lhe derruba da cama me levando junto. Estamos conectados em todos os lugares, coxas, peitos, seu rosto está apenas a polegadas do meu. Seus olhos são lindos. Poderia passar a eternidade admirando eles. Percebo que há algumas sardas distribuídas pelo seu rosto. Sua boca é extremamente rosa e parece bem macia... Sinto um grande desejo de beijar-ló. Se eu me aproximar apenas um pouco... O calor que sai do seu corpo é tanto que me deixa atordoado por alguns momentos. Sinto um calor no meu peito, saio dos devaneios e percebo que meu peito está realmente queimando!

Me afasto rapidamente. Olho para baixo e vejo que há uma cicatriz bem no centro do meu peito em forma de cruz. Olho para ele e vejo um cordão com um crucifixo... Maldição! Por que não vi isso antes? Ele sorri triunfante em minha direção. Dou um passo a frente, mas depois penso melhor. Corro em direção a janela, paro por um momento.

- Isso ainda não acabou Exorcista...

 Salto em direção a noite.

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~Pov Nathaniel~

Foi difícil manter a calma com ele tão perto. Seus olhos eram verdes como a primeira relva da Primavera e haviam pequenos pontinhos de azul. Mesmo ele estando tecnicamente morto, seus olhos eram cheios de vida. E seu nariz... Eu não costumo achar narizes bonitos. Mas o dele era. O seu corpo era frio como neve, me deixou arrepiado dos pés a cabeça. Ele apenas ficou lá, em um momento ele se aproximou um pouco e comecei a entrar em pânico. Todo o meu  corpo gritavam "Ele vai te beijar!!" E então ele percebeu que estava queimando e se afastou.

Senti vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Por que eu estava tão decepcionado? Eu deveria estar aliviado. Eu não quero que ele me beije. Ou quero? Ele é um vampiro, as criaturas que mais abomino. Meu trabalho é caçar essas criaturas e eliminar-las. Ele sai correndo... novamente. Para na janela e diz

- Isso ainda não acabou Exorcista.

 Ele salta em direção a escuridão.

- Meu nome é Nathaniel...

Eu sussurro, mas ele já havia partido.

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~Pov Castiel~ 

Eu sai correndo de novo. Eu sou mesmo um covarde. Antes de me afastar, escuto ele sussurrando. Nathaniel... Enquanto corro em direção a minha Mansão tudo que consigo pensar é no que aconteceu. Quão próximos ficamos... Relembro de alguns dias atrás, quando eu fiquei nessa mesma situação. Mas agora é diferente, eu sei seu nome. E não é apenas uma ereção que ele me deixou. Foi um sentimento mais intenso e complexo... 

~Pov Nathaniel~

Fico na janela observando a lua e as estrelas mesmo depois de muito tempo d'ele ter partido, não consigo me mover. Começo a sentir frio, e com muito hesito fecho a janela e me afasto. Parece que não foi só um sonho, pois meus lençóis continuam no chão onde caíram. Minhas costas doem um pouco do impacto, e ainda consigo sentir a sensação do seu corpo frio contra o meu.