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História Under my Skin - Like a Sugar Baby


Escrita por: Angeli_que

Capítulo 4 - Like a Sugar Baby


A idéia de um sugar daddy milionário, com mansões e iates luxuosos que iria te levar pra andar de jatinho só existia na cabeça das mentes mais férteis, mas bom... Se realmente existisse algum assim, eu nunca o conheci. Eu já estava nesse meio a uns 7 meses quando conheci Mark, ele era escritor, um típico sugardaddie de clipes da Lana Del Rey, ele estava em forma, e usava os cabelos grisalhos num penteado estilo Elvis, estava sempre com um Marlboro na boca e uma jaqueta de couro, ele era daquele tipo bruto e mandão. Eu não o conheci no site, mas o que posso dizer? Foi mutuo interesse à primeira vista. O conheci na boate que eu trabalhava, ele estava vendo as garotas dançando, e chegou um pedido pra mim de whisky duplo com gelo. No bar trabalhavam eu e mais duas garotas, nós recebíamos, preparávamos e levávamos o pedido nas mesas, infelizmente as duas tinham faltado, então eu estava sobrecarregada de pedidos para entregar, quando cheguei em sua mesa, 15 minutos depois, tive que ouvir uma forte reclamação de sua parte.

- A merda do estoque tinha acabado e você ficou esperando repor é? – ele ainda não tinha se virado e olhado pra minha cara 

- Vai trabalhar você sozinho na merda de uma boate onde tem um monte de velhos com ereção te pedindo um Martini a cada 5 minutos! – eu não podia falar assim com nenhum cliente em hipótese alguma, mas não iria deixar ninguém falar assim comigo. Logo que terminei de falar ele olhou para mim, com a melhor cara de indignado que eu podia presenciar, e acho que foi assim que a gente se conheceu. 

- Des-desculpa – ouço ele engasgar, ele me olha de cima a baixo, ainda mantendo a cara de indgnação total.

Terminei de entregar a sua bebida, me virei e voltei para meu bar sem falar mais nada, talvez ele fosse reclamar da insolência da menina do bar para meu chefe mais tarde, mas eu não gostava o suficiente daquele emprego pra ligar pra isso. Menos de 10 minutos depois ele foi até o bar, quando o vi chegando com aquela postura e jeito de pisar forte, achei que levaria um na cara, mas ele só se sentou, pediu outra bebida e ficou me olhando fazê-la, nós dois mantivemos o silêncio, depois que eu terminei servi a bebida pra ele. 

 - O melhor que já provei – ele disse com a mesma voz grossa de outrora, ainda mantive meu silencio, apenas olhando para ele com uma cara seria – Porque trabalha aqui, menina? 

- Porque tenho comida e aluguel pra pagar, e prostituição ainda não é uma opção – falei mantendo a seriedade 

- Ainda? – ele pergunta com um sorriso de canto no rosto.

Mark ficou no bar conversando comigo até a hora que meu chefe chega para expulsar os bêbados caídos, porque havia dado à hora de fechar, 20 minutos depois de limpar o bar e me arrumar, eu sai, e ele estava lá me esperando, encostado no seu Chevy Malibu 69 preto 

- Quer carona, menina? – ele diz quando eu vou a seu encontro 

- Pode ser – ele abriu a porta do passageiro para mim e depois entrou no carro, eu lhe passei meu endereço, ficava a uns 20 minutos da li.

Logo que entrei no carro tirei um maço de cigarros de minha bolsa e acendi um, Mark me olhou com a mesma cara indignada que eu já havia visto antes, mas dessa vez estava um pouco bravo, puxou o cigarro recém aceso de minha boca e o jogou pela janela. 

- Mas que merd... 

- Nada de fumar dentro do carro – tudo bem, o carro é dele mesmo 

- Posso ligar o rádio então? – eu pergunto e já vou metendo a mão em seu rádio, ele me da um tapa antes de eu conseguir encostar nele. 

- Não gosto de música – Que?? 

Chegando a meu endereço eu agradeço seriamente e saio do carro sem falar mais nada, atrás de mim o ouço arrancar e ir embora, só então que eu olho para trás. 

Mark voltou na boate todo o dia daquela semana, e todo dia ficava o horário todo no bar conversando comigo e comprando bebidas, e todo dia ele me oferecia uma carona no final do meu expediente. Ele era grosso, mandão e na maioria das vezes muito quieto, me tratava como se eu fosse uma criança, mas levando em consideração a diferença de idades, talvez ele pensasse mesmo assim.

No sexto dia que ele estava me dando carona, assim que ele estacionou o carro em frente ao meu prédio e desligou o motor, eu sentei em seu colo e comecei a beijá-lo, mas quase que de imediato ele me tirou de cima dele e me expulsou do carro. Fiquei extremamente puta e constrangida com a situação, não entendia o que ele queria (ou não queria) comigo.

No outro dia ele não apareceu na boate e ele também não estava me esperando ao final do expediente. Peguei um ônibus e quando ele chegou ao ponto desci e fui caminhando as duas quadras até em casa, conforme fui me aproximando vi Mark me esperando na porta de meu prédio, e antes de eu falar qualquer coisa ele veio para mais perto de mim, pegou em minha cintura com força e me beijou, naquele instante não consegui pensar em mais nada, apenas o beijar de volta. O arrastei até minha kitnet e transamos a noite toda, sem trocar uma só palavra. 

Na manha seguinte quando acordei, ele já havia preparado o café e comprado algumas coisas para o desjejum, como era um lugar pequeno, da cama dava pra ver a cozinha perfeitamente, e assim que sentei na cama ele veio até mim com uma xícara grande de café. 

- Você não tinha nenhum alarme, deduzi que não tinha nenhum compromisso e não quis te acordar – ele diz se sentando ao meu lado na cama 

- Valeu, realmente não tenho compromisso nenhum - nessa época eu já tinha saído da cafeteria, por causa da grana que recebia dos encontros, e também porque me rendia mais tempo livre para sair com os caras. 

- Como é seu relacionamento com seu pai? – Que? Isso realmente era uma pergunta seria?! 

- Oi? – eu já estava entendendo o rumo dessa conversa 

- Uma garota tão nova como você... Normalmente isso vem de problemas de pais ausentes... – eu o interrompo 

- Meu relacionamento com meu pai era maravilhoso, mas mesmo assim, obrigada pela preocupação – por um momento me esqueci que não conheci Mark pelo site, nenhum homem com que sai tinha me interrogado assim – Eu só curto caras mais velhos. 

 Depois que Mark entendeu o que eu era, e se acostumou com a idéia de uma sugarbaby em sua vida (ele me contou que sabia o que era, mas nunca tinha conhecido uma) nós começamos um relacionamento mais íntimo do que normalmente eu tinha com algum cara. 

 Depois de 2 meses, Mark me convidou a morar em seu loft na área nobre da cidade, onde ele normalmente ficava horas a fio trancado escrevendo colunas pra vários sites e jornais diferentes. A melhor parte de Mark era a sua tranqüilidade, mesmo não sendo formal nosso relacionamento, ele nunca ficava no meu pé com ciúmes ou medo de traições, ele não reclamava do meu trabalho na boate, e ele estava a disposição a qualquer hora que eu chegasse em casa. Mas Mark não saia comigo, eu havia sido acusada pela sua ex-mulher de “golpista de merda” e seus amigos apenas pensavam que “ela esta com você pelo dinheiro”, esses comentários o deixaram desanimado. 

- Eu tenho 53 anos já, entendo o que eles dizem sobre eu e você – o peguei se queixando um dia, nós estávamos deitados na cama vendo um programa qualquer 

- Eles não convivem com você como eu, para de pensar nisso. Você é o cara mais interessante, incrível e o velho mais gostoso que eu já conheci – o vejo dar um sorriso, então sento em cima dele e fito aqueles olhos azuis-piscina por alguns segundos, logo o beijo, e sinto naquele momento que estou perdidamente apaixonada por esse homem. 

Eu fiquei com Mark por 1 ano e 6 meses, e por todo esse tempo achei que seria eterno, nós vimos e fizemos muitas coisas juntos, ele foi a pessoa mais incrível que eu conheci e o único cara que eu amei e consegui manter um relacionamento tão longo, ainda não entendo o motivo real de nossa separação, Mark era um cara com temperamento difícil, mas nada de não déssemos um jeito sempre, talvez tenha sido apenas a vida destruindo as coisas como ela sempre faz, mas nós dois ainda mantemos contatos e eu ainda guardo o mesmo carinho por ele, seu segundo neto nasceu esses dias, e ele continua o mesmo velho mandão de sempre, “para de fumar, isso vai te matar” é o que eu mais ouço vindo dele. 



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