“Agora, humanos e monstros finalmente vivem juntos na superfície. As pessoas do vilarejo receberam bem a todos, graças a Frisk... A humana.”
--------------------------- Casa nova, superfície ---------------------------
Frisk acorda e olha em volta, uma sensação boa corre pelas suas veias. Ela sente como se tudo o que tivesse passado desde que caiu no subsolo tivesse sido um sonho. Mas aconteceu, e agora ela está feliz... Com os novos amigos que fez e por finalmente tudo estar bem.
... Pelo menos era o que ela imaginava...
A menina se levanta e vai ao banheiro, faz sua higiene matinal e se troca. Ela chega à mesa de jantar, onde Toriel já havia posto o café.
¬– Bom dia, minha pequena. – Toriel sorri, sentando-se a mesa com a garota.
– Bom dia, estou muito feliz agora que estamos todos juntos! – Ela sorri largamente, começando a comer um pãozinho.
Toriel ri de leve, tomando um gole do café. Ela fica pensativa e volta seu olhar para Frisk.
– Todos parecem abismados com as coisas aqui na superfície. Mas com o tempo vamos nos acostumar com tudo. – Disse Toriel, fazendo Frisk assentir com a cabeça com a boca um pouco suja de geléia.
Frisk e Toriel continuam conversando enquanto tomam café. Enquanto conversam, Toriel acaba perguntando se Frisk sabe onde sua família humana mora. A garota responde: – Sim, talvez eu vá visitá-los... Eu não sei, eles vão querer que eu volte a morar lá... Mas eu quero ficar aqui com você.
Toriel a olha ternamente, logo concordando.
As duas saem de casa, indo para a escola. No caminho encontram Monstrinho que segue com elas também. A aula começa, as salas são separadas para humanos e monstros... Por ordem da direção. Frisk é obrigada a ter aulas com os humanos, pois os monstros estudam assuntos diferentes dos dela.
Os alunos da sua turma a enchem de perguntas sobre os monstros e sobre o subsolo (o qual ainda é habitado), mas outras crianças não, uma delas é uma menina de longos cabelos negros... A mesma é considerada “estranha” pela turma.
...
A aula corre bem. No intervalo, humanos e monstros brincam juntos, diferente dos adultos maioria das crianças acham os monstros formidáveis!
Na saída... Frisk avisa a Toriel que vai visitar Sans, ela assente e a menina corre em direção a casa de Papyrus.
Mas, Frisk acaba esbarrando em alguém no caminho. A mesma se arrepia por alguns segundos e olha para o individuo.
– Descul... Hum?
Mas ele Já havia sumido, deixando Frisk assustada e confusa. Ela resolve ignorar e segue rapidamente para ver o esqueleto.
...
Enquanto isso, Sans ”ajudava” Papyrus com uma cruzada. Os esqueletos pareciam estar complicando ainda mais aquilo.
– SANS!!! É INACEITÁVEL QUE EU... O GRANDE PAPYRUS... NÃO CONSIGA RESOLVER UMA CRUZADA! – Papyrus resmunga para o irmão, que ri baixo.
– Fica frio, essa cruzada é osso. Mas você é mais! – Sans exclama para animar o esqueleto ao seu lado... Que olhava para o teto naquele momento, se sentindo mal por não conseguir resolver uma cruzada.
Papyrus olha para Sans. E sua expressão muda completamente.
– Com certeza! E eu odeio concordar com isso... MAS É VERDADE! CRUZADAS SÃO MAIS DIFÍCEIS QUE JOGO DA MEMÓRIA. É BEM... OSSO. NYE HE HE HE HE HE!
Os dois riem, logo voltando a tentar resolver à cruzada.
Frisk finalmente chega à casa dos esqueletos, ela toca a campainha que emite um som semelhante a batidas de ossos (como o começo da música “spooky scary skeletons” ‘<’). A garota ouve algo, e logo Papyrus abre a porta. Vendo Frisk, o esqueleto dá um sorrisão bagunçando os cabelos da menor.
– Olá human... cof cof... Frisk! Entra e me ajuda com essa cruzada, porque o preguiçoso do Sans já deve ter dormido a essas alturas!
Sans estava cochilando.
– Claro! Vamos lá, eu sou expert em cruzadas! – Frisk vai até o sofá e se senta, pegando a revista com as cruzadas. Era razoavelmente fácil, mas Papyrus havia enchido os quadradinhos com a letra “z”.
Ela ri baixo, e começa a apagar as letras. A menina olha para o lado e vê Sans no seu quinto sono, quando Papyrus se aproxima e senta no tapete ao lado dela.
Frisk começa a resolver a cruzada, enquanto Papyrus observa atentamente a forma como ela escreve e resolve.
– Humano!! Você é um gênio, está quase chegando ao nível do grande Papyrus...
– Valeu! Mas ainda estou com um pouco de dificuldade com algumas palavras. – Frisk volta o olhar para as cruzadas e faz bico.
– Você vai conseguir, tenha d-e-t-e-r-m-i-n-a-ç-ã-o. – Papyrus fala animadamente, Frisk assente com a cabeça.
...
Depois de alguns minutos ela finalmente resolve aquela cruzada, a entregando ao Papyrus com um sorriso vitorioso.
Frisk fica lá conversando com o esqueleto por um bom tempo, até que se despede para ir pra casa.
– Mamãe deve estar me esperando... Eu tenho que ir. Nos vemos depois! – Ela agora passou a chamar Toriel de “mamãe”.
– Certo. Até mais, Frisk! ¬¬ Toque sempre a campainha quando vir aqui.
–... Por quê? ¬¬
– Eu amo aquele som! Pois é a minha cara!
Frisk gargalha ao se lembrar do som da campainha e olhar para Papyrus.
– Sim! Ele realmente lembra esqueletos, eu gostei. Vou sempre tocar a campainha quando vir aqui!
– Perfeito, assim você vai sempre se lembrar do grande Papyrus! Nye He He He He He He
Sans abre um olho, observando a cena com vontade de rir.
...
Frisk volta para casa, e vai para o quarto, Toriel havia acabado de sair para caçar insetos. Ela de repente começa a pensar na pessoa com quem esbarrou hoje a caminho da casa do Papyrus.
– (Parecia alguém tão familiar... Estranho.)
Ela fecha os olhos e começa a sentir sono. Não costumava dormir a tarde, mas a casa estava tão silenciosa... Ela resolve dormir.
............
Enquanto isso, em um lugar não muito distante dali... Uma alma era torturada por...
Chara.
– PARE!!!!!! E-EU ESTOU COM MEDO... O QUE AINDA QUER DE MIM... PORQUE NÃO DEIXA FRISK EM... PAZ...?
Era um menino, o mesmo carregava um colar com um pingente em formato de um coração azul. Chara ria ao ver a dor daquela criança.
O corpo do menino estava fraco, caído sobre o chão enquanto recebia golpes de faca. Ele representava a paciência.
Havia chances de fugir, mas ele preferia esperar... Por um motivo...
– Fique quieta, alma inútil. Você acha mesmo que eu vou deixar aquela garota em paz...? Que eu vou permitir que ela tenha o “felizes para sempre”? – Disse Chara, de uma forma despreocupada... Como se aquilo não significasse nada.
– Esse jogo acabou, porque você simplesmente não desiste...? Ela venceu, ela está feliz agora. Desista.
– Não! – Chara ataca a alma novamente – Você não entende... Há há há... Nunca vai entender. Eu sou a alma que a incentiva a matar, mesmo que ela tenha resistido desde as ruínas... Ao ataque do... Froggit... Eu não vou desistir! Eu tenho determinação bem mais do que ela! E esse jogo... Não acabou.
Chara fala aquelas palavras e se vira, ela estava com um sorriso assustador nos lábios.
Aquele momento mostrou totalmente o quanto Frisk ainda não podia viver em paz, pois havia uma ameaça.
Era ela, a determinação em pessoa. O primeiro humano a cair no subsolo não havia sumido, ela estava lá... Desejando a morte de todos os monstros, desejando o dia ruim para todos.
Era ela, a ameaça...
Chara.
Continua...
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