História Underfell - o verdadeiro ''mal'' - A Guardiã das Ruínas

(Frisk p.v.o on)

??? – Olá criança! Sou eu, Toriel, Guadiã das Ruinas, você deve estar bem conf... – ela olhou pra Flowey com desgosto

-Frisk, já era, nós vamos morrer... – disse Flowey, quase sussurrando pra mim

-Como eu ia dizendo – ela faz uma cara horrível e depois olha pra mim de novo, tentando da um sorriso, mas aquilo estava assustador – você deve estar bem confusa, caso precise de alguma coisa, minha casa não fica muito longe, venha me visitar, eu faço uma torta de pó e canel... digo, uma torta de caramelo e canela maravilhosa – ela deixa escapar algumas gotas de suor, eu acho que ela falou algo que não queria ...

-  Frisk, nós vamos morrer, ela me viu com você, ela vai matar nós dois – Flowey estava quase entrando em desespero.

-Shh Flowey! – eu falo e olho pra ele com um olhar preocupante, não posso mentir, eu estou com medo, a aparência dela não era a melhor do mundo, as roupas dela eram rasgadas, tinha cortes por todo o corpo, ela tinha uma cicatriz perto dos olhos, e por falar em olhos, os dela tinham uma expressão de uma... assassina? Não, eu ainda via um pouco de bondade nos olhos dela!

- C-claro Toriel, e-eu irei. – digo meio nervosa, e com a mão atrás da cabeça.

-Ótimo, estarei te esperando! – ela diz animada – você vai adorar minha torta, é bom você gostar – ela fala a última frase um pouco baixo e faz uma expressão um pouco macabra, agora sim estou com medo

Toriel deixou a sala e foi para a casa dela, eu acho, o que será que ela fez pra Flowey ficar tão assustado? Vou perguntar a ele depois!

-Flowey, ainda está cansado? – pergunto preocupada

-Um pouco... hm... espere, vou tentar fazer uma coisa, coloque seu braço esquerdo pra cima

- Ok – eu estendo meu braço, ele pula no me braço e enrola suas raízes nele, apesar de tudo, é confortável

-Prontinho, bem melhor! -  diz Flowey sorridente

-Sim – eu do uma risada – Hmm.. Flowey?

- Sim Frisk? – ele olha pra mim

- O que Toriel fez pra você ficar tão assustado?

- ... ela é uma assassina brutal das Ruínas, outras crianças caíram aqui antes de você, ela não era assim, ela era uma pessoa boa, até matar a primeira criança... ela começou a ter cede de sangue e matar todos que ficassem em seu caminho, estou surpreso que ela não tenha tentado fazer nada com você, ela normalmente mata na mesma hora que vê, espero que ela não esteja planejando nada!

-Ah, ok tudo bem... uma assassina brutal de crianças, ok.. – eu já estava com medo... agora então... mas estou determinada!

-Vamos Frisk, infelizmente, vamos ter que passar pela casa dela, a saída das ruínas é em baixo da casa dela, então... vamos logo!

-Ok, vamos indo!

Andamos um pouco até chegar, mas finalmente chegamos, no caminho encontramos alguns monstros, mas eu poupei todos, Flowey me olhou meio estranho, acho que é porque ninguém nunca mostra piedade aqui.

- Frisk, chegamos!

A casa era até amigável, tinha uma árvore com folhas secas na frente, um corredor e muito mais pó do que antes, mas ignorei isso, deve ser só poeira, havia um save point na frente da casa dela, eu salvei, vai que ela tenta alguma coisa...

-Frisk, tenha cuidado, e depois, se possível, arranje um vaso pra mim, não posso ficar no seu braço por muito tempo.

-Ok! – digo sorrindo pra ele

Antes mesmo de entrarmos na casa, Toriel veio nos receber

- oh, você demorou, achei que estava fazendo desfeita da minha torta, eu já estava indo te pegar! – ela diz com um pouco de raiva e grosseria

- Des-desculpe, não foi por que eu quis. – digo de cabeça abaixada.

-Pare de falar e entre logo!

-Ok!

- Cabra nojenta! –Flowey resmunga

- O QUE? – Toriel fala com raiva em seus olhos. Flowey ficou querendo falar, mais eu tampei a boca dele

-Por aqui não venta? Está calor demais! – eu tento disfarçar, acho que deu certo!

-Não, por aqui é bem sufocante, não tem uma corrente de vento.

-Ah, entendi! – eu digo junto com um suspiro de alívio

-Hum, Frisk, cuidado! – Flowey diz preocupado

-Tudo bem Flowey, relaxe – eu fecho os olhos e do um sorriso pra ele

-Brinque ai com sua florzinha, daqui a 10 minutos a torta fica pronta, se quiser ir pro seu quarto, é a primeira porta a direita, já volto, minha criança!

-Certo!

Eu vou pro quarto que Toriel disse, abro a porta e acendo a luz, o quarto não era tão ruim assim, tinha uma caixa de brinquedos, um guarda-roupa e uma cama, eu fui até o guarda-roupa e troquei de roupa, tinha uma blusa vermelha e preta listrada e uma calça igual a minha, só que preta, eu troquei de roupas, mas antes tirei Flowey do meu braço, e ele se enterrou no chão, quebrando o piso e entrando na terra, pedi pra ele se virar e me troquei.

-Como estou, Flowey? – pergunto fazendo  uma pose engraçada

-Tava melhor antes. – ele diz com deboche

-Bobo -_-

-hahaha

Estávamos conversando, ele me explicou direito como funciona o save point e me disse mais sobre Toriel, e ele falou algo sobre reset, não entendi direito, e sobre minha alma ser vermelha.

-Sua alma é a mais forte, Frisk, com ela você pode voltar a vida e reset- antes que ele pudesse terminar de falar, Toriel nos gritou

-Venha logo, não deixe a torta esfriar! – ela diz em um tom de raiva

-O- ok estou indo – grito de volta – vamos Flowey, sobe aqui -  eu estendo meu braço e ele sobe

-Frisk antes, salve ali fora – disse Flowey

-Ok – eu vou La fora e salvo, me enchi de determinação

-Aqui minha criança, coma isto, eu vou sentar aqui do seu lado pra me certificar de quê você vá gostar! – disse Toriel com um olhar desafiante

-O-ok.

Eu como um pedaço da torta, estava horrível, estava queimada e com um gosto terrível, tinha um pó cinza, isso é realmente ruim, meu HP está diminuindo ao invés de aumentar, preciso me desfazer disso

(Flowey p.v.o on)

Frisk não estava gostando, estava fazendo uma cara de nojo, eu preciso fazer alguma coisa, se a Toriel perceber, ela vai... preciso fazer alguma coisa!

- Toriel, você poderia pegar um de seus livros e ler para gente? – eu falo tremendo um pouco

-Claro! – ela disse com um tom de felicidade, ferrou!

-Frisk, fique quieta!

-O que você vai fazer? – ela diz assustada

-O necessário!

Mais do que depressa eu como toda  torta, não me fez bem, eu começo a tossir e ficar com falta de ar, preciso ir para a terra.

-Frisk, rápido *cof* me leve pra fora, preciso entrar na terra, RÁPIDO!

-Ok Flowey- Frisk corre para fora e me coloca no chão

-Bem melhor! Frisk, eu não posso ficar pra sempre no seu braço, preciso do solo, afinal, eu sou uma flor, arranje algo para me colocar, um vaso de preferência!

-Ok, vou no quarto procurar, já volto!

(Frisk p.v.o on)

Eu vou no quarto e procuro alguma coisa que sirva para Flowey, eu acho um pote pequeno, uma bota e um chapéu, o pote não serve e o chapéu é pequeno, melhor a bota. Bom, melhor ir até Flowey.

Eu volto até ele e mostro a bota.

- Não, eu não vou entrar nisso, é humilhante, não e não – ele diz fazendo birra

- Entre logo, eu só achei isso, depois nós achamos algo melhor, vai, por favor! – eu faço uma cara pidona

-Arrg, ta, ta – ele sobe na bota e eu coloco um pouco de areia – isso é terrivelmente humilhante!

- hahaha, acostume-se! – digo eu com cara de deboche

Enquanto isso, eu olhei Toriel saindo da casa dela com um machado na mão, na hora me deu um medo tão grande que eu não conseguia me mover, eu paralisei.

-1001 formas de matar humanos, primeira, de torta e o acomode em casa, segunda, finja ser boazinha, e terceira – Toriel coloca o machado pra cima e lança em mim – mate-a dolorosamente!  - o machado me cortou ao meio, eu nem pude dizer nada, Flowey me olhava aterrorizado, eu nunca senti tanta dor, eu morri, novamente.

Tudo escureceu, mas logo voltei ao save point que Flowey havia mandado eu salvar, eu estava assustada olhando para Flowey, e ele mais ainda ao me ver.

-Frisk, eu sinto muito, não era pra ser assim, você está bem? – ele diz, com uma expressão e pavor

-Não se preocupe Flowey, eu estou bem. – eu digo dando um sorriso pra ele

- Frisk, vamos fazer diferente, vá La e pegue logo a bota, vamos tentar sair das Ruínas imediatamente!

-Certo! – digo eu indo em direção ao quarto e pegando a bota para Flowey.

-Aqui está, entre! – Flowey entra na bota

-Pronto!

-O que vamos tentar agora? – pergunto

- Enquanto ela pega o livro, nós vamos descer as escadas e sair de fininho.

-Ok, vamos logo!

Nós entramos na casa e lá estava Toriel, sentada na mesa me esperando pra comer a torta, essa maldita torta. Eu me sento e Flowey novamente pede pra ela pegar o livro.

-Eu já volto, fique ai!

-Ok – digo eu

Enquanto ela foi, eu peguei a torta e joguei ela no fogo, depois sai de fininho até as escadas, quando eu estou no meio do caminho, ouço uma voz.

-Parece que alguém quer brincar mais cedo, hahahahaha, vamos lá então, corra o quanto quiser!- disse Toriel

Eu corri o mais rápido que pude, mas quando cheguei perto da porta, ela já estava lá.

-Olá, minha criança – ela diz com um olhar assassino

Continua..