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História Undercore - O subsolo


Escrita por: Hellandise

Capítulo 3 - O subsolo


Fanfic / Fanfiction Undercore - O subsolo


[som de algo batendo no chão]
[em um salão perto da queda da fissura]
 
-que barulho foi esse, mãe? – disse Flowy, envolvendo as vinhas ao redor de Toriel, virando a cabeça por cima dos ombros dela.
- não sei querido, mas acho que veio do salão florido, vamos lá checar! – disse Toriel com um rosto de preocupada.

Ao chegar lá encontraram a jovem inconsciente sobre o jardim de flores douradas do salão.


- pobre criança, deve ter caído da fissura como as outras, espero que não esteja muito ferida! – disse Toriel indo em direção ao corpo da jovem e levantando-a em seus braços.
- parece inconsciente – disse Flowy chegando perto do rosto da jovem.
- por hora, vamos leva-la até em casa, ela precisa descansar e se recuperar – disse Toriel sorrindo para Flowy e caminhando em direção as portas do salão.
 
[algum tempo depois]
[em um dos quartos da casa de Toriel]
 

Frisk, um pouco zonza, acorda, sentindo cheiro de algo recém-assado. Ao se levantar da cama em que estava deitada, percebe um pedaço de torta ao lado, morrendo de fome como estava, nem pensou duas vezes e se pôs a comê-la. Com suas energias voltando, sentiu uma estranha sensação de estar sendo observada, até notar uma pequena flor amarela parada entre a porta e o corredor.
 
- a torta da mamãe é deliciosa, não é!? – disse Flowy, um pouco tímido.

Surpresa e espantada pela flor estar falando, a jovem Frisk ficou sem palavras, só uma coisa lhe passou pela cabeça.
[.F.] devo estar sonhando ainda, não pode ser uma flor falante [.F.].
 

Frisk continuou encarando a pequena flor em um longo silêncio cômico. Flawy, começando a ficar corado, chamou Toriel para que o estranho clima sessasse.
 
- olá minha criança, espero que esteja se sentindo melhor! Você levou um tombo feio, mas deixe eu me apresentar, sou Toriel, guardiã das ruinas e esse pequeno e envergonhado ser é Flowy, meu filho. – disse Toriel, se aproximando do pé da cama com um sorriso amável.
- deve estar confusa, nossa aparência não deve ser convencional para você, somos monstros, mas não precisa ficar com medo, não faremos mal nenhum a você, minha criança. – retomou Toriel, tentando esclarecer algumas coisas.
 

Frisk acenou com a cabeça, em resposta que estava entendendo o que tinha acontecido, continuou analisando o monstro que falava com ela, que mais se parecia com uma mulher com rosto de uma cabra fofinha. De repente notou a estampa do vestido dela, era o mesmo símbolo do livro que ela tinha lido.
Frisk se levantou rapidamente olhando em volta até ver sua mochila no canto do quarto, correu até ela e retirou o livro.
 
- esse símbolo tem a ver com vocês!? – disse Frisk, levando o livro até Toriel.
Surpresa, Toriel folhou o livro lendo algumas paginas, enquanto Flowy subia em suas costas tentando ver mais de perto.
- interessante minha criança, esse livro se trata de relatos feitos na época dos clãs, quando os monstros ainda viviam na superfície! – disse Toriel muito animada.
 
 

Frisk, confusa com relação ao que Toriel tinha dito, fez uma cara de duvida.
 
- Clãs? Monstros vivendo na superfície? Seja o que for essa historia é desconhecida pelos humanos, pelo menos, nos tempos de hoje. – disse Frisk, um tanto quanto surpresa.
- bom minha criança, acho que teremos muito assunto para conversar. – disse Toriel, com um sorriso acolhedor.
- não me diga que vai querer ficar com essa criança aqui em casa!? – resmungou Flowy, olhando com duvida para a Frisk.
 

Aparentemente, Flowy não teve uma boa impressão da Frisk, principalmente por ela ter deixado ele no vácuo alguns minutos antes.
 
- desculpe por antes, fiquei meio surpresa e não sabia como lidar com a situação! – disse Frisk, dando um sorriso bobo para Flowy – me chamo Frisk, é um prazer conhecer vocês e obrigado por terem cuidado de mim enquanto estive inconsciente.
Flowy, mesmo ainda demonstrando certo desprezo, acenou com a cabeça.
- certo, minhas crianças, por hora, vamos tentar nos conhecer um pouco mais. – disse Toriel, pegando Frisk pela mão com um sorriso amoroso.
 

Com o passar do tempo, Frisk se apegou aos monstros que viviam nas ruinas, começou a chamar Flowy de irmão e Toriel de mãe. Ela nunca havia se sentido daquele jeito, nunca teve uma família de verdade, já que seus pais haviam morrido quando ela tinha 4 anos, em um acidente de carro.
 

Toriel contou as historias do passado para Frisk, explicou sobre a condição de Flowy, que no passado se chamava Asriel, mas por um incidente acabou perdendo sua alma e forma física original e que só tinha algumas lembranças do passado, pois Toriel alimentava as raízes de Flowy com resíduo magico que vinha de sua alma, por assim dizer, Flowy meio que se fundia com Toriel e se alimentava da alma dela, nada perigoso, só o suficiente para manter uma ligação. Explicou sobre o subsolo, sobre o rei e seus guardas, sobre as almas humanas que foram usurpadas e guardadas, sobre a condição da barreira, a depressão em que o subsolo se encontrava e que fora das ruinas não era seguro, pois os monstros ficaram agressivos depois de certo tempo.
 
- isso é muito triste, como seres tão poderosos perderam a esperança de sair daqui! Não quero ficar parada só olhando, eu quero fazer alguma coisa a respeito! – disse Frisk a Toriel, forçando seu punho para baixo.
 

Naquele instante a alma de Frisk começou a brilhar, Toriel notou o grande potencial magico que havia em sua nova filha e tomou uma decisão.
 
-após tantas pobres crianças terem caído aqui, aprendi, com o tempo, que não adianta eu impedir sua jornada, a única coisa que posso fazer é prepara você para os perigos a diante – disse Toriel, recordando as falhas do passado.
- para mudar esse mundo, você vai precisar de treinamento, minha criança. Vou ensina-la tudo que eu sei e vamos ver até onde você consegue ir com toda essa sua DETERMINAÇÃO! – retomou Toriel, com olhos confiantes e orgulhosos.
- para começar, minha criança, a partir de agora, Flowy vai se unir a sua alma. Precisamos acostumar sua alma com a perda de energia. – disse Toriel, tirando Flowy de seu ombro e levando até Frsk.
 

Flowy entrelaçou suas vinhas em Frisk, envolvendo a alma dela com suas raízes. No mesmo instante Frisk sentiu um desespero, seguido por uma agonia repentina.
 
- que sensação estranha! Isso é normal, mamãe? – disse Frisk se encolhendo um pouco e fechando os olhos.
- sim, minha criança, agora você esta recebendo uma dose dos sentimentos de Flowy, em quanto ele se conecta a você. – disse Toriel, olhando para os dois.
 

Mas ela não era a única a sentir um desconforto, Flowy também estava recebendo uma carga imensa de sentimentos vindos de Frisk. Aquilo era necessário para que os dois entrassem em sincronia e equilíbrio.
Tentando se acostumar com aquela sensação, Frisk se levanta e olha diretamente para Flowy.
 
- agora somos uma equipe, irmão, não importa quais serão os problemas que vamos enfrentar, mas faremos isso juntos. – disse Frisk, com um olhar determinado e confiante.
 

Naquele instante Flowy sentiu um imenso alivio, era como se as palavras de Frisk tivessem ressoado através de sua alma alcançando ele. A sincronia foi estabelecida.
 
- posso não ser muito forte, mas eu juro, vou protegê-la e encarar qualquer perigo com você! - disse Flowy em retribuição as palavras de Frisk.
 
Toriel, vendo aquela cena começou a chorar.
 
- minhas crianças, vocês ficarão fortes juntos, a partir de agora, vou treina-los! – diz Toriel, tão feliz e orgulhosa que mal conseguia se conter.
- SIM MAMÃE! – responderam os dois confiantes e determinados.
 



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