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História Under Your Tree - Annelise Lucas



Notas do Autor


Oieeeeeeee
Me desculpem pela demora, mas a criatividade as vezes desaparece! hahaha
Todavia, eis aqui a atualização (~joanasilva , espero que o capítulo valha a sua longa espera!!!), e eu comecei ontem uma nova história, dessa vez com o Podolski e honestamente, eu sou a primeira a admitir que ela é provavelmente a melhor fic que eu já publiquei em termos de "desenvolver" a história! hauhauhauaha
O link dela estará nas notas finais, caso queiram acompanhar

Boa leitura!

Capítulo 8 - Annelise Lucas


    Gastei tanto tempo chorando, me lamentando, e remoendo tudo o que eu já vivi enquanto eu estava isolado no meu quarto, que eu acabei pegando no sono mesmo. Dormi a tarde toda, a noite toda e acordei só no dia seguinte – e já eram quase onze da manhã. Rosalie bateu na porta e entrou quando eu lhe autorizei.

  - Papai, eu já estava ficando preocupada! – Disse. – Emily me contou que o senhor estava dormindo desde o início da tarde de ontem.

  - Poxa, tudo isso? – Perguntei rindo e ela assentiu. – Acho que estou começando a me transformar em um vegetal!

  - Nem brinca com uma coisa dessas! – Fui repreendido logo de manhã pela minha própria filha. – Emily também disse que limpou um quartinho velho onde o senhor guarda coisas que eram da mamãe... – continuou.

    Me levantei da cama espreguiçando e fui em direção à saída.

  - Da sua mãe e da nossa família no geral. Emily me fez prometer que eu iria contar a história dela para vocês, então vamos lá.

    Eu podia sentir a curiosidade emanando dela.

  - Tem certeza que quer falar sobre isso? – Perguntou, provavelmente só por educação.

  - Tenho, minha querida. Vocês têm o direito de saber. E eu já me sinto péssimo o bastante por nunca nem sequer ter te mostrados uma fotografia dela.

...

  - Já pediu desculpas para o Vincent? – Perguntei para Emily, acho que mais ou menos pela quinta vez.

  - Já vovô, mas...

  - Mas?

  - Não sei se ele realmente me perdoou – respondeu. – Ele só disse que estava tudo bem, mas não demonstrou nenhuma reação, nem mesmo olhou para mim!

  - Talvez ele só precise de um tempo para pensar, assim como você teve o seu tempo – tentei acalmá-la.

  - E você deve reconhecer que merece essa atitude fria da parte dele! – Se manifestou Rosalie.

  - Valeu, mãe!

  - Só falei a verdade, criança – ela disse indiferente.

  - É, e eu só te agradeci! – Emily rebateu irritada.

  - Parem, as duas! – Intervim.

    Estávamos novamente reunidos na mesa de pique - nique no quintal, pois o dia estava bem ameno e agradável. Os álbuns de fotos que Emily encontrara estavam espalhados sobre a mesa, e Rosalie olhava cada um deles como se fossem feitos de ouro. E é claro que para mim eles eram ainda mais valiosos que o ouro mesmo.

  - E então, o que querem saber? – Perguntei me sentindo um pouco desconfortável.

  - Tudo, ué! – Respondeu Emily.

  - Começa pela parte da guerra, quando o senhor pilotava avião, vô! – Pediu um ultra animado Elias.

  - Ai nada a ver, criatura! – A irmã mais velha o repreende, deixando um tapinha em sua cabeça.

  - Começa do começo. O senhor me ensinou que essa é sempre a melhor forma de começar, lembra? – disse Rosalie, com a voz embargada.

    Quando era pequena, ela nunca parava de perguntar sobre a mãe; onde ela estava, quando ela  voltaria, porque não havia se despedido dela, se Anne a amava. Pedia por fotos, ou para ouvir sobre ela, mas eu sempre evitava o assunto. Até que um dia ela se convenceu de que nunca mais a mãe iria voltar, e parou de perguntar a respeito dela.

  - Bom, que seja – falei. – vou contar tudo começando do começo. Tenha muita paciência, Elias.

    Dei ênfase no “muita” , e Elias assumiu uma expressão de tédio. Fiz uma pausa antes de começar, e eles não desgrudavam o olhar de mim.

  - Como vocês já sabem sobre minha vida, vou contar mais sobre sua avó – continuei. Até por que, ela sempre foi aquilo o que realmente importava. – seu nome era Annelise Lucas, mas ela gostava de ser chamada apenas de Anne. Nós nos conhecemos no verão de 1929, quando eu tinha nove anos e ela, sete. Foi quando a família dela chegou na cidade e nós fomos apresentados por Suzan, já que os Lucas se mudaram para uma casinha próxima de onde ela morava.

“Quando eu a vi pela primeira vez, eu soube que eu a amaria pelo resto dos meus dias. Ela parecia ser feita dos melhores sonhos que já haviam sido sonhados, tinha um espírito misto de rebeldia e doçura. E então, o inseparável trio de amigos se tornou um quarteto. Nós sempre estávamos juntos; éramos irmãos, confidentes, cúmplices. Nossas vidas e nossas histórias eram sempre fundidas em uma só.

Os Wilde são donos da maioria dos negócios da cidade, e os pais dos meus amigos trabalhavam nesses negócios; os pais dela não foram diferentes, e isso colaborava para que ficássemos sempre por perto. Quando meus próprios pais faleceram, dividi todas as ações do banco e dos nossos outros empreendimentos com as famílias de Suzan, Thomas e Anne por que queria que eles estivessem comigo nas responsabilidades também. E eu nunca tive do que me queixar.

Lembro-me de uma vez, alguns meses depois da chegada dos Lucas, que a mãe de Anne adoeceu. Elas se foram para Londres, afim de que a senhora Lucas pudesse ter um tratamento médico adequado; segundo o pai dela, ficariam por lá durante um tempo com uma tia que morava em um subúrbio londrino. Eu ia absolutamente todos os dias até a casa dela, e minha conversa com seu pai era quase metódica, um ritual. Havia dias em que eu simplesmente ficava sentado nos degraus da varanda de sua casa até que por fim anoitecesse, a aguardando e fantasiando que a qualquer momento ela estava vindo de volta para mim, com aquele sorriso que nos fazia acreditar que a vida valia a pena.

Mas é claro que não foi tão simples assim, e levou muito tempo para que eu finalmente conseguisse vê-la outra vez.” 


Notas Finais


link da nova fanfic >>> https://spiritfanfics.com/historia/ein-lied-in-munchen-7293189

Até a próximaaaa
Bjoss


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