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História Undisclosed Desires - Drarry - Flashes e Esquecimentos


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Boa leitura, mores.

Capítulo 4 - Flashes e Esquecimentos


- Mais uma de vocês dois, sorrindo um para o outro, Sr. Potter! 

Flash! 

Os olhos de Harry já estavam ardendo com a luz. Sua bunda com certeza estava quadrada, já estavam sentados há horas no sofá da Mansão. Respondendo a perguntas que com certeza seriam distorcidas na edição.  

Draco havia feito um script básico para que ele não respondesse nenhuma bobagem. Como isso fosse possível, cada vez que pensava em responder algo sem muita certeza, seu marido o atravessava respondendo rapidamente. Era incrível a capacidade dele de sempre ter uma resposta que agradasse a repórter, não deixando espaço para que cutucasse mais a fundo no assunto.  

Nem mesmo quando uma crise de tosse atacou o moreno com a pergunta se eles teriam filhos em breve, - Santo Merlin, filhos? Eles mal conseguiam dormir na mesma cama. - o fez se atrapalhar ou sair do sério. Draco apenas afrouxou a gola alta do seu suéter e o fez tomar um gole de água.  

- Está chegando ao fim, eu prometo. - Sussurrou em seu ouvido. 

E o sorriso, Harry ficou horas o observando sorrir sem nenhum esforço para ser natural. Ele havia nascido para isso, ficar sob os holofotes, responder questões intimas sem se embaraçar. Beijar o herói na frente da câmera, tempo o suficiente para que a foto ficasse perfeita.  

A repórter preciso pigarrear para que os dois pombinhos, de mentira, se soltassem.  

Precisou esfregar as bochechas levemente para que elas parassem de arder. Enquanto o loiro ao seu lado, sorria naturalmente e calmo, mais uma vez.  

- Pronto. Tudo saiu de acordo com o plano. - Respirou, após a repórter junto com os dois fotógrafos desapareceram pela rede de Flu.  

Harry concordou com a cabeça, ele sabia que havia durado no máximo uma hora e meia, mas poderia jurar que estavam fazendo aquilo o dia todo. Sua mão estava indo automaticamente para seu cabelo, mas Draco segurou seu pulso impedindo. 

- Por favor, vamos manter esse porco-espinho no lugar até depois do chá com a minha mãe, sim? - Pediu, fazendo Harry revirar os olhos, mas evitou de mexer nos fios.  

De fato, Draco havia feito um bom trabalho, depois de alguns feitiços, produtos de cabelo com cheiro realmente bom, cada fio de cabelo grosso de Potter estava no lugar. Um verdadeiro milagre.  

Ao chegarem na sala de estar, - Ou em uma das milhares que tinha na mansão, Harry até pensou em contar, mas ele ainda não se sentia confortável com o lugar para sair andando por ai. Deu uma olhada ao redor, após se sentar bem ao lado de Malfoy. Observando todos aqueles quadros e candelabros, não deixou de se perguntar porque uma pessoa como o seu marido de mentirinha, preferia permanecer morando na sua casa de dois cômodos e meio, do que naquela casa luxuosa.  

Narcissa já estava confortavelmente sentada em uma das poltronas, os cabelos louros em um coque, alguns fios grisalhos se misturando com eles. Seu sorriso foi aberto quando Draco se ajoelhou perto dela e beijou suas mãos. A mulher se levantou para depositar um beijo em casa bochecha de Harry, que sentiu ficar vermelho novamente com o carinho inesperado.  

- Certamente, vocês já entenderam que estamos aqui para conversar. Estou correta? - A mulher começou a dizer, fazendo ambos Harry e Draco pararem de bebericar o chá em suas mãos para observar a mais velha.  

Para o filho, era um chá da tarde como qualquer outro, exceto pelo fato de que Potter havia sido convidado.  

Pela forma que Narcissa se ajeitou na poltrona e agitou sua varinha no ar, para abrir o pergaminho que estava em seu colo, não seria um chá das cinco como os habituais.  

- Uma vez que vocês estão casados, precisamos incluir o nome de Potter em todas as-- 

Draco a interrompeu imediatamente. 

- Mãe, não, isso não vai ser necessário, Potter e eu, não estamos realmente-- 

Narcissa cortou a explicação do filho com a mão, o rosto severo. 

- Não me importa, Draco. Se foi da forma tradicional ou acidental, é nosso dever fazer as coisas o jeito certo. - Narcissa havia sido tão dura, que até mesmo Harry se encolheu em sua cadeira.  

Draco passou a mão pelo rosto, sentindo o metal frio da aliança arranhar de leve seu rosto. Quando finalmente conseguiu levantar o rosto, o pergaminho flutuava na frente de um Potter com olhos arregalados por trás dos óculos redondinhos, a boca ligeiramente aberta.  

- Vocês tem uma ilha?? - Sussurrou surpreso, acima da voz de Narcissa que continuava a explicar como era importante colocar o nome de Harry ao lado do de Draco em todos os bens da família.  

Harry sabia que os Malfoy tinham posses, e mesmo alguma sendo apreendidas pelo o Ministérios após a guerra, não abalou a economia da família. Mas dai eles terem, três ilhas e mais tantas propriedades imobiliárias, era um pouco chocante. O herói pensou no seu pequeno apartamento e sua moto preta reluzente na garagem. Eram suas únicas, posses. Será que Draco também iria querer ter seu nome nos documentos daqueles bens?  

- Três ilhas? - Reforçou, rindo com o pensamento. Draco levantou a sobrancelha para ele. 

- E então? Resolveram qual dos bens terão o nome de ambos? - A matriarca chamou a atenção de ambos. 

- Potter parece ter gostado das ilhas. - Provocou o loiro, a sobrancelha ainda arqueada e não deixando o rosto de Harry fora das vistas.  

- Não! - Se apressou em dizer - Eu não quero ilha alguma, me desculpe, Sra. Malfoy, mas isso não será necessário.  

- Narcissa, querido. - Pediu docemente. - Vocês estão casados, tudo o que é de Draco é seu também.  

- Mas nosso casamento, ele não foi real, foi uma brincadeira. - Insistiu, fazendo Narcissa suspirar pesadamente, a mão indo até o alto da cabeça em sinal de impaciência.  

- Esqueça, Potter. Ela não vai entender, escolha logo uma ilha para acabarmos com isso.  

- Eu não quero uma ilha! - Se irritou, a voz aumentando alguns oitavos.  

- Então escolha um cavalo, Potter, qualquer coisa!  

- O que eu vou fazer com um cavalo, Draco? Eu não sei montar! 

- Talvez eu te ensine, uma ou duas coisas sobre montar. - O olhar de Malfoy era malicioso e provocativo, fazendo Harry querer pular em seu pescoço por pensar em sexo, uma hora dessa. Na frente da sua mãe!  

A discussão já estava formada. Harry grunhiu baixo pronto para berrar qualquer coisa para o rapaz, quando um som de sufocamento, seguido de um grito de desespero, se formou próximo a eles.  

O filho se levantou em um pulo, para segurar a mãe que balbuciava algo em completo desespero. Ela apontava para Harry, o assustando com a mudança de comportamento da senhora.  

- Meu filho, co-como conseguiu trazer ele até aqui? O Lord, o lord vai matá-lo! Não é seguro! - O coração do moreno dançava no peito, batendo irregular. Do que Narcissa estava falando?  

- Mãe, mãe, me escute! - Arfou, segurando o rosto da mulher entre as mãos. - Não existe mais Lord, Harry está seguro e eu também! Tudo passou, acabou há anos.  

O peito do herói se apertou com a voz quebrada de Draco, e mais ainda quando Narcissa se agarrou as vestes do filho, chorando inconsolável. Harry não sabia o que fazer, ele poderia oferecer em pegar água ou coisa parecida, mas o loiro já havia chamado um elfo doméstico que apareceu no mesmo instante com um frasco em mãos.  

Malfoy fez a mãe ingerir o liquido do frasco, embalando a mulher, que se acalmava aos poucos.  

- Draco... Tem algo que eu precise fazer? - Perguntou, se sentindo um intruso naquele momento.  

- Oh, Merlin, você ainda está ai... Não, não, pode ir pra casa. - Respondeu, como se estivesse surpreso com o fato de Harry não ter corrido na primeira oportunidade.  

O herói preferiu não discutir, nem insistir. Acenou com a cabeça, mesmo sabendo que Draco não iria enxergar o aceno e aparatou para a sala de sua casa.  

Uma vez em casa, Harry despencou em sua cama, sentindo o perfume dos cabelos do outro por todos os travesseiros e lençóis. Ele não podia negar que o agradava, desde que Draco passou a viver com ele, sua casa estava muito mais cheirosa que o habitual.  

Não precisou de muito tempo para o rapaz pegar no sono, acordando o que pareceu muitas horas depois, com a silhueta esguia o observando dormir. Harry passou a mão em seu rosto, bocejando longamente. Alguém havia retirado seus óculos, provavelmente o rapaz que estava ao seu lado. Draco escorregou o quadril para baixo, se deitando de frente para Harry.  

- Você fala dormindo. - Observou. O moreno fez uma careta, ele sabia dessa mania, e odiava. Não era legal pensar que pode ter dito coisas desnecessárias durante o sono.  

- Sua mãe está bem? - Perguntou, mudando de assunto.  

- Vai ficar. - Seu sorriso era fraco. 

- O que... O que foi aquilo? - Disse, olhando para baixo, inseguro se deveria ter essa intimidade com o loiro. - Não precisa me contar, se não quiser. 

- Tudo bem, Potter. Não é como se eu fosse conseguir esconder isso de você. - Começou. - Lady Narcissa tem tido episódios de esquecimento, começou logo após a guerra, mas as poções não estão fazendo mais efeitos. Pelo contrário, os MediBruxos acham que está surtindo um efeito colateral, que a faz se esquecer cada dia mais de coisas simples. Acontecimentos, fatos, pessoas...  

Harry engoliu seco, o peito se fechando mais uma vez.  

- Ás vezes, como hoje, ela apenas se transporta para o passado. Como estava presente, ela se transportou para a última memória que ela tinha de você. Mas isso não foi sua culpa. - Reforçou com a voz firme, quando Harry abriu a boca provavelmente para se desculpar.  

- Ela vai... Acabar perdendo as lembranças, de uma vez? - Perguntou baixo, Draco deu de ombros. O rosto magoado.  

- Talvez. Ela se esquece do meu pai, muitas vezes, chega até mesmo ameaçar em chamar Aurores, para prendê-lo. - Sua risada foi vazia.  

- Como ele está lidando com tudo isso?  

- Da melhor forma que pode. São dias bons e dias ruins, provavelmente é mais difícil para ele do que para mim.  

Harry concordou com a cabeça. Lucius havia agido de forma estranha da última vez que o viu, rindo de toda a situação do casamento deles  como se fosse só aquilo que faltasse para a sua vida se mais bagunçada do que realmente era. Agora ele sabe o porquê.  

- Eu sinto muito... Tem algo que eu possa fazer por você?  

Sem resposta, Draco apenas se aproximou, escondendo seu rosto no pescoço do herói, envolvendo seu braço ao redor do quadril. Harry travou com o gesto, se arrepiando com a respiração do mais velho batendo perto do seu ouvido, que respirou profundamente quando o outro finalmente relaxou, o abraçando.  

- Só isso já é o suficiente. - Sussurrou.  

E então Potter o apertou mais em seus braços.  


Notas Finais


Obrigada pelas mensagens carinhosas, vocês são maravilhosos!


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