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História Under My Skin - The Night


Escrita por: Crrsfx- e Darwia

Notas do Autor


*Desvia dos tijolos* OLAAAA MINHA GENTE. Eu sei que demorou mereço cada forma de tortura que vocs imaginaram fazer comigo. Mas em compensação ta ai um cap enormeeee então aproveitem <<33

Capítulo 5 - The Night


Fanfic / Fanfiction Under My Skin - The Night

~Pov Nathaniel~

Depois do ocorrido eu consegui dormir facilmente. Não tive nenhum pesadelo, apenas lembro de ter sonhado que alguém me perseguiu, mas eu não estava com medo. Me senti seguro, protegido e... excitado? Quando acordei percebi que eu realmente estava excitado. Fiquei encabulado mesmo estando sozinho no meu quarto. Espera. Como ele conseguiu entrar aqui noite passada, se vampiros não podem entrar em propriedades sem permissão? A não ser que eu queria que ele entrasse... Essa é a única coisa que se passa pela minha cabeça enquanto me visto.

Eu realmente queria que ele entrasse.

Eu desci lentamente as escadas. Sinto cheiro de comida e minha barriga ronca como trovão. Sigo o cheiro delicioso ate me deparar em um banquete sobre a mesa.

- O que é isso?

- O senhor mal comeu nesses dias então resolvi fazer uma refeição completa, e só deixarei o Senhor partir quando comer tudo.

 Louis tentou transmitir uma ordem mas seus olhos estavam suplicantes. Não protestei, puxei uma cadeira e ataquei a comida em minha frente. Só me afastei quando não aguentava comer mais nada, nem uma uva.

- Muito obrigado Louis. Eu realmente estava precisando.

Eu sorrio com carinho para ele. Ele retribui energicamente.

- Bem agora irei seguir meu caminho, muito obrigada novamente. 

~~~

Eu saio e sou atingido por um vento frio. Vejo uma pequena multidão se juntando em frente a uma casa, curioso vou ver do que se trata. Coloco as mãos nos bolsos. E sigo lentamente naquela direção. Quando me aproximo vejo que todos estão vestidos de branco e com expressões tristes.

- O que está acontecendo?

 Pergunto para uma senhora ao meu lado. Ela sorri calorosamente para mim.

- Estão fazendo a missa para aquele garotinho que morreu. O funeral dele é hoje.  

Me arrependi de ter comido tanto, pois no mesmo instante que ouço as palavras saindo de sua boca, sinto tonturas e vontade de vomitar. Saio correndo dali. E vou para o primeiro lugar que passa por minha mente. Os estábulos. Bast levanta a cabeça feliz quando me ver. Me ajoelho ao seu lado, abraço seu pescoço e começo a chorar.

~~~ 

~Pov Castiel~

Entro na propriedade onde moro. Reduzi a velocidade ao chegar perto da entrada. Abro a porta o mais silenciosamente possível. Sou empurrado para a parede violentamente, e sinto um leve rosnado em minha mandíbula.

- Onde. Você. Estava?

- Olá para você também Lysandre.

Abro um amplo sorriso para meu amigo de longa data. Mesmo com pouca altura, consegue ser bem ameaçador quando quer. Ele não é de falar muito.  Mas com seus olhos de cores diferentes e seu cabelo sem cor, ele consegue passar uma forte imagem.

- Você está bonito hoje. Cortou o cabelo?

Tento amenizar sua raiva do jeito que conheço. Fazendo ele rir. Ele revira os olhos.

- Estou igual todo dia. Você não respondeu minha pergunta. Onde você estava?

Balanço a cabeça afirmamente, sim. Ele estava igual todo dia. Com suas roupas vitorianas, mesmo a moda vitoriana ter sido 200 anos atrás. Ele simplesmente ama. Não consegue abrir de mão.

- Eu estava visitando uma pessoa, tudo bem?

Ele cerrou os olhos para mim.

- Quem?

- O exorcista.

Falo o mais baixo que consigo. Mas Lysandre tem boa audição. Ele arregala os olhos.

- Eu não acredito. O que você tem na cabeça? Só porque você é imortal não significa que você possa brincar com a morte o tempo todo. Uma hora ela ira te alcançar meu amigo. Se sua mãe estivesse aqui...

Ele para no meio da frase. Lysandre sofreu tanto quanto eu quando mamãe partiu. Ele engole em seco. Ele estava gritando e apontando o dedo para minha cara. Me sinto culpado, a ultima vez que Lysandre gritou por alguma coisa que fiz foi naquela vez que me queimei com o sol. A próxima coisa que ele fala é em um tom muito mais calmo. Ele sorri tristemente para mim.

- Se sua mãe estivesse aqui, ela te bateria na cabeça para ver se você toma juízo.

Rio suavemente, sempre que falamos na minha mãe sinto como estivesse me afogando e eu nem posso me afogar. Deixo escapar um soluço.

- Ela se preocupava com você. Eu me preocupo com você. Então toma cuidado.

Ele me abraça e por uns momentos me deixo levar pelo sentimento. Ponho a cabeça na curva do seu pescoço e deixo as lagrimas descerem. Eu me afasto e ele ver a cicatriz em meu peito. Ele apenas balança a cabeça negativamente e se afasta sem dizer nenhuma palavra. 

~~~

~Pov Nathaniel~

Bast enfregava sua cabeça levemente na minha. Imaginei que se ele fosse uma pessoa ele estaria dizendo "esta tudo bem." E isso me fez se sentir muito melhor. Seco minhas lagrimas e sorrio para ele.

- Quem quer dar um passeio?

Ele relincha feliz. Isso me faz rir, mesmo que eu me sinta como se estivesse sendo apunhalado. Eu coloco sua sela. Eu monto e parto em direção a o ar frio. 

~~~

Eu saio sem rumo. Apenas preciso clarear minha mente. Encontro um pequeno caminho atrás da velha escola e descido segui-ló. Parece que ninguém anda por essas bandas. Penso comigo mesmo. Mas se eu tivesse parado para analisar eu teria visto marcas de passos. Como uma pessoa tivesse andado por esse mesmo caminho varias vezes.

Depois de um tempo a trilha estreita se torna uma estrada larga. Faço o Bast seguir em um trote lento, pois quero ver a paisagem ao meu redor. Para um lugar aparentemente abandonado é lindo. Vejo varias árvores de diferentes espécies, alguns cervos, coelhos. Vejo uma macieira. Paro e pego uma para o Bast. Ele come feliz. Faço um leve afago em sua cabeça e seguimos nosso caminho.

A paisagem começa a mudar, as árvores diminuem e as poucas que consigo ver estão sem folhagem e aparentam ser bem antigas. Olho para o céu e percebo que ele está totalmente coberto de nuvens escuras e pesadas.

- Vem vindo chuva meu amigo. Vamos, vamos procurar um abrigo.

Faço o Bast ir mais rápido, tento ver algum lugar para ficarmos mas não há nada. Nenhuma caverna, nem cabana, nada mesmo. Grandes pingos de chuva começam a cair rapidamente. Logo estou encharcado e agora a chuva atrapalha minha visão, os pingos são como pequenas farpas vindo em encontro ao meu rosto e entrando em meus olhos. Começo a entrar em pânico. A chuva está ficando mais forte e ainda não encontrei nenhum lugar para passar a noite. Olho ao redor e vejo uma grande casa ao longe. Suspiro aliviado, graças a Deus. Faço o Bast ir naquela direção. Depois do que pareceram anos, chegamos ao pátio. Desço do cavalo. De perto ela parece assustadora. Mas não paro para pensar nisso. Vejo um pequeno quarto ao lado da casa. Deve ser onde o jardineiro mora. Ou não... já que não vejo nenhuma planta ao redor. Apenas pedra escura e úmida.

Abro a porta e vejo apenas uma cama estreita e um pequeno armário. Abro o armário e vejo que estar cheio de lençóis. Pego alguns e seco o Bast com os outros faço um ninho para ele. Depois dessa viagem ele deve estar exausto. Espero que fique seguro aqui. Beijo sua testa e me afasto. Fecho a porta atrás de mim e sigo em direção a casa. Olho de baixo para cima. Nenhuma luz ligada. A chuva parou mas não quero arriscar. Ela pode começar novamente a qualquer momento. Subo a pequena escada que leva ate a porta. Giro a maçaneta. Aberta. Suspiro aliviado.

Eu entro, e no mesmo instante fico arrepiado. Aqui esta fazendo mais frio que do lado de fora. Mas pelo menos está seco. As nuvens se dispersaram um pouco, deixo a porta aberta atrás de mim, para deixar a luz da lua iluminar o caminho. Todos sempre dizem que consigo ser otimista mesmo nos piores momentos. Tento me lembrar disso enquanto vou mais adentro da casa. Estranho. As paredes não tem nenhuma pintura, nenhuma decoração. Também há poucos móveis.

Abro uma porta e me deparo com uma biblioteca enorme. Mas o mais importante. Há uma lareira e um grande sofá em sua frente. Há madeira e fósforos. Agradeço a Deus por ter encontrado esse lugar. O fogo pega rapidamente. Em poucos tempos ele está forte e vivo. Descido tirar as roupas encharcadas e deixar-las perto do fogo para secar. É um alívio tirar essas roupas. Já sentia o frio penetrar meus ossos. Fico com minha cueca, ela está só levemente úmida. Ponho as roupas perto do fogo e decido dar uma explorada.

Ver todos esses livros está me deixando louco. Amo ler, amo livros. Eu me aproximo de uma das estantes, pego um exemplar. É um conto de fadas... Ouço um forte estrondo.

- A porta. Foi só o vento que fechou a porta.

Levo o livro até o sofá e me sento. Descido me distrair no mundo da leitura, mas meu coração continua batendo loucamente. 

~Pov Lysandre~

Escuto um barulho no andar de baixo. Castiel. Provavelmente indo para mais um passeio. Ele está agindo de um modo tão estranho, ele só age assim quando ele está... apaixonado. Oh não. Se ele se apaixonou pelo Exorcista... Só o Castiel para cair nessas coisas. Se ele não fosse tão irresponsável ninguém teria descoberto ele. Eu balanço a cabeça. Me nego a sair do controle.

- Eu só me preocupo com ele.

Sussurro baixinho para a bolinha de pelos em meu colo. Ele olha para mim inclinando sua pequena cabeça para o lado e balança seu rabo. O Castiel diz que é estupidez eu ter um "bicho mal cheiroso". Mas ele não sabe que é muito mais fácil lidar com a solidão da imortalidade assim.

-  Além do mais ele é meu melhor amigo. 

Me lembro do primeiro dia que nós conhecemos. Muito antes do "abraço". Ele é meu amigo mais antigo, eu faria qualquer coisa para proteger-lo. O que eu preciso fazer constantemente, já que ele é prudente como uma porta. Revirando os olhos volto a acariciar o pequeno ser em meu colo.

~~~

~Pov Castiel~

Ouço um grande barulho vindo de baixo. Pouco provável ser o Lysandre. Irei ver do que se trata. Pulo as escadas e vou para onde acho que veio o barulho. Meu querido amigo odeia que eu faça isso mas não me aguento. É simplesmente mais rápido, sempre digo a ele e ele sempre revira os olhos. Algum dia os olhos dele vão cair. Rindo para mim mesmo, paro em frente a porta. Não há nada aqui. Mas o chão está molhado, são pegadas humanas.

Fico alerta no mesmo instante. Os passos levam ate a biblioteca, de onde vejo sair uma leve luz por debaixo da porta. Sigo o mais silenciosamente que consigo, quem quer que esteja aqui, eu não quero alerta-lo da minha presença. Encosto a orelha na porta, tentando ouvir alguma coisa, mas a única coisa que ouço é o leve estalar da lareira. O nosso "companheiro" parece nervoso, ele respira pesadamente, e seu coração está batendo muito rápido. Sinto o leve cheiro do seu sangue... Eu conheço esse cheiro em qualquer lugar. Abro uma pequena brecha na porta e espio dentro da sala. Lá está ele, sentado de costas para mim. Consigo ver apenas o topo da sua cabeça. Mas tenho certeza a quem pertence esses fios dourados.

- Nathaniel.

Eu sussurro.

Ele levanta a cabeça e olha diretamente para mim.

~Pov Nathaniel~      

Depois do estrondo tudo ficou estranhamente silencioso. Certamente se tivesse alguém em casa já teriam vindo olhar o que foi isso. E teriam me encontrado. Mas com  o silêncio que reinava eu poderia ouvir ate uma gota de água caindo ao longe. Quando estou começando a me acalmar, ouço alguém falando meu nome. Eu me viro rapidamente e vejo alguém espreitando por entre a porta.

- Se revele. Eu estou armado.

 Eu não estou.

Lentamente a pessoa sai de trás da porta. Mesmo na pouca luz, consigo ver-lo nitidamente. Seus cabelos vermelhos, pele pálida, olhos verdes.

- Você.

- Eu.

Ele sorri descaradamente para mim.

- O que você está fazendo aqui?

- Eu moro aqui.

 Ele ri. Seu riso é como o vento passando por entre as folhas de uma árvore. A maioria das pessoas acharia perturbador, eu acho que é perfeito.

- O que você está está fazendo aqui?

- Estava chovendo, e esse foi o único lugar que encontrei em milhas.

Ele se aproximou sem eu perceber, ele parou em minha frente.

- Por que você está sem as roupas?

 Senti meu rosto queimando.

- E-E-Elas es-estão encharcadas.

- Hm interessante. Sempre que nós encontramos você está sem roupas. Talvez devêssemos fazer alguma coisa sobre isso.

Ele deu um passo para a frente, nossos joelhos se chocaram. Eu tentei me afastar, mas como estava sentado não havia lugares para fugir. Olhei rapidamente ao meu redor procurando por uma escapatória. Ele percebeu e se afastou. Ele deu as costas para mim, mas eu ainda pude ver um vislumbre de sua expressão dura e seus olhos, eles estavam tristes. Eu me senti culpado no mesmo instante. Abri a boca para pedir desculpas, mas ele saiu correndo. Sem hesito peguei minha camisa no chão e parti atrás dele. 

~Pov Castiel~

Ele tem medo de mim. Claro que tem. Ele é um maldito exorcista, por que eu achei que séria diferente? Eu já devia saber. É o trabalho dele me matar não é? Eu saio correndo de lá a toda velocidade. Subo as escadas e vou direto para o meu quarto. Bato a porta. Respiro pesadamente. Ta certo que vampiros não precisam respirar, mas isso me acalma. Fico focando na minha própria respiração por algum tempo. Estou muito mais calmo. Ouço uma batida tímida na porta. Depois há silêncio. Uma risada nervosa.

- Eu nem sei seu nome.

É ele.

~Pov Nathaniel~

Ele partiu para as escadas, dobrou a esquerda e se fechou em um quarto que eu supunha ser seu. Eu controlo minha respiração e bato na porta. Nenhuma resposta. Penso em chamar seu nome, e percebo que eu não sei como ele se chama. Isso me atinge como uma bala. Sou arrebatado por uma tristeza indescritível. Deixo escapar uma risada nervosa.

- Eu nem sei seu nome.

Sem resposta. Começo a dar meia volta, é melhor desistir. Eu nem sei porque vim atrás dele. A porta se abre, e lá está ele. 

~Pov Castiel~

Ele estava meio de costas para a porta. Ele estava... Ele estava indo embora?

- Eu nem sei seu nome.

 Ele repete.

- Castiel.

Não consigo tirar os olhos dele. Ele estava só de camisa, ela estava molhada e colava em seu corpo. Seus cabelos estavam bagunçados, seu rosto levemente corado e ele respirava pesadamente. Começo a ficar excitado. Se eu pudesse corar, eu estaria corando agora mesmo apenas por olhar para ele. Ele tenta se cobrir com a camisa. Tentativa falha. Ele fica ainda mais corado e se contorce desconfortável.

- Me chamo...

- Nathaniel.

Eu sorrio amplamente. Ele franze as sobrancelhas.

- Como você sabe meu nome?

- Eu ouvi você dizendo... Naquela noite.

Eu falo a última parte em um sussurro.

- Oh.

Maldição. Ele me deixa tão nervoso. Eu esfrego a nuca com a mão e fico trocando o peso de um pé para o outro.  

Então. Você quer entrar?

 Dou um passo para o lado. Ele dá um pequeno passo na minha direção e passa por mim entrando no quarto. O seu cheiro me deixa louco. Entro no quarto e fecho a porta atrás de mim.

~Pov Nathaniel~

Seu quarto é frio. Mas saber que sua presença estar logo atrás de mim, me aquece. Não há muitos moveis aqui. Igual o resto da casa. Vejo umas poltronas, poucos livros, uma cômoda. E uma cama. Tento evitar as imagens que aparecem na minha cabeça, imagens envolvendo a cama, e nós dois. Eu limpo a garganta. Eu me viro para ele e vejo ele parado no mesmo lugar, sem se mexer, sem piscar, sem respirar. É perturbador e interessante.

- Você tem medo de mim?

Ele pergunta, mas soa mais como uma afirmação.

- Não.

E eu percebo que é a verdade. Eu não tenho medo dele. Eu deveria... Mas não tenho. Ele dá um passo hesitante, eu também me aproximo. Nós somos como dois polos opostos, completamente diferentes, mas vivem sendo atraídos por um ao outro. Ele olha para o meu peito e levanta uma sobrancelha.

- Ah claro.

Pego meu crucifixo e tiro por cima da cabeça. Jogo ele em cima de uma cadeira próxima. Ele fecha a distância entre nós. Ele para e espera. Estamos na mesma situação do outro dia. Mas agora eu não tenho duvidas sobre o que quero. Coloco as mãos em seu cabelo e puxo sua cabeça delicadamente. Nossas bocas se encontram em um beijo calmo, lento. Seus lábios são duros e frios. Mas mesmo assim, o beijo é perfeito. Rápido o beijo se aprofunda. Ele agarra meus quadris, e coloca nossos corpos ainda mais próximos. Abro minha boca um pouco, lhe dando passagem livre. Eu confio nele.

~Pov Castiel~ 

Ele é ocupa todos os meus sentidos. Seu cheiro me deixa desorientado, sua pele macia sob o tecido fino da camisa me faz querer lhe enfiar as garras e marca-lo como meu. Os barulhinhos deliciosos que ele faz entre beijos. E a expressão em seu rosto, pupilas dilatadas, olhando para mim cheio de luxúria, sua boca inchada. Macia e doce do jeito que eu imaginei. Passo a língua por sua boca, em direção a bochecha, até a orelha.

- Posso te morder?

 Me afasto para ver sua reação, ele morde o lábio e balança a cabeça lentamente afirmando. Pego seu queixo e o levanto delicadamente, deixando seu pescoço visível. Lá está, sua veia pulsando, cheio de vida e sangue. Minha boca fica cheia d'água, sinto minhas presas crescerem. Abro a boca e me aproximo, minhas presas afundam em sua carne e meu paladar é invadido por seu gosto. Doce e azedo ao mesmo tempo. Levemente salgado. Eu sugo um pouco e me afasto. Não quero machuca-lo. Passo a língua no local da mordida, para cicatrizar rápido. Ele geme.

- Você tem gosto de sol.

Sua expressão se transforma em um sorriso caloroso. Eu pego sua mão e o levo até a cama. Eu o empurro delicadamente. Ele se deita e eu sento entre suas pernas. Nós retomamos o beijo. Passo as unhas do seu calcanhar até a coxa. Levanto sua camisa e distribuo beijos pelo seu peito. Faço uma trilha ate seu umbigo, sigo os pelos dourados que levam ate...

- Espere.

 Eu olho para ele.

- Eu-Eu não posso.

 Ele sussurra sob a respiração. Me afasto.

- Certo. O que você quer fazer?

Ele olha para mim agradecendo.

- A gente podia... conversar. Quero saber tudo sobre você.

Eu me deito ao seu lado, perto mas sem nós tocarmos.

- Eu tinha 20 anos, quando fui transformado. Isso foi a 300 anos atrás. Antes disso, da transformação eu tinha uma vida "perfeita". Amigos, namorada, família. Eu provavelmente não teria lidado com essa coisa de vampiro se não fosse pelo meu melhor amigo. A gente levou o "abraço" do mesmo bastardo.

- Onde está seu amigo agora?

Ele pergunta.

- No quarto ao lado.

Rio da sua expressão de pânico.

- Relaxa, ele é inofensivo.

- Mas, ele esteve todo esse tempo aqui com você?

- Sim.

- E como ninguém ficou sabendo dele?

- Ele é cauteloso, responsável. Eu sou o sem cabeça. Eu só estou vivo hoje por causa dele. Ele sofreu bastante quando meus pais morreram, ele gostava deles tanto quanto eu.

Assim que as palavras saem da minha boca fico triste. Ele se aproxima, e me abraça.

- E você? Qual sua historia?

- Venho de uma longa linhagem de exorcistas. Todos os homens da minha família são. Sou o mais novo da minha academia a se formar. Apenas com 18 anos. Agora tenho 21 e recebo Missões que alguns dos mais experientes não conseguem resolverem. Eu adoro esse trabalho, mas ele é muito cansativo. As vezes eu só queria relaxar, me divertir com meus amigos. Ou... Ter um namorado.

Fico irritado ao pensar nele com outro homem.

- Essa é uma vida solitária.

- Ela não precisa ser.

~Pov Nathaniel~

A maneira que ele fala do seu amigo, fez meu sangue ferver. É um sentimento errado, mas eu queria ser o único que ele falasse assim. Ele ficou triste ao falar dos pais. Eu o abraço. Seus braços ficam tensos ao meu redor quando falo sobre um namorado. Ele está com ciúmes?

- Essa é uma vida solitária.

- Não precisa ser.

Levanto a cabeça e olho diretamente para seus olhos.

- Eu sei.

- Nós ficamos nos olhando por algum tempo ate que deixo escapar um bocejo.

- Está tarde, você deve dormir.

Ele se liberta dos meus braços e levanta.

- Fique. Por favor.

- Você tem certeza?

- Sim, esse é o seu  quarto. E também eu quero você...aqui...comigo. 

Ele deita ao meu lado.

- Durma.

 É a única coisa que capto antes de cair em sono profundo. 

~Pov Castiel~ 

Fico a noite toda olhando-o dormi. É um passatempo cativante. Ele se mexe bastante e faz os barulhos mais fofos que já ouvi. A manhã chega rápido demais. Ele acorda e olha para mim.

- Que horas são?

 Sua voz está grossa de sono. E um lado do seu rosto esta amassado do travesseiro. É perfeito.

- Já é manhã.

 Ele faz uma careta.

- Como você sabe? Não dá para ver nada com essas cortinas.

Eu solto uma leve risada.

- Eu consigo sentir. O sol está nascendo agora.

- Eu preciso voltar.

 Sinto que um pedaço meu foi arrancado ao ouvir suas palavras.

- Mas eu não quero.

 Ele fala baixinho.

- Não vá.

- Eu tenho que.

 Sua expressão é triste.

Ele coloca a mão em minha bochecha viro a cabeça um pouco e beijo sua mão.

- Você pode ir buscar minhas roupas?

- Claro.

Me levanto hesitando. Caminho ate a porta, olhando por cima do ombro. Ele sorri para mim. Abro a porta e corro até a biblioteca, chego lá em um piscar de olhos. Procuro suas roupas e as encontro perto da lareira a muito tempo apagada. Pego elas e trago ate o meu nariz. Têm o seu cheiro. Sorrindo para mim mesmo, volto para o quarto. Entrego suas roupas e ele se veste rapidamente sempre olhando para mim. Ele para. Morde o lábio.

- Eu volto.

Ele abre a porta e sai. Eu o assisto partir. 

~Pov Nathaniel~

Desci as escadas, cada passo que eu dava, me levava para mais longe de Castiel. Cada passo doía mais do que uma apunhalada. Tudo que eu queria era dar meia volta e correr para seus braços. Mas não posso. Eu preciso voltar.

Abro a porta e saio em direção ao resto do mundo. Depois da escuridão que estava dentro da casa, a claridade repentina me deixa sem enxergar por alguns instantes. Pisco algumas vezes para me acostumar. E sigo em direção ao pequeno lugar onde o Bast está. Ele relincha feliz ao me ver.

- Como passou a noite amigo? Eu espero que bem. Eu passei a noite muito, muito bem.

Dou uma leve tapinha em sua cabeça. Eu coloco sua sela e o levo até o lado de fora. Subo e partimos em direção a vila.

~~~

O caminho parece ser mais rápido, agora que o conheço. Todo o tempo, repasso na minha cabeça as cenas da outra noite. Suas mãos em minha pele. Sua boca em meu pescoço. A nossa longa conversa, os abraços e carinhos. Sinto uma mistura de sentimentos. Luxúria, afeto, ansiedade, vergonha, arrependimento por ter lhe mandado parar. Também sinto outra coisa, mas não consigo nomear o que seja. Chego a vila e sigo para a pousada. Coloco o Bast nos estábulos. Ele deve está faminto. Volto para a parte da frente e entro.

- Bom d...

Vejo Louis sentado na mesa das refeições com...

- Bispo john.

- Olá meu garoto, eu estava a sua espera. 


Notas Finais


Vcs não sabem o sono que to D: . Mas eu precisava postar o cap agora ou ia morrer. Pontinhos sobre o cap.
1. Antigamente as pessoas usavam branco nos funerais.
2. Eu quis fazer o lys baixinho pq eu não sei pq.
3. Pra quem não sabe "Abraço" é como chama a mordida/transformação.:: bem é isso.

Não me matem pôr ter atrapalhado o tchaca tchaca na butchaca deles. A porra ta ficando séria. Próximos caps tem mo treta. Bjs ate o próximo :D <<33


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