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História Undercover - Patient


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Oi, pessoaaal! Eu queria mesmo estipular dias para postar Undercover e as minhas outras duas histórias, mas eu sei que se não conseguir postar no dia combinado, vou ficar me sentindo culpada... então, prefiro nem fazer isso. Eu estou no último ano do ensino médio e está muuuito corrido porque estou estudando para o Enem desde já e tal, mas vou tentar postar um capítulo por semana! Não prometo nada, mas vou tentar huahuaha

Boa leitura!

Capítulo 18 - Patient


• Travis Warner

O sangue espalhado pela blusa branca da Jasmine estava me deixando completamente desesperado. Não adiantava mais colocar pano nenhum para estancar o sangramento, o corte foi profundo o suficiente para molhar o pano. Precisei respirar fundo e me concentrar para dirigir, senão nós dois sofreríamos um acidente por culpa do meu nervosismo. Jasmine apagava e depois voltava a se mover; aconteceu três vezes e ao pararmos no estacionamento do hospital, ela estava consciente. A peguei no colo pedindo mentalmente para que ela não desmaiasse ou que não precisasse levar pontos, mas a primeira coisa que a enfermaria me disse ao entrarmos na emergência foi que ela levaria no mínimo dois pontos. Fiquei desesperado na recepção sem poder entrar junto. Eu precisava ligar para seu responsável, mas a última pessoa que eu chamaria é o pai dela, então liguei para a Valerie e pedi para que a sua mãe viesse até o hospital. Não sabia se daria certo, nem se eles aceitariam, mas ele ficaria do lado da Alexia e porra... eu não aguentaria nem olhar para aquela filha da puta. Ela poderia ter feito muito pior se as duas estivessem sozinhas em casa e por mais que Jasmine estivesse em vantagem antes, ela perdeu toda a força no momento em que a adrenalina passou e sentiu a dor do corte. 

- Onde ela está?! Como você deixou a Alexia pegar uma faca, seu idiota?! Não viu as duas brigando?! - Valerie chegou me atacando e a Jamie a repreendeu por estarmos em um hospital. 

- Eu tirei a Jasmine de cima dela, mas ela pediu para eu deixar e... qual é! Vai dizer que você não gostaria de bater na Alexia? 

- Você ficou assistindo a porra da confusão?! Você é louco!

- O Nolan me ligou e eu falei para ele ir pra lá porque a coisa poderia ficar bem feia, mas quando olhei de novo a Alexia já estava com a porra da faca. 

- Você é um imprestável! Se qualquer coisa acontecer com ela, Travis... 

- Ela vai levar alguns pontos. E a culpa não é minha. Ela nunca imaginaria que a Alexia teria coragem de pegar uma faca. 

- Porra... - Valerie sentou em um dos bancos, passando as mãos no cabelo. - Ela precisa sair daquela casa, mãe. 

- Filha, não é assim. 

- Não é assim?! Eles não são a família dela! Nós somos! - Valerie se exaltou e dessa vez a Jamie não a repreendeu. Ela estava certa. - Eles não se importam com ela. Vão jogá-la na rua assim que ela se tornar maior de idade. 

- Ela vai conseguir uma bolsa na faculdade e vai embora daqui, Valerie. Vem cá. 

- Ele não vai pagar a faculdade dela? - perguntei, sentindo um gosto amargo na boca. Só de imagina-la presa aqui por mais alguns anos me deixava enjoado. 

- Você acha mesmo? Ele vai deixa-la sem nada. Ela estava tentando conversar com os professores e ver se poderia tentar uma bolsa de 80%, mas ainda terá o restante. Aposto que ele não dará um centavo para fazer o que ela quer. 

- A mãe dela não deixou nada? Nem uma poupança apenas para ela e Max? Nada? 

- O testamento dizia que tudo pertencia ao seu marido, que ele saberia como cuidar de tudo com os seus filhos. - Valerie deu uma risada sarcástica e balançou a cabeça. - Ainda acho que tem algo muito errado. Não conheci a mãe dela, mas tudo que a Jazzy me contava... não é possível que tivesse toda aquela grana e não tivesse uma poupança para cada filho pagar a faculdade. 

- O que a Jasmine acha sobre isso? - perguntei sentando ao lado dela. 

- A mãe dela estava se atrofiando. Cada vez pior e mais fraca... a Jazzy não a culpa. O pai dela agia diferente quando a esposa estava viva. 

Antes que eu respondesse, a mesma enfermeira que pediu para que eu me acalmasse antes se aproximou de nós três. 

- Ela precisou levar quatro pontos no ombro. - a enfermeira avisou. - O que aconteceu com ela? 

Valerie e eu nos entreolhamos. 

- É uma longa história. Ela vai ficar bem, certo? - Valerie perguntou. 

- Sim, mas passará o resto da noite no hospital. Ela se meteu em alguma briga, certo? Seu nariz começou a sangrar assim que ela deitou. O olho direito e os braços estão um pouco roxos. 

- Sim. - respondi baixo. 

- Daremos um sedativo se ela acordar de madrugada. Estava um pouco agitada um pouco antes de falarmos dos pontos. - assentimos. - Você é a mãe dela? - a enfermeira se dirigiu a Jamie. 

- Quem dera. - ela balançou a cabeça. - Não sou a mãe dela, mas é como se ela fosse uma filha para mim. Seu pai não está disponível, nunca, e sua mãe faleceu tem alguns anos. 

- Tudo bem, só preciso de todos os dados da garota. Estão com a identidade dela? 

- Eu trouxe. - falei. - Deixei a bolsa dela no carro. Vou lá buscar. 

Ela assentiu e fui até o carro para pegar sua bolsa. Só lembrei de pegar porque sabia que eles pediriam no hospital e eu não vou sair daqui até que ela tenha alta. A enfermeira disse para irmos até a recepcionista e entreguei a identidade da Jazzy. Algum de nós teria que passar a noite com ela e mesmo que nós três estivéssemos discutindo quem seria, eu não sairia daqui. 

- Mãe, você vai trabalhar amanhã cedo. Eu posso ficar. - Valerie disse. 

- E você não pode perder a recuperação de física amanhã. - Jamie disse para Valerie. 

- Ótimo, eu fico. - falei. 

- Me liga assim que ela ter alta. Tudo bem? Amanhã terá aquela feira de atividades e ninguém vai para o colégio. Eu só vou por causa da recuperação. 

- Fica tranquila. Eu vou te ligar. 

- Tchau, Travis. E nem vem me abraçar porque eu ainda não te perdoei. - recuei ao ouvi-la e revirei os olhos. 

As duas foram embora e segui a enfermeira até o quarto onde Jasmine estava. Ela estava dormindo, com uma parte do cabelo cobrindo o seu rosto e me aproximei para poder observá-la de perto. Tinha uma atadura em seu ombro direito e seu olho direito realmente estava um pouco roxo. Respirei fundo enquanto arrastava a poltrona para mais perto da cama e entrelacei nossos dedos, apoiando o queixo em minha mão. Queria que ela abrisse os olhos azuis hipnotizantes e não dissesse nada apenas para eu poder contar a ela que eu também sou Owen, e não apenas Travis. Não faria muita diferença contar para ela agora se eu sabia muito bem que se não fizesse o que eles queriam, eles realmente a mandariam de volta para longe. Sem retorno dessa vez. Prefiro tê-la por perto e me odiando, do que amá-la de longe... sabendo que ela não conseguiria voltar por conta própria. 

***

Meu braço estava dormente quando acordei no dia seguinte. Demorei longos segundos para abrir os olhos, mas quando os abri, flagrei Jasmine me olhando. Seus lábios se curvaram em um sorriso e só depois notei que havia dormido com a cabeça apoiada no braço. Me afastei me sentindo um pouco estranho ao vê-la me olhar desse jeito, mas sorri de volta. Senti seu polegar acariciando minha mão e olhei para nossas mãos ainda entrelaçadas.

- Você tem um sono bem pesado, quarterback. Várias enfermeiras já entraram aqui e você nem se moveu. 

- Como está se sentindo? - perguntei tirando seu cabelo do rosto e ela respirou fundo, abaixando o olhar. 

- Não quero falar sobre o que aconteceu. Estou completamente desestabilizada e começar a chorar agora não seria algo legal. 

- Você pode chorar, se isso aliviar um pouco o que está sentindo. 

- Você tem mesmo o sono pesado. Acordei de madrugada e fiquei tão agitada que precisaram me sedar. 

- Por que você não me acordou, Minnie? 

- Você estava dormindo tão gostoso. Você sabe que eu tenho dó de acordar as pessoas. - ela disse. Tentou se mover, mas ela torceu o nariz ao sentir dor no ombro. - Ainda está doendo muito. 

- Eu imagino... - suspirei. - Já sabe quando vai receber alta? 

- A tia Jamie veio aqui assinar enquanto eu estava dormindo. Ligaram para ela. - disse. - Podemos ir embora, por favor? 

- Claro. 

A ajudei a levantar e após espera-la se trocar no banheiro, o médico veio conversar com ela por mais algum tempo. Ela teria que voltar para tirar os pontos daqui alguns dias e que qualquer sangramento excessivo era motivo de voltar. Ela parecia muito fraca, como se estivesse doente e senti raiva da Alexia mais uma vez; seria a oportunidade perfeita para dizer a Jazzy tudo o que estou guardando há semanas. O silêncio durante o caminho para sua casa estava me deixando nervoso, enquanto ela parecia confortável. Ela não parecia estar pensando no que aconteceu ou em toda a confusão, mas apenas aproveitando para ficar em paz. Ela não conseguiria ficar em paz se continuasse naquela casa. 

- Minnie. - chamei sua atenção e, de uma forma estranha, meu coração acelerou quando nossos olhares se encontraram. - Você pode ficar na minha casa se quiser. 

- Se eu ficar na casa de alguém, será na da Valerie. - ela respondeu. - Você entende, certo? - assenti um pouco desapontado. - Não faço ideia do que você está fazendo com a Alexia, mas se colocaram na sua cabeça que nós podemos ter algum tipo de parentesco... isso é ridículo, Travis. 

- Eu sei. Nunca acreditei nisso. - balancei a cabeça. - A Alexia me disse que tem coisas que você não sabe. Sobre a família Maddox e sobre a minha família relacionada a sua. Ela percebeu que falou demais, então agora não tem como arrancar nenhuma informação dela. 

- É isso que você está fazendo. - seu corpo se virou para a minha direção. - Você está tentando descobrir o que diabos escondem da gente. Por isso está com a Alexia. Não é? 

- Um dos motivos.

- Não vou ficar insistindo para você me contar. - disse, desviando o olhar para a janela. - Você não pode ficar com as duas ao mesmo tempo. Mesmo se uma for apenas mentira ou fingimento. 

- Eu sei. É por isso que eu prefiro que as coisas continuem desse jeito por enquanto... não quero te ver mais machucada do que agora. Muito menos emocionalmente. - segurei sua mão enquanto estávamos parados no sinal vermelho. Ela levantou o olhar para mim e mais uma vez tive aquela sensação estranha. - Só quero que você saiba que eu sempre escolheria você. Se precisasse ter uma escolha de verdade.

- Isso tudo é porque você não quer me ver sofrer? 

Existe tanta coisa a mais envolvida. Se Alexia ao menos pensasse que a Jazzy e eu podemos estar nos encontrando escondido, ela diria ao pai e Jasmine voltaria para a França. De uma forma pior, eles me disseram. A ideia de vê-la completamente desamparada, sem dinheiro, sem ninguém que possa confiar me deixava nervoso. Isso poderia acontecer aqui, mas em outro país seria muito pior; principalmente porque Valerie não estará mais com ela. 

- Sim. Eu pedi para você confiar em mim naquela noite... você confia? 

Ela assentiu devagar, sem tirar os olhos dos meus. O momento foi interrompido por uma buzina vindo do carro de trás; o sinal havia ficado verde. 

- Você está diferente. - ela disse depois de um tempo em silêncio. - Sabe... comparando a quando nos conhecemos. Lacey vivia me dizendo que você não tinha responsabilidades e que era imaturo para os dezoito anos, mas você... eu sou apaixonada por você. 

Quase bati ao carro ao ouvi-la dizendo aquilo. Já tinha ouvido antes, mas eu não esperava agora. Jasmine soltou uma risada enquanto balançava a cabeça e a minha vontade era de ficar preso naquele carro apenas ouvindo o som da sua risada por horas. Qual a necessidade de voltar para casa? 

- O que você fez comigo, Minnie? - balancei a cabeça, realmente me perguntando qual foi o momento que eu deixei de ser o outro Travis. 

Nunca imaginaria que não sentiria vontade de sair e trepar com várias garotas, mas tinha parado para pensar nisso apenas agora. Eu não fiquei com mais ninguém depois que nós passamos da amizade - que era só um disfarce o tempo inteiro - e não sentia nenhuma falta. Antes era a porra de uma necessidade.

- Eu sei lá. Eu não tenho o poder de mudar ninguém, não. - ela tentou levantar um dos braços, mas fez uma careta ao sentir dor. - Quando eu tirar esses pontos e poder levantar o braço, vou queimar o quarto da Alexia. 

- Vai o que?! - soltei uma risada. 

- Queimar o quarto da Alexia. Será que eu vou presa? 

- Claro que não. A Alexia não ia ter um surto psicótico. - ironizei e ela riu, balançando a cabeça. 

- Seria engraçado. 

Estacionei o carro na frente da casa dela e fiquei aliviado ao ver que o carro de nenhum dos dois estava na garagem. Ia ajudar a Jasmine a subir as escadas, mas ela fez cara feia. 

- Não estou aleijada. Só um pouco dopada pelos remédios da dor.

Sorri ao vê-la desse jeito. Porra, como era foda ficar tão perto e ao mesmo tempo tão longe... 

- O Max me disse que estava em casa. - disse depois de deixar a bolsa em cima da cama. - Não me segura, que saco. Eu sei andar sozinha. 

- Eu só estou preocupado, Minnie. 

- Quero dar um tiro na Alexia. 

- Somos dois, então. 

Ela caminhou até a porta do Max e bateu na porta mesmo com a música ligada no último volume. Sabendo que ele não escutaria, ela abriu a porta, mas levou uma das mãos a boca. Franzi o cenho enquanto entrava também e me deparei com a cena da minha irmã mais nova aos beijos com o Max. O filho da puta estava em cima dela. 

- Que porra é essa aqui?! - desliguei a música e a Lacey ficou de pé no mesmo instante. 

Olhei para a Jasmine e ela está com um sorriso maior do que seu rosto. Sorrindo por que? A minha irmã tem quinze anos. Quinze anos! E se nós não tivéssemos chego aqui ela teria chego até aonde com o moleque? 

- Qual foi, Travis? Você esqueceu que estava com a minha irmã? - Max disse. Porra, eu estava puto. A minha vontade era de acertar um soco na cara dele. 

- A minha tem quinze anos, caralho. E você aproveita pra ficar sozinha com ela enquanto não tem ninguém em casa, moleque? 

- Travis, não começa. - Lacey balançou a cabeça. - Nós não estávamos fazendo nada demais. Qualquer pessoa beija na boca, para de drama.

- Você esqueceu que está de castigo, Lacey? Saiu escondido para ficar... 

- Jazzy?! - Max passou por nós e vi a Jasmine se apoiando na parede, completamente pálida. Caralho. - O que você está sentindo? Fala comigo. - ele tentou abana-la, mas os olhos dela se fechavam e abriam. 

- É por causa do sedativo. Ela ainda está um pouco sonolenta e o médico disse que sua pressão pode abaixar. - me aproximei, tirando seu cabelo do rosto. 

- Estou tão tonta. - ela murmurou, parecendo impaciente. - Me leva para o quarto, por favor. 

A peguei no colo e Lacey e Max nos seguiram até o quarto dela. 

- O que aconteceu exatamente? Valerie me contou por cima. - Lacey sentou ao seu lado na cama. 

- As duas brigaram e Alexia, maluca, pegou uma faca ao ver que estava perdendo. Enfiou no ombro dela. - expliquei. - Ela precisou levar alguns pontos. 

- E brigaram mais, né? O olho dela está roxo. - Max balançou a cabeça enquanto mexia no cabelo da irmã, que parecia estar dormindo. - Eles foram viajar. A Alexia e o Charles. 

- Não me surpreende. Devem estar com medo que a Jazzy faça alguma coisa. - respondi. - Eles disseram quando iam voltar? 

- Só no final de semana. 

- Porra, mano, eles sabem que ela se machucou pra caralho e mesmo assim vão deixá-la uma semana sozinha aqui? Claro, ela tem a Valerie e a gente, mas... - porra, isso me tirava do sério. Eles me tiravam do sério. 

- Não são nossa família. Só moramos embaixo do mesmo teto. - Max disse. - Vocês podiam ficar aqui nessa semana, né? - ele olhou para minha irmã e me controlei para não ficar tão puto de novo. Desde quando eles não são mais apenas amigos?

- Por mim tudo bem. - Lacey respondeu. 

- Por você tudo bem? Você está de castigo e você sabe como o pai é em relação a isso. 

- Tá, mas a mamãe ama a Jasmine e o papai nunca vai desconfiar que estamos passando a noite aqui. - ela disse como se fosse óbvio. - A Valerie também vai querer ficar aqui. Aliás, ela está vindo. 

- Eu não acho que seja uma boa eu ficar, mas não vou deixar vocês dois sozinhos por uma semana. 

- Para de ser irmão ciumento, Travis! - Lacey riu. - Só para você saber, vocês dois interromperam o primeiro e único beijo. 

- Único, linda? - Max sorriu pra ela. 

Ah, não. Isso já é demais! 

- Eu não vou mesmo deixar vocês dois sozinhos aqui. - falei. - Vamos lá em casa pegar as coisas, Lacey. 

- Tudo bem. 

- O que eu faço se ela acordar? - Max perguntou. 

- Nada, ué. Ela mesma disse que não está aleijada, só está sonolenta por causa do sedativo. 

Max assentiu, mas depois abriu um sorriso de pentelho pra cima de mim. 

- Que foi, pirralho? 

- Voltei a ser seu cunhado, né? - ele provocou enquanto levantava. O moleque ainda não gostava de mim. 

- Vai se foder. Na moral. 

Ouvi sua risada enquanto Lacey e eu saíamos do quarto. Minha irmã não parecia ser daquelas garotas românticas e apaixonadas - e ela realmente não era -, mas o sorriso dela estava me irritando.

- Vocês não eram só amigos? 

- Aí, sei lá! - ela deu de ombros. - Eu acho que fiquei com ciúmes do Travis Warner dentro dele e ele percebeu. Vim aqui só pra gente conversar, mas ele me beijou... 

- Travis Warner dentro dele, Lacey? - levantei as sobrancelhas. 

- Ah, é! Esqueci que você não é mais Travis Warner, o heartbreaker. - ela sorriu. - Agora você é Travis Warner, apaixonado pela melhor amiga. 

- Pra você ver... 

- E ainda admitindo! - ela bateu palmas. - Não vou mentir. Estou adorando ver você do outro lado da moeda. 

- Então você entende o que estou fazendo? 

- Claro que sim. Aposto que tem algumas chantagens envolvidas nisso. - disse, dessa vez séria. - E você faria de tudo para não ver a Jazzy voando para bem longe de você. Você está pensando em você, mas acho que nunca te vi sendo tão altruísta. Deve estar sendo difícil.

- Você não faz ideia. Principalmente com o risco de ela conhecer outros caras e se envolver. 

- Ela te adora, Travis. Mesmo que se envolva com outro cara... você sabe quando ela se livrar do pai e da irmã, a primeira coisa que vai fazer é vir até você. 

- Agora um assunto sério, Lacey. - mudei de assunto. - Você tem quinze anos,  tudo bem. Se for ficar com ele de novo, tudo bem. Mas não faz nada na impulsividade. 

- Travis, sou muito mais madura que você. Muito mais descontraída também. - ela disse. - Sei o que eu quero, tenho os meus conceitos e se eu estiver a fim de transar com ele... eu vou fazer. Vou te tranquilizar e avisar que não estou a fim. Ainda não estou preparada. 

- Não sei se gosto ou se fico puto de ter uma conversa aberta com você. - balancei a cabeça e ela sorriu. 

- Eu sei que adoro você desse jeito. Nossa, não sabe o quanto o Travis do ano passado me irritava. Pelo menos agora você não pega mais minhas amigas.

Mostrei o dedo do meio pra ela, que riu ao me ver com a cara fechada. Seria bom ficar alguns dias na casa dos Maddox - sem dois deles. Além de eu ter muito mais tempo com a Jazzy, teria uma folga da rotina chata de ver meu pai chegando em casa gritando e a minha mãe sem saber o que fazer. Ela mudou em relação a ele. Ele não hesitava em bater nela e para a proteção de seus filhos, ela apenas abaixava a cabeça. Agora não mais. Ela retruca, ela bate de volta, ela ameaça chamar a polícia e tudo volta ás mil maravilhas. Meu pai era um babaca filho da puta; não me surpreende que ele e o pai da Jasmine sejam amigos. 


Notas Finais


Travis está apaixonado reaaaaaaaaaaal! Ele já estava antes, mas era algo meio voluntário e agora ele está começando a sentir os sintomas da paixão real/oficial. Não vou mentir, adooooooooro

E sobre o lance de ele não contar nada para a Jasmine: gente, se ele contar agora eu vou ter que pular toooodos os meus planos para o restante da história. Na vida real, ele teria contado no momento em que descobriu, mas isso aqui é uma história e tudo tem que acontecer em seu tempo. Eu estava um pouco (muito, na verdade) desanimada com essa história pela falta de comentários (como já falei pra vocês) e também porque não sabia como organizar todas as minhas ideias, mas agora eu me encontrei aqui e estou supeeeer animada para continuar escrevendo! <3


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