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História Undercover - Prologue


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Oi, galera!!!! Aqui estou eu (de novo) com uma nova história novinha pra vocêssss hsjdknskfk então, como vocês podem ver, é com personagens originais e a sinopse já diz muita coisa sobre ela... o resto vocês descobrem com o tempo! Beijooos e boa leitura!

Capítulo 1 - Prologue


Segunda-feira, 28 de Agosto, 07:45 AM, Colégio Interno IBS of Provence - Paris, França. 

• Jasmine Maddox

- Estou completamente cheia dessa droga de internato, Valerie. Acho que se ficar mais um dia encarando o rosto daquela diretora, eu fico maluca.

- Falta menos de um mês para irmos embora desse lugar, Jazzy. Você precisa se acalmar. 

- Eu estou super calma. 

Na verdade, eu não estava nada calma. Iria completar quatro anos que meu pai achou super conveniente simplesmente me colocar dentro de um avião e me despachar direto para um internato na França. Claro, sempre foi super conveniente pra ele me mandar para vários lugares quando eu o tirava do sério desde que a mamãe não estava mais aqui para justificar os meus erros, meus acessos de raiva ou meus ataques de loucura. Não que eu seja uma garota maluca, eu sou bem centrada quando se trata dos meus estudos, mas admito que irritar o papai era o meu passatempo preferido. Ia fazer quatro anos que estou bem longe do meu país, quatro anos que não vejo ninguém da minha família, quatro anos que nem ao menos respiro um ar fresco fora desse lugar. Claro que saíamos para passeios turísticos aqui em Paris e em algumas cidades vizinhas, mas isso era uma vez a cada zilhões de anos, nem me lembro qual foi a última vez em que sai daqui - sem ser escondido junto com a minha melhor amiga com um medo constate de ser pega -. Aqui temos tudo o que você precisa e muito mais, era isso que eles diziam. Ok, minha definição de "tudo que eu preciso" era definitivamente diferente de todo o resto da humanidade. 

- Céus, essa garota me assusta apenas pelo jeito que olha para as coisas. - Valerie sussurrou.

- Me acostumei. Quatro anos da minha vida com uma sociopata como companheira de quarto. - balancei a cabeça e Valerie e eu desviamos o olhar rapidamente quando Tunmy nos encarou. 

- Ela me assusta. 

- Srta. Maddox e Srta. Parker, compareçam em minha sala imediatamente. - a voz furiosa da diretora pelo alto falante ecoou pelo refeitório, cessando todas as outras vozes nesse lugar. 

- Pronto, agora ferrou. - murmurei enquanto Valerie entrelaçava o braço no meu. 

- Eu poderia muito bem colocar toda a culpa em você e sair como inocente, certo? - ela abriu um sorriso angelical e eu a fuzilei com os olhos. - Ok, eu assumo a culpa também. 

- Claro, você também tem culpa. Não ameacei enfiar uma faca no seu pescoço para fugirmos daqui. Ou ameacei?

- Jazzy, é trigésima nona vez que somos chamadas na sala diretora desde que nos conhecemos. 

- Você está contando?! - perguntei, indignada. 

- É claro! Nós vamos bater um recorde! Não sei como ainda não fomos expulsas. 

- Eu sei. Meu pai deve pagar uma boa grana para me manterem aqui mesmo com todas as merdas. 

- Tá, mas e a mim? Isso nem faz sentido! 

- Sua mãe vem te visitar todo final de semana, Valerie. Ela tem um poder incrível de persuasão, até mesmo com a impossível diretora Carlson. 

- Isso é verdade. 

Antes mesmo de pensarmos em bater na porta da sala da diretora, a mesma saiu com um semblante nada bom. Ela deve estar tão cheia e ao mesmo tempo tão feliz em saber que partiríamos em menos de um mês. Pelo menos eu estou. 

- Nem sei mais porque chamo vocês, irresponsáveis, em minha sala. - ela soou mais rude do que eu esperava e tirou os óculos de grau. - Vocês foram educadas para serem moças respeitadas, recatadas, corretas. O que se passa em sua mente perturbada, Srta. Maddox? - ela se dirige a mim. 

- Tarde demais para tentar me educar, Sra. Carlson. Se me lembro bem, o único motivo de eu ainda estar aqui é o dinheiro do meu pai. Isso diz muito sobre a minha criação e sobre vocês, não? 

- Por que vocês gostam de causar discórdia, propor fugas e causar rebeliões aqui dentro?! Perdi a conta de quantas vezes tentaram fugir e...

- Não tentamos fugir nenhuma vez. - a interrompi. - Nós escapávamos para termos liberdade pelo menos um minuto da nossa longa e maravilhosa adolescência. - ironizei. - Temos dezessete anos, Carlson. O que você espera?

- Que o nosso sistema de educação seja refletido em garotas vulgares e irresponsáveis igual a vocês! - percebi que ela ficou realmente nervosa, inclusive levantou de sua poltrona. 

- Sorte sua que meu pai resolveu me mandar de volta para os Estados Unidos, não é mesmo? Garotas americanas, puff... sempre causando problemas. - gesticulei balançando a cabeça. 

- Falta isso aqui - a diretora gesticulou. - Para eu esquecer de todas as suas notas boas e te despachar de volta pro seu lugar agora mesmo, menina!

- Você estaria me fazendo um favor, mas sendo injusta, não é mesmo? - fiz um beicinho que pareceu irrita-la ainda mais. - Injusta e desonesta. 

- Saiam da minha sala! Agora! - ela gritou com a voz mais aguda que o normal. 

Valerie e eu nos entreolhamos, então saímos de sua sala seguindo pelo enorme corredor de volta o refeitório e terminarmos o nosso café da manhã. Eu estava faminta. 

- Você é maluca! Como tem coragem de respondê-la desse jeito?

- O que eu tenho a perder, Valerie? Nada.

- É, por um lado você está certa. 

Peguei meu celular dentro do meu sutiã e pedi para Valerie me dar cobertura enquanto conversava com Owen. Uma das minhas punições era ficar sem meu celular, mas de tanto que ia para a sala da diretora, descobri onde ela guardava os celulares apreendidos. Ela ia me devolver apenas no dia que eu fosse embora, talvez eu deixe lá um dia antes só para disfarçar. 

"Adivinha só? Chamada na sala da diretora pela terceira vez só nessa semana. Acho que preciso de mais aulas de etiqueta."

Esperei Owen me responder com um sorriso no rosto e só vi Valerie me repreendendo com o olhar. 

- Você sabe que nunca vai conhecê-lo, não é?

- Como não? Estou voltando para Atlanta daqui alguns dias.

- Jazzy, isso é tão errado e tão perigoso. 

- Por Deus, Valerie, até parece que você nunca conheceu um amigo pela internet. 

- Um amigo? Já conheci vários. Você sabe que não é só isso que rola entre vocês. 

- Claro que é. Nos falamos a mais de um ano, ele me entende como ninguém, consegue me animar quando estou triste... isso é coisa que melhores amigos fazem. 

- E melhores amigos mentem seu nome, sua idade e sua localização, Skye? - ela ironizou. 

- Isso sim seria perigoso. Posso confiar nele, mas querendo ou não, nunca o vi. E se for um maluco? Se você não se lembra, meu pai é um cara bem influente em Atlanta. Seria fácil descobrir quem eu sou apenas pelo meu sobrenome, ainda mais sabendo que ele também mora em Atlanta.

"Owen: Deixa eu adivinhar... saiu no tapa com a sociopata da sua colega de quarto de novo? Você precisa aprender a se comportar, dona Skye."

"Skye: Claro que não! Eu sinto que ela me observa durante a noite, Owen, sério. Deus me protege toda noite daquela maluca, sabia? E dessa vez parei lá porque dei uma escapadinha com a Valerie novamente."

- E o meu nome você fala o certo? - minha melhor amiga indagou, indignada. 

- É claro! Ele não tem interesse em saber da sua vida. - falei como se fosse óbvio. 

"Owen: Ah. E foram pra onde?" 

"Skye: Que tipo de 'ah' foi esse, Owen? Nem vem com esses papos pra cima de mim. Fui em uma balada com minha ID falsa, mas não bebi, nem transei com nenhum desconhecido. Fica tranquilinho, irmão mais velho." 

"Owen: Irmão mais velho, Skye? Sério? Você ao menos entende qualquer coisa que eu digo?"

"Skye: Ok, vamos falar sobre o seu dia. Como foi o seu dia ontem?" 

"Owen: Nada diferente. Só estou puto que as férias estão acabando."

"Skye: Maneiro, né? Você passou as férias em Los Angeles e eu passo as férias aonde? Presa dentro de um internato e ainda ganho pontos negativos por tentar dar uma escapada. Tem como a vida ser mais injusta?"

"Owen: Isso vai passar logo, não vai?"

Essa ideia que me deixava completamente tensa. Ao mesmo que o que eu mais queria era conhece-lo, minha mente gritava que poderia ser o pior erro da minha vida. Quer dizer, eu sempre tive medo desses lances de conhecer pessoas pela internet e conhecer Owen foi um total acaso. Eu estava péssima por causa de um idiota - nesse colégio tem vários idiotas de diferentes tipos - que fez algo comigo que nem me lembro mais e entrei em um site famoso de bate-papo de Atlanta para alguém me ouvir desabafar. Ou melhor, ler os desabafos da minha vida frustada, desastrosa e sem graça. A conversa se iniciou com um "Oi, tudo bem?" e deu uma pausa depois do "Eu também estou bem", afinal, é o que sempre dizemos. Ele perguntou meu nome e a minha idade. Skye, dezessete anos. Ok, agora eu tenho dezessete, mas quando o conheci não. Conversamos sobre vários assuntos distintos como nossos hobbies, gostos musicais e comidas preferidas, até que ele perguntou o que uma "menina como eu" estava procurando em um site de bate-papo anônimo. Quando percebi estava contando literalmente tudo sobre a minha vida. Contei sobre a morte da minha mãe, contei sobre a rejeição do meu pai, contei sobre a insuportável da minha irmã que eu nem ao menos sentia falta, contei do meu irmão que é o único que sinto saudades. Omiti que meu colégio interno era na França, omiti que menti sobre meu nome e minha idade, e tenho um medo absurdo que ele fique bravo comigo. Quer dizer, e se o nome dele realmente for Owen e ele tiver mesmo dezessete anos? O que mais deixou nossa conversa fluir foi que ele também estava com problemas naquela noite. Owen era o tipo de garoto que, aos olhos da sociedade, tudo parecia perfeitamente bem. Quarterback do time de futebol americano, popular, rico, certamente bonito, mas ninguém sabia do desastre de sua vida pessoal. Ninguém além de mim. Era bem confiante contar as partes ruins da nossa vida para pessoas bem longe do nosso mundo e que não tem direito de julgar em nada. 

• Travis Warner

Segunda-feira, 28 de Agosto, 02:04 AM - Atlanta, Geórgia. 

O som ensurdecedor fez meus ouvidos doerem no momento em que entramos na casa da Alexia Maddox. Todos os tipos de bebidas existentes em cima de um balcão, Beer Pong na mesa da cozinha, garotas totalmente vestidas à garotas apenas de calcinha e antes de eu nem conseguir respirar, Alexia grudou no meu pescoço. 

- Por que demorou tanto, gatinho? Onde você se meteu? - ela indagou com um hálito de vodka misturado com cigarro. 

- Você andou fumando? - perguntei tirando seus braços do meu pescoço. 

- Qual o problema disso?

- Nenhum, ué. Só que você não é assim e sabe disso. 

- Para de ser chato, Warner. Odeio quando banca meu pai e não meu namorado. 

- Primeiro: não sou seu namorado. Segundo: estou fora daqui. 

- Onde você vai? 

Encarei as garotas quase sem roupa na minha frente e três delas piscaram pra mim. 

- Se você não se importa... - estendi as mãos e duas meninas a seguraram. Passei os braços por seus ombros.

- Você é péssimo, Warner!

- Qual seus nomes, meninas? - perguntei para as duas meninas ao meu lado. 

- Amy e Becca. - a morena apontou pra ela e depois para a loira. - Você é namorado da Alexia Maddox?

- Não. Somos apenas amigos. O que caralhos ela disse a vocês?

- Que você está a um passo de ser namorado dela. Você ao menos se lembra que estudamos no mesmo colégio? - a tal de Becca disse. 

- Pra que tanto papo, né? - entramos em um dos quatro quartos do terceiro andar da casa da Alexia. 

Enquanto a Amy vinha me beijar, meu celular vibrou no meu bolso. Fiquei puto por me interromperem nesse momento, mas sabia quem poderia ser. 

- Oi, Skye. - atendi sua ligação. 

- Oi, Owen... você está ocupado? - olhei para as meninas.

- Não. Por que? 

- Fiquei sabendo que meu pai vem me buscar. Faz anos que não o vejo, devo ao menos chamá-lo de pai?

Becca e Amy soltaram uma risadinha por algo que conversavam.

- Não acredito que está no meio de uma transa. 

- Eu não estava. - levantei da cama. - Pelo menos não ainda.

- Você vai amarelar mesmo, gatinho? Isso não parece ser sua cara. - Becca disse. 

- Vem logo... - Amy emendou. 

- Duas?! - Skye indagou e soltou uma risada forçada e irônica. - Ok, desculpa atrapalhar. 

- Espera! Espera, Skye, não desliga. - soei mais desesperado do que gostaria e ouvi seu suspiro no outro lado da linha. 

- Está tudo bem, podemos conversar amanhã. E isso é nojento, elas devem estar se pegando na sua frente e você falando comigo?

Olhei em direção à cama e vi que elas realmente estavam se pegando para chamarem minha atenção. Porra. 

- Deixa isso pra lá. A inspetora virá verificar os quartos daqui a pouco, terei que esconder meu celular. Tchau. - e ela desligou na minha cara. 

- Tchau... - suspirei e guardei o celular novamente. 

- Você vai vir ou não, Warner? - Becca perguntou. 

- Você acha mesmo que vou cair fora? - elas sorriram e fui em direção à cama. 

Me senti envergonhado e ao mesmo tempo puto por estar pensando em Skye enquanto tinha duas gostosas malucas pra darem pra mim. Qual era a porra do meu problema?! Qual era o fundamento de ficar pensando tanto em uma garota que nunca ao menos vi?! Admito que várias vezes já senti vontade de ir para a Inglaterra só para tentar a sorte em todos os colégios internos de Londres, mas eu nem ao menos sabia se realmente era Londres. Ela pode mentir pra mim, certo? Se até eu não digo meu nome verdadeiro, como ela diria sua localização? Além de que as nossas conversas nunca foram sobre malícia, sexo ou atração. E a insegurança dela estava estampada cada vez que pedia para ela me mandar uma foto ou dizer mais sobre onde ela morava. Ela nunca me mandou uma foto de seu rosto e também nunca me disse o nome de seu pai. Não sei nem se seu primeiro nome é real, quem dirá seu sobrenome. A questão era que conversar com ela era a melhor parte do meu dia. Sempre que eu estava péssimo, queria conversar com ela. Sempre que algo incrível acontecia, ela era a primeira pessoa que eu queria contar. Tudo bem, não existe interesse sexual entre dois melhores amigos, mas se algum dia ela deixar a insegurança de lado, quiser me encontrar e se for linda... duvido muito que ela não seja bonita. Ela é linda demais por dentro, parece que tudo se reflete e gira em torno disso. 

- Cara, onde você se meteu? - Nolan perguntou e logo viu as duas descendo atrás de mim. - Entendi... - ele riu malicioso. 

- O que você queria?

- A Summer nem veio. Estava afim de ir embora. 

- Que mancada, ela não veio mesmo? Quem diria que uma menina conquistaria o conquistador, não é mesmo? - tirei com a cara dele e ele riu balançando a cabeça. 

- Pior você. O garanhão apaixonado pela amiguinha virtual. 

- Vai se foder, Griffin. - falei sério e ele levantou os braços em forma de rendição. 

- Foi mal, Warner, esqueci que falar dela é tocar na sua ferida.

- Vamos embora, então? Quer que eu te deixe na festa que a Summer está?

- Você estaria me fazendo um favor. 

- Vamos vazar, então. 

Antes de sermos livres e passar pela porta da frente dos Maddox, Alexia nos parou. 

- Já vão embora?

- Sim. - Nolan respondeu já que eu pretendia ignora-la.

- E por que você vai junto, Warner?  

- Larga do meu pé, Alexia. Na moral. - falei impaciente. - Não é porque transamos que você tem algum tipo de posse sobre mim. 

- Você é mesmo um cafajeste ridículo! 

- Dou o meu melhor. - dei de ombros e passei por ela, indo em direção ao meu carro. 

- Cara, às vezes você pega pesado. - Nolan disse sentando no banco passageiro. - Está óbvio que ela está apaixonada por você. 

- Apaixonada por mim? Até parece. Ela só gosta de transar comigo, e isso é bem diferente. Além do mais... ela está bêbada e chapada. 

- Não acho que seja isso não, cara. E ela é uma garota legal, anda com a gente o tempo todo. 

- Ela é patricinha. Grita só se quebrar uma unha. Não aguento não. - falei. - Ela é legal, faz parte da nossa galera, mas duvido que queira alguma coisa comigo. 

- Caralho, Warner, você costumava ser tão inteligente. Cadê sua habilidade de perspectiva agora?

- Será, cara? 

- Pensa bem.

- Você sabe que eu não gosto de sair da minha zona de conforto. 

- Quer dizer parar de transar com todas as meninas do colégio?

- Qual é, você fazia isso também. Só não faz agora porque está apaixonado. 

- Você deveria pensar nesse lance da Alexia. 

- Namorar com ela, Griffin? Você sabe que eu não namoro. 

- Não namorar, mas perceber que ela gosta de você, né? Vocês são amigos desde os dez anos de idade. Não é muito legal estragar isso. 

- É, talvez você tenha razão.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do prólogo e não se esqueçam de comentar pra eu saber se deixou um gostinho de quero mais hsjsjdjfshs bjsss


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