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História Undercover - Stand by you


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Olá, povo! Como vocês estão?

Queria comunicar que Undercover realmente está chegando ao fim. Ainda tem algumas coisitas para acontecer (e uma delas é beeeem pesada) e, enfimm... espero que vocês gostem do capítulo!

Capítulo 28 - Stand by you


O quarto que eu dividia com uma garota chamada Elena ficava em um alojamento da Universidade. Não sabia que teriam dormitórios livres pelo campus parecer lotado o tempo inteiro e eu jurava que ficaríamos em um hotel por perto, mas como não eram muitas pessoas, o nosso colégio uma vaga. Elena e eu estamos em uma conversa bem interessante enquanto arrumamos nossas coisas. O sonho dela é Yale, mesmo que seus pais a incentivem a ir para Brown, onde todos de sua família estudaram. Era um legado da família Adkins, ela me disse. Não contei muito a ela sobre a minha situação, mas o suficiente para que ela se sentisse mal por mim. Pelo menos não seria por muito tempo. Mal posso acreditar que irei embora em um mês. Era bom demais para ser verdade, mesmo que eu ainda não tivesse recebido a carta de aceitação da faculdade. A minha primeira opção de curso foi Direito e a segunda Business, como a minha mãe fez. Ainda espero que eu entre no curso preparatório de Direito. A empresa que costumava ser da minha mãe, agora havia se transformado em algo do meu pai e eu não quero herdar isso. E também duvido que ele deixe qualquer coisa para mim; se nem a minha própria mãe deixou.

— O tour vai começar ás 11h. Você vai para qual lado? — Elena pergunta enquanto abre a porta do nosso quarto. Ela dá de cara com Travis. — Oi. Procurando alguma coisa aqui, Warner?

— Tô procurando minha namorada. Ela está por aí, né?

— Ah, tá! — solto uma risada irônica e apareço ao lado de Elena. — Engraçadinho. O que você tá fazendo aqui?

— Dando uma volta. Conhecendo o quarto da outra galera. Fugindo do meu companheiro de quarto. — disse, entrando sem ser convidado. — Ele é um pé no saco. Espero que ele não seja seu amigo, Elena.

— Qual o nome dele? — Elena pergunta.

— Algo parecido com Tony.

— Tommy. — Elena dá risada. — É. Um cara é um pé no saco mesmo. Lamento por você, Warner. Eu tive sorte. Estou dividindo o quarto com a sua namorada.

— Nem me fala! Puta sorte do caralho.

— Tá legal, isso é estranho. Vocês são amigos? — pergunto, notando que eles tem um tipo de intimidade.

— Aham. — Elena ri. — Esse panaca faz aula de física comigo. Sou obrigada a ficar com ele em todos os trabalhos.

— Ninguém mais fala panaca, Lena. — ele bagunça o cabelo dela e Elena mostra a língua. — Tem certeza que vai ser aceita em Yale?

— Certeza absoluta. E você?

— Também. Só estou esperando a carta de aceitação para arrumar minhas malas e vazar de Atlanta.

— Claro, se não fosse pelas provas finais.

— É. Ainda tem isso. — disse. — Mas eu não vim aqui pra isso.

— O que você veio fazer então? — pergunto, tirando um moletom da mala.

— Te chamar pra comer alguma coisa. — diz. — Vamos? Prometo que não falo que você é minha namorada pra mais ninguém.

— Tá, tanto faz.

Travis dá um beijo na bochecha de Elena antes de sair e cruzo os braços enquanto o espero fechar a porta. Ele tenta puxar assunto, como fez durante algumas partes do voo e diferente de antes, agora fiquei quieta. Não é justo que essa merda ainda me deixe desse jeito. Quanto tempo faz? Um ano? Solto uma lufada de ar, colocando as mãos nos bolsos do moletom.

— Tá legal. Que foi? — Travis para no meio do caminho.

— Nada, ué. Só estou com fome. O pãozinho que deram no voo não era tão grande. — respondo. — Aliás, você disse que não conhecia ninguém das pessoas que iam. Parece bem amigo da Elena, né?

Seus lábios se curvam em um sorriso. Fecho a cara.

— Ah, isso é ciúme? 

— Nem sei o que significa essa palavra. — continuo andando, achando graça internamente por ele pensar que estou com ciúmes. Não estou. 

— Qual é, Jazzy. — Travis me para novamente. — Você acha o que? Que eu estava dando em cima dela na sua frente?

— Que drama, Travis. Não. Você pode dar em cima de quem você quiser. Na última vez que me lembro, você estava puto comigo porque eu ainda saia com Logan. — digo. Entramos em uma cafeteria. 

— Eu estava puto mesmo. Puto e com ciúme. Eu não minto, Minnie. Quer fazer mais perguntas? Estou disposto a responder todas. — ele se senta todo largado na cadeira e me sento na cadeira em sua frente. 

— Não tenho pergunta nenhuma. — respondo. — Tá legal, na verdade, eu tenho. 

— Manda, Minnie. — ele se inclina sobre a mesa. 

— O que você pretende com isso? — faço um movimento com o indicador entre ele e eu. — Não sei o que você espera. 

— Como assim não sabe o que eu espero? 

— Não sei. — cruzo os braços. 

— Quero você, Jasmine. Não está óbvio? 

Claro que está óbvio. Sei o quanto ele me quer, porque eu também o quero. Porém, se eu tê-lo agora, vou querer ter depois e não tenho certeza se ele pensa assim. Estou com um sério problema de se preocupar demais com o futuro. 

— Você me quer agora. E depois, Travis? 

— Por que você está pensando no depois? Somos jovens, Minnie. Seja jovem. 

— Não quero ser jovem se vou acabar com o coração partido no final das contas.

Uma garçonete pergunta se já escolhemos, mas Travis apenas está me encarando como se não estivesse mais ninguém ali. Sinto minhas bochechas queimarem e olho para a garçonete, pedindo um cappuccino e um croissant. Ela pergunta para Travis se ele quer alguma coisa, mas ele não para de tentar fazer me passar vergonha. 

— Responde ela, Travis! Falta de educação. Se você fizesse isso na hamburgueria onde eu trabalho, eu jogava refrigerante nas suas calças. 

Travis dá risada e olha para a moça. Pede o mesmo que eu. 

— Você também é garçonete então? — a garota pergunta e eu assinto. — Da onde vocês são? 

— Atlanta. Estamos visitando a universidade. Você é aluna? 

— Sim. Terceiro ano de direito penal. 

— Legal! 

— Já trago seus pedidos. — ela se retira e olho feio para Travis, que está sério novamente. 

— Não vou partir seu coração, Jasmine. — ele coloca a mão sobre a minha e entrelaça nossos dedos. — Não ligo se estamos indo para faculdade. Esse é o seu medo, não é? Que a gente esteja junto aqui e eu me perder na vida de universitário. Não é? 

— Não quero prender você ou algo do tipo. 

— Me prender? — ele solta uma risada incrédula. — Sabe há quanto tempo eu espero ter um relacionamento de verdade com você, Minnie? 

A garçonete chegou com os nossos pedidos e após agradecê-la, ela se retirou novamente. 

— Não, não sei. — respondo ao Travis. 

— Desde que a gente compartilhou as nossas merdas através daquela tela de notebook, linda. — diz. — Sério, cara, eu não posso morrer sem namorar você. 

— Você é um idiota. — reviro os olhos, apesar de estar sorrindo. 

— Você me ama. 

Quase me engasgo com o cappuccino. 

— Mentira. 

Ele se inclina para frente, encarando meus olhos com tanta intensidade que não consigo desviar o olhar. 

— Você me ama. — ele repete, um dos cantos da sua boca se curvando. — Não tem problema, Jazzy. Eu também amo você. 

Não acredito no que acabo de ouvir. Ele não espera que eu responda; continua comendo tranquilamente, como se já tivesse me dito isso antes. Nunca disse. Não que palavras fossem tão importante, mas se alguém me contasse que Travis diria isso justo para mim quando eu entrei no colégio, eu nunca acreditaria. Seria impossível acreditar. Como ele consegue comer dessa forma quando eu estou me segurando para não arrancá-lo daqui? Dou a última mordida no meu croissant, tomo o último gole do cappuccino e tiro o dinheiro da minha carteira, deixando em cima da mesa. 

— O que... 

Não deixo Travis terminar de falar e o puxo pelo pulso para fora da cafeteria. Ele pergunta, entre risadas, o que eu estou fazendo, mas não respondo. Nossos quartos ficam no segundo andar de um dos alojamentos e, como o elevador está lotado, decido subir de escadas mesmo. 

— Que isso, linda? Por que está com pressa? Foi algo que eu disse? — fingiu inocência e lhe lanço um olhar de repreensão por cima do ombro. 

Abro a porta do quarto que divido com a Elena e, ao ter certeza que ela não está em nenhum lugar do cômodo, viro-me para Travis e colo meus lábios nos seus. Ele esperava por essa. Claro que esperava. Sinto meu estômago se agitar quando sua língua gélida desliza sobre a minha e suas mãos apertam minhas coxas, subindo até a minha cintura por debaixo do moletom. Solto um suspiro involuntário de alívio pela familiaridade da sua pele quente perto de mim. Não quero deixá-lo ir. Também não posso morrer sem saber como seria se tivéssemos um relacionamento, como ele mesmo me disse. 

***

O tour pelos primeiros prédios da universidade terminam um pouco antes das seis. Temos o restante da noite livre; seja para conhecer a cidade, passear mais pelo campus ou até mesmo comparecer em alguma festa das fraternidades. Chamei Elena para ir na praia em West Haven comigo e com o Travis, mas ela disse que usaria do tempo livre para dormir. Não tem dormido nos últimos dias por causa dos trabalhos incansáveis de física, química e de uma das atividades extracurriculares. A praia fica a cinco minutos daqui de ônibus e, mesmo que o frio esteja um pouco elevado, achei legal enquanto pesquisava o que fazer pelo condado de New Haven. 

— Você pretende entrar em alguma fraternidade? — pergunto enquanto estamos caminhando pela areia. — Acho tão a sua cara.

— Por enquanto não. Não tem nenhum legado na minha família ou algo assim. — ele brinca e eu assinto. — Provavelmente vou morar no alojamento misto nos primeiros anos e depois alugar um apartamento. 

— Você pensa em tudo, fala sério. Vai fazer o curso de preparatório de contabilidade aqui e depois? Aqui também? 

— Acho que sim. E você? 

— Também. Seria legal conseguir tipo Harvard ou Columbia, mas meio fora da realidade. Acho que vou gostar daqui. 

— Não vê a hora de se mudar, não é? — ele me puxa para perto de seu peito enquanto caminhamos. 

— Sim. Será maravilhoso qualquer lugar bem longe de Charles e Alexia. Nem acredito que isso realmente vá acontecer. 

— Vai acontecer. Só precisamos passar pelas provas finais agora. 

— Vai ser moleza. — lhe dou um selinho e me agacho para arregaçar as barras da calça. — Vou molhar os pés. Parece estar gelada. 

— Isso é motivo pra você querer molhar os pés? 

— Claro. Gosto de sentir. — vou até o mar, que está bem agitando e molho os pés. — Caralho, está congelando! E estamos quase no verão. Maluquice. Vem cá. 

— Tô suave. Detesto água gelada. Vem cá você.

Vou em sua direção e passo os braços em volta do seu pescoço. Consigo ver a minha respiração ficando acelerada, juntamente ao meu coração. Queria aprender a controlar isso. Ele abraça minha cintura e se aproxima, dando um beijo casto em meu maxilar e logo depois em meus lábios. Sinto meu corpo esquentar. Sorrio para ele quando o paramos o beijo. 

— Tá legal, eu admito. — sussurro. 

— Admite o que? — pergunta, mesmo sabendo do que estou falando. 

— Que eu amo você. 

Suas mãos geladas encontram meu rosto quente, mas não ligo. Quero que ele me toque. Quero que ele me olhe. Quero que ele me beije. Ele está certo sobre não pensarmos no futuro; quem só vive pensando nas consequências do que irá acontecer, não vive bem. Vive com medo. Com restrições. E não quero me impedir de nada. Quero ficar com Travis como nunca quis ficar com mais ninguém e, mesmo que a nossa história tenha começado e desenrolado diferente do comum, eu não me arrependia de nada. Não tivemos o momento que queríamos antes, quando algo sempre acontecia e nos impedia de simplesmente apreciar a companhia um do outro. Agora eu estava esperando que tivéssemos tudo o que não podemos ter antes, quando deixávamos qualquer coisa arruinar um momento ou a nossa paixão disfarçada de amizade. 


Notas Finais


amoooooo esses dois, meu deus! Espero que tenham gostado do capítulo, mesmo que ele esteja meio curtinho hahaha não se esqueçam de comentar o que acharam, é importante! Bj bj


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