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História Undisclosed Magic - Detention


Escrita por: Eros_Flomay

Capítulo 22 - Detention


Fanfic / Fanfiction Undisclosed Magic - Detention

O campo de quadribol cheirava à grama cortada e suor. O mormaço queimava o rosto de Rose que descansava nas costas de James, carregando-a consigo após ela ter acompanhado o treino.

-- Então, Rosie, vai fazer o teste para o time?

-- Vou sim, quando as inscrições estiverem abertas. Papai queria que eu fosse goleira, mas tia Gina disse que me sairia melhor como artilheira.

-- Eu devo concordar. Tenho certeza que você seria bem aceita, talvez até te coloquem no lugar do Fred. De qualquer forma, estava com saudade de você, sabe disso? O que te fez mudar de ideia e largar o meu irmão e o Malfoy? 

-- Não seja bobo, Jamesy. Qual é o problema de querer passar um tempo com o meu primo favorito?

-- Todos sabem que Al é seu favorito.

-- Você é meu primo mais velho favorito, e Malfoy não é meu amigo, nós somos, como posso dizer, sócios? E agora que comentou, queria te pedir um favor. 

-- Desembuche, então.

-- Você tem algo que possa instigar uma detenção? 

-- Algum produto, você diz? Rosie-Posie, não estamos armando nenhuma confusão, estamos? Tenho certeza que a tia Hermione não ficaria nada contente ao saber o que sua filhinha anda aprontando...

-- Não que você tenha o melhor currículo para fazer acusações, mas sei que não contaria à ela.

-- Justo.

-- Vai me ajudar, então?

-- Priminha, eu tenho exatamente o que você precisa.

Rose desceu das costas do primo e implantou-lhe um beijo na bochecha.

-- Obrigada, Sirius, você é o melhor.

-- Sei disso. 

 

 

-- Quem, em nome de Merlin e Morgana, foi responsável por deixar esse telescópio esmurrador na minha mesa? --  Disse à classe o velho Amadeus Tamin, professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, um senhor tão simpático quanto rigoroso.

-- F... fui eu, professor. -- Respondeu Alvo.

-- Você, senhor Potter? Bom, por mais que eu acredite que o senhor tenha uma boa explicação, não me deixa escolha senão tirar 10 pontos da Sonserina. E encontre-me na minha sala após o jantar para a detenção. Francamente, este comportamento era esperado do seu irmão, não de você. Estou decepcionado, senhor Potter.

Sentindo-se vitorioso, Alvo piscou para a prima ao seu lado, que respondeu em sussurros:

-- Não importa o que Roxy diga, tio George é um gênio.

 

"Será que fiz o certo em deixar a Rose sozinha com Scorpius na mesa de jantar? Como ficaria tio Rony se soubesse que sua filha morreu em uma briga com Malfoy por minha culpa? Ou pior... como ficaria tia Hermione se soubesse que Rose foi expulsa?!" pensava o menino, enquanto caminhava rumo à detenção.

Ao entrar na sala, a primeira coisa que cativara o olhar de Alvo era uma flauta feita de caniços que tocava sozinha no ar junto com outros instrumentos. O professor Tamin era conhecido na escola por ser um grande amante de música erudita e por tocar piano muito bem, diziam, inclusive, que ele ambiciona um dia substituir o professor Flitwick como maestro do coral. 

-- Ah Potter, vejo que se interessou pela flauta-de-pã, estou certo? Um instrumento muito sedutor, devo dizer, mas muito traiçoeiro. Se por acaso um dia, Merlin proíba, você estiver vagando pela Floresta Negra e ouvir este som, não vá atrás.

-- Obrigado pelo conselho, professor.

-- Não por isso, Potter. Que tipo de professor eu seria de não alertasse sobre os perigos de artefatos mágicos ao filho do Menino Que Sobreviveu? Enfim, hoje você vai me ajudar a engarrafar veneno de Doxy para o professor Slughorn, sim? 

-- Sim, senhor.

-- Ótimo, pode usar as seringas descartáveis, e não se preocupe, estão todos anestesiados.

Alvo seguiu os comandos do professor, pingando cuidadosamente o veneno nos frascos, ainda pensando em uma forma de abordar o assunto.

-- Professor, o senhor estudou sobre Basiliscos quando esteve na Grécia, não estudou? Lembro de ter comentado durante uma das aulas.

-- De fato, estudei. Quem diria que um ovo de galinha chocado por um sapo resultaria naquela cobra bestial, concorda? Mas não se preocupe, não há registro deles na Grã-Bretanha há séculos.

-- E o que o senhor sabe sobre ofidioglocia? É isso que os controla, não é?

-- Desculpe a pergunta, Potter, mas por que o interesse? 

Alvo deu de ombros e respondeu:

-- Curiosidade, apenas. Meu pai lutou com um deles, como o senhor deve saber, mas ele perdeu a habilidade de falar com as cobras após a Guerra.

-- Bom, eu suponho que você já tenha ouvido falar dos Gaunt, certo? São  descendentes de Salazar Sonserina, e tirando seu pai, eram os únicos conhecidos por terem essa capacidade. Que eu saiba, estão todos mortos e as únicas informações mais precisas estão na Borgin&Burkes, mas não vai querer ir lá, não é, Potter? É um lugar suspeito... Já terminou? Ótimo! Estarei me recolhendo agora. Coloque os frascos na segunda prateleira e quando terminar pode ir. Ah, e Potter? Na próxima vez, não quero produtos Weasley na minha aula, entendido?

-- Sim senhor, boa noite, senhor.

Alvo fez como o professor Tamin disse e correu até o salão comunal da Sonserina, ansioso para contar ao amigo sua descoberta.


Notas Finais


Eu escolhi o nome do professor como Amadeus, em homenagem à Mozart, e Tamin em homenagem à Tamino, um personagem que o próprio Mozart criou em sua ópera A Flauta Mágica, que fala também da flauta-de-pã. Tal como o primeiro nome do diretor de Hogwarts é Sarastro, que representava a sabedoria na Ópera. Eu sei que as histórias da JK são repletas de simbologia e quis incluir um pouquinho, também.


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