1. Spirit Fanfics >
  2. Undestiny - Até Que A Morte Nós Separe >
  3. As flores ecoantes

História Undestiny - Até Que A Morte Nós Separe - As flores ecoantes


Escrita por: Lupixel

Notas do Autor


Olá anjinhos, tamo ai com mais um cap, espero que gostem. Perdoem possíveis erros.

Capítulo 2 - As flores ecoantes


Fanfic / Fanfiction Undestiny - Até Que A Morte Nós Separe - As flores ecoantes

Um fio de luz entrava pela janela indo direto ao rosto de Frisk, logo acordando a mesma. Lógico que não era a luz do sol, e sim a luz dos lampiões de Snowdin, que estavam acessos, já devia ser cedo. Frisk coçou os olhos, e viu Sans dormindo na sua frente, ele parecia confortável, e estava em profundo sono. Frisk aproveitou a situação para observa-ló 'tão... Lindo, tão lindo pra um esqueleto, como ele consegue?' pensou enquanto observava ele dormir, de alguma forma, Sans tinha um ar agradável, era charmoso e bonito, mesmo sendo um esqueleto. Rapidamente Sans abriu um sorriso, e um dos seus olhos.

"Você sabia que eu posso ler mentes quando está completo silêncio, não é?" 

Imediatamente Frisk tomou um rubor intenso em seu rosto, ela ficou tão envergonhada que não sabia onde enfiar a cara.

"E... Eu posso e-explicar... Eu não estava" Sans a cortou antes de terminar a frase.

"Relaxa, piralha, to te zoando, não precisa ficar assim, o que você tava pensando pra reagir assim ein?" Sans riu soprado

"E-eu? Nada, nada, eu já estava levantando, você só me assutou, imagina você poder saber o que eu to pensando? Nã-não que eu pense nada que deva esconder, mas... Sei lá.. Né" Frisk coçou a nuca e deu um sorriso amarelo tentando se explicar, mas falhando como de costume. Frisk era péssima pra se explicar ou justificar algo.

"hmm, bem convincente sua explicação" Sans disse sarcástico, mas logo fez uma cara de triste.

"O que foi, Sans?"

"Nada, pirralha, eu acho que eu preciso de novos amigos"

"Novos amigos?! Porque?"

"Eu to só ossozinho criança" logo em seguida Sans começou a rir, e Frisk o olhou com cara de desacreditada e tédio.

"Sans! que piada ruim, você não cansa né?"

"Desculpa, tampinha, eu não podia perder essa" 

Sans se levantou e pegou algumas coisas em seu armário e foi direto ao banheiro, indo fazer suas higienes pessoais. Frisk parou um pouco para olhar atrás da janela e pensou que, mesmo o subsolo sendo um lugar fechado, e a vida sendo meio claustrofóbica, era um bom lugar pra se viver, ela gostava de lá, ela tinha todas que amavam, tinha comida boa, e não era um lugar pequeno, o subsolo era enorme, sempre que ela podia, ela ia "explorar" porém o mais longe que chegou foi até um boneco de neve, que deu um pedaço dele pra ela "olá, viajante! Eu sou um boneco de neve, e por isso não posso andar, meu sonho é explorar todo o subsolo. Leve esse meu pedaço de neve o mais longe que for". Mesmo Frisk cumprindo a promessa, ela infelizmente não foi muito longe com o pedaço do boneco, assim que pisou em hotland pela primeira vez, ele se derreteu no seu bolso.

"Bom, eu vou pro Grillby's, se quiser ir comigo comer, seja mais rápida ou vai ficar sem café da manha!"

"Sans, você sabia que faz mal comer aquelas gorduras de manha? Por que não cozinhamos algo? Eu sei que você sabe cozinhar bem! Não esconda de mim, eu sei que você já fez uma torta pra Toriel!" Frisk cruzou os braços e fez uma cara de "brava" pro esqueleto irresponsável.

"Você acha que assusta alguém com essa carinha fofa? hehehehehe. Mas você está certa, mesmo que eu não ligue pra minha alimentação, eu ligo pra sua! Então só por você docinho" 

"Ebaaaaa, o que vamos cozinhar?"

"não sei, vamos decidir, mas anda logo, antes que eu mude de idéia, seu projeto de gente!" Sans saiu do quarto e foi direto pra cozinha, deixando Frisk em privacidade no quarto.

Não demorou muito pra Frisk já ter feito suas higienes pessoais, e ela já estava na cozinha usando apenas um moletom do Sans, e secando seu cabelo com a toalha dele também. Frisk adorava usar as coisas de Sans mesmo tendo as delas, isso irritava Sans, o que fazia Frisk pensar que ele era egoísta com suas coisas, mas na verdade ele ficava incomodado pelo fato de Frisk ficar uma gracinha com suas roupas. Mas ele não podia pensar essas coisas! Ele não era pedófilo, Frisk tinha só 15 anos, e ele já era um quase adulto.

"Usando minhas roupas de novo, pirralha? O que você gosta tanto nelas ein?" Sans disse cruzando os braços, e se apoiando no balcão

"Elas são.. Grandes e confortáveis, e tem seu cheiro! Eu gosto dele" Frisk disse esfregando as mangas do longo moletom branco no rosto "hmmm..... Esse cheirinho de... Não sei definir, mas é bom" Frisk deu uma risadinha de olhos fechados.

Sans deu um sorriso de canto, e riu abafado, Frisk era tão fofa, ela era uma gracinha rindo, ainda mais com suas roupas, ele tinha que admitir isso. Ela cresceu bem embaixo do seu nariz e ele nem percebeu, e se tornou uma garota muito atraente. Mas pra Sans era estranho se sentir um pouco atraído por ela, ela era apenas uma criança amadurecendo, e ele um quase adulto.

"Que foi? Minha beleza esplêndida te incomoda, hm?" Frisk fez uma pose egípcia. Ela tinha falado zoando, mas logo percebeu o que tinha dito, e ficou com medo dar uma impressão de paquera.

"Que? Jamais, pirralha, não sou pedófilo"  Sans deu uma risada curta "vem, vamos cozinhar logo".

As ouvir tais palavras, Frisk ficou um pouco triste, Sans não sabia, mais ele sempre foi sua paixonite de infância, mas saber que Sans não tinhas olhos pra ela, baixava sua auto estima. 'será que sou feia?... Não, não é isso, Sans nunca iria olhar pra uma tábua como eu, e ele está certo, ele não é pedófilo' Frisk pensou cabisbaixa, então não conseguindo se segurar, questionou o mesmo.

"Ei! Como assim pedófilo? Eu não sou uma criancinha! Eu já tenho 15 anos, ta?" Frisk disse irritada, segurando os ombros do maior.

"Ah, é? Não é mais uma criancinha?" Em um movimento rápido, Sans segurou a cintura de Frisk com um de seus braços, e colocou ela contra o balcão, invertendo suas posições, ficando de frente pra ela "Vai com calma, criança, talvez no futuro, eu te de uma chance, ok?" o maior disse encarando a mesma e dando uma piscadinha com um sorriso travesso. Sans sabia que não era certo provocar ela, mas ele não se aguentou, ele queria provoca-lá, mesmo que fosse errado.

Antes de Frisk poder falar algo, ela já estava um tomate, ela só estava brincando de primeira, e depois ficou irritada por ser chamada de criança, mas analisando a situação total, parecia realmente que ela estava dando em cima do mais velho.

"Que?! Nã-não não, não é isso, você não entendeu, e-eu não estava te cantando! Eu só estava brincando, e de-depois eu... Eu fiquei irritada por-por me chamarem de criança, ai você entendeu que eu esta..."

"Shhhh, calma, eu já entendi" Sans soltou a menina, que estava em profundo rubor "relaxa, pirralha, não precisa ficar tão nervosa assim, eu só estava te zoando também" Frisk já estava mais calma, mas ainda estava com vergonha, porque ele provocou ela daquele jeito? Até sua voz ficou mais rouca e grossa que o normal 'deve ser apenas minha imaginação, é isso, imaginação, ta tudo bem'

2 horas depois se sujar toda a cozinha...

"Bom, eu acho que ficou bom, é a melhor torta que consegui fazer, e eai, como estão seus bolinhos de mel?"

"Já estão quase prontos, eu fiz suco, se não se importar, suco de laranja é ótimo pra saúde, e pros ossos também!" Frisk colocou a mão na boca depois de fazer a péssima piada, e deu uma risadinha

"Muito boa, muito boa, está aprendendo comigo a ser engraçada assim?"Sans disse levando as coisas pra mesa.

"Pelo visto sim! A piada ficou ruim, igual as suas" Frisk falou tirando as luvas e se sentando "bom, mas... Onde está o Papyrus? E a Undyne?"

"Undyne?! Normal perguntar do Papyrus porque ele mora aqui, mas Undyne? Ela está na casa dela, onde mais estaria? E Papyrus está dormindo, ele tem o sono super pesado, e sempre acorda as 8, parece até um robô, nada acorda ele antes ou depois. Eu queria ser mais como ele, acho que eu durmo demais"

"Espera... Mas você acordou cedo hj, você acordou 5 horas, lembra? O que te fez você acordar tão cedo?"

"Você!... Não, quer dizer, você estava me encarando, impossível não acordar" na mesma hora, a vergonha de Frisk voltou com força, então ele tinha percebido tudo? Ela reparando toda a manhã?

"E-eu? Não, você sonhou! Eu estava dormindo, assim que eu acordei, você acordou junto, e ainda disse que podia ler minha mente!"

"Hmmm, convincente novamente essa explicação" Sans disse bebendo o último gole de seu suco "bom, já são 7 horas agora, eu vou pro meu posto de vigia, qualquer coisa me ligue, caso queira sair, me avisa".

Frisk se preocupava pelo Sans, ele trabalhava demais e não se dava descanso algum, e ela as vezes se sentia como se fosse mais trabalho pra ele, e toda vez que ela saía de casa tinha que avisa-ló, o que era mais trabalho pra ele, porque ele sempre tinha que procurar onde Frisk estava pra saber se a mesma estava bem. Então ela decidiu sair sem avisa-ló dessa vez.


Undestiny


A cachoeira não tinha muita claridade, mas era um lugar bonito, Frisk se sentia bem lá e gostava de ouvir o que as flores ecoantes tinham pra dizer, sempre era algo útil.

"Nunca foi você... Nunca foi sua culpa, foi ela, ela nós matou" uma flor ecoante que havia ali perto sussurrou, quase inaudível, apenas para Frisk ouvir.

"Ela?.... Ela quem?" a flor ecoante não deu uma resposta, apenas continuou a brilhar.

Frisk andou um pouco, e chegou até uma mina, onde sempre tinha um senhorzinho tartagura lá, além de idoso, ele era sagaz, por conta da idade ele sabia de muitas coisas sobre o subsolo, mas ele sempre tinha uma perda de memória temporária.

"Olá, senhor, bom dia! Como o senhor está?" Frisk perguntou se apoiando no balcão que separava os dois.

"Eu estou bem, minha fia, veio aqui hoje por mais respostas?  Me surpreendo por ter alguém que gosta de ouvir histórias de um velhote"

"Ah, não diga assim, suas histórias são muito interessantes" Frisk disse enquanto o velhinho que estava de costas pegando algo em seu baú.

"Eu vim perguntar... O que o senhor sabe sobre as flores ecoantes?" imediatamente o velhinho virou, e abriu a pequena porta de seu balcão.

"Flores ecoantes? ouviu alguma coisa estranha de uma delas?" o velhinho puxou uma cadeira pra menina sentar, e puxou outra pra ele "sente, coleguinha, eu vou lhe contar tudo que sei" em seguida ele colocou um livro grande e empoeirado no colo. "As flores ecoantes são conhecidas por repetirem a última coisa que ouviram, como um gravador, por isso o nome, 'flor ecoante'. Mas isso você já sabe não é? Bom, muitas pessoas já contaram relatos de terem ouvido flores ecoantes dizerem coisas estranhas, eu mesmo já ouvi! Como conselhos, avisos ou frases estranhas que só fizeram sentido depois. Antes da Alphys, tivemos outro cientista no subsolo, ele estudou boa parte de sua vida sobre as flores ecoantes. De acordo com os seus estudos, elas eram vivas, como todas as plantas, porém, não tinham habilidade para falarem por sí só, mas tinha uma coisa que não deu tempo de ele concluir, pois sua morte chegou rápido.." o senhorzinho disse com grande firmeza, como se lembrasse de um velho amigo, e uma boa história.

"E o que ele não concluiu?" Frisk perguntou totalmente atenta.

"A última coisa que ele descobriu foi que as flores tinham parte do corpo feito de magia, e ele não conseguiu concluir o quanto de magia elas tinham, então não foi possível saber se a quantidade de magia era suficiente para fazer as plantas falarem por sí só, sem ser apenas repetição das ultimas coisas que ouviram, mas a gente nunca sabe né minha fia, em um mundo onde existe flor que fala, nada é impossível" O sábio velhinho terminou sua história, e os olhos de Frisk brilharam de determinação e esperança.

"Obrigada, mas uma vez vó! Eu vou indo nessa, tenho coisas pra descobrir!" Frisk tentou sair apressada dali, ela já tinha muitos planos em mente.

"espera minha fia! Eu tenho algo pr'ocê" o senhor levantou e andou em direção a Frisk com sua bengala, andando meio corcunda, e entregou o livro velho nas mãos de Frisk.

"Olha minha filha, minha idade já é avançada, e logo vou partir, e eu sempre procurei alguém pra deixar este livro, eu até hoje não sei quem escreveu, mas ele tem toda a história do subsolo, e muitas coisas interessantes que você vai gostar, ele tem desenhos ilustrados, que parecem ter sido feitos por uma criança. Toma! Agora ele é seu" Finalmente o senhorzinho corcunda se sentia em paz, finalmente ele achou alguém que podia guardar seu tesouro.

"O-obrigada tio! Eu... Eu estou muito agradecida por confiar em mim, e me dar esse presente, eu vou cuidar bem dele" Frisk sorriu, e saiu de lá mais feliz que nunca, ela adorava mistérios, e um livro daqueles era raro.

Assim que saiu da mina, ela foi direto para um corredor que não tinha ninguém, apenas flores ecoantes, o lugar tinha pouca luz, e era agradável de ficar. Ela se sentou, e ficou ali esperando ouvir algo das flores, ela não sairia dalí até que ouvisse algo. Mas suas expectativas foram quebradas, e ela passou 3 horas sem ouvir nada, até que ela ouviu passos, e logo escondeu o livro dentro do moletom.

"O-oi.. Eu tava do outro lado do corredor o tempo todo, nem imaginava que você estava aqui. Também gosta de ouvir o que as flores tem a dizer? Elas sempre tem algo interessante não é" o monstrinho amarelo disse, sentando ao lado de Frisk.

Por incrível que parecesse, Frisk sempre o encontrava na cachoeira, ele era legal, e um bom amigo, porém ele falava demais.

"Sim, eu acho.... Mas estou aqui a três horas e nada, acho que elas não querem falar comigo" Frisk fitou o chão um pouco decepcionada.

Ela passou o resto de dia que tinha lá mesmo, conversando com o monstrinho.


Undestiny


Sans sentou no sofá, e tentou manter a calma. Ele sabia que Frisk não tinha ido muito longe, e que estava bem, mas o fato dela sair sem avisar, o irritou bastante, era perigoso, e se algo acontecesse com ela? Já era noite, e Frisk ainda não havia retornado.

"QUE FOI SANS? VOCÊ PARECE UM POUCO ABATIDO, TALVEZ UM ESPAQUETE TE FAÇA MELHOR. NINGUÉM FICA MAL DEPOIS DE COMER O ESPAQUETE DO GRANDE PAPYRUS! NYEHEHEHEHEHEH" 

"Valeu cara, mas não to com fome. O problema é que Frisk saiu sem me avisar hoje e ainda não voltou" Sans disse sentando de braços cruzados olhando o relógio, enquanto Papyrus sentava ao seu lado com um prato de espaquete na mão.

"A HUMANA? RELAXA IRMÃOZINHO, ELA DEVE ESTAR PROCURANDO POR MAIS MISTÉRIOS DO SUBSOLO, ELA ADORA FAZER ISSO" 

"É exatamente isso que Papyrus falou, relaxa um pouco Sans, eu acabei de ver ela na cachoeira, já deve estar voltando"

"Undyne?!" "UNDYNE?!" os dois irmãos perguntaram ao mesmo tempo.

"Como você entrou aqui? Eu nem cheguei a te ver"

"Ah, eu entrei pela janela, desculpa, eu costumo fazer isso, lembra?"


Undestiny


Já eram meia noite quando Frisk voltou, os lampiões já estavam apagados, e não tinha ninguém na rua, até o Grillby's já tinha fechado. Ela abriu a porta o mais devagar possível e entrou, estava completamente escuro, e ela tentou andar até o quarto do Sans sem fazer barulho. Ela andou bem devagar e quando ia subir pela escada, alguém a segurou pelos braços.

"Sabe que eu consigo ver no escuro, não é?" como sempre, aquela voz grossa e rouca era inconfundível.

Mas já era tarde demais pra Frisk reconhecer Sans, o susto que ela levou fez ela se desequilibrar e cair pra trás, os dois rolaram escada abaixo, e caíram no chão da sala, fazendo Sans cair em cima de Frisk.

"Ai... Minha cabeça" Frisk resmungou.

Sans levantou os braços, ficando com eles entre o pescoço de Frisk.

"Frisk?... Você está bem?" Aquilo era realmente um castigo pra menina, Sans já fazia efeitos nela, e quando ele falado baixo daquele jeito então. Ainda mais naquela posição.

Frisk corou intensamente ao perceber a posição que os mesmos estavam, e não conseguiu falar nenhuma palavra.

"Você fica muito fofa com vergonha assim, sabia?" Sans se aproximou mais de seu rosto.

"Sa-sans, o que você está fazendo?".

Antes que desse tempo de uma resposta, a luz foi ligada por alguém.

"Ahm... ok, eu vou fingir que não vi nada" Undyne deu meia volta, e entrou na cozinha, entendendo completamente errado aquela situação constrangedora.

"Nã-não é o que você ta pensando, volta aqui Undyne!" Frisk se levantou empurrando Sans.

Sans pegou Frisk pelo braço, não deixando a mesma continuar, pois acabaria estragando a visão dos dois mais ainda.

"Relaxa pirralha, deixa que eu explico pra ela. Suas explicações nunca são convincentes" Sans saiu indo de encontro a Undyne.


Undestiny


Frisk saiu do banheiro depois de um longo banho, e se deitou na cama de Sans, onde ela geralmente dormia. Por algum motivo Sans preferia o sofá. Ela se acomou na cama, e escondeu o livro embaixo da cama, ela pretendia ler depois e com mais calma. Até que ela sentiu a cama afundar, e ela se virou encarando a pessoa.

"Sans?.. Não consegue dormir sozinho de novo?" Frisk disse de olhos já fechados pelo sono.

"Mais ou menos isso, pirralha. Na verdade eu vim conversar com você, quando você chegou, era pra eu te dar uma bronca por ter chegado tão tarde e saído sem me avisar, mas a gente sabe o que aconteceu.... Hehehe" Sans soltou uma risada sem graça e coçou o pescoço.

"Haha.. É.." Frisk tentava esconder que ficava com vergonha ao lembrar daquela situação constrangedora "ahm... Então, o que você veio conversar, Sans?" 

"Bom, eu conversei com a Undyne, e ela me disse que eu devia deixar você mais solta, sabe? Que eu não devia pegar tanto no seu pé. Afinal, você já tem 15 anos, não é mais uma criancinha, você sabe se cuidar" Sans estava pensativo, a garotinha dele cresceu tão rápido, que ele nem chegou a sentir.

"Eu.. Concordo com a Undyne, mas eu te devo desculpas, Sans, afinal, eu moro com você agora! Você me banca tudo, então eu tenho que seguir as regras. Desculpa por sair sem avisar assim, e chegar tão tarde" Frisk aparentava um pouco de tristeza por desapontar Sans.

"Relaxa, baixinha" Sans bagunçou o cabelo de Frisk "ta tudo bem, agora você precisa dormir, ok? Eu vou pro sofá, qualquer coisa me chama".

Sans se levantou indo em direção a porta, e o último barulho que foi ouvido até ficar um silêncio total, foi da porta se fechando, e de Sans descendo as escadas. Frisk queria que ele ficasse, mas ela teve vergonha de pedir pela segunda vez, não queria incomoda-ló. Quando Sans dormia ao seu lado, ela se sentia segura, e não tinha aqueles pesadelos horríveis.


Undestiny


Frisk caminhava, e caminhava mais naquela escuridão sem fim. Até que ouviu barulhos, ela ouviu um som de uma adaga perfurando e rasgando corpos, e logo, a sala se encheu de sangue, indo até a canela da mesma. Alguém a segurou por trás, colocando a adaga suja de sangue em suas mãos. Frisk usava roupas diferentes, e sentia como se fosse duas pessoas em um corpo só, seus pensamentos não condiziam com sua vontade, era como uma segunda voz entrando em sua mente.

"Agora, somos poderosas! Ninguém pode nós derrotar hahahhaHAHAHAHAHAHAHA".

Frisk se via presa novamente naquele círculo interminável de dor, as risadas ficavam cada vez mais altos. Mas dessa vez não era a voz da flor do sonho passado, era uma voz feminina.

"Veja Frisk! Veja todo esse sangue que você causou! Não acha lindo? HAHAHAHAHA como eu amo esse vermelho intenso!" 

Frisk não sabia mais diferenciar se a voz histérica e perturbada era alguém falando com ela, ou se era seus próprios pensamentos, ela só queria fugir daquilo. Então ela se virou, enfiando a adaga no peito da pessoa que estava atrás dela, era ela? Ela não conseguia identificar pela escuridão, mas logo a pessoa tomou outra forma, dessa vez inconfundível, era Sans! Ele começou a sangrar, e seus olhos choravam, e seu rosto era de completa dor e tristeza.

"Fri.. Frisk... Você... Me.. Matou.." Sans tentava susurrar com dificuldade, mas logo virou pó, sumindo no ar, assim como todo monstro após morrer.

"Não......NÃO! SANS! NÃO NÃO NÃO" Ela chorava inconformada, e tudo que sentia era angústia.

"Você não pode me matar bobinha" Agora a voz estava em todo lugar, não tinha ninguém na sala.

"HahahahahhahahahHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAH".

E logo as risadas começaram a tomar conta do lugar, e ela apenas corria, mas a sala não parecia ter fim, era tudo a mesma coisa, a única coisa visível era o mar de sangue no chão, até que o sangue começou a subir, indo de suas canelas até o pescoço, e cobrindo por fim, sua cabeça.

"Eu.... Não consigo... Respi..rar" Frisk apenas sentia a sensação de sufocamento, era agoniante, e nem parecia ser um sonho de tão real. E mesmo debaixo de todo aquele líquido vermelho, ela podia ouvir as risadas um pouco abafadas.

Em um susto, Frisk acordou, e ela continuava a soluçar e chorar.

"Sans...." ela desceu as escadas alvoroçada, tentando achar o esqueleto.

Sans estava dormindo igual a um bebê no sofá, e isso acalmou Frisk, ela estava tão perturbada, que tinha esquecido que era apenas um sonho, ela não estava mais diferenciando a realidade do sonho. Ela deu um suspiro de olhos fechados, e colocou a mão no coração, mesmo feliz ao ver Sans bem, ela estava perturbada com os pesadelos que costumava ter.

Sans já dormia, e ela não queria acorda-ló, então apenas se ajeitou ao lado dele no sofá, e dormiu deitada em seu peito.








Notas Finais


Eai fofinhos? O que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...