História Une dose d'amour et deux café - Pular?

~ Camila ~
   O vendo gelado tocou meu rosto e eu contei até dez pela segunda vez. Segurava naquele barra de ferro como se minha vida dependesse daquilo e dependia era só soltar as mãos e seriam metros de queda livre até a água. Oque meu pai ia pensar de mim? "Menos uma boca para alimentar", minha mãe pensaria "tadinha, ela não aguentou a pressão", minha irmã pensaria "isso finalmente vou ficar com o quarto maior", oque minha melhor amiga ia pensar "finalmente vou ter a oportunidade de usar aquele vestido preto lindo". Oque eu mesma estava pensando de mim no momento "fraca, fraca sua fraca PULA!". Soltei a mão direita e virei meu corpo, eu não ia me entregar tão fácil assim.
  Sofia :
-MAAAANA PF NÃO FAZ ISSO!
 Levantei minha cabeça e Sofia já estava correndo para a beira da porte, onde eu estava no momento.
 Camila :
- sof! Se afasta!
 Meu pai a puxou pelos ombro e minha mãe chorava ao lado dele, ele se aproximou devagar me puxando rápido. Droga eu não ia me matar, não assim, eu queria caixão aberto e uma queda como aquela não ia dar muito certo.
 Camila :
- pai não era isso.
 Alejandro:
- tudo bem filha, nos Te entendemos. Vamos Te por naquele hospital, você vai ficar bem.
  Eu o apertei forte, a alguns meses eu tentei me internar em um hospital psiquiátrico, mas ninguém deixou, acho que era preciso ter pelo menos cortado os pulsos para entrar. E ei apenas corri sem sapatos por umas horas na neve.
  Quando dei por mim já estávamos em um abraço em família, então era assim que se conseguia carinho?  Tentando pular da ponte. Que maquinifico se eu fazer isso pelo menos umas duas vezes por mês, até consigo amor.
 Meu pai me levou até o carro e minhas malas já estavam lá.
 Camila :
- pq minhas malas estão aqui?
 Sinuhe :
- Creedmoor, vai ser ótimo filha. Você vai ficar bem!