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História Undisclosed Magic - Diálogos


Escrita por: Eros_Flomay

Capítulo 23 - Diálogos


Fanfic / Fanfiction Undisclosed Magic - Diálogos

-- Borgin&Burkes? Sem chance, Potter!

-- Ora, por que não, Malfoy? Qual é o problema? 

Scorpius parecia receoso para responder o amigo. Agitado, passou a mão pelos seus cabelos loiros emplastrados de gel e disse:

-- Bom, é que... talvez... veja... 

-- Pare de suspense e fale logo!

-- Certo. -- suspirou -- Durante a Guerra, meu pai ameaçou Borgin para infiltrar os Comensais no castelo. Certamente papai não queria que soubesse disso, mas um dia escutei ele e mamãe conversando e... e suponho que um Malfoy não seria bem-vindo por lá.

-- Já entendi. 

-- Por que não esquecemos esse assunto? Já nos tiraram pontos, e tem ideia da confusão que houve lá em casa? Isso já nos causou problemas demais. 

-- Eu não cheguei até aqui para desistir, Malfoy. Além do mais, deve ser algo muito importante a ponto de Hagrid arriscar nossa segurança, talvez seja algo que nem o próprio diretor saiba. 

-- Que seja. Amanhã falamos com a sua prima e pensamos em algo, mas eu juro que se fizermos tudo isso em vão, eu não terei problemas em ter detenções pelo resto do ano por te azarar. Boa noite, Potter. 

-- Me azarar? Que eu me lembre, você se meteu nisso porque quis. De qualquer forma, vamos falar com ela. Boa noite, Malfoy.

 

 

-- ...E então, após a visão, o mago Papus viajou à Rússia para contar ao Czar que seu reinado sucumbiria à revolta popular... -- Dizia o professor Binns em sua aula de História da Magia.

Uma pequena bola de papiro atingiu as costas de Rose, que virou-se para saber de onde tinha vindo. Scorpius a fitava e gesticulava para que abrisse o papel, e ela assim o fez.

"Weasel," -- ela revirou os olhos e continuou a leitura -- "aparentemente a única Fonte de informações sobre ofidioglocia está na Borgin&Burkes, você deve conhecer. Por problemas de relações familiares eu não posso ser visto lá, tampouco podemos sair da escola. É bom você começar a pensar em algo. 

S.M"

-- Senhor Malfoy, eu espero que estes bilhetes que você está passando à senhorita Weasley sejam anotações sobre a matéria, e não cartas de amor. 

A sala fez um coro de risadas e as bochechas de Scorpius adquiriram uma tonalidade avermelhada. 

-- Que é isso, agora, Rose? Está trocando bilhetinhos com Malfoy? -- Perguntou sua colega.

-- Não seja boba, Fiorella, são apenas negócios, entende? 

-- Se você está dizendo... -- Respondeu a garota que preservava forte antipatia pelo rapaz.

Rose encontrou Alvo e Scorpius ao final do almoço. Os três sentavam-se encostados nas grandes abóboras próximas à cabana de Hagrid. A tarde era tranquila para um assunto tão taciturno; a névoa se alastrava pelas coníferas e o gramado viçoso umidecia as vestes dos jovens. 

-- Então, Weasley, pensou em algo?

-- Como Al sabe, durante o segundo ano, mamãe preparou poção polisuco. Dizem que só vamos aprender como prepará-la no ano dos N.I.E.M's, mas achei que pudesse dar um jeito. No entanto...

-- No entanto? 

-- No entanto, Malfoy, em quem nos transformaríamos? Além do mais, teríamos que arrumar uma forma de sair de Hogwarts. 

-- A segunda parte não é problema -- disse Alvo -- afinal, temos o Mapa. 

-- Sim, Al, mas iam nota a nossa ausência.

-- Ela tem razão, Potter. Mas há sempre a possibilidade de sairmos na calada da noite.

-- É muito arriscado! 

-- Sei disso, mas vocês têm outro plano?

Os primos calaram-se e negaram com as cabeças, em união. 

-- Podemos esperar um fim-de-semana, em seguida pegamos a capa e vamos até lá. O que acham? 

-- Brilhante, Malfoy, você só esqueceu da parte em que encontramos as informações. 

-- Tenho certeza que você e a sua inteligência aguçada darão um jeito na hora, Weasley. Agora, se me dão licença...

O menino levantou-se, limpando a relva das roupas e recolhendo seus livros.

-- Onde vai? -- Alvo perguntou.

-- Encontrar sua prima.

-- Qual delas? 

-- Como "qual delas? Dominique, é óbvio, ela precisa de ajuda em poções. 

-- Não sei se percebeu, Malfoy, mas ela está dois anos acima de nós. Por que precisaria da sua ajuda? 

-- Caso não saiba, eu sou um dos melhores da turma em poções e parece que ela não tem muita aptidão. Que escolha eu tenho? 

-- Ignorar seria uma opção. Já não disse milhares de vezes para não prestar atenção no que ela diz?

-- Eu me lembro bem. Acalme-se, é só uma sessão de estudos. Não vou contar nada. 

Antes que Scorpius pudesse se afastar dos amigos, James, Fred e seus amigos da Grifinória lançaram-no um feitiço para que tropeçasse e caísse no chão.

-- Eu vi isso, James! -- Disse Rose, raivosa.

-- O que foi, priminha? Tem tempo para defendê-lo ou está muito ocupada trocando cartas de amor?

Alvo arregalou os olhos.

-- Cartas de amor? Que cartas de amor, Rose?

-- Ignore, Al, você não deve acreditar em boatos, e nem você, Sirius. Por que não o deixa em paz? Sabe, ele não tem culpa de...

-- Chega, Weasley!

Assustados, todos viraram-se para o menino que não tinham percebido que outrora levantara.

-- Eu te agradeci da outra vez -- fez uma pausa, engoliu seco e continuou -- mas já estou cansado do seu complexo de heroína. Não preciso de babá e muito menos de alguém pra me defender, ouviu bem? Se não se importam, todos vocês, tenho coisas mais importantes para fazer e pessoas mais importantes para encontrar.

Sem receber uma resposta, Scorpius se foi, deixando Alvo e Rose estáticos.

-- Viu só, Rose? De que serve perder tempo com alguém como ele? 

-- Esqueça, James. Vamos embora. -- Disse Fred, puxando o primo pelo braço e partindo dali às ruínas de escadas.

-- Rose, não fique assim, ele só estava estressado, tenho certeza que logo vai se arrepender e se desculpar.

-- Não quero as desculpas dele, Al, James está certo. Acho que vou para o dormitório. -- Respondeu estampando seu triste semblante.

-- Mas...

-- Até amanhã, Al.


Notas Finais


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