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História Undercore - A voz da solidão


Escrita por: Hellandise

Capítulo 5 - A voz da solidão


Fanfic / Fanfiction Undercore - A voz da solidão


[um dia mais tarde após a luta dos três]
[em frente à porta que levava para fora das ruinas]
 

Toriel abraça seus filhos pela ultima vez antes de partirem em sua jornada, Frisk cheia de ferramentas e comida para qualquer emergência durante o percurso e Flowy entrelaçado em sua irmã.
 
- cuidem-se minhas crianças, a partir de agora só poderão depender um do outro. – disse Toriel, com uma voz calma.
- não se preocupe mamãe, você nos treinou bem. – disse Flowy, erguendo uma das vinhas em sinal de força.
- isso mesmo irmão, não importa o que vamos enfrentar, nós vamos libertar esse mundo – disse Frisk, cheia de determinação.
 

Após se despedir, os dois atravessaram a porta para fora das ruinas. A porta se fechou por de trás deles e um grande silencio se instalou no lugar. Ao redor, havia neve e vários pedaços de paredes e pilares cobertos por algum tipo de planta avermelhada. Os irmãos analisaram o cenário, garantiram que não havia perigo e então prosseguiram.
 
- espero não encontrar nenhum monstro por aqui, esse lugar me dá arrepios. – disse Flowy, olhando em volta desconfiado.
- se queremos mudar esse mundo, teremos que mudar os monstros primeiro! Quanto mais nos confrontarmos com eles melhor! – reforçou Frisk, cheia de determinação.
- tem razão! Vamos dar o nosso melhor então! – concordou Flowy, sentindo seu interior se encher pela energia vinda de Frisk.

Caminhando mais a frente, os dois começaram a ouvir uma voz calma, cantando ao fundo quebrando o silencio. Era uma canção triste, cheia de historias melancólicas do passado, de perdas e solidão, ela vinha de um monstro que flutuava mais a frente em uma passagem estreita. O som lhes sufocava, era como se a agonia de mil almas estivesse apertando eles contra o chão. Era uma sensação horrível.
 
- maninha, não estou me sentindo nada bem. – disse Flowy, quase começando a chorar.
- eu sei irmão, me sinto igual, vamos tentar conversar com ele para ver o que há de errado! – disse Frisk, também quase chorando.
 

Eles se aproximaram mais do monstro que parecia uma fantasia de fantasma do dia das bruxas, à medida que se aproximavam, a tristeza aumentava.
 
- desculpe interromper, mas qual é o problema? Por que sua canção é tão triste? Tem alguma maneira de te ajudar? – disse Frisk, se segurando para não chorar.
 

O fantasma não respondeu, na verdade, ele nem notou a presença deles, parecia triste de mais e concentrado de mais em sua musica melancólica. Irritado, Flowy começou a chorar, se entregando a tristeza da musica, provocando assim um forte desconforto a Frisk.
 
-PARE DE CANTAR SEU FANTASMA ESTUPIDO, NÃO VÊ QUE ESTA NOS FAZENDO MAL?! – gritou Flowy, chorando desesperadamente.
- irmão, por favor, se acalme! Gritar, também não está resolvendo nada. Lembre-se do treinamento com a mamãe... Nós temos que agir! – diz Frisk, se encolhendo um pouco, tentando manter a calma, respirando devagar.
 

Ao fundo, por entre algumas árvores estava Sans, o vigia daquela região. Ele se contorcia de risos ao ver aquela situação.
[.S.] mas que perda de tempo [.S.].
[.S.] já faz algum tempo que não via um humano, mas essa garota! Ela parece mais idiota do que qualquer um dos outros HAHAHA... Não vai durar nem um dia nesse mundo [.S.].
[.S.] talvez eu me divirta ♥ um pouco com ela antes de leva-la até o Asgor [.S.].
 

Frisk ouviu um pouco mais da musica, analisando-a calmamente, naquele momento, ela se sentou ao lado do fantasma, fechou os olhos e começou a cantar. Era uma canção calma que contava sobre as belezas do mundo, sobre conhecer pessoas e se divertir com elas, sobre ter esperança que, em algum lugar, alguém vai dar valor a sua existência e que era preciso ter determinação para ser feliz.

O fantasma parou de cantar, ele só conseguia admirar a menina e suas histórias sobre o mundo. Era como se a voz de Frisk transmitisse uma energia tão forte que o preencheu com tais sentimentos.
 
- se sente melhor? Foi meio de improviso, mas espero que tenha gostado! – disse Frisk, dando um sorriso amável.
- foi lindo, nunca conheci alguém que poderia cantar algo tão maravilhoso! Geralmente espanto os outros com minhas canções, ninguém se interessou em ouvi-las ou se quer tentar canta comigo. Meu nome é Napstablook, desculpe se te incomodei com minha musica. – disse o fantasma, com um sorriso tímido no canto de seu rosto.
- é bom cantar para expressar nossos sentimentos, você tem uma bela voz, talvez devesse cantar algo diferente de vez em quando. – disse Frisk, com um sorriso bobo na cara.
- é verdade, de preferencia, algo que não nos faça chorar! – resmunga Flowy, enxugando as lagrimas.
- irmão! É difícil superar a tristeza quando estamos sós, você, melhor do que ninguém deveria saber disso. – retrucou Frisk, com as mãos na cintura.
- ok, ok, me desculpe por isso. – disse Flowy, dando de ombros.
- bom, sempre venho para as ruinas para ficar sozinho, mas é a primeira vez que vejo alguém como você, se for à waterfall, me procure. – disse Napstablook, desaparecendo aos poucos – até mais.
 
Frisk acena, se despedindo, em quanto Flowy, ainda irritado, vira o rosto.
 
- esse monstro não era tão ruim a final de contas. – disse Frisk aliviada.
- melhor não baixar a guarda, com certeza virão outros e não se esqueça de que no final você vai precisar enfrentar o meu pai. – diz Flowy, ainda irritado e preocupado ao mesmo tempo.
- bom, um paço de cada vez. – diz Frisk, andando em direção à floresta.
 

E, lá ao fundo, confuso, Sans simplesmente não entendeu o que tinha acabado de acontecer. Alguém sendo gentil?! Ajudando sem pedir nada em troca?! A única conclusão que ele podia tirar daquilo era...
[.S.] essa garota é estranha [.S.].
 



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