História Unexpected Love - Jimin BTS - Capítulo 14 - Forgiveness

- Hey, _____! - Você está me ouvindo cacete?

- Que?? Ah sim, claro que estou.

- Ah é? -  os seus lábios formaram um meio sorriso - Então do que eu estava falando? - Tae perguntou, pondo as mãos em sua anca e arqueando a sobrancelha.

- Você estava falando de... de irmos ter com Sun e Mark.... ne?

- Não _____, não estava. Eu estava dizendo que... - hesitou - Ai deixa para lá, é constrangedor demais.

- Ah não, você começou agora vai acabar. - agarrei seu braço, quando ele estava prestes a virar costas.

- Não faz isso, você não pode me obrigar.

- Ai se posso. - disse, e logo em seguida apertei o mamilo dele.

- Porra, caralho _____, isso doeu!!

- Era para doer mozão, qual era o sentido de eu fazer isso se não fosse para doer? - ri cínica. Tae apenas murmurou algo antes de falar.

- Eu disse que eu posso vir a gostar da Sun. - corou. - Não agora, porque eu não a vejo... sabe, daquela forma. Mas eu não digo que não vá acontecer nada... Ela é uma garota legal. 

- Aham, sei. - dei um soco em seu ombro, e ele apenas riu sem jeito.

- E você e Jimin?

- Ah então... Nós não falamos mais depois dele ter me beijado.

- Mas você não falou com ele por mensagem, sei lá?  - perguntou incrédulo.

- Não... - repondi.

- Meu deus menina, nem depois das provas que ele mostrou você acreditou? Eu pensei que depois de ele te mostrar você o ia perdoar, mas pelos vistos não. Você é uma garota bem complicada, vishh.

- Como assim provas?

- Ue? As provas em que a Eli diz que ela fez aquela cena toda do 'beijo' propositadamente para que ela mesma pudesse ficar com Jimin.

- Mas... Mas ele não me mostrou nada.

- Como assim ele não mostrou na- parou de falar e me olhou com os olhos semicerrados. - _____ me diga... você por acaso o deixou falar?? - perguntou, dando ênfase nas palavras 'por acaso'.

"- Olha eu sei que você nao quer acreditar em mim, - disse me encostando na parede, ficando de frente para mim. - Mas eu estou dizendo a verdade. Eu nao beijei Eli e eu tenho-

- Já acabou?? Ótimo porque eu não quero ouvir mais! - disse, me preparando para sair."

- Bem.... Não..... - Tae abanou a cabeça em sinal de afirmação.

- Pois é. É por isso. Você tem que começar a ouvir mais ele. Não só ele mas todas as outra pessoas. É preciso saber ouvir e saber calar _____. Por falar apenas e pouco pensar, as pessoas cometem erros difíceis de reparar.

- Nossa que filosófico Tae. - ri.

- Isso é sério _____.

- Eu sei que sim mas... eu nao sei realmente o que dizer... Eu não sabia que ele tinha provas, eu deveria ter deixado ele falar... Sabe, tem certos momentos em que eu me apanho pensando nele e, em fração de segundo, vejo meu mundo desabar. O que levamos dentro do peito ninguém sabe. - apontei a zona do meu coração. - Às vezes sustentamos um sorriso no rosto enquanto sentimos tudo desabar dentro de nós... Mas a vida é assim mesmo, não tem nada que possamos fazer não é mesmo? Ainda no cinema, quando estava vendo o filme, teve um parte que me lembrou de quando o Jimin me salvou daquela sua 'fã' - fiz aspas com os dedos. - E eu me peguei pensando nele... Não dá Tae. Não dá para não fazer isso... Eu fui tão idiota... - uma singela lágrima escorreu pelo meu rosto.

- Eu sei _____, eu sei que é difícil. Há sempre um dia em que o nosso coração aperta, mas olha... Não guarde no seu coração tudo o que lhe tira o sorriso... esse lindo sorriso. Tire tudo o que impede você de sonhar e limita você, e jogue fora, você não precisa de sofrimento.

- Obrigada Tae, obrigada. - o abracei.

- Que nada. Sabe... ele sente a sua falta, embora você não tenha acreditado nisso. Ele sente falta da atenção que você lhe dava, dos toques disfarçados de amizade. Se amaldiçoava todas as vezes que te via, e você desviava o olhar. Ele não queria que você tivesse nojo dele, nojo do amor puro que ele lhe dava.

- Mas... mas eu nunca tive nojo dele.

- Eu sei maninha, eu sei. - acariciou minha bochecha. - Ele... - olhou para o teto, como se estivesse procurando o que dizer a seguir. - Ele te ama da maneira dele simples, pura e especial. Você entende e sabe isso. Nós sabemos. Vocês tiveram de passar por toda essa torbulência para descobrir o caminho de volta para casa, e creio que você descobriu.

- Taehyung... Eu te adoro, sério. Você é a melhor pessoa que tive em minha vida. - encostei minha cabeça em seu peito, ouvindo o seu batimento cardíaco.

- Eu sei. - riu, e apertou a minha bochecha - Agora temos que ir. Eu até anconcelhava você a ir ter com Jimim e resolver esse problema, mas já é bem tarde então você resolve isso amanhã na escola. E olha se em algum momento o silêncio tentar calar vocês, saiba que o amor dará palavras para agir. - piscou o olhou e deu uma risadinha.

- O que você quer dizer com isso??

- Logo logo você vai entender. - riu. - Bem vamos, tenta se recompor. - repirei fundo - Pronto, vamos agora.

- Onde vocês estavam? - perguntou Sun.

- Só fomos ali conversar rápidinho. - respondi.

- Ah ta.. - ela está desconfiada, afinal ela é minha melhor amiga, não consigo mentir a ela... - Você vai ter de me contar. - moveu apenas a boca, sem deixar nenhum som escapar, quando Tae e Mark não estavam vendo e eu apenas assenti.

- Bom - Mark começou - O que acham de amanhã, depois que as vossas aulas terminarem, irmos tomar um sorvete? - me olhou - Você pode até levar o Jimin ____. - deu um pequeno sorriso de lado.

- Ah eu... eu vou ver o que posso fazer em relação a esse assunto. Mas sim, eu gostaria de ir.

- Ótimo! - juntou as mãos - E vocês?

- Eu tô dentro! Nunca se recusa um sorvete não é mesmo? - disse Sun, rindo e lambeu o seu lábio inferior como se o sorvete estivesse já na sua frente. 

- Se a Sun vai eu vou também! - Tae se pronunciou, levantando as mãos.

- Que maravilha, vai ser um dia fantástico. Mal posso esperar! - Mark sorriu, um sorriso aberto... mas os seus olhos não tinham o mesmo brilho que o seu sorriso.

ווו×

Assim que cheguei em casa subi as escadas e me apoiei na janela. Fiquei encarando o espaço exterior. O sol agonizante é uma mancha de claridade avermelhada na distância, sob as nuvens escuras que vem do norte. Por instantes o vento desfez a camada de nuvens e um último raio de sol ilumina o meu rosto. Depois, ao se extinguir a luz, o vento parece uivar com mais força e move as pequenas folhas da árvore do meu jardim. Torno então a sentir uma dor que rói as entranhas junto do meu coração. Uma dor que paralisa metade do corpo e que nenhum remédio consegue aliviar, que gela os membros, a respiração, e surge então a pergunta sem resposta.

Será que ele vai me perdoar? Eu sei que fiz tudo errado, que não o escutei, mas ainda assim... será que ele vai?