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História Undisclosed Desires - Drarry - Draco precisa de um abraço. Harry sofre um acidente.


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


To my sailor sister Isabela. Thank you for make me feel save and special. Yours truly, Nyme 🌹❤

Capítulo 11 - Draco precisa de um abraço. Harry sofre um acidente.


Harry escorregou dos lençóis lisos demais diretamente para o chão. Mesmo com a queda não abriu os olhos, estava com preguiça demais para isso e aquele carpete era realmente felpudo. Não era sua casa, nem seu quarto, obviamente. Tinha um cheiro conhecido, almiscarado, Harry gostava daquele cheiro, tanto que poderia ficar o dia todo enrolado naquele lençol. Sorriu em seu sono. 

- Potter! 

A voz veio do lado de fora do quarto, fazendo Harry abrir os olhos no mesmo instante. Draco estava com a mão na maçaneta da porta, com cara de poucos amigos. O moreno se levantou no mesmo instante. 

- O que aconteceu? – Murmurou, tentando arrumar a franja inutilmente, enquanto Draco o arrastava escada a baixo, reclamando como ele era lerdo e não conseguia dar dois passos sem tropeçar nos próprios pés. 

- São eles! Eles que invadiram a minha casa. 

Harry se virou para ver Narcissa apontando seu indicador longo para ele e o filho. Pela primeira vez, o moreno conseguiu prestar atenção no rosto do rapaz ao seu lado e ele parecia devastado. Não precisava ser muito esperto para perceber os aurores ao lado da mulher. Ela não se lembrava que eles haviam passado a noite lá, muito menos que Draco era seu filho. 

- Nós já estamos saindo. – Respondeu, lançando olhares para os aurores que parecia tão confusos quanto Harry.

- Peguem eles! Ora, vocês são imprestáveis! Eu me queixarei pessoalmente para o Ministério! Minha mansão foi invadida! – Exclamava a plenos pulmões. 

Narcissa tremia e apontava, completamente fora de si. Draco parecia a ponto de chorar a qualquer momento. Agarrou o braço de Harry novamente, o arrastando para fora da casa.

- Draco, por Merlin, o que está acontecendo? – Perguntou, sentindo seu braço formigar pela força que estava sendo segurado. 

- Vamos para casa, Potter. Por favor. 

Agora não só seu braço, mas o seu corpo também foi segurado com força e no momento seguinte já estavam na minúscula sala do flat de Harry. 

- Eu acordei pra te fazer um chá. A porra de um chá. Só passei no quarto dela para saber se estava tudo bem e ela me atacou. Com um feitiço. Logo depois começou a berrar que não me conhecia, que eu havia invadido a mansão, quando eu fui checar se você tinha acordado com os gritos, tinha pelo menos uma dúzia de autores pela casa. Apontando as varinhas pra mim. Pra mim, Harry, o filho dela. Ela se esqueceu de mim. De mim!

Draco cuspia as palavras rápido e compulsivamente, seu rosto e seus olhos estavam vermelhos mas não descia nenhuma lágrima deles. Harry estava com medo de dizer algo estupido e acabar irritando mais o rapaz. Então ele fez apenas o que seus instintos diziam. 

- O que você está fazendo, Potter? – Se irritou quando o outro despiu seu casaco e o puxou pela mão. 

- Vem se deitar um pouco, esquecer um pouco do mundo. – Respondeu inseguro. 

Draco o fitou por alguns segundos antes de voltar a segurar a mão do rapaz e deixar ser levado até o quarto. Uma vez dentro do cômodo, Harry o despiu, mas engano de quem pensasse de que tinha algum plano sexual envolvido, ele apenas se despiu em seguida e os cobriu com duas cobertas quentes e pesadas. A janela estava com uma parte descoberta pela cortina e os primeiros flocos de neve começavam a cair. 

- Hoje você não precisa ser Draco, nem Malfoy, nem filho, nem nada disso. Eu quero que hoje você seja meu marido, só isso, e fique aqui comigo. Okay? Sem preocupações, só eu e você. 

O peso de toda a situação pesou de uma vez nas costas de Draco, ele estava há tanto tempo fingindo que não estava sendo difícil. Mas era. De fato não queria ser outra pessoa hoje além do marido de Harry Potter e sentir sua pele contra a pele dele embaixo das cobertas quentes. 

Estava tão confortável daquela forma, com o cheiro de Harry impregnado nas suas narinas, os dedos correndo nos fios finos e o silêncio que Draco acabou por adormecer. Seus sonhos foram agitados e confusos, variando da sua mãe lhe pregando ofensas à Harry lhe dizendo desaforos e ameaçando abandoná-lo. O moreno o apertava no abraço toda vez que ele começava a tremer no pesadelo. O último sonho foi com seu pai e esse gritava desaforos e o acusando de negligência com a própria família. 

Acordou suado, nervoso e sozinho. Harry não estava na cama, nem seu casaco estava pendurado no lugar de sempre. Na cozinha havia uma xícara de chá aquecido por um feitiço é um pedaço de pergaminho que dizia que precisou sair mas voltaria logo. 

Esperou a tarde inteira, em alguma parte ele se viu gostando de programas trouxas e vasculhando as coisas pessoais de Harry. Tinha muitas fotos, cadernos antigos e penas quebradas em uma gaveta no quarto. Organizou todo o cômodo, colocando os livros na ordem, as peças do guarda roupa por ordem de cor e estação. Já estava cansado e entediado novamente, queria que Harry voltasse. 

Recebeu visitas indesejáveis. Um grupo de garotas vieram trazer um pote de cookies com confeitos coloridos para Harry. Achou isso um abuso, aquelas criaturas eram no mínimo dez anos mais velhas que Potter, quem elas pensavam que eram? Agora o jovem Malfoy estava querendo que o marido voltasse apenas para mandá-lo embora novamente. 

Um absurdo desses! 

Pensou em dar uma volta para esquecer o episódio das adolescentes abusadas, mas estava frio demais para uma caminhada. Abriu a janela e se pegou sorrindo para o grupo de crianças correndo em uma brincadeira de bolas de neve. Uma delas se parecia tanto com Teddy que seu coração se apertou, nunca pensou que sentiria falta de criança alguma como sentiu a do garoto naquele momento. Sentindo que era o certo e o ajudaria a passar o tempo, fechou a janela e as cortinas, assinou com sua letra cursiva que voltaria logo, embaixo da letra torta de Harry e aparatou para casa de Andrômeda. 

-x- 

- DRACO! 

Nem mesmo tinha colocado os pés dentro da aconchegante casa de sua tia, e foi atacado pelo pequeno que pulou com força em cima dele. Ainda não estava acostumado com tanta demonstração de carinho então apenas desgrudou o pirralho das suas vestes bem passadas e o colocou no chão. 

- Draco! – A voz suave de sua tia, chegou em seguida. – Que surpresa, você não vem aqui desde... Acho que você nunca veio aqui antes. 

A risada de Andie era leve e inocente mas ainda assim, fez Draco se sentir envergonhado por nunca ter sido presente na vida de sua tia como deveria. 

- Me desculpe, eu... – Tentou procurar uma razão, motivo ou circunstância. Mas não havia. Sua tia riu novamente. 

- Está tudo bem, querido. – Disse, afagando a bochecha do rapaz. – Vou preparar um chá para nós, sim? Teddy, mostre seu novo bichinho para o primo Draco. 

Os olhos da criança brilharam, mudando de chocolate para cinza como os do rapaz. Draco foi puxado para a sala de estar onde o tal bichinho estava. Teddy soltou a mão do Primo para pegar o animal nas mãos. 

Draco riu de nervoso. 

- Tio Harry disse que eu poderia escolher o que eu quisesse da loja de animais, então eu escolhi esse! 

Ah claro, Potter. Muito engraçado. 

O animal era nada menos que uma doninha comprida e branca. Exatamente como ele havia sido transformado em seu quarto ano. 

- Seu padrinho é um homem muito espirituoso, não é mesmo? 

- Ele é! – Ted respondeu, mesmo sem saber o que significava aquela palavra. – Mas não é só isso, olha só! 

O garoto colocou o animal no chão, afastou a longa franja azul do rosto antes de dizer um comando que Draco não conseguiu entender e no minuto seguinte a doninha havia se transformado em um coelho fofo e branco, novamente a criança disse a palavra e o bicho se transformou em chinchila, depois em um gatinho e por ultimo uma cobra albina. 

- Okay, entendemos, faz ele virar uma doninha de novo. – Pediu tremulo, se afastando. Teddy gargalhou alto. 

- Viu só, Draco? Ele é igual a mim! – Exclamou contente com o bichinho que agora era uma doninha novamente. 

- Ficou feliz em conhecer o Bob, querido? Esses dois me pregam boas peças. – Andrômeda havia reaparecido, com duas canecas de chá quentinho e com aroma aconchegante como tudo naquela casa. 

- Achei... Peculiar. – Respondeu incerto, aceitando a caneca e se sentando aonde sua tia havia indicado. 

Andie o encarava por cima da caneca, observando o neto mostrar para o sobrinho todos os desenhos que havia feito e solicitar que entregasse um para Harry, diretamente nas mãos dele. Quando Teddy finalmente se levantou para buscar alimentar Bob, a mulher conseguiu conversar com o rapaz. 

- Então querido, como sua mãe está? 

Draco encarou a caneca de chá quase vazia e deu de ombros. Sua tia deu seu tempo até que ele começasse a explicar, mordendo o lábio de vez em outra para não começar a chorar ali mesmo. Seria vergonhoso. 

- E hoje aparentemente, ela se esqueceu de mim e tentou me mandar pra azkaban. – Finalizou com uma risada vazia, girando a caneca com líquido gelado nas mãos. 

Andie pareceu observar Draco, esperando algum descontrole emocional ou apenas escolhendo as palavras certas para dizer. 

- Já pensou em mostrar lembranças a ela? Em uma penseira, aposto que na mansão vocês devem ter uma.

A expressão de Draco se iluminou como os postes de iluminação na rua. Sua voz saiu quase em um sussurro.

- A senhora acha que daria certo? 

Andrômeda deu de ombros, bebericando um pouco do chá que ainda estava quente. 

- O não nos já temos certo? - Ela apontou sua varinha para a caneca de Draco, deixando a bebida do rapaz aquecida novamente. – Mas se não der certo, não se esquece que você tem uma casa aqui com a gente, Draco. Teddy e eu vamos adorar ter você conosco. 

O sorriso, o chá e as palavras de sua tia tiveram o efeito que Draco precisava. Ficou ainda mais um tempo falando de coisas aleatórias, a maior parte delas envolvia Harry, até ele se sentir bem novamente para voltar pra casa.

Mas foi justamente ao pisar no apartamento que a montanha-russa que estava sendo aquele dia, desceu mais uma vez. 

As luzes estavam acesas e havia objetos largados por todo o canto, indicando que Potter estava em casa. O próprio estava na cama, mas foi a situação em que ele estava que fez Draco perder uma batida do coração. 

- Hey... 

A voz de Harry era rouca. Seu rosto tinha vários cortes, assim como seu braço enfaixado e pequenos curativos no peito nu. Ele parecia ter sido pisoteado por um hipogrifo é um dragão ao mesmo tempo. Havia um corte no lábio e um pouco arroxeado na bochecha esquerda. 

- O que fizeram com você?! Merlin, Potter! Estava tentando se matar? – Disse, sem saber o que fazer, se encostava ou se sentava ao lado. 

Harry tentou se sentar ao ver a expressão pálida como cera de Draco, fez menção com a mão para que ele se sentasse no espaço vazio da cama. 

- Explique-se! – Exclamou, quando o rapaz apenas ficou calado por um tempo. 

- Eu recebi uma ligação do meu Primo Duda, minha tia está muito doente. Fui fazer uma visita, não iria demorar, mas nevou e a motocicleta acabou derrapando o gelo. – A boca de Draco se formou um ‘O’ perfeito. 

- Sabia que aquela máquina mortífera iria te causar algum mal! E ir visitar aqueles... argh! Olhe o que te aconteceu, Potter! Eu tenho vontade de bater você mais um pouco e depois beijar todos seus machucados! – Soluçou. 

- Malfoy, você está chorando? – Harry riu, deixando o outro rapaz ainda mais irritado. – Ei está tudo bem, me deram algumas poções, é preciso descansar. 

Tentou consolar, mas para o outro ainda era demais. Era assustador ficar frente a frente de perder as coisas mais preciosas de sua vida. 

- Você não entende! Você não pode morrer, entendeu? Não pode se machucar, não pode ficar longe de mim. Eu só tenho você, Potter! 

Harry sentiu o peito apertar com a declaração, era demais tudo aquilo, se sentia até um pouco culpado. Poderia ter aparatado e não ter ido até o outro lado do estado em uma moto. Gemendo de dor nas costas se aproximou de Draco, indicando com a cabeça para que ele deitasse em seu peito. O loiro se aconchegou o mais suave que pode para não esmagar os ferimentos no marido. 

- Não vou embora assim, Draco. Estou aqui por você. Eu amo você. 

Draco fechou os olhos. Potter havia acabado de dizer que o amava como se tivesse dito que ia fazer panquecas pro café. Simples. E ele sabia que era verdade porque Potter não fazia nada sem ter certeza, mas mesmo parecia fazer tudo parecer fácil como se aquelas três palavras não significasse um mundo inteiro. Não conseguia dizer de volta, não agora, segurar o coração do herói daquela forma era perigoso e Harry merecia o melhor. 

- Hoje suas vizinhas vieram te trazer biscoitos para você, Potter. Biscoitos. Não gostei nada disso, quando você melhorar, nós vamos conversar sobre essa sua simpatia em excesso. 

Harry riu alto, fazendo todo o corpo de Draco vibrar. O braço bom estava abraçando seu tronco, os dedos passeando pelo seu braço para cima e para baixo. 

Ele iria entender. 


Notas Finais


Nada justifica a minha demora pra att. Eu sei, me desculpe!

Obrigada por todos os comentários e views, vocês são incríveis sempre! Cruzem os dedinhos para que o bloqueio criativo não me pegue novamente! E desculpa qualquer errinho, rs.

Até logo 👋🏻


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