História Undisclosed Desires - Drarry - Draco sabe se comportar. Harry também.

Harry estava esperando um desastre.  

Ter um Malfoy no meio de toda q bagunça dos Weasley, era o mínimo para se esperar. Ele claramente não contava com tanto bom comportamento da parte de Draco, que aceitou cada pedaço de comida dada por Molly, conversou com Fleur como se ela fosse amiga de infância, além de, ter se  esforçado ao máximo para não perder a paciência com as crianças da casa.  

Harry só não sabia se ele estava fazendo tudo aquilo pela recompensa ou se realmente era pelo rapaz.  

Draco por um outro lado, não estava de todo odiando estar ali. A comida era boa e acredite depois de um tempo vivendo apenas de comida de restaurante era bom ter um toque caseiro em seu estômago. Os Weasley não eram assim tão entediantes quanto pareciam, nem aquelas pestinhas catarrentas eram tão difíceis, é claro que ele poderia lidar com isso. Se ele queria fazer parte da vida de Potter, precisava aprender pelo menos.  

Não foi um decisão fácil, tomar a decisão de morar naquele cubículo sem cadeiras com Potter em um “para sempre”. Foram precisos algumas tarde tomando chá com sua mãe, que se esquecia sempre do que estavam conversando, e algumas (várias) noites escapando do quarto para observar Harry dormindo no sofá da sala. Era o único momento em que Draco conseguia observá-lo sem que fosse estranho ou que dissesse algo para provocar. De início ele só olhava, depois ele se arriscou a enrolar os dedos nos cachos grossos de seu cabelo e descobriu que o rapaz relaxava com o carinho. Ajudava nos pesadelos também, acompanhado de alguns “shhhs” até que a sensação de perigo passasse.  

Foi então que Draco chegou à conclusão de que bastava de casamento de mentira, ele queria um relacionamento de verdade. Já havia se convencido disso, agora só faltava convencer Harry.  

- Ron me deve um galeão por ter perdido a aposta de que você expulsaria Draco no terceiro dia. – Sorriu Hermione, com as pernas cruzadas. Eles estavam sentados no gramado aproveitando a tarde ensolarada. Harry revirou os olhos. 

- E qual foi a sua aposta? – Perguntou. 

- Duas semanas. – Ron disse provocador, ganhando um tapa da esposa.  

- Parece que os dois perderam, não é mesmo? – Riu Harry. Iria completar um mês que Draco estava morando  com ele.  

- Que seja, nós agora temos uma nova aposta. – Disse Hermione, prendendo os cabelos por conta do calor.  

- E qual é?  

- Você saberá quando acontecer. – Respondeu. 

- Pode falar, porque não vai acontecer. – Disse Ron, virando o restante de vinho goela a baixo.  

- É claro que vai acontecer e quando acontecer nós teremos uma casa de praia. – Harry arregalou os olhos de surpresa. 

- Isso é uma aposta grande. – Disse, mas os amigos não pareciam escuta-lo  

- Não vai acontecer e eu terei um campo de quadribol no quintal de casa. – Hermione gargalhou alto. 

- Nem em um milhão de anos, Ronald. Nem ganhando nem perdendo essa aposta.  

- Não tem a menor condição de eu perder essa aposta. – Riu 

- Vocês perceberam que estão falando de mim? Da minha vida? – Os dois olharam para Harry como se ele estivesse reagindo exagerado em relação às apostas. Afinal, o que é que tem? O rapaz suspirou. – Apenas parem de apostar com a minha vida, ok?  

Ron deu de ombros, se servindo de mais vinho. Harry empurrou a sua taça querendo um pouco também. À alguns metros Draco estava sentado na grama com Teddy, outra surpresa do dia, brincando de Adoleta com o garoto. A cena era tão natural e bonita que Harry desejou ter uma câmera.  

- Já decidiu? – Ron disse,  apagando o sorriso bobo da cara do amigo. 

- Hã?  

- Se decidiu aonde vai fazer o seu aniversário, é no fim da outra semana. – Explicou Hermione, rindo de canto.  

- No mesmo lugar de sempre. – Deu de ombros.  

- E seu presente? Está precisando de algo? – Perguntou Ron, mas Harry estava ficando distraído outra vez com Draco se espantando ao ver Teddy revelar suas habilidades metaformagas transformando seus cabelos em loiros platinados e seu nariz e boca em um bico de pato.  

- Não... Acho que não preciso de nada no momento.  

Quando voltaram para dentro dA’Toca já era hora do chá, todos se reuniram na sala pequena novamente. Uma pequena bagunça de conversas e risadas aleatórias, Draco observava quieto, a cabeça encostada no ombro de Harry, as vibrações da voz do outro reverberando pela sua pele. Hermione que encarava a cena do outro canto da sala fez o rosto de Draco ficar vermelho ao perceber, o rapaz se endireitou no sofá no mesmo instante.  

- Está tudo bem? - Harry sussurrou, chamando a atenção pela forma que o outro havia se sentado. Draco concordou com a cabeça. - Quer ir para casa?  

- Podemos? - Perguntou, ganhando um aceno leve em resposta. Para Harry, o loiro havia aguentado mais do que esperado. 

Teddy fez uma grande birra quando o padrinho explicou que ele não poderia ir para casa junto com eles, mas se acalmou quando Draco sussurrou em seu ouvido que daria um jeito de convencer Harry mais tarde, mas que por hoje ele teria que voltar para casa de sua avô.  

- Você está corrompendo meu afilhado, consigo sentir. - Disse, se jogando sobre a cama no momento em que aparataram de volta para o flat. Malfoy se deitou ao seu lado, mais educado do que o cachorro humano que era seu marido.  

- Você está muito quieto hoje. - Observou, encarando o cinza tranquilo ao seu lado.  

- Pediu para que eu me comportasse. - Deu de ombros.  

- Foi mais como um suborno. - Respondeu, enterrando sua cabeça no travesseiro, sentindo o calor gostoso de sua cama. Momentos depois, sentiu uma pressão leve em seu pescoço, dedos finos rastejando suavemente para cima segurando suavemente os fios de seu cabelo bagunçado. Draco sussurrou em seu ouvido, a voz arrastada eletrocutando todo seu corpo. 

- Disse que eu poderia pedir o que eu quisesse, estou certo? - Harry acenou com a cabeça, Draco puxou seu cabelo levemente fazendo o rapaz gemer baixo. - Preciso que use as palavras, Harry.  

- Sim. Você pode pedir o que quiser, Draco. - Respondeu, quase rindo da situação.  

Draco riu baixo de volta, montando sobre as costas de Harry, as pernas prendendo de cada lado o quadril do rapaz.  

Para o desgosto de Harry, as mãos em seu cabelo se soltaram e caminharam até seu traseiro em um aperto firme, mas seu som de descontentamento foi engolido pela boca de Draco na parte de trás da sua orelha. O jovem Malfoy havia aprendido tudo sobre aquele ponto sensível e nunca mais hesitaria em aproveitá-lo.  

- Então o seu pedido é... - Tentou, mas seu cérebro embaçou momentaneamente enquanto sentia toda a pressão do corpo de Draco nas suas costas, juntamente com a lingua e os lábios passeando agora pela parte de trás do seu pescoço. Respirou, tentando falar novamente em meio a um gemido. - Então seu pedido é que eu deixe você me foder? 

Draco fez uma pausa, surpreso pelo raciocínio rápido de Harry, isso não acontecia com frequência, a respiração quente contra a nuca do moreno quando respondeu ironicamente. 

- Dez pontos para Grifinória. -  Ele guiou sua boca até o ombro direito de Harry, mordendo e chupando o lugar que provavelmente teria um enorme machucado na pele sensível. O herói choramingou ao primeiro apertar de dentes, excitação e calor com a ideia de ser marcado. 

- Agora seja um bom menino e fique deitado enquanto eu cuido de você. - Sussurrou sedutoramente contra a pele quente. Harry escutou um outro sussurro, esse sendo um feitiço que arrancara todas as suas roupas.  

Harry corou intensamente com uma mistura de constrangimento e excitação, inconscientemente abrindo as pernas um pouco mais. Ele podia sentir o sorriso de Draco, atrás enquanto o rapaz fazia seu caminho da coluna para baixo, beijando, lambendo e beliscando a carne.  

Um arrepio forte se apossou do corpo de Harry ao sentir os beijos molhados que eram deixados na pele quente da sua bunda.  

Lentamente, Draco afastou-se do traseiro de Harry,  arrastando os pés pela cama para ajoelhar entre as pernas do rapaz, puxando os lençóis para baixo. Ele deslizou as mãos levemente sobre os lados do torso de Harry  que riu baixo, tentando se afastar da sensação de cócegas. Draco puxou os quadris de Harry gentilmente, posicionando-o com o peito pressionado contra o colchão e seu traseiro no ar, joelhos separados sugestivamente. 

Draco deslizou as mãos sob o tecido solto da cueca de Harry e puxou para baixo, manobrando o corpo do seu herói para deslizá-las por seus joelhos e tirá-la completamente. O farfalhar do tecido contra seu pênis tornou sua excitação óbvia, e estava impotente para fazer algo sobre isso naquela posição. Ele estava totalmente exposto, fechando os olhos com força, se protegendo contra a maré de luxúria que sentia com o olhar apreciativo de Draco. 

- Droga Potter, você é lindo. Todo deitado e disposto pra mim. - Expirou, suas mãos acariciando possessivamente os globos da bunda de Harry, amassando a carne macia. - Você me deixaria fazer qualquer coisa com você, não deixaria? Você imploraria por isso. 

Harry gemeu profundamente em seu peito na resposta. Draco estava certo, Harry o deixaria fazer qualquer coisa, independente de quanto negasse. Sentia-se líquido e maleável, entregue nas mãos capazes de Draco. Mãos essas que estavam atualmente nas suas coxas, rastejando confiantemente para cima. Seus polegares deslizaram para baixo na entrada da bunda de Harry, afastando as nádegas, antes de descansar firmemente em cada lado de seu buraco. 

Draco não se moveu por vários longos momentos, apenas segurou o traseiro de Harry aberto, e Harry não podia lutar contra o rubor que percorria pelo pescoço ao pensar em Draco olhando para ele lá. Harry definitivamente não era nenhum virgem naquele aspecto, mas ainda tinha dificuldade em se colocar tão fora de si. Ele se encolheu instintivamente, seu buraco se agitando contra o polegar do outro. 

Harry se concentrou em segurar seu corpo no lugar, controlando a impaciência, sua respiração se acelerando em antecipação do que estava por vir. Finalmente, Draco se moveu, soprando levemente contra ele antes que o ouvisse cuspir, e sentiu uma bolha de umidade bater no topo de sua bunda, deslizando o molhado abaixo. O polegar de Draco percorreu o líquido, provocando a pele sensível antes de se mover para baixo para cercar a entrada enrugada de Harry. 

Ofegou, cada terminação nervosa chegando à vida sob o toque de Draco, o prazer elétrico po sua espinha chegando em círculos. Harry retorceu seu quadril sedutoramente, esperando incentivar uma penetração mais profunda. 

Draco pressionou levemente, uma pressão quase inexistente deslizando a ponta para dentro. Ele rolou o polegar de um lado para o outro sugestivamente contra o buraco apertado, se movendo devagar, provocando. Sua outra mão rapidamente deixou a bunda de Harry, voltando um momento depois para delicadamente abri-lo ainda mais, agora ambos os polegares pressionaram para dentro, pressionando e puxando a pele. Draco cuspiu de novo, desta vez diretamente no buraco aberto de Harry, gemendo apreciativamente para a visão. 

Harry se sentia aberto, molhado e sujo e tão excitado que iria explodir. Ele podia sentir a umidade escorrendo de si, deslizando para baixo por suas bolas, deixando um rastro frio. O pensamento provavelmente devia lhe causar nojo, mas seu tesão se acendeu ainda mais e seu coração disparou no peito.  

- Olhe para você... - Draco murmurou rouco. - Você está desesperado por isso, não é? Merlin, o você quer, Harry, quer meus dedos, meu pau? 

Harry se contorceu de novo, um gemido escapando de sua garganta enquanto ele silenciosamente implorava a Draco para fazer algo, qualquer coisa. O loiro deve ter escutado seus pensamentos porque a mão desapareceu novamente por um segundo, e Harry ouviu o familiar estalo do lubrificante sendo chamado e sendo aberto. Afastando o polegar, Draco moveu a mão para segurar suas nádegas mais abertas quando um dedo lubrificado circundou seu buraco brevemente antes de escorregar facilmente para dentro. 

- Sim. - Gemeu, apertando a sensação sólida dentro dele. Draco tinha dedos lindos e longos; Eles foram praticamente feitos para isso. Ele torceu o pulso, raspando contra as paredes sensíveis de Harry, ondas de prazer espalhadas em todo o corpo de Harry com cada movimento. Draco bombeou dentro e para fora mais algumas vezes antes de retirar completamente, retornando rapidamente com mais lubrificante, e um segundo dedo. 

Uma leve queimação veio junto com o outro dedo, mas Harry ignorou a dor, arqueando ligeiramente contra a mão. Draco murmurou em aprovação, torcendo os dedos para baixo para acariciar a próstata de Harry, mantendo um movimento irregular contra o feixe de nervos. 

Harry tremeu com a sensação, empurrando para trás contra aqueles dedos agéis, o conhecido calor em sua virilha se tornando mais forte. O pênis de Harry estava duro e pesado entre suas pernas e ele ansiava desesperadamente por algum tipo de atrito. Ele quase moveu a mão para baixo para se acariciar, mas a idéia de que isso deixasse Draco bravo acalmou sua mão. 

A atenção de Harry foi trazida de volta à sua bunda quando Draco retirou os dedos completamente antes de enfiá-los de volta, o fodendo com o dedo em um ritmo vagaroso, surrando sua próstata aparentemente ao acaso. 

- Você é tão bom pra mim, Harry. - Gemeu, seus dedos pegaram velocidade, seu ritmo implacável. 

Harry abriu a boca para responder, mas tudo o que sobrou eram gemidos abafados. Ele estava empurrando firmemente de volta contra os dedos Draco, apertando seu traseiro em cada deslize para fora de seu buraco. Ele podia sentir o sangue batendo em seus ouvidos, bombeando através de suas veias com cada batida rápida demais de seu coração enquanto o prazer irradiava até os dedos do pé. Um fio de pré-gozo pingava da ponta de seu pênis, molhando os lençóis. 

Mais. Ele precisava de mais. Precisava sentir o calor espesso do pau de Draco deslizando dentro dele, roubando sua respiração, fodendo-o até que ele goze. Forte. 

 
- Draco, você vai me foder agora? - Harry perguntou desesperadamente, finalmente respirando. - Eu preciso que você me foda, Draco. Eu preciso gozar, quero gozar no seu pau. 

- Meu Santo Merlin, Potter. - Draco disse simpaticamente, puxando seus dedos para fora, fazendo um barulho sujo. 

Harry escutou o som de Draco se despindo e o lubrificante sendo aberto mais uma vez. Ele se inclinou, se abrindo e se preparando para sentir a cabeça do pau de Draco contra o seu buraco. Sua testa estava apoiada em seu cotovelo. Ele sentiu, era grande, grosso e a sensação de queimação foi um pouco mais intensa dessa vez. Draco ficou parado por uns instantes, mas Harry tinha outras ideias em mente, ignorando a dor mais uma vez. Ele se movimentava devagar contra Draco, aumentando a velocidade conforme se acostumava com o tamanho dentro dele.  

Draco escorregou a mão pelas costas de Harry até alcançar seus cabelos novamente, puxando-os para que o rosto do rapaz se levantasse do esconderijo em seus braços, agora os movimentos era rápidos e fortes indo de encontro com o outro. Não iria durar muito. Harry se apoiou nos dois braços, a cabeça espiando por cima do ombro todo o estrago que Draco fazia com seu corpo, o fodendo com força. Seus lábios estavam apertados entre seus dentes, abafando inutilmente seus gemidos. Ele gozou momentos depois, sem precisar se tocar, sujando ainda mais os lençóis, chamando por Draco seguidas vezes que pensou que iria enlouquecer com as reações de Harry ao atingir o orgasmo, tremendo e segurando os lençõis como se fosse sua vida.  

Harry despencou na cama, sentindo esperma escorrer pelo seu buraco para suas pernas quando Draco tirou devagar seu pau dele. Esperou que o rapaz se juntasse a ele ao lado da cama, mas foi surpreendido mais uma vez pelos lábios de Draco beijando e lambendo seu buraco recentemente fodido e mesmo dolorido não conseguiu deixar de gemer manhoso com a atitude. Ele descobriu que adorava a sensação.  

Os beijos subiram para suas nádegas e costas, até chegaram em seu pescoço novamente o fazendo rir de cócegas pela falta de coordenação dos mesmos. Draco o virou para que ficasse de frente para ele. Harry não segurou o impulso de captar os lábios do loiro em um beijo demorado.  

- Eu tenho mais um pedido, acho que mereço depois de tudo. - Disse, ganhando um beliscão de Harry nas costas.  

- Fala logo. - Suspirou, pensando nos maiores absurdos que Malfoy poderia lhe pedir. 

- Não vá para o sofá hoje, dorme comigo. Seja meu marido por essa noite.  

Harry encarou o rosto de Draco esperando que ele desse risada e disesse que era uma brincadeira para em seguida chuta-lo da cama com os dois pés. Quando isso não aconteceu, Harry se livrou dos lençóis sujos com um feitiço e se aconchegou para mais perto de Draco que o envolveu com os braços, uma das mãos descansando na bunda de Harry. A brisa fria de fim de verão entrava pela janela agora aberta os guiando para o sono merecido.