1. Spirit Fanfics >
  2. Under Your Tree >
  3. A Nova Marshall

História Under Your Tree - A Nova Marshall



Notas do Autor


Boa tardeeeee pra você que - assim como eu - teve virose mas já tá melhorando! (boa tarde pra quem não teve virose tambem) hauahauaha

Boa leitura, galera!!!

Capítulo 5 - A Nova Marshall


 

     Na sexta-feira – um dia antes do Festival de Aniversário de Painswick e o terceiro dia desde que minha família se mudou para cá – os Marshall vieram todos para minha casa logo pela manhã, pois desde quando eu tinha 17 anos e fiquei órfão, criamos o hábito de participar juntos da disputa da “Receita do Ano”. Todos os anos um ingrediente era escolhido como o principal no preparo das receitas, e o item escolhido esse ano foi a amora.

  - Edwin, muito obrigado por liberar o Vince ontem! – Suzan disse sorrindo ao chegar, e me  abraçou.

  - Ah, mas isso terá um preço, minha cara! – respondi me fazendo de sério e tanto ela quanto o neto me olharam assustados. – Amanhã, antes do festival, quero todos vocês aqui bem cedo. Desafio Vincent, Benjamin e Thomas contra Elias e eu na pescaria!

     Todos riram e eles ficaram visivelmente aliviados, concordando em vir pela manhã e passarem todo o dia aqui antes do festival. Nos concentramos então em separar e executar os preparativos da nossa receita, que seriam Fairy Cakes de amora.

     Rosie e Ben preparavam, respectivamente, a massa e o chantilly. Ouvi que conversavam acerca de alguns detalhes sobre o chalé que iriam construir. Provavelmente, após pronto o lugar acabaria tendo a única finalidade de ser um “playground” para Elias. O local escolhido por Rosie, pela descrição que me deram, era uma clareira que Thom e eu transformamos em um jardim bem colorido, sob o pretexto de ter um lugar bonito e especial para pedir as nossas garotas em namoro. Nós tínhamos quinze anos, enquanto Anne e Suzan tinham 13.

     Eles tinham a mesma cumplicidade de quando eram crianças; agiam como se tudo fosse uma piada, ambos fingindo que nada daquilo era sério, mas eu sabia que havia algo a mais ali. Pais também podem ter pressentimentos, afinal.

Vincent e Emily estavam encarregados de organizar as forminhas de papel coloridas, e o pobre rapaz tentava sempre puxar assunto com ela, que fazia de tudo para dificultar a vida dele. Mas ela acabava cedendo e fazia pequenos comentários ou sorria; me senti um pouco culpado, pois tinha certeza que suas tentativas de ignorá-lo eram devidas à minha brincadeirinha de ontem.

     A melhor ocupação era a de Elias: meu neto era o nosso degustador. Ele corria pela cozinha com o rosto escancarado em um sorriso de contentamento, todo pintado de roxo por causa das amoras, e provava de todos os ingredientes.

     Eu e os mais velhos estávamos no “grupo da geleia”. Eu estava basicamente segurando vela naquela cozinha. Me lembrei de quando eram somente os Marshall, Anne e eu fazendo nossa receita para o festival. Entre as agradáveis memórias que me invadiam, conversas e traquinagens ora de Elias, ora de Benjamin, quando percebi já era noite e todos os fairy cakes já estavam assados, ficando a parte de rechear e decorar para amanhã. Após o jantar, nos despedimos só com um “até daqui a pouco”, já que estariam todos de volta dentro de algumas horas.

     Após uma ótima noite, e ainda sonhando com as lembranças antigas, estávamos novamente juntos. Como era uma reunião para pescar, acabamos dividindo a manhã como “dos garotos” enquanto as “meninas” conversavam e tomavam chá na varanda.

     Havia um deck de madeira na beira do lago, onde nos sentamos lado a lado com nossas varas de pesca posicionadas, conversando e agindo o mais silenciosamente possível, aguardando que nossos prêmios começassem a morder as iscas. Pouco antes de se sentar conosco, Ben tirou a camisa que vestia, e uma tatuagem na parte frontal da costela – do lado esquerdo, próximo ao coração – despertou minha atenção.

     Eram palavras perfeitamente alinhadas e agrupadas uma por uma na vertical, como uma lista. Estreitei os olhos para ler o que estava escrito: Thomas, Suzan, Alexander, Penélope, Vincent, Edwin,Rosalie, Rachel. Penélope eu lembrava que era a mãe de Vincent. Todos os nomes em sua pele deixava claro que, embora ele se mantivesse sempre literalmente distante, jamais iria se esquecer da família.

O meu nome, ok. Afinal eu era padrinho dele. Mas o que realmente surpreendeu foram os últimos dois nomes. Certo, minha filha e ele cresceram grudados, ela teve uma queda por ele, ambos viveram muita coisa juntos; porém nunca pensei que Benjamin a considerasse tanto. E quem seria Rachel? Thomas pelo visto teve o mesmo pensamento que eu, pois ele deu voz a pergunta que eu queria fazer.

  - Rachel – Ben respondeu, - é o motivo pelo qual estou voltando em definitivo para casa. – Ele suspirou dando um gole em sua garrafa de cerveja e fitando um ponto distante no horizonte.

  - Somos todos ouvidos – Disse Thomas, olhando meio abismado para o filho.

  - Quando eu estive na Irlanda para um acampamento há mais ou menos um ano atrás– Bem começou a resumir a história, - conheci uma hippie chamada Ramona e tivemos um, hã, pequeno caso. Na semana passada, eu estive novamente nesse mesmo acampamento, a reencontrei e ela me mostrou a criança, que havia nascido três dias antes da gente se rever. Ela me disse que deveria levar a bebê comigo ou ela abandonaria, por que era isso que gente da “tribo” dela fazia. A menina é a minha cara, só o cabelo loiro que foi herdado da mãe, então tive que pegá-la. E cá estou agora.

  - E essa criança, onde você a enfiou?! – Perguntei assustado.

  - Deixo ela com uma das moças que trabalham na hospedaria onde passo as noites; ela também se chama Rachel, e cuida tão bem da minha filha que passei a chama-la assim.

  - Então vou lhe dizer pela milésima vez em quatro dias, Ben: você deve voltar a morar lá em casa! – Disse Thom. – Seu quarto ainda está lá. E podemos transformar a salinha de artes da sua mãe em um quarto para a bebê. Por falar na sua mãe, ela já está sabendo?

  - Não. Ainda não contei para ela. E eu quero arrumar um emprego primeiro, pai.

  - Pode tratar de ir para casa com minha neta, depois você acha um emprego. – Thom me cutucou – Está ouvindo isso, seu bode velho? Eu tenho uma neta! – exclamou feliz.

  - É eu ouvi, sim – respondo como quem não quer nada. – É a futura namorada de Elias!

  - De jeito nenhum! – Thomas e o filho exclamaram em uníssono enquanto eu e os garotos dávamos risada.

  - Quer dizer que tenho uma priminha, e vocês vão morar com a gente? – Vince perguntou ao tio.

  - É sim, e nós temos que comemorar! –respondi e nós começamos a gritar chamando pelas mulheres, que vieram correndo da varanda.

  - Temos um anúncio! – Disse Thom. – Quero dizer, Ben tem um anúncio.

  - O que houve? – Suzan perguntou preocupada, arfando por causa da corrida.

  - Mamãe, Rosie, Emily... estou voltando a morar aqui. Mãe, espero que a senhora me perdoe, e me aceite de volta – Benjamin disse meio acanhado.

     Suzan e Rosalie dedicaram os cinco minutos posteriores a gritar e rir com a novidade. Emily sorriu e contou que eles também ficariam, o que fez com que as duas gastassem mais alguns minutos com o escarcéu delas. Aquelas damas tinha uma garganta e pulmões bem potentes.

  - E o tio não voltou sozinho! – Vince disse alegre enquanto ajudava Elias a puxar a linha, já que aparentemente meu neto havia pego alguma coisa. Vi o sorriso de Rosie desaparecer aos poucos.

  - É então, sobre isso. Eu descobri que tenho uma filha – e contou novamente a história da pequena nova Marshall.

  - Meu Deus. É hoje que eu tenho um infarto! – Suzan disse emocionada quando o filho terminou.

  - E eu vou ser tia! – Rosie disse em um misto de constrangimento e felicidade. Foi quando ela viu a lista /tatuagem com os nomes das pessoas que Ben mais amava no mundo. Ela ruborizou fitando o rosto dele, mas não fez nenhum comentário a respeito.

  - Ei, olhem só o que eu peguei! – Elias nos chamou a atenção, mostrando a pequena truta que havia pescado. – Corre Vince, acho que você também conseguiu pescar um.

     Quando Vincent puxou sua própria linha viu que não passava de uma galha de árvore, e não escapou das nossas zombarias, inclusive acabou participando delas. Ele finalmente parecia mais a vontade com as pessoas, tanto que ajudou Elias a convencer a irmã a se sentar e pescar também. Emily aceitou após muita insistência dos garotos, resmungando mais que um velho – e de velhos eu entendo .

     Quando todo mundo conseguiu pegar pelo menos um, guardamos as varas e fomos para dentro. Almoçamos e terminamos de ajeitar os fairycakes para mais tarde, antes da hora de ir para o festival.


Notas Finais


Faltam mais dois capitulos (se eu não me engano) pra entrarmos na parte da historia onde Edwin começa a contar a história dele com Anne "detalhadamente"; Como o enem tá chegando, e eu preciso ter uma nota maravilinda, só poderei atualizar agora depois do período das provas.
Bjos e até a próxima!!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...