História Unexpected Love - Jimin BTS - Capítulo 30 - Finally

Cerca de, digamos, uma ou duas horas depois, onde a única coisa que eu fiz foi chorar e tossir bastante, me sentindo fraca, inútil, impotente, ouço a porta abrir, revelando Mark suado, com a camisa cinzenta e suja, o que foi, obviamente, obra do fumo.

– Controlei o fogo. Vejo que você foi uma boa menina e não saiu desse quarto, não é mesmo ? - riu irónico, olhando os laços fortes que o mesmo havia dado. Mas logo sua expressão voltou a ficar séria, e sua cara começou a ficar gradualmente vermelha - O que você estava pensando ao sair daqui ? Hm ? Que ia pedir ajuda ? Como ?! - riu irónico.

– Eu ia pedir ajuda sim ! Ia chamar a polícia !! - afirmei entre dentes, ainda com medo, mas com raiva misturada também.

– E conseguiu ? - continuou, sempre com um sorriso estúpido na sua cara - _____ não tem, MAS NÃO TEM MESMO, chance de você sair daqui. Rede aqui ?? Ohh é difícil você conseguir. - se aproximou mais de mim. Eu, claro, não pude me afastar, já que estava bem presa. A única coisa que consegui foi juntar minhas pernas ao meu corpo - Meta na sua cabecinha. - colocou o dedo na minha testa, dando nela com força enquanto falava, seu olhar repleto de antipatia e malevolência - Não tem como você sair daqui, nunca vai ter !!!

– Vai, e eu não vou desistir !! Eu vou achar uma maneira de sair daqui, nem que tenha de matar você primeiro. - berrei, e cuspi na sua cara em seguida. Ter ele na minha frente me dá nojo, repugnância, chega até a dar vontade de vomitar !!

– Ahh _____, você vai acabar me enlouquecendo !! - berrou, limpando a sua cara com a camisa. - E não diga isso, chego a ficar com medo até. - disse, se encolhendo, mas logo voltou a me olhar com desdém e arrogância. Ele abriu a boca para falar, mas eu, inconscientemente, falei por cima.

– Eu vou sair daqui. Com certeza eu vou. Eu sei que eles estão me procurando, e, enquanto isso, vou fazer de tudo para me manter viva !! 

– Eles ?? - Mark indagou, levantando levemente a sobrancelha do olho esquerdo, curioso - Quem são eles ?

Merda... Se eu disser, ou melhor, afirmar, que realmente falei com alguém, ele vai com certeza achar que eles sabem da nossa localização e me levar daqui, me levar para um lugar que eu não faço a mínima ideia qual seja, e nem pretendo descobrir.

– Eu perguntei QUEM SÃO ELES ______ !!! Me responda antes que eu perca a paciência. - proferiu enquanto se aproximava, como um animal selvagem que estava encurralando a sua presa contra uma parede, o que, ironicamente, era exatamente o que estava acontecendo.

– O Jimin, Sun e Tae com certeza já notaram a minha falta. Eles já devem estar me procurando, e vão me achar. - aleguei, contronando o assunto.

– Bom, então parece que vou ter que me divertir com você e te descartar em seguida, como sempre faço com todas as outras, antes que isso aconteça. Acho que você não passa de uma delas. - concluiu, dando ombros e me olhando de lado, enquanto mantia as suas mãos presas em sua cintura. - Qual é a sensação de se sentir um lixo, hmm ? 

– Não deveria ser eu a perguntar isso ?

– Ahhh _____, não me testa não !! Eu sou capaz de matar você aqui e agora !! - assim que acabou de proferir essas palavras, me lembrei, automaticamente, de que o canivete ainda estava de baixo do meu travesseiro, ou pelo menos assim eu espero. - Sabe, - começou a vagear pelo quarto, de um lado para o outro, com os seus olhos sempre postos em mim, atentos a qualquer movimento meu, por muito pequenos que fossem - as coisas poderiam ter sido tão melhores e tão mais divertidas entre nós. Eu sempre te amei. Poderia fazer de nós o casal mais apaixonado, poderia ter você em casa como minha mulher e futura mãe dos meus filhos. - disse, com um sorriso sonhador, descendo novamente à terra em questão de segundos - Mas claro, seria necessária a sua colaboração, porém, teimosa como você é, não está ajudando nem um pouco em relação a esse assunto. Ainda para mais tem aquele tal de Jimin, que você diz que ama, tsk.

Mark é uma pessoa medrosa, apesar da sua postura valente e ameaçadora na minha frente. Fui percebendo isso ao longo dos dias. Tem medo de tudo e de todos e, porque não existe como pessoa, tem medo das pessoas porque elas existem. Mesmo que ele mesmo diga e repita que me ama e que não vive sem mim, apenas a segunda é verdadeira. Ele não vive sem o outro, sem mim nesse caso, e por isso tem medo da perda. Uma perda que ele nunca teve, na verdade. Nunca fui, não sou, e nunca, mas nunca, vou querer ou serei dele.

– Eu não me importo se seria ou não diferente. Quero dizer, com certeza seria, mas para pior. Eu vou sair daqui, só assista a minha fuga. - deixei que um pequeno sorriso brotasse nos meus lábios.

– Estou ansioso para que isso aconteça, mal posso esperar. - piscou o olho, enquanto enfiava as suas mãos nos bolsos da sua calça - Sabe que mais ? Nos vemos no inferno, porque, sinceramente, acho que você não durará muito mais que isso. - e saiu pela porta, a trancando, sem dizer mais uma única palavra.

Uns bons minutos depois de Mark sair, cerca de meia hora, talvez, vejo que ele entra novamente, com uma cara de poucos amigos – sim, pior do normal dele, bem pior.

Nesse tempo em que ele esteve ausente, entre aspas, uma vez que eu nunca estou verdadeiramente sozinha tendo em conta a câmera, a maldita câmera, eu apenas estive deitava, ainda amarrada, fazendo com que os meus pulsos doessem juntamente com os meus braços, por estar sempre na mesma posição.

O medo que eu senti nesses dias, e ainda à pouco, depois daquele "episódio", ainda que ele esteja presente, já não está tão forte assim. Sinto que a minha saída desse local está bem próxima. Bem mais próxima do que qualquer um possa imaginar.

– Se prepare para sair daqui. - disse Mark finalmente, me olhando com um certo ódio - Não sei como mas, aparentemente, temos companhia.