História Unexpected Love - Jimin BTS - Capítulo 33 - For all of us

_____ POV

– Seja muito bem vinda de volta _____, fico feliz que esteja tudo bem. Você não tem noção do quão preocupado e desesperado o Jimin estava. - disse, coçando levemente a nuca com um pequeno – mas sincero – sorriso no rosto.

– É bom estar de volta. - sorri da mesma forma. - E agradeço novamente por ter ajudado o Jimin a me achar, estou realmente grata.

– Ahh que nada. Só fiz o meu trabalho e, além disso, ajudei um amigo. - aumentou o seu sorriso. Como eu fico feliz que ainda hajam pessoas de tão bom coração no mundo... 

 –Os seus amigos, principalmente Jimin, já tinham dito que você era forte, mas não imaginava o quão forte você era para aguentar... Geralmente pessoas que passam por um problema como você não... como ei de dizer... não saem vivas.

– Nem eu mesma sabia...  

– Bom, mas vamos esquecer isso, o importante é que está tudo bem. Obrigada pelo seu tempo. Falaremos com você mais pormenorizadamente depois, agora tente descansar um pouco, foram uns dias bem agitados. Prazer em conhece-la senhorita ______.

– Digo o mesmo Detetive Yoongi.

Acabara de dar a conhecer um pouco do que aconteceu quando estava lá, em Inchion. Não dei tudo de forma clara, obviamente, porque esse cansaço está me matando, tanto mentalmente como fisicamente.

Assim que eu saí do edifício com a ajuda de Jimin, que me carregou em seus braços depois de muito insistir, mesmo comigo sempre dizendo que não era necessário – mas depois acabei por desistir –, vi que Taehyung e Sun corriam até mim, ambos com lágrimas não somente em seus olhos, mas também nos seus rostos em totalidade. Essa cena acendeu um certo lado em mim que voltou a fazer com que eu me emocionasse e começasse a chorar de novo. Ver eles nesse estado e perceber o quanto eles se preocupam comigo, o quanto sentiram a minha falta... Oh! não há nada melhor que isso, sem dúvida alguma ! Não há nada melhor do que perceber o quanto a sua família te ama... Eles me encheram de perguntas assim que se acalmaram e pararam de me abraçar. Como eu estava, como consegui ligar, com o que é que ele me machucou, porque eu estava com uma roupa pouco apropriada... Enfim, muitas e muitas perguntas. Depois a ambulância chegou e tratou bem parcialmente dos ferimentos e me deu uma manta, não somente para me aquecer, mas também para cobrir o meu corpo.

Estava deitada numa cama super confortável de um hospital. Ainda que sinta um pouco de pavor estando aqui dentro – o que penso que seja normal depois do que eu passei –, sei que nada vai acontecer novamente. Aliás tenho aqui pessoas que se importam comigo e que com certeza não deixariam que algo acontecesse novamente. Tenho a Sun, o Tae, o Jimin e até mesmo ganhei a amizade de alguns policiais, o que era deveras impressionante.

– Olá meu anjo... como você está ? - ouvi a sua voz rouca assim que ele entrou no quarto. 

Apenas sorri com o apelido e o observei. Nesse momento, depois de me resgatar digamos, ele se encontrava com uma calça jeans preta, nem muito larga nem muito apertada, mas que definia bem os seus músculos da perna. Estava também com uma camisola branca simples e uma all star da mesma cor. Como esse homem é tão perfeito, por Deus... Logo vejo o seu sorriso, crescendo cada vez mais ao perceber que eu o encarava com um sorrisinho bobo no rosto.

– Bem melhor Jiminie, sem dúvida. - soltei um riso abafado. - E você ?

– Eu ? Ahhh... - olhou para cima com um sorriso, como se no teto houvesse algo escrito, que fosse bastante interessante, e logo voltou a me olhar com um certo carinho. - Eu estou ótimo ! Acho que nunca estive melhor e mais feliz na minha vida. Sabe... - deu passos largos, se sentando na beira da cama de hospital, onde eu me encontrava deitada - Quando a pessoa mais importante da sua vida de repente, num estalar de dedos, de um minuto para o outro, desaparece mais rápido que um grão de poeira, você se apercebe do quanto a ama. Porque você não teve nem tempo para se despedir, não teve nem tempo de pedir desculpa depois de uma discussão sem sentido criada por meros ciúmes, não teve nem tempo de dizer um último eu te amo... - pousou a sua mão na minha bochecha, a acariciando levemente, e logo continuou enquanto olhava os meus olhos de forma intensa - E o medo de a perder é tão grande que você fica simplesmente sem saber o que fazer, sem reação. Apenas começa a pensar, não só no que você fez de bem e nos momentos bons, mas também, e principalmente, nos momentos maus, no que você fez de mal, para ver o que você pode melhorar. E olha... aqui estamos. Parece que decidiram me dar mais uma chance. Uma chance para me redimir. Uma chance para não cometer erros. E, acima de tudo, uma chance para te amar e te fazer feliz para o resto da sua vida. E acredite, não vou deixar que ela fuja novamente.

– Ahh Jimin. Você me deixa sem jeito... - abaixei o olhar para a sua outra mão que se encontrava em meu regaço, por cima das minhas duas mãos e, em um movimento rápido, apanhei ela entre as minhas, a levando até à minha boca e comecei dando um leve beijo na palma da sua mão. - Você não sabe o quanto eu senti a sua falta. - dei um beijo no seu polegar  - Falta das suas palavras de carinho. - beijo no indicador - Dos nossos momentos loucos mas românticos ao mesmo tempo. - beijo no anelar (sim, saltei um à frente) - Dos seu olhos que brilham mais do que.... sei lá, mais do que a coisa mais brilhante que você possa pensar. - beijo no mindinho - Senti falta até dos momentos em que você vira um completo animal selvagem. - de relance o olhei, enquanto beijava lentamente o seu dedo do meio.

– Não faça isso _____... Eu ainda ganho vontade de fazer coisas impróprias com você. - pendeu a cabeça para trás - E você sabe que não podemos. Não aqui, não com você nesse estado. 

– Só um beijo ? Você sabe que eu também tive saudade dessa boca né... - disse, fazendo biquinho.

– Ta, mas só um beijo. - riu, e se aproximou lentamente de mim.

Primeiro passou com o seu polegar por todo o meu lábio inferior, acariciando ele com o mesmo, que logo foi substituído pelos seus lábios e, por vezes, a sua própria língua. Foi sim um beijo mais intenso, profundo, mas não com segundas intenções. Foi um beijo para matar a saudade, que eu continuo achando que não foi suficiente.

– Você sabe que eu te amo ? - proferi, um pouco ofegante, assim que nos separamos e colamos as nossas testas, sentindo as respirações quentes na cara um do outro.

– Sim. - sorriu - É você, 

– Sei.

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– Acorda cacete !! SUN ! Será que ela morreu de alguma paralisia cerebral por causa do que aconteceu ? Ela não está acordando...

– Nossa TaeTae, não é preciso exagerar. Ela só está dormindo, ela sempre teve um sono pesado.

Uma porta se abre.

– Ah doutor ! - exclamou Taehyung. - Ela não está acordando...

– Ela está apenas dormindo, deve estar bem cansada. - falou simples e óbvio. Por muito que eu quisesse abrir os olhos não dava, não via como, literalmente. Estou acordada mas os meu olhos não parecem querer me obedecer, como se tivessem uns milhares de tijolos em cima de cada um.

– Eu não disse !! - exclamou Sun e logo um som de estalo soou na sala.

– Aish Sun, a minha cabeça é capaz de saltar se você continuar dando tapas assim nela !!

– Deixa de exagero. Mas doutor, ela está bem ?

– Está minimamente bem... Quero dizer,  sem nenhuma hemorragia interna ou algo do género. Mas... bom, o seu ombro está deslocado, em algumas semanas ficará boa. Agora tem essas marcas no pescoço dela que estão bem acentuadas. Provavelmente foi apertado várias vezes. E por último, mas também o pior, as feridas que ela tem nas pernas, braços e barriga não são lá muito boas.

– O que você quer dizer ? - a voz de Jimin soa rouca e sonolenta pelo quarto.

– Oh Jimin,  você acordou. - pronunciou Tae. 

– Esperava o quê ? Vocês são muito barulhentos... uma pessoa aqui dormindo tranquila... - suspirou. - Mas enfim doutor, prossiga.

– Então, o tratamento dependerá do tipo e da extensão do seu ferimento. Eu posso prescrever o uso de antibióticos orais para ajudar a combater as bactérias. Além disso, poderão ser necessários outros procedimentos como a lavagem da ferida com solução antibiótica e o esvaziamento de um género de “bolsa” de pus que pode se formar junto à ferida. Então isso tem de ser tratado o quanto antes porque pode sim ser prejudicial.

– Claro. Pode ser já hoje ?

– Sim. Assim que ela acordar e comer em condições você me chama.

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– Prontinha, só precisa vir aqui para mudar as compressas de vez em quando. Daqui a uns dias você pode voltar para casa tranquila como se nada tivesse acontecido. - disse Seokjin,  assim que terminou de desinfetar as feridas.

– Muito obrigada doutor. 

– Não tem de agradecer.  - sorriu docemente - Ah, esqueci de dizer mas o Detetive Yoongi, Hoseok e Jungkook, se não me engano,  estão aqui para te ver. Eles estão no 'seu' quarto com os seus três amigos. Eles vieram para que você falasse do que aconteceu.

– Sim claro. Obrigada por avisar. Eu vou indo então, vou vir aqui amanhã novamente, para mudar.

– Certo. Tenha o resto de um bom dia. - sorriu e acenou, enquanto eu fazia o mesmo.

– Oi gente ! - disse assim que entrei no quarto e vi todos conversando amigavelmente. 

– Ah oi ! - disseram, incrivelmente, todos em coro e sintonia.

– Emfiiiimm, - disse Yoongi - voltando ao trabalho. _______ já temos as suas análises de todos os ferimentos. Só queremos que nos explique as coisas básicas. Como saiu e tudo mais. - apenas assenti e contei tudo como aconteceu. Desde o que Mark fez para me fazer ficar inconsciente, até à descrição de todo o medo e aflição, de toda a coragem que reuni para sair, de como saí e como liguei, de como ele me tratava por não fazer o que ele queria ou por eu mesma resistir – o que resultou num Jimin raivoso.

Simplesmente tudo, sem faltar uma única coisa. Contei tudo como se estivesse vivendo tudo hoje, o que, para dizer a verdade, me deixou um pouco amedrontada. Isso por apenas alguns segundos porque, depois de ver a cara de todos eles – incluindo os três policiais –, que me olhavam com simpatia, amizade,  e com grandes sorrisos de encorajamento, tudo passou.

– Muito bem, isso já foi o suficiente. - disse Hoseok sorrindo.  O seu sorriso é como um raio de luz que chega até todo o mundo, contagiando todos, e por isso todos nós sorrimos também.

– Sim. - concordou Jungkook com um sorriso. - Agora que ele está morto e nós já temos todos os pormenores de todo o acontecimento, o caso fica encerrado e só precisa esquecer que tudo isso aconteceu.

– Vai ser difícil... - dei um sorriso pequeno de lado. - Mas vou tentar. Por todos nós.