História Novos colegas, a Jornada continua. Interativa - Chiclete

~POV Mie~

Eu não me lembrava de nada desde a saída do portal. Tudo que senti foi a encarnação do meu canino… Levantei meu dorso bruscamente tentando analisar qualquer vítima do meu lado sombrio. Ao invés disso, apenas acabei assustando uma garota que estava sentada ao meu lado, que acabou caindo para trás.

Eu estava completamente desnorteada. Han? Mas eu não encarnei o cachorro?

O que estava acontecendo?

Foi quando notei onde estava

Era realmente o quarto… do Asriel?

Quem era aquela garota?

Saltei da cama e a peguei no colo, pois havia desmaiado. A coloquei na cama docemente para não acordá-la. Ajeitei minha bandana sobre a cabeça e saí do quarto à procura de Toriel. Encontrei-a na sala, tentando ler um livro, mas parecia nervosa demais para fazê-lo. Me aproximei sem a mesma notar e a chamei:

-Tori?

Ela levantou a cabeça devagar, lágrimas brotaram de seus olhos e num movimento brusco, correu aos meus braços.

-Hey, por que tão triste? Achei que você ia ficar feliz em me ver…

Ela me abraçou mais firmemente e disse, entre soluços:

-Achei que você fosse outra que eu havia perdido....

-Mas faz apenas um mês que não te visito…

Ela me soltou. Apesar do choro, sua cara estava séria, sua feição de desentendida.

-Um mês?

Foi então que compreendi.

-Não te vejo faz 10 anos, Nomie.

O tempo não era igual...

O Ink havia me explicado disso, mas eu ignorei, achando que seria algo Sentei-me com Toriel após acalmá-la, suspirei, e comecei a falar.

- Tori, não estamos sós aqui…

*hmph*

Parei de falar e me envolvi em meus pensamentos.

“Não… Não estamos sós neste universo.

Isso que me fascinou.

E foi por isso que larguei todas as minhas relações para viver essa aventura, que eu chamo de “Vida”.

Não poderia guardar ninguém,  pois estaria comprometendo suas memórias, suas amizades e suas vidas. Eles não podem saber que existem outros deles. Isso prejudicaria as linhas do tempo, e mudaria o curso das histórias. Ninguém deve saber das AUs. Nem mesmo Toriel.”

Inventei uma desculpa esfarrapada, inclusive pelo fato de eu não ter mudado nem 1 cm durante “10 anos”. Apesar de desconfiar no início, ela acreditou no que eu disse. “Nossa! Devo ser uma boa mentirosa! Eu deveria me orgulhar disso? Que seja, pelo menos estou sendo responsável com o dom que Ink me deu”

Ficamos mais uma hora conversando sobre as mudanças no Underground, até chegarmos no assunto que eu estava curiosa: aquela menina.

Toriel me contou que há 4 anos atrás, essa menina havia caído aqui, e que ela trouxe a felicidade novamente aos monstros que estavam apreensivos sobre a volta para a superfície.

Foi durante nossas conversas, que a garota de madeixas castanho-claras entrou na sala, coberta apenas por uma manta que se abria a partir de suas coxas e ia até seus pés descalços (N/A: <w<). Eu me surpreendi, pois há muito tempo não via um humano, e até corei levemente (N/A: <<W<<). Ela sentou-se à mesa, longe de mim, sei lá porque. Eu me senti desconfortável com ela me encarando e perguntei à Toriel se podia ver a garotinha que estava machucada. Ela permitiu e começou a falar de técnicas de cura que usou na machucada com a garota morena enquanto eu me dirigia ao quarto de Toriel.

Sentei-me na Cadeiriel e comecei a observar a garotinha de cabelos rosa chiclete. Ela estava num sono tão profundo que me contagiei e dormi sentada.

Quando acordei novamente, abri lentamente os olhos mirando meu colo e desta vez fui eu à cair da cadeira: Um esquilo?! Acabei jogando-o ao alto, enquanto eu ia ao chão. Mas incrivelmente o esquilo não caiu também: Do solo pude olhá-lo levitando no ar. Eu ia gritar, mas a garota de cabelos rosados me tapou a boca.

Quando os três já estavam sentados novamente, observei que a garota estava com o nariz sangrando e tentava esconder.

Ela justificou:

-E-Ele é um esquilo planador, você v-viu de um ângulo onde ele parecia que estava flutuando, mas foi ilusão s-sua…

-Aham, depois me ensina como faz sua magia de levitação, estou curiosa de como uma humana pode ter tanto poder mágico. Rebati de forma irônica.

Ela engasgou e percebeu que tentar me enganar não ia funcionar.

-Qual é sua espécie? Por que você estava caída?

-...

-O que foi? O gato comeu sua língua?

Irônicamente, um gato preto dormia sobre a estante de Toriel.

-Certo, então eu irei me apresentar primeiro, sou a Nomie. Ah, e denada por ter salvo sua vida hoje mais cedo.

-...

-Ah, que seja. Levantei-me e fui em direção à porta, irritada. Mas antes que pudesse sair do quarto, a mesma se pronunciou.

-... Prazer. Sou a Layla.