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História Undisclosed Desires - Drarry - Quantas pessoas passaram pela sua cama? Draco precisa saber.


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


✨💜 Happy Belated Birthday, Mari! ✨💜

Boa leitura!

Capítulo 3 - Quantas pessoas passaram pela sua cama? Draco precisa saber.


É tão bom dormir. Em sua cabeça não existe nada além de sonhos fofos e coloridos, sorrisos e raios de sol. A coberta confortável, até mesmo nessa noite de intenso calor. Harry foi tão inteligente em conjurar um feitiço de resfriamento no tecido, para que ele conseguisse dormir coberto e nenhum mosquito morder a sua pele. Oh sim, dormir é muito bom, Harry poderia dormir o dia inteiro, a semana toda, por todo o mês. Nosso herói ama dormir.   

- Potter! - E o sonho acabou.   

Algumas pessoas não conseguem dormir, nem deixar que outras pessoas durma. Esse é Draco, que precisava acordar Potter para sanar a sua dúvida que, acredite, é uma questão de vida ou morte. Ele precisa saber?   

- Hun? - O moreno grunhiu. Sua visão estava embaçada, conseguindo enxergar apenas os fios louros a sua frente vestindo uma camiseta vermelha.   

Aquela camiseta era de Harry. Draco trouxe milhares de roupas, mas insistia em usar as camisetas largas que eram horrorosas, deveriam ser pano de chão, do rapaz.   

- Quantas pessoas dormiram naquela cama? - Draco perguntou, os olhos verdes de Harry se abriram sonolentos. Não era possível que ele havia sido acordado ás... oh não, 5:30AM, segundo o seu relógio de pulso   

- Draco... - Suspirou, tentando abrir os olhos por completo, em vão. Harry estava com muito sono.  

- Potter, você precisa me dizer quantas pessoas dormiram naquela cama! Minha saúde está em jogo!   

Harry colocou o travesseiro sobre a cabeça. Eles não estavam tendo aquela conversa.   

- Me responde! - Exclamou, arrancando o travesseiro da cabeça de Potter para bater com ele em seguida.   

- Draco! São 5 da manhã! Pelo amor de Deus! - Suspirou vencido, se sentando no sofá para encarar o loiro totalmente desperto a sua frente. Ele sabia que não iria ter jeito de fazer Draco voltar a dormir. Não sem responder o que ele queria saber.   

- Nenhuma. Zero. Ninguém. Você está dormindo nela há uma semana, que diferença isso faz, agora? - Suspirou.  

Draco abriu a boca para responder, mas não sabia o que dizer. Ele esperava que existisse uma lista de homens e mulheres para ele poder gritar que Potter era uma irresponsável o deixando exposto a ácaros, doenças e outras nojeiras de seus antigos parceiros. Só que Potty disse que ninguém nunca havia dormido em sua cama antes. Isso era estranho. Draco também se sentia especial quanto aquilo.   

- Então eu sou o primeiro? - Perguntou.   

- Não. Teddy dorme comigo quando vem para cá. - Respondeu o outro, já se deitando para dormir mais um pouco, porque agora Draco iria voltar a dormir.   

- Ah sim, o pirralho... - Pensou em voz alta, ganhando um olhar repreensivo, dando os ombros em resposta.   

Os pensamentos dançavam na cabeça em sua cabeça. Ele acreditava no que Harry havia dito porque quando o moreno mentia costumava gaguejar e se perder nas palavras. O que não aconteceu dessa vez. Talvez o sono o deixava sincero, mas a pergunta é, por que? Tipo, ele é Harry Potter, certo? Jovem , bonito e gostoso. No mínimo deveria ter uma fila de pessoas querendo se esfregar naquela pele morena. Draco se ajeitou entre as suas pernas, ficando mais perto.   

- Por que? - Perguntou, acordando Harry novamente.   

Pobre herói, ele já estava quase voltando para os seus sonhos de verão.   

- Por que, o que, Draco? - Murmumou de olhos fechados.   

- Por que ninguém nunca dormiu aqui? Você é de alguma seita contra o sexo casual? - Disse, a mão apoiando o queixo, não se importando com o sono do homem.   

- Isso não faz sentido, Malfoy. Nós transamos, se lembra? Há uma semana atrás, por isso você está aqui, me entrevistando ás quase 6 da manhã. - Respirou fundo, esfregando os olhos para mantê-los abertos.   

- Ah, me desculpe, é verdade... Mas então, por que ninguém além de mim, dormiu na sua cama? E eu digo sexualmente. -  Ele não ia desistir, sua curiosidade não deixava.   

Além do mais isso ia contra a todos os pensamentos que ele teve sobre como era a vida de Harry Potter. Uma vez que ele sempre evitava em aparecer nas notícias. Essa vida toda misteriosa que o herói levava era perturbadora. Quem não quer ter atenção? Draco amava os holofotes.   

- Porque isso me traria problemas. Todo mundo saberia onde eu moro e as corujas não iria parar de chegar, chamaria muita atenção. Achei que isso havia ficado óbvio. - Seus olhos estavam fechados de novo.  

Malfoy ia questionar mas aquela sentença parecia ter posto um ponto final naquele assunto, pelo menos por enquanto. Ele observou Harry cair novamente em um sono leve, talvez ele devesse o herói dormir mais um pouco. Hoje ele até poderia fazer o café-da-manhã para eles, em vista que Harry sempre estava com tudo pronto quando ele acordava.   

Porque hoje foi um dia atípico, Draco acordou cedo porque realmente estavam nascendo brotoejas em seu corpo das doenças sexualmente transmissíveis, dos ex's de Harry. Ex's que agora Draco sabia que não existia. Poderia acordar depois das dez horas como sempre, a partir de amanhã.   

Escorregando para fora do sofá, tentou o máximo não derrubar nada pelo cômodo ainda escuro, até chegar, literalmente em um pulo, na cozinha minúscula. Ele ainda não havia se acostumado com o flat do tamanho de um ovo, com apenas um quarto e nenhuma cadeira. Já tinha mencionado isso? Potter não tinha cadeiras em casa! Eles faziam as refeições sentados no sofá, pior o moreno na maioria das vezes comia sentado no chão, as costas na geladeira. Como um primitivo!   

Draco desejou que eles realmente fossem casados, assim eles poderiam se mudar para uma casa maior, com elfos domésticos, cadeiras muitos quartos. Ah, nosso dragãozinho realmente gostaria de poder fazer isso.   

O desejo daquela manhã era waffles, mas foi completamente destruído pela geladeira vazia de Potter. Não tinha nada além de duas maçãs vermelhas e algumas garrafas de água. Era algum tipo de brincadeira? Ele saiu pisando duro até o sofá para sacudir Potter mais uma vez.   

- O que foi agora? - Resmungou, quase chorando. Ele queria dormir!  

- A sua geladeira está vazia e eu estou com fome. - Explicou.  

- Não está vazia. Tem maçãs. Coma maçãs até eu acordar. - O travesseiro voltou para a sua cabeça.   

- São vermelhas. Eu só gosto das verdes. - Disse em um biquinho. - Vamos, você sempre acorda cedo, qual é o seu problema hoje?   

Nenhum. Só era sábado de manhã e Harry queria dormir mais um pouco. Conviver com Draco não foi assim complicado nos primeiros dias, o  loiro acordava tarde e geralmente ia para mansão voltando apenas para o jantar. Ele nunca acordava Harry, nem fazia perguntas pessoais. Ele quem deveria querer saber qual era o problema.   

- Você quer comer? - Draco acenou que sim. Harry respirou fundo se levantando com dificuldade. - Tudo bem, me de um minuto. Você vai precisar trocar de roupa.   

Harry arrancou a camiseta de seu pijama e Draco perguntou se o oxigênio na sala havia esvaziado. Ele não havia reparado no corpo de Harry quando eles transaram na biblioteca, exatamente pela pressa da situação e todas aquelas doses de álcool na cabeça, mas agora... As cicatrizes em contraste com a pele bronzeada, todos os músculos em seus devidos lugares. Ele malhava? Corria? Ioga?   

Oh querido Merlin, tantas coisas para se aprender sobre Harry Potter.   

Acho que ficou muito tempo babando e imaginando todas as outras partes do herói nua, porque quando esse voltou do banheiro já estava em seus habituais jeans e uma camiseta preta. Draco se recompôs para poder fazer o mesmo. Ele jurou ver Harry sorrir.   

-x-  

- Eu não vou subir nessa coisa!   

- Então você vai andando!   

Draco cruzou os braços irritado. Não tinha jeito algum de fazê-lo subir naquela máquina mortífera, preta, de duas rodas. Aquilo era realmente legal? Porque eles apenas não poderiam aparatar até o restaurante? E dai que Harry morava em um bairro trouxa e não podia usar magia tão abertamente. Não foi escolha dele que seu marido falso quer viver como primatas.   

- Vamos ou não? - Perguntou, o capacete em sua mão. Malfoy deu um passo a frente, ele estava com fome, mas será que compensava correr risco de vida por um prato de panquecas?   

  Compensava sim, porque Harry confessou que ele ia comprar todos os dias - de moto - o café-da-manhã e as panquecas de morango eram as melhores que ele já havia experimentado em toda a sua vida. Então, ele subiu naquela máquina horrorosa e desconfortável, colocou o capacete que claramente bagunçou todo o seu gel e avisou Harry que estava pronto.   

  - Vai precisar segurar na minha cintura, se não quiser cair. – Disse, o calor subindo a suas bochechas.   

  Os braços de Draco o envolveram com firmeza. Harry segurou a respiração e o loiro conseguia sentir seu coração bater com força, preocupando quem o abraçava.   

  - Você está bem? – Perguntou.  

- Ótimo. Estou ótimo. – Respondeu, o barulho alto do motor abafando sua voz.   

  Harry agradeceu pelo trajeto de moto ser curto e rápido. Não só por não ter mais Draco gritando em seu ouvido que eles iam quebrar o pescoço se Harry fizesse mais uma curva, mas também porque era difícil ter os braços do loiro ao redor da sua cintura, o puxando para perto toda vez que se assustava. Estava difícil controlar seus hormônios traindo seu corpo. Ele se sentia com 13 anos outra vez.   

  A garçonete de cabelos platinados, cumprimentou alegremente – até demais- Harry como de costume. A garota pareceu ainda mais feliz quando ele anunciou que não iria o café da manhã para viagem, e sim uma mesa para aproveitar a comida ali mesmo. Estava estampada em sua testa que a presença de Draco a incomodava.   

- Ela gosta de você. – Disse, quando a sorrisinho abriu um sorriso maior que o sol lá fora ao acertar que Potter iria comer “o de sempre”.   

 Harry virou sua cabeça para a garota apoiada no balcão, voltando seu olhar para Malfoy, rindo, as sobrancelhas dançando na testa demonstrando indignação  

- Lolly? Claro que não!   

Draco revirou os olhos. Lolly era um apelido patético.   

Lolly, voltou minutos depois com os pedidos e encheu a caneca de Harry com café sem o mesmo ter solicitado.   

- Tenha uma boa refeição, Harry! – Disse, se afastando da mesa, sem tirar os olhos de Harry quando ele agradeceu tão docemente que Draco desistiu de por açúcar em seu chá.   

- Ela organizou seu talheres e te deu café de graça, ela totalmente gosta de você, Potter. – Disse entredentes.   

- Ela só estava fazendo seu trabalho! E eu sou um cliente assíduo, sempre ganho café extra. – Se defendeu   

- Ela daria esse bacon na sua boca, se você pedisse. – Teimou, cerrando os olhos.   

- Draco!   

O loiro deu de ombros, colocando um pedaço da panqueca de morangos na boca. Elas não pareciam tão apetitosas agora. Ficaram por um momento, em silêncio, Harry comendo distraidamente, pra varia não percebendo os olhares da garota nele, enquanto mordia o lábio. Draco revirou os olhos, precisava se distrair antes que enfeitiçasse a garota sorrisinho.   

- Como você conseguiu aquela moto?   

- Sirius deixou pra mim. – Respondeu, dando de ombros. - Eu nem sabia que ele tinha uma moto, acho que estava guardando para quando... Enfim, você sabe.   

- Eu sinto muito. – Pediu, mordendo o lábio arrependido em ter tocado naquele assunto. – Mas é uma herança mortal. Você deveria vender aquela coisa.   

A convicção de Draco de que a moto era realmente uma arma perigosa fez Harry rir, se ele soubesse que era encantada por um feitiço que a fazia voar, com certeza surtaria. O rapaz escolheu guardar aquele detalhe por um pouco mais de tempo.   

- Posso te perguntar outra coisa? - Harry parou a caneca de café a meio centímetro da sua boca.   

- O que você faz da vida? – perguntou, sem esperar por permissão.   

- Você vai rir. – Deu de ombros.   

Ah, agora Draco precisava saber.   

- Me fala. – Mandou.  

- Nem em um milhão de anos.   

- Se você não me falar, eu vou contar pra sua namorada que você quer chamá-la pra sair. – Provocou.  

- Ela não é minha namorada e eu não vou chamá-la pra sair! Para de me encher! – Riu, tentando segurar as mãos de Draco que se preparava para chamar a garçonete.   

- Diz.  

- Tá bom. – Suspirou derrotado, fechando os olhos enquanto contava de uma vez. – Sou professor do pré-escolar em um orfanato trouxa aqui perto.   

Os olhos de Draco saltaram para fora e sua boca caiu. Harry o surpreendia a cada minuto. Ele nunca iria pensar nisso.   

- Viu?! Por isso eu não queria falar nada. – Revirou os olhos em resposta a reação.   

- Eu só não entendo. Você poderia ser várias coisas no nosso mundo, porque crianças ranhentas que não sabem usar magia?   

- Claro, parando na primeira página do jornal em cada espirro que eu desse. Crianças são fáceis, sabem cantar músicas fofas e gostam das minhas histórias.   

- São barulhentas, choram por tudo e não escutam o que a gente diz. – Teimou.   

- Bom, você queria saber o que eu faço da vida. É isso. E pego alguns casos do ministério quando sou solicitado.   

  Draco mordeu a bochecha pensativo, não é como se Potter precisasse de dinheiro, de qualquer forma. Ele não estava surpreso. Professorzinho pra crianças órfãs, tão herói, tão Potter. Seu coração derreteu um pouquinho.   

  - Mas por que você está tão curioso sobre mim, hoje? – Perguntou. Ele estava se sentindo em uma daquelas entrevistas que ele tanto odiava com Draco querendo saber tudo sobre a sua vida.   

  - Eu preciso saber. – O último pedaço de panqueca tocando seus lábios.   

  Harry levantou a sobrancelha, Draco limpou os lábios, suspirando.     

- Porque meu herói, nós temos uma entrevista para o Profeta Diário na segunda-feira e você não espera que eu passe vergonha não sabendo nada sobre o meu marido.   

Foi dito assim, simplesmente, como se Harry não tivesse citado nenhuma vez naquele dia que ele justamente se afastou dos holofotes por odiar toda aquela atenção.   

- Nós vamos o que?! – Quase em um grito. Draco apertou seu braço.   

- Se nós vamos fingir um casamento publicamente, precisa ser direito! - Disse entredentes, tentando fazer com que o outro entendesse o tom de voz correto para ser usado em público.    

- Eu não vou fazer entrevista alguma, pode esquecer! - Copiou o tom de voz do loiro.   

- Nós vamos sim. E em seguida vamos tomar chá com a minha mãe. - Disse tranquilamente, olhando as unhas.  Harry grunhiu com as mãos sobre o rosto.   

- Sua namorada vai perceber nossa briguinha, Potter. Se recomponha!   

- Ela não é minha namorada! - Harry repetiu, o rosto vermelho.   

Draco não podia resistir. Tirar Potter do sério era uma das suas atividades favoritas. Por isso ele se curvou sobre a pequena mesa com o máximo de cuidado para não derrubar nada, ne se sujar, apenas para alcançar os lábios  gordinhos, trêmulos por estar tão irritado, só para segurá-los em um beijo lento. Ele até esperou que Harry o empurrasse, ainda mais nervoso pelo ato, mas se surpreendeu – pela milésima vez naquele dia. - com o rapaz deixando que ele o tomasse naquele momento.    

- Mais calmo? - Provocou com um sorriso para um Harry surpreso, seus olhinhos de sapinhos verdes piscando várias vezes.

Se a garota sorrisinho tinha alguma esperança de ter algo com seu marido de mentira, isso havia acabado agora. Se era errado Draco se sentir satisfeito com aquilo, ele não poderia estar mais feliz em não estar certo.


Notas Finais


Okay, acho que esse é meu capítulo favorito até agora. aahsdkj

Vocês são demais! Tô amando os comentários. ✨💜


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