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História Undercover - Stressed out


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Olá, povo!! Tudo certo?? Nunca estive tão rápida nas postagens de Undercover como estou nesses dias huahuaha ahhh, e é a Lacey na capa do capítulo, meu amor! <3

Boa leitura!!

Capítulo 30 - Stressed out


Fanfic / Fanfiction Undercover - Stressed out

Três dias. Três dias que Jeremy se recusava a dizer a verdade, três dias que Lacey está no hospital, três dias que Max não dorme. Max não dorme. Ele foi para a casa da Valerie para descansar algumas vezes, mas Jamie me disse que ele não pregou os olhos nenhuma das vezes. Sua situação estava me deixando preocupada; sei que deve estar sendo difícil para ele, mas ele precisa ser forte para estar lá pela Lacey quando ela acordar. Quero dizer, ela já acordou, mas como tem feito uma série de exames, o médico questionou a Lissa se poderia deixá-la sedada enquanto os procedimentos são feitos. Todas ás vezes que ela despertou, ficou agitada o suficiente para tentar levantar sozinha e acabou perdendo toda a força. O ciclo se repetiu algumas vezes. O doutor disse que ela perguntou uma das vezes o motivo de estar ali, ou seja, ela realmente não se lembrava de nada. Isso é bom por um lado. Não terá lembranças do toque sujo ou das sensações dolorosas e impotentes. O lado ruim é que alguém teria que contar a ela. E essa pessoa seria eu, depois de algumas conversas com o doutor, Lissa e uma terapeuta plantonista do hospital. Melanie — a terapeuta — disse que entraria comigo se eu quisesse, mas apenas queria que Lissa fosse. No momento em que Lacey processar, ela precisará do colo da mãe. Lissa contratou um advogado para acelerar o resultado do exame do corpo de delito e, principalmente, para enfrentar todas as negações de Jeremy e sua família. Para ser honesta, pensei que ao menos a família dele o forçaria a dizer a verdade e fazer a coisa certa. Bom, eu estava errada.

Travis está lidando com tudo isso melhor do que eu esperava. Talvez, por dentro, ele esteja da mesma forma de quando a encontramos, mas ele está sendo incrível por causa da sua mãe. Incrível. Ele estava sendo pela mãe e eu, por Max. Lissa ainda está lidando melhor do que Max, que está completamente desestabilizado. Sua falta de descanso e horas de sono é preocupante. Ele não quis conversar com a terapeuta, só come besteiras que vendem no refeitório do hospital. Não consigo fazê-lo se alimentar melhor e está me deixando totalmente aflita. Estou prestes a pedir para que alguma dessas enfermeiras forneça um sedativo para que ele ao menos durma. Ao menos por um dia inteiro. Ele parece um morto-vivo! E ficará assim até que Lacey converse com ele e confirme que está bem. Ou talvez só quando Jeremy for para a cadeia — se ele for. Preciso dividir o meu tempo entre cuidar de Max e estudar para as provas finais do colégio. Tenho faltado no trabalho nos últimos dias, mas o tio de Brad é mais compreensível do que eu esperava. Me deixaria ficar fora o tempo que eu precisasse e eu não perderia o meu lugar. 

— Ei. — sentei-me ao lado de Travis no quarto em que Lacey está. Ela parecia estar dormindo serenamente, como se nada a incomodasse. — Como você está?

— Só estou esperando ela acordar. — Travis responde, parecendo com a mente longe. — O doutor foi chamar minha mãe. O resultado do exame saiu.

— Você quer que eu fique aqui ou...?

Travis suspira e olha para mim. Tenho medo da forma que ele me olha. Não temos cabeça para pensar na gente agora e não questionei em nenhum momento. Não sou egoísta e nem quero pensar nisso. Surpreendo-me quando Travis espalma meu rosto com ambas as mãos e me beija. Um beijo calmo, avido e ao mesmo tempo desesperado, pois era assim que ele sentia na maior parte do tempo aqui.

— Vocês deveriam arrumar um quarto. — levo um susto com a voz de Lacey e nós levantamos ao mesmo tempo, indo na direção dela. — Minha nossa, quanto amor! Por que estão me abraçando?

— Não questione, pirralha. — Travis diz, abraçando-a mais forte. Noto que ela me olha confusa, mas apenas dou de ombros com um sorriso. Um sorriso para esconder que estou prestes a chorar. — Como está se sentindo?

— Estranha. Algumas dores no corpo e dor de cabeça. Por que estou aqui? — Lacey pergunta. — Ou melhor, há quanto tempo estou aqui?

— Três dias. — respondo. — Vou chamar o médico e a sua mãe. Já volto.

Dou um beijo em sua testa e saio do quarto. Corro no corredor para tentar encontrá-los o mais rápido possível. Lissa está conversando com Max na recepção, que está chorando. Ah, merda! Interrompo os dois, dizendo que Lacey acordou e o doutor permite que todos fiquemos com Lacey no quarto pelo menos agora. Max voa pelos corredores e, com medo de que ele a assustasse, corro atrás dele sussurrando para que ele não fizesse nada que fizesse Lacey sentir-se brava, emotiva ou triste. Ela precisa estar estabilizada emocionalmente quando eu contar a ela.

Lacey arregala os olhos quando Max entra no quarto, como se não esperasse que ele estivesse ali. Max para de andar. Lissa abraça a filha e ela a abraça de volta, mas sua atenção está totalmente voltada para o meu irmão.

— O que... o que você está fazendo aqui? — Lacey pergunta, cautelosa. — Eu pensei que tinha terminado comigo.

— Terminei. — Max se aproxima minuciosamente. — Mas isso não significa que eu não tenha ficado desesperado com você nesse lugar.

— Vocês podem nos deixar sozinhos? — Lacey pede, olhando para Lissa, Travis e eu.

Não queria deixá-los sozinhos. Queria ouvir a conversa, mas precisei ser sensata e me retirei junto com os outros.

O médico veio até nós e disse que era bom que estivéssemos apenas os três do lado de fora, porque o resultado realmente havia saído.

— Não enrola, por favor. Só diz logo de uma vez. — Lissa pede.

— Ele mentiu para a polícia. Ele... bom, vocês sabem. Os pais de Jeremy serão intimados. O garoto precisará fazer um teste de DNA com o que encontramos no exame, como pelos e esse tipo de coisa. — o doutor explica.

E todas as esperanças que eu tinha se vão. Lissa também tinha esperanças, porque começa a chorar a ponto de fazer o doutor parar com a explicação.

— Encontraram a substância que a drogou no exame?

— Boa noite Cinderela.

— Ela... ela está machucada? — pergunto e ele me olha com cautela, como se não quisesse dizer na frente de sua família.

— Eu não quero ouvir mesmo. — Lissa diz. — Não quero.

O Dr. Mitchell colocou a mão em meu ombro para me guiar até um pouco mais longe e poder me dizer. Também não sei se queria ouvir, mas era necessário. Alguém precisa saber.

— Encontramos alguns hematomas em sua vagina e outras partes do corpo.

— Que... que tipo de hematomas?

— Mordidas, inchaços, uma luxação na perna.

— Luxação?!

— Vocês não devem desistir de colocar esse moleque na cadeia.

— Ele... ele a machucou de propósito — paro de falar, sentindo meu estômago se revirar. Só de imaginar que tem mordidas e machucados na sua...

Saio correndo a procura de um banheiro e despejo todo meu almoço. Sento-me ao lado do vaso sanitário e abraço meus joelhos, sem conseguir conter o choro. Ele brincou com ela como se seu corpo fosse um maldito brinquedo sexual que ele poderia usar e abusar sem causar danos físicos. Ou psicológicos. Escuto alguém batendo na porta, mas não a abro.

— Jazzy, abre aqui. — Travis bate na porta mais uma vez.

Não respondo. Levanto do chão e após enxaguar a boca e levar o rosto, abro a porta.

— Você tá bem? Está passando mal? — perguntou, preocupado, e me abraçou. Precisei controlar o choro que subiu em minha garganta.

— Estou bem. Só... tinha esperanças de que ela ainda estivesse intacta. — digo baixinho e me afasto.

— O doutor quer conversar com a Lacey. Disse para todos esperarmos na recepção. E o advogado ligou para minha mãe, Jeremy virá fazer o teste hoje mesmo.

Assinto, sentindo a raiva borbulhar ao ouvir o nome dele. Travis entrelaça os dedos aos meus e vamos em direção à recepção. Max ainda não está lá.

Avisto Valerie entrando no hospital com Scarlet e vou praticamente correndo abraçá-las, ao mesmo tempo.

— Ele machucou ela. — sussurro. — Não só penetrou, ele...

— Filho da puta. — Valerie rosna, fazendo carinho em meu cabelo enquanto Scarlet acaricia minhas costas.

— Encontraram algo que dê para confirmar que foi ele e facilitar a prisão? — Scar pergunta.

— Sim. — respondo. — O infeliz virá hoje...

Paro de falar ao vê-lo entrar com os pais. Não consigo me segurar. A raiva que sobe em mim naquele instante é fora do normal e, quando percebo, Jeremy está no chão com o soco que dei em seu nariz. Estou xingando tanto que não percebo que os seguranças do hospital foram acionados e estão me segurando como se eu fosse uma agressora. O agressor é ele!

— Me soltem! — grito, tentando me soltar.

— O que você está pensando?! — a mãe de Jeremy grita, parecendo assustada.

— O que eu estou pensando?! — devolvo, a voz uma oitava a cima. — Ele não precisará fazer um teste de DNA? Facilitei o trabalho dos enfermeiros de tirar sangue dele. Querem que eu pegue um copo de plástico para recolher o que está saindo?

— Sua maluca! Ela bateu no meu filho! Expulsem-na daqui! — a mulher diz para o segurança. A risada irônica me domina.

— Perguntou ao seu filho o que ele fez com a garota que está nesse hospital há dias? — tento me soltar. — Me soltem, merda! Prendam esse filho da puta e não a mim!

— Soltem a garota, por favor. — o Dr. Mitchell aparece na recepção. Os seguranças o obedecem.

— Obrigada. — ironizo, arrumando minhas roupas. Merda, quero dar um soco na mãe dele também.

Os pais de Jeremy o ajudam a levantar do chão e, minha nossa, seu nariz não para de jorrar sangue. Sabia que minha obsessão por anéis iria me ajudar um dia. O Dr. Mitchell pediu para uma enfermeira levar os três dali e o ambiente ficou mais leve quando não precisei mais encarar qualquer um deles.

— Você facilitou muito a coleta de sangue. — o Dr. Mitchell brincou e faço uma expressão de "ops".

— Por que... deu a louca em você?! — Valerie pergunta, com os olhos arregalados.

— Ele não deveria ter aparecido na minha frente.

— O que o Dr. Mitchell te contou, Jazzy? Você era quem mais estava pedindo para todos terem controle. — Travis diz, se aproximando.

— Fiquei com raiva, tá legal? Eu queria poder dar um soco no homem que fez aquilo comigo. Queria que ele queimasse no inferno, na verdade. Esse soco não foi nada perto do que ele merece.

Travis me abraça com carinho e eu abraço de volta, sentindo meus nervos se acalmarem. Eu precisava me conter. Max fez um positivo para mim de longe e solto uma risada, me desvencilhando de Travis para ir até ele.

— Como foi a conversa de vocês? — pergunto.

— Não falamos sobre a gente. Falamos sobre outras coisas. E ela ficava reclamando de dor toda hora... filho da puta.

— Ele vai ser preso, Max. Vai ser preso.

— Ser preso é pouco, Jazzy. Não sei tudo que ele fez com ela, mas queria que alguém fizesse com ele também.

— Ela te perguntou o que aconteceu?

— Algumas vezes, mas falei que eu não sou o mais indicado a contar. Você ainda vai fazer isso? Está confortável?

— Não estou confortável, mas acho que antes eu do que Lissa. Ou antes eu do que você.

— É.

A terapeuta, Melanie, me chamou até o seu consultório para irmos até o quarto da Lacey. Ela estava assistindo televisão quando entramos e abriu um sorriso ao me ver, mas queria saber quem era a mulher ao meu lado. Seria difícil agora. Sento-me em uma cadeira ao lado de sua cama e respiro fundo antes de perguntar:

— Qual a última coisa que você se lembra, Lacey?

— Lembro que fui para um aniversário com a Ann. Estava chateada com Max, por ele não ter me escutado e decidi me distrair. — responde, devagar. — Ann e eu ficamos dançando por muito tempo.

— Você ingeriu álcool? — Melanie pergunta e a Lacey a olha como se questionasse quem diabos era essa mulher.

— Tomei um copo apenas. Uma batida de morango. — diz. — Depois lembro que Jeremy me chamou para dançar e eu aceitei, mesmo que não tivesse a intenção de cometer o mesmo erro duas vezes.

— Jeremy te ofereceu bebida em algum momento da festa?

— Sim. Eu estava me sentindo um pouco tonta e ele buscou água. — responde. — Eu não estou entendendo o motivo dessas...

Lacey para de falar ao se dar conta. Seus olhos se arregalam e, imediatamente, ela coloca a mão sobre uma das coxas.

— Ele... ele me... — ela não para de gaguejar e me levanto, sentando ao seu lado na cama. — Eu lembro de ter ficado ainda mais tonta depois da água. Jeremy disse que me ajudaria a subir para eu me deitar e eu lembro que falei que estava bem. Na minha última lembrança eu ainda estava no andar de baixo. — diz, sem parar. — É por isso que estou sentindo dores na minha... o que ele fez comigo, Jazzy? — meu coração aperta ao ver seus olhos azuis marejados e a puxo para um braço, deitando sua cabeça em meu peito.

— Nós precisamos conversar, tá? — Melanie diz, calmamente.

— Ele está preso? Como vocês ficaram sabendo? Quem foi me tirar de lá?

— Ann ligou para o Max de madrugada. Max, Travis e eu fomos até a festa. — explico. — Travis expulsou todos e eu chamei a polícia.

— Como eu estava? Como eu estava quando vocês me encontraram, Jazzy?

— Não se torture assim, Lacey. Não responda, Jasmine. — Melanie intervém novamente.

— Eu mereço saber, seja lá quem você for! — Lacey diz. — Me deixe sozinha com a Jasmine, por favor. Eu quero conversar sozinha com alguém que eu conheço, próxima da minha família. Você é a psicóloga, eu imagino.

— Sim.

— Com certeza vão me aconselhar a ver você mensalmente, então eu queria pedir pra você esperar por enquanto. Posso conversar sozinha com a Jasmine?

Melanie me olha e eu assinto, sabendo que será melhor. Ela se retira e Lacey volta a perguntar como nós a encontramos.

— Tivemos que te procurar em todos os quartos. E pensamos, inicialmente, que você só estava dormindo, mas Travis foi te pegar no colo e... — pigarreio, sem querer continuar.

— Eu quero saber, Jazzy!

— Você estava de blusa, mas sem shorts e sem... você sabe.

— Aquele filho da puta! O Max sempre me disse que ele era mal intencionado e eu nunca acreditei nele, inclusive o trai com ele. Como eu fui idiota! — ela cobre o rosto com as mãos.

— Lacey, a culpa nunca é sua. — balanço a cabeça. — Não importa se você já tinha ficado com ele ou não. A partir do momento que ele te força a fazer algo ou, pior, coloca algo na sua bebida e faz o que bem quiser com o seu corpo... é doentio.

— Eu sei porque escolheram você para me contar. Max me contou há um tempo o que aconteceu na França. — ela diz, baixinho. — Não entrou em detalhes, mas... eu não me lembro de nada. Foi do mesmo jeito?

Não queria dizer a ela que eu estava consciente, mas, claramente, Jeremy a machucou muito mais do que o outro homem me machucou. Fisicamente, eu digo, porque psicologicamente é exatamente a mesma tortura.

— Eu estava consciente. — respondo em um sussurro. — Você se lembra de alguma coisa? Nenhuma lembrança embaçada de seu rosto ou de alguma dor?

— Que merda, Jazzy! — ela começa a chorar novamente, voltando a me abraçar. — Eu não sei se saberia lidar se me lembrasse de alguma coisa. Você lembra. Você... sente. Como consegue dormir sem pensar nisso todos os dias?

— Não consigo. Sempre penso. Quando ainda era recente, eu sonhava toda noite. Tinha pesadelos, na verdade. Tudo se repetia. — digo, mesmo não querendo falar sobre isso novamente.

— Sinto muito. Estou me sentindo péssima e imunda sem me lembrar de nada. — ela suspira, parecendo inconformada. — O que aconteceu com Jeremy? Vocês o viram lá?

— Sim. O otário saiu do banheiro.

— Max e Travis devem ter acabado com ele.

— É. Travis só deu um soco, mas Max e Ann não pararam por aí.

— Anne bateu nele também?! Nunca imaginaria que isso aconteceria um dia. Anne é a pessoa mais delicada que eu conheço.

— Ela foi crucial naquela noite. Não saiu do hospital até agora. Vai pra casa, toma banho, vai pra escola, volta pra cá. — digo sorrindo, aliviada por Lacey estar sorrindo também.

— Quero vê-la. Ela pode entrar?

— Vou chama-la. Você está bem?

— Não muito. Chame a enfermeira e peça para ela chamar Anne. Fica aqui.

Assinto, fazendo o que ela me pediu. Não demorou muito para que Anne entrasse ás pressas no quarto e foi correndo abraçar Lacey. Lembro que uma vez Lacey me disse que conversava, sim, com todo mundo, mas que não tinha certeza se nem metade deles faria algo por ela quando fosse necessário. Era importante que elas tivessem uma a outra, porque eu sei o quanto estaria completamente perdida se Valerie não existisse. Principalmente na época que mais precisei de alguém, quando estava no colégio interno.

— Vocês querem conversar? Eu posso sair. — digo, levantando da cadeira.

— Não, pode ficar! Eu só quero se Jeremy está preso.

— Ainda não. — Ann responde. — A Jazzy acabou de dar um soco nele.

— O que?!

— É. Ele vai precisar fazer exame de DNA apenas para ter certeza de que bate com o que foi encontrado... em você. E eu estava com raiva, não consegui me segurar quando ele entrou na merda de recepção como se não tivesse feito nada.

— Obrigada, Jazzy.

— Ele ainda estava com o rosto todo roxo. — Ann diz. — Max meio que acabou com ele. E é sobre isso que preciso falar com você. — ela olha para a melhor amiga.

— Ok, agora eu vou sair. — aviso com um sorrisinho e, após beijar a testa da Lacey, me retiro do quarto.

Lissa, Travis e Max praticamente correm em minha direção quando me veem na recepção.

— Como ela reagiu? Ela está bem? — Lissa pergunta, aflita.

— Ela é incrível. Está bem. Agora está conversando com Anne sobre... vocês sabem. — dou de ombros. — Ela ficou meio assustada e chorou, mas reagiu melhor do que eu esperava. Ela só quer que Jeremy seja preso.

— Obrigada, Jazzy. — Lissa me abraça. — Eu não saberia contar a ela sem chorar. Você está sendo um anjinho.

— Que nada, Lissa. Não é nenhum esforço, gosto muito da Lacey. É como se ela fosse minha irmãzinha mais nova.

Travis faz uma careta.

— Ela é minha irmã. Ela não pode ser sua irmã e sua cunhada, Minnie. — ele pisca para mim e estreito os olhos para ele, fazendo uma careta mesmo sorrindo.

— Eu perdi alguma coisa? — Lissa olha de mim para Travis, com um sorriso.

— Perdeu, mãe. A Minnie e eu estamos juntos. — Travis abraça minha cintura e me dá um beijo na bochecha.

— Estamos? — olho para ele com as sobrancelhas levantadas.

— Claro que estamos. Estamos?

— Ugh, eu vou vomitar. — Max força a voz e eu dou um abraço nele, enchendo seu rosto de beijos. — Sai fora, Jazzy! Merda, voltamos a ser criança?

— Você ainda é um bebezão! — aperto suas bochechas. — Anne ia dizer algo sobre você. Ainda tem certeza que acabou, Max?

— Acabou. Até parece. — Lissa debocha. — Lacey é maluca por você, Max.

— Que coincidência! — digo alto. — Ele também é.

Max revira os olhos, mas contraditoriamente, passa o braço pelos meus ombros e me dá um beijo na cabeça.

— No que está pensando? — pergunto ao vê-lo sério.

— Nós vamos embora.

— Travis também vai morar em New Haven. Elas vão visita-lo bastante, fica tranquilo quanto a isso. — tranquilizo-o. — Não é, Lissa?

— Bom, talvez vocês deveriam saber que estou pensando em passar um tempo com Travis em New Haven. Pelo menos até eu me decidir o que quero fazer.

Max praticamente se engasga. Solto uma risada e simulo palmas silenciosas.

— Parece que está tudo em ordem, não é? — Travis diz, abraçando-me de lado. Encosto a cabeça em seu ombro e levanto o rosto para encará-lo. — Só precisamos esperar aquele merdinha ser preso e acho que vou me sentir menos puto.

— Ele vai ser preso. Óbvio que vai. E quando ele sair, Lacey estará bem longe daqui.

— Quanto tempo ele pega?

— Não sei. Por ser menor de idade, provavelmente irá para um reformatório. Eu pesquisei e a pena mínima é de dez anos. Se causou lesão corporal na vítima aumenta ainda mais. — respondo. — Não sei como funciona. Falta dois anos para Jeremy completar dezoito e, se ele pegar seis anos, será que sai do reformatório e vai para uma penitenciária?

— Não faço ideia.

— Jazzy! Você não quer ir pra casa? Veio pra cá assim que saiu da escola. — Lissa disse.

— Na verdade, eu combinei de encontrar com dois amigos. Volto mais tarde.

Travis franze as sobrancelhas.

— Que amigos?

— Paris e Zach. Vou até a casa deles. Esqueci algumas coisas de quando fiquei lá. — respondo.

— Quer que eu te leve?

— Pode ser.

Valerie e Scarlet estão conversando com Max e aviso que vou até a casa da Paris e do Zach para buscar algumas coisas, então Travis e eu saímos. A casa deles é perto do hospital onde Lacey está e não levamos mais de dez minutos para chegarmos.

— Quer entrar comigo? — pergunto. — Eles sabem bastante de você.

— Ah, é? — ele sorri e me aproximo para lhe dar um beijo rápido.

Noto que tem um carro que não é do Zach estacionado na frente da casa e a porta está entreaberta. Olho para Travis com as sobrancelhas franzidas e a abro, entrando com um pouco de medo. Me alivio quando escuto a voz da Paris na cozinha e estou prestes a cumprimenta-los, mas escuto meu nome. Seguro o pulso de Travis para impedi-lo de continuar e ser visto.

— Paris, deixa que eu converso com Evan. Espere na sala. — Zach diz.

— Eu não vou sair. Já disse que quero saber de tudo! Vocês estão mexendo com a vida dela e, automaticamente, com a minha vida também.

Mexendo com a minha vida? Que merda era essa?! Quem diabos é Evan?

— Está tudo pronto. Tudo fechado. Estamos só esperando sua permissão, Zach. — o tal Evan diz, olhando de Zach para Paris. — Estão preparados para contar a ela?

— Me contar o que?!


Notas Finais


Badumtssss! Qual será o grande segredo que faz jus ao nome da história hein??? Não se esqueçam de comentar e votarem se gostaram do capítulo. Me contem suas teorias completas, quero saber!!! bye bye e até o próximo capítulo! <3


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