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História Undisclosed Desires - Drarry - A Malfoy Manor ainda assusta Harry. Draco não dorme sozinho.


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Confesso que não ia postar hoje. Mas o dia teve tanta notícia ruim, que não me parece uma má ideia uma att pra espalhar o amor, né nom?

Boa leitura <3

Capítulo 2 - A Malfoy Manor ainda assusta Harry. Draco não dorme sozinho.


Harry reclamava.  

- Pare de me arrastar, Malfoy. Eu sei andar sozinho! 

Choramingava. 

- Não podemos fazer isso depois que eu for para casa e dormir um pouco? Minha cabeça está doendo... 

Reclamava mais um pouco. 

- Nós temos que fazer isso com o seu pai? Não existe outra pessoa que pode nos ajudar?  

E Draco respirava fundo e contava mentalmente até 600 para não cometer uma loucura matando seu marido.  

Quero dizer, Potter.  

- Claro, podemos ir para qualquer outro especialista e você parar na edição da tarde do Profeta Diário como recém-casado. Comigo. Prefere assim?  

Harry pareceu ponderar sobre o que Draco dizia. O jovem Malfoy virou a cabeça para o lado, o encarando indignado. Sério? Ele estava mesmo pensando em ir até o ministério e tornar isso público?  

- Melhor não, né? - Respondeu. Os cabelos negros brilhando sob o sol, os olhos diminuídos por conta da claridade do meio-dia.  

Draco revirou os olhos, a respiração impaciente audível quando ele o arrastou pelas escadas até a entrada da Mansão. Harry empacou mais uma vez, puxando seu pulso das mãos de Draco, envolvendo os braços ao redor do corpo.  

- O que foi agora? - Perguntou irritado. 

- E-Eu posso ficar aqui fora enquanto você fala com seu pai. Tomar u-um pouco de sol e essas coisas. - Disse, descendo as escadas rapidamente e voltando para a enorme fonte de água aonde eles haviam aparatado do castelo.  

- Claro que não, Potter! Você tem que vir comigo. - Respondeu, tentando puxar o rapaz pelas vestes.  

O moreno se virou com o puxão, um ruga enorme de preocupação no meio da testa que fez Draco entortar a cabeça mais uma vez tentando entender porque, pelos sete infernos, Harry não queria entrar dentro da sua casa. Foi quando um pequeno clique anunciou na sua cabeça. 

- Oh, você está com medo... - Disse entortando a boca, soltando seus dedos das vestes. As bochechas de Harry ficaram levemente vermelhas. 

- Não estou com medo. - Respondeu, sentindo o rosto esquentar. - São só as... Lembranças.  

Eram muitas, Harry podia senti-las, cheirá-las e escutá-las só de estar parado na porta da frente da mansão. Ele não queria deixar Draco resolver tudo sozinho, além de não confiar no loiro se ia realmente dar um fim nessa história de casamento, mas também não conseguia dar mais um passo a frente nas escadas. E esperava que Malfoy entendesse seu receio de cruzar a grande porta dupla de madeira.  

Ele esticou a mão para que Harry segurasse.  

- Vamos, minha mãe trocou todos os móveis, quadros e o papel de parede. Tá mais para castelo de conto de fadas do que a mansão mal-assombrada que você se lembra.  

- Sério? - Harry perguntou baixinho. Ele não sabia se  confiava no que o rapaz a sua frente dizia, mas a mão estendida era tão convidativa. O vento quente bagunçou a franja do loiro. 

- Se ainda fosse a antiga decoração, eu também ficaria parado na entrada.  

Harry segurou a sua mão. Draco sorriu.  

-x- 

A reação de Lucius que Draco imaginou era composta de: Um Harry Potter amordaçado na cadeira, enquanto seu pai o torturava de todas as formas possíveis por ter impedido seu único filho de se casar com alguém da mesma linhagem de sangue que os Malfoy. Alguns gritos também faziam parte da fantasia. Draco já tinha até mesmo um discurso ensaiado para implorar pela vida de Potter. Tudo em vão.  

Porque ao invés de gritos e de frases de efeito como "Papai, eu o amo!"; Lucius estava em meio a uma crise de risos enquanto se curvava em cima do livro rosa, que eles conseguiriam trazer junto do castelo. Harry também não estava amordaçado, por sua vez o de olhos verdes estava muito feliz tomando seu suco de abóbora gelado - com a ajuda de um canudinho.  

Ressaca da sede, né? Disse dando os ombros, quando Draco lançou um olhar indignado a ele.  

Seu pai estava rindo de sua cara, Potter estava agindo como se estivesse na casa para o almoço de domingo. Draco apenas queria subir para seu quarto e gritar dentro de um travesseiro. O que há de errado com aqueles dois?  

- Desculpe rapazes... É que isso é realmente, muito, muito, engraçado vocês não acham? Draco sempre teve uma espécie de... - Lucius se calou no momento em que seu filho o olhou tão mortalmente, que ele sentiu queimar.  

Harry fez barulho irritante com o canudo, indicando o seu suco chegando ao fim. Draco arrancou o copo da mão de Harry, pousando com força em cima da mesa escura do escritório.  

Harry fez biquinho. Ainda tinha suco para beber.  

- Ér... Talvez não tenha tanta graça assim. - Sr. Malfoy respondeu, ainda sendo atacado pelo olhar do filho.  

- Você vai poder nos ajudar ou não? - Perguntou, seu olhar voltando para Potter agora que se remexia na cadeira. Ele podia apostar todas as suas roupas, que o moreno queria ir ao banheiro depois de 4 copos de suco.  

- Creio que não, Draco. Eu nunca vi nada parecido. - Lucius respondeu, folheando as páginas do livro com um pouco mais de seriedade que antes. Embora, um sorriso de canto ainda permanecesse. - Mas se isso te alivia, não parece ser um feitiço forte. Esperem uns dias, a aliança vai sair e tudo voltará ao normal.  

Draco suspirou frustrado, maldita hora em que ele tomou aquela última dose de Água de Gilly. Ele apenas deveria ter ido embora, com certeza a essa hora ele estaria tomando sol em sua varanda e não se preocupando quando ele irá conseguir se separar de Potter.  

Que por sua vez, estava incrivelmente calmo. Apenas uma dada de ombros indicando que ele não poderia fazer muita coisa, se eles deveriam esperar, então ele esperaria. O que ia mudar na sua vida?  

- Nós temos que ficar... Grudados? Tipo, se eu não estiver perto de Draco, ele pode ficar gelado, duro e morrer? - Perguntou. Ele já havia lido, ou escutado Hermione falar sobre, amarrações e a ideia de ter que passar 24 horas por dia grudado em Malfoy, era um pouco nauseante. 

- Oh, não, não! - Lucius quis rir. - O feitiço parece ser mais como uma brincadeira, eu tenho certeza que em algumas semanas o anel vai desaparecer. Não se preocupem.  

Harry soltou o ar, não evitando de estar tão na cara o seu alívio. Draco não deixou claro, mas também estava aliviado. Lucius quis perguntar algumas coisas a Potter, assunto do ministério e todas aquelas coisas que Draco não estava interessado, o que foi a deixa para que o rapaz deixasse o escritório, sem se despedir de ninguém. Ele não tinha mais nada com Potter, o feitiço não os obrigava a ficarem grudados, então ele iria voltar a sua rotina normal.  

O sol brilhava forte lá fora, boa hora para aquele banho de sol. Ele esticou a mão, a aliança brilhando levemente o nome de seu esposo de mentirinha. Draco suspirou. 

É só uma brincadeira.  

-x- 

Harry não podia acreditar no que seus olhos viam.  

Era apenas o começo da tarde, ele estava jogado em seu sofá assistindo a uma maratona de Britain's Next Top Model, - Sim, além das revistas de fofocas, esse era mais um das manias que o nosso herói havia cultivado. Nada para se orgulhar aqui. - quando Ron e Hermione invadiram a sua casa, como de costume, com a edição da tarde do profeta diário. Que exibia uma foto enorme e orgulhosa de Draco ao lado de seu pai, anunciado que ele estava casado com o herói, Harry Potter, no caso ele mesmo, fazia 15 dias.  

Nosso rapaz queria morrer e amaldiçoar cada geração de Malfoys pelo resto dos seus dias. Era ridículo. Draco não poderia ter feito isso.  

- Você me deve 10 galões, Ron. - Hermione exclamou esticando a mão para o marido.  

- De jeito nenhum! A aposta seria se Harry e Malfoy se casassem, da forma tradicional, não por burrice. - Disse, com a boca cheia das pipocas que Harry comia antes de ser atrapalhado de forma tão injusta.  

- A aposta era se eles se casassem, Ron e eles estão casado. Ganhei a aposta.  

- Calma. Do que vocês estão falando? - Disse Harry, se lembrando que era deles que os amigos estavam falando. Uma aposta com a vida dele.  

- Desde sempre, Hermione e eu percebíamos uma certa tensão entre você e a doninha. - Ron começou.  

- E só piorava com o tempo, então, apostamos que se vocês se casassem, Ron me daria 10 galões. - A de cabelos selvagens disse. Casais de longa data tinham mania de completar as frases do amado. Pode ser fofo, mas Harry achava irritante. Ele espremeu os olhos, irritado com os amigos.  

- Mas quando você pareceu se envolver com garotas, eu disse que não seria possível. Foi ai que a aposta começou.  

- Mesmo com Draco fazendo de tudo e mais um pouco para fazer você perceber que ele estava ali. - Apontou, fazendo Ron revirar os olhos. 

Aparentemente Harry tinha algum tipo de deficiência, porque ele nunca iria perceber que as provocações de Draco era paixão reprimida.  

- Por favor, me diz que vocês estão mentindo. - Os dois sorriram um para o outro com cumplicidade. - Isso é o que eu chamo de piores amigos do Universo!  

- Não é mentira. Estou feliz de ganhar dez galões e por estar certa em relação a vocês. - Hermione sorriu. 

- Não ganhou coisa alguma, Mione. Esse casamento não vale, foi por burrice!  

Harry queria bater a cabeça na parede até que conseguisse parar de escutar os dois amigos brigando, e ele faria isso, se não tivesse que acabar com a vida de Malfoy antes. O som da lareira indicando alguém chegar no flat, pegou todos com tanta surpresa que os três apontaram a varinha para o recém-chegado.  

- Wow. Que recepção calorosa. Eu estava esperando alguma faixa, mas varinhas apontadas pro meu peito está bom.  

Malfoy.  

- Eu vou matar você! - Harry gritou, sendo segurado pelos braços por Ron. Ele odiava que o ruivo fosse 2 vezes o seu tamanho, nunca tendo chance de se soltar.  

- Eu não tive culpa, Harry! Não foi de propósito. - Disse dando um passo para atrás, assustado com a agressividade.  

- E você espera que eu acredite nisso?! - Gritou de volta.  

- Não, mas como eu vou morar com você a partir de hoje, terei muito tempo para te convencer.  

Ron soltou Harry, o deixando cair de cara sobre o tapete e estendendo a mão para Hermione que soltou um grunhido irritado.  

- Eu falei que Malfoy iria dar um jeito de vir morar com Harry! Me deve cinco galeões, esposa. - Ron disse feliz, fazendo Hermione bufar.  

- Vocês não apostaram isso também! - Um Harry revoltado, se levantou do tapete, o rosto em chamas com tanta irritação.  

- Vamos, Ron. Draco e Harry precisam conversar e precisamos buscar Rose na sua mãe. - Suspirou ignorando a irritação de Harry. 

Os casal apenas seguiu tranquilamente de volta para a lareira, deixando o outro meio casal sozinhos para se matar.  

- Antes que você comece a berrar de novo, me escuta.  

- Você não vai morar aqui. - Harry o cortou. 

- Potter! Tanto faz. Escuta,  meu pai acabou soltando no ministério sobre o nosso "casamento". - Ignorou Harry repetindo que ele não iria morar lá. 

Burrice. Harry se lembrou do que Ron disse, não era um casamento, foi uma burrice com alto teor alcoólico para acompanhar. Harry não chegaria perto de uma garrafa de Firewhisky novamente.  

- Você sabe, minha família não tem tanto prestígio e meu pai precisava de ajuda. Dizer que o filho está casado com Harry Potter tem seu prestígio, você deve saber. Então quando eu dei por mim, havia jornalistas na minha casa. Eu não pude fazer nada além de sorrir e posar para as fotos. Me desculpe. - A última frase saiu sussurrada.  

Então Harry foi usado? Ele poderia aguentar esperar que o feitiço se desfizesse sozinho, a aliança desaparecesse para tudo voltar ao normal. Mas dividir o teto com Malfoy e aparecer nos quatro cantos da Inglaterra com ele como um casal, era um pouco demais. Calma ai... Harry perdeu algo.  

- O que você disse? - Draco revirou os olhos. 

- Eu disse: Me desculpe. Eu também não queria sair da minha casa, mas vai ser difícil explicar a imprensa que não moramos juntos... Você chama isso de casa?  

Harry deu as costas para Draco, se sentando no sofá, isso com certeza iria ser muito, muito difícil.  

O flat que Harry vivia, caberia mil vezes dentro da Malfoy Manor e ainda sobraria espaço. Se você olhasse para trás do sofá, conseguia enxergar a cozinha e o balcão. Um pequeno corredor dava para o quarto de Harry que era uma suíte. Para o nosso herói, estava o suficiente, ele não precisava de um lugar enorme. Teddy ficava a cada quinze dias no apartamento e o garoto de oito anos era tão espaçoso quanto um peixinho dourado.  

Ao contrário de Draco, com suas várias malas. Ele era tão bom em feitiços, porque não usou um bom Feitiço de Extensão? Ainda mais que ele passaria só alguns dias, porque com toda fé que Harry estava em Merlin e todas as energias possíveis do Universo, aquela feitiço ia chegar ao fim em alguns dias. 

Por enquanto ele iria tentar viver com Malfoy sem acabar em sangue e homicídio.  

- Pode ficar aqui, eu vou dormir no sofá. - Resmungou mais tarde naquela noite.  

- Você não vai dormir comigo? - Draco perguntou quase que inocente. 

O que? Harry quis perguntar, levantando a sobrancelha em claro sinal de confusão. Draco limpou a garganta, numa clara tentativa de se redimir do que disse. 

- Bom, é que, não precisa se preocupar comigo indo dormir na sala... Não tem problemas em dormimos juntos. - Se atrapalhou para depois soltar em um suspiro. - Eu não gosto de dormir sozinho em um lugar desconhecido.  

Harry apertou seu travesseiro contra o peito, achando a revelação de Draco... Fofa. Mas ele não achava que seria certo ele dormir com Draco. Fazia a coisa todo do casamento mais real do que deveria.  

- Eu vou estar bem perto, Draco. Se você precisar, é só me chamar. - Respondeu deixando o quarto.  

Lá pela madrugada, Harry desistiu de dormir. Estava quente, e o único lugar onde tinha ar-condicionado, era o seu quarto. O sofá também não estava confortável, seu colchão era muito mais gentil com a sua coluna. A tv brilhava muda e seus olhos estavam cansados, mas ele não conseguia desligar seu cérebro. Uma inveja subiu em Harry ao lembrar que Draco deveria estar dormindo tranquilamente, em seus lençóis.  

Mal sabia o nosso herói, que o seu convidado também encarava o teto branco acima dele, tendo apenas a inquietação de Harry no cômodo ao lado como companhia. 


Notas Finais


Também odeio dormir sozinha, Draco. :(


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