História Undisclosed Desires - Drarry - Marolinha de praia e Festas beneficentes

- Você nunca esteve na praia mesmo? 

- É claro Potter, porque você é basicamente uma sereia. 

Harry gargalhou abafado com o rosto enterrado no braço de Draco, a pele do rapaz estava quente do sol embora ele tenha se negado em tirar a camiseta branca desde que aparataram naquela praia deserta em alguma lugar... da Jamaica? Malfoy não tinha muita certeza, ele apenas segurou a mão do herói quando esse pediu que confiasse, que ele o levaria para um lugar lindo, que Draco não iria se arrepender.

Digamos que nos últimos meses, estava difícil do rapaz negar algo ao esposo. Essa era uma das primeiras coisas que os dois rapazes decidiram, seja por magia ou por querer, eles estavam juntos e se amavam... Embora o jovem Malfoy ainda não tivesse dito que o amava com todas as letras. Ele amava Harry. 

Esse que por sua vez parecia ter a frase como a sua favorita. Ele dizia de manhã, antes de sair, rindo de algo que o outro fazia de engraçado. Quando o olhava no olho para fazê-lo se sentir melhor. 

Três palavras. Sete letras. Harry pronunciava e Draco era todinho dele.  

Seus pés enterraram na areia morna. Fazia muito calor, o moreno não parecia se incomodar, ele ficava muito mais bonito reluzindo sob os raios. Poderia ser o próprio sol se quisesse. 

- Vamos! Um mergulho só! - Insistiu. 

Draco tinha óculos escuros e um boné protegendo sua cabeça. Ele de uma breve olhada no mar a sua frente.

Sem chance. Ele iria se afogar. 

Grandes ondas atacavam os banhistas e era um pouco assustador. É claro que o rapaz sabia nadar, mas em lagos calmos e piscinas naturais. Nada comparado com mar revolto. 

Seus óculos subiram para o rosto novamente, ignorando Harry. 

- Você é insuportável, Malfoy. Vou sozinho. - Respondeu, se despindo da bermuda, ficando apenas em seu calção de banho e suas pernas grossas bronzeadas. 

Draco abaixou seus óculos, dessa vez para fitar seu herói, suspirando audível o suficiente para fazer Harry jogar a bermuda no rosto do rapaz. 

- Tarado. - Respondeu indignado antes de sair andando de costas até a água. 

Harry molhou os pés e sentiu toda a água morna arrepiar seu corpo. Quando mais ele adentrava, mais seu corpo se acostumava com a temperatura confortável. Ele costumava vir até aquela praia, sozinho, para andar pela areia e se distrair com as crianças brincando na marola, ou dando um mergulho. Era um daqueles lugares que não contava a ninguém, que valia a pena a tontura da aparatação, um lugar que serviria pro clichê de levar uma pessoa especial no seu lugar favorito no mundo. 

Mergulhou na próxima onda que chegou e sorriu para Draco de longe, ele não estava exatamente enxergando o rapaz, sem seus óculos tudo ficava embaçado e o sal do mar fazia eles arderem um pouco. Mas era possível ver a silhueta de Draco levemente curvada para frente, em preocupação. Desnecessário, Harry sabia nadar e provou isso mergulhando mais uma vez. 

O moreno as vezes jogava com o rapaz, provocando pequenas cenas de ciúmes ou sendo manhoso com os menores dos acontecimentos, não era o certo ele sabia disso, mas era bom ver o lado selvagem de Malfoy, que nunca abria a boca pra dizer dos seus sentimentos. Essa era a forma do herói se sentir seguro. 

Perdido nesses pensamentos, se distraiu sendo jogado para dentro de uma onda maior que o atacou pelas costas. Por um momentos tudo era água e confusão, ele não ia se afogar, conseguia alcançar sua varinha em seu calção de banho mas antes de pensar em um feitiço que o puxasse para cima, dois braços o ergueram seguido uma voz urgente que parecia querer tirar água do seu ouvido com os próprios gritos. 

- Você enlouqueceu?!! Quer se matar? 

Harry não conseguiu falar, ele tinha engolido um pouco de água, e seus olhos ardiam demais agora. Sem contar que Draco estava tendo uma reação exagerada, ele só tinha tomado um caldo. Não conseguiu evitar de rir, fazendo o rapaz a sua frente crescer em sua raiva. 

- Acabei de salvar a sua pele e ao invés de me agradecer, você ri? Muito bem! - Harry estava gargalhando do rapaz, que tinha os cabelos loiros grudados no rosto que estava vermelho de mar e sol, a camiseta branca transparente agora. Draco se pôs a andar na frente do outro, sem se importar. Por ele, o mar o engoliria - mas que o devolvesse de volta antes do jantar. 

- Draaaaco! - Chamou o rapaz, correndo da água até a areia. 

Draco continuou andando na frente, tentando não olhar para trás e dar atenção aos chamados do rapaz. O moreno deu um impulso, se jogando nas costas de Draco, as pernas cruzando no quadril, suas coxas sendo seguradas pelas mãos firmes do outro. Harry pousou um beijo leve na ponta do orelha e sussurrou em seu ouvido:

- Obrigado por ter me salvado. 

Draco sorriu com a aquecida em seu ego e segurou o rapaz com mais força em suas costas.

- Chega de sol por hoje, sim? 

Ele realmente não se importou se tinha alguém olhando quando os dois desaparecerem no meio do nada. 

 Pousaram na sala de estar, Harry ainda grudado nas costas de Draco. O rapaz não fez menção de descer e o outro tampouco o pediu para sair. Seu caminho foi certo até o banheiro, deixando uma trilha de areia por onde andava, no piso impecavelmente limpo. 

Harry agora estava no chão, com Draco se curvando em cima dele, beijando sua boca ferozmente como sempre, como se a menção de perder o moreno naquelas águas o fizesse desejá-lo ainda mais. 

- Achei que estava bravo comigo. - Riu entre o beijo, mordendo o lábio quente do loiro. 

Draco tinha as mãos por todo o corpo do rapaz, ainda molhado e sujo de areia. Quente de calor, quente por estarem se beijando, ele poderia dizer que estava mais calor ali naquele cubículo do que em qualquer deserto. 

Em resposta a frase, Draco apenas gemeu baixinho dando seu pescoço para que Harry descesse até sua clavícula e passeasse pelo seu queixo com mais beijos e pequenas mordidas que deixava toda a sua pele arrepiar. 

Harry sentia que ia desmaiar de calor, ele se sentia com febre. Draco roçava os quadris contra os dele, tendo sua ereção desconfortável pelo tecido da bermuda. O loiro choramingava baixinho cada vez que a mão de Harry apertava suas nádegas ou chegava perto o suficiente de onde ele queria ser  tocado. Quando suas mãos seguraram o elástico da bermuda, a puxando para baixo, Draco gemeu dentro de sua boca, fazendo Harry rir baixinho. 

- Eu nem mesmo comecei a tocar você, Malfoy. - Disse suavemente, tirando todas as peças de Draco, o deixando completamente nu. 

O rosto do rapaz estava bagunçado de vermelho, calor e uma leve irritação por não conseguir o que quer. 

- Você é um safado provocador, Potter. Eu odeio você. 

Harry sorriu abertamente, aquilo era dois passos perto de um Eu te amo, decente. 

Draco se afastou, empurrando o herói no peito. Ele se virou, usando o máximo da sua sensualidade para apenas abrir a porta de vidro do box e ligar o chuveiro quente. A água caindo na sua pele só deixava ele mais excitado e ansioso para que Harry o tivesse. O moreno o comia com os olhos, descendo seu calção de banho, largando ele ao lado do outro montinho de roupas. 

Ele entrou no quadrado com Draco e fechou o vidro. Sua visão se enevoou com o vapor quente e com a mão do loiro em seu membro, massageando lentamente enquanto mordiscava seus lábios. Os olhos nunca deixando de encará-lo. Em termos de provocação Draco era tão bom quanto Harry. 

O rapaz não queria ser deixado para trás, por isso tratou de levar suas mãos até as costas lisas do loiro, descendo até sua bunda e tentando manter a concentração, Draco estava trabalhando bem demais com as mãos no seu pau, o fazendo gemer. Era a vez de Malfoy rir. 

- Quem é que mal aguenta um toque agora? 

- Shhhhhh... - Ganhou em resposta, os dedos de Harry entre suas nádegas, rodando exatamente onde ele esperava que estivesse, fazendo seus joelhos vacilarem um pouco. Harry riu. 

- Cala a boca--aah. - Tentou dizer, mas Potter já havia introduzido um dedo e sua perna estava automaticamente levantada, usando o quadril do rapaz como apoio, a mão que estava no membro afrouxou um pouco. 

Harry tinha um sorriso vencedor no rosto quando Draco pendeu a cabeça levemente para trás e ofegou. Seu dedo mal se movia, sendo introduzido aos poucos, junto com outro, até que o rapaz de acostumasse. Tudo no controle até que Draco resolveu empurrar contra os dedos de Harry e mover sua mão no pau duro do esposo e ser ele quem sorri da virada de acontecimentos que eles estavam mais do que acostumados. 

Harry ficou com os braços amolecidos uma vez que Draco acelerou os movimentos. A água caindo do chuveiro parecia estar mais quente do que o habitual e toda aquela fumaça o sufocava, mas ele estava feliz em não ter oxigênio suficiente para respirar. 

Ele sentia que iria vir se Draco continuasse o masturbando daquela forma, ele torceu os dedos dentro do rapaz, o fazendo soltar um gemido alto, a mão livre puxou os cabelos loiros para trás e o rapaz choramingou, escalando os quadris de Harry com as pernas, as costas batendo no azulejo frio da parede. 

- Okay Potter, você venceu. - Ofegou, relaxando as partes do corpo, deixando que Harry o preparasse com os dedos. Que o marcasse com a boca no seu pescoço pálido, que apertasse seus mamilos com a mão livre, mas ele precisava de mais, implorava e choramingava por mais de Harry nele, que o preenchesse por completo. Ele mantinha seus olhos fechados, queria apenas sentir, deixaria para ficar aberta     só os lábios. 

E as pernas. 

A queimação e o frio na espinha que seguia quando o pênis de Harry o penetrava apareceu logo, como se o rapaz escutasse cada linha de pensamento que gritava por aquilo. 

Harry segurava o rapaz pela cintura o pressionando contra a parede. Draco subia e descia por toda a extensão de seu pênis e se ele não havia desmaiado antes, com certeza desmaiaria agora, com a pressão que sentia ao redor do membro, com os choramingos de Draco ecoando pelo banheiro tendo seu rabo sendo comido. 

Harry deixou que o rapaz fizesse o que bem entendesse, se certificando apenas que ele não caísse no chão e que quicasse e rebolasse olhando para ele, o moreno segurava os cabelos da sua nuca com firmeza para que o olhar não se abaixasse. Draco sorria e fazia caras e bocas para o marido, era exatamente aquilo que ele desejava quando transavam. 

Aumentou a velocidade dos seus movimentos, sabendo que Harry estava chegando ao seu limite quando encostou a cabeça em seu pescoço e gemeu alto. A mão antes na sua nuca, desferia tapas contra a bunda de Draco o incentivando a ir mais rápido e com força. Não demorou muito para que sentisse o líquido quente do orgasmo do seu herói escorrer para fora de si. Harry tremia os braços mais ainda assim teve força para continuar cuidando de Draco até que ele viesse, derretendo da parede para seus braços. 

Ambos foram levados até debaixo do chuveiro, cansados e satisfeitos. Se limitando a beijos preguiçosos e suaves frases de carinho um para o outro. 

-x-

O sol da tarde batia diretamente no rosto de Draco. Seu corpo estava dolorido, depois da transa no chuveiro e na cama, Harry e ele caíram em um sono pesado. O moreno tinha o braço em cima de seu estômago, ressonando tranquilo. Draco dormiria mais, porem, uma coruja estava batendo com força na janela. Ele não queria que Harry se levantasse então saiu o mais silencioso possível da cama. O rapaz resmungou em seu sonho, Draco beijou a ponta do seu nariz.

- Estou aqui. - Sussurrou. 

Foi até a janela com a carranca fechada para a ave que bicou sua mão quando esse pegou a carta e seguiu seu caminho de volta. Draco não conseguiu reconhecer a coruja, mas já estava tirando conclusões precipitadas. Quem é que fosse do Ministério da Magia que estivesse atrapalhando seu momento a sós com Harry merecia ter todos os pertences queimados. 

Mas o papel cor de pêssego e a letras feminina curvada, não era de ninguém além de sua melhor amiga. Pansy se levantava de saudades e indiciava Draco a comparecer na sua casa naquela noite, ela teria mais uma de suas festas beneficentes e queria que o amigo organizasse tudo. 

De início o rapaz achou estranho, Pansy pedia ajuda mas não para exatamente tudo como ela estava pedindo na carta. Ele respirou fundo, escreveria uma resposta depois. Harry parecia uma coelhinho abandonado naquela cama enorme, ele se viu voltando para o edredons, abraçando Harry e o cheirinho de sabonete que saia de seus cabelos, nada mais importava. 

Nem mesmo poderia desconfiar que a festa que iria organizar já estava planejada para estourar aquela bolha de felicidade que os envolvia.