História Unexpected Love (Camren) - Prólogo

Lauren Pov's

Se tem uma coisa que eu odiava era a famosa rotina. Acordar cedo, ir para a faculdade. ajudar meus pais na empresa e depois voltar para a casa. Todo dia era a mesma coisa. Agora por exemplo eu estava sentada no fundo da sala escutado o professor explicar sobre o código penal. Era tudo tão teórico e tão lógico que chegava a ser ridículo tantos anos de estudo e pós graduação para saber isso.

– Por hoje é só alunos. Eu quero para a próxima, aula uma redação com no mínimo 60 linhas sobre a aula de hoje. - disse me fazendo rir. – Algum problema, Jauregui?

– Nenhum, só acho inútil tudo isso. – respondi indiferente escutando a risada de todos presentes na sala. Não esperei para o sermão que viria em seguida, recolhi minhas coisas que estavam em cima da mesa jogando tudo dentro da bolsa e me levantei saindo da sala e indo em direção ao estacionamento do campus.

Eu odiava direito, odiava livros, odiava escutar o dia inteiro sobre leis e mais leis. O único motivo pelo qual eu levantava todo dia as seis da manhã para aguentar essa baboseira são os meus pais. Eles são donos da maior empresa de advogacia de New York. Todas as principais causas milionárias são enviadas para eles e eu infelizmente fazia parte disso tudo. Não por gostar, é claro. Mas sim pelo lucro, essa parte sim me interessava. Afinal mesmo eu negando todo dia eu era sim completamente fútil. Eu não vivia um dia sem meu bom whisky importado com algumas pedras de gelo refinado e sem um bom banho de banheira coberto por sais de brilhantes. Exagero? Eu não acho.

Procurei as chaves do meu carro dentro da minha bolsa e assim que eu achei a mesma a peguei, clicando no botão principal para abrir a porta da minha Ferrari. Meu carro era o meu xodó. Eu sempre estacionava o mesmo em duas vagas para ele não correr riscos de sofrer nenhum arranhão e também para eu não ser obrigada a matar ninguém. Assim que engatei a chave na enguiçarão, enfiei o pé no acelerador saindo cantando pneu do campus. Eu dirigia tranquilamente ouvindo uma rádio qualquer no volume mínimo já que meu humor não estava dos melhores. Me distrai um pouco assim que ouvi o toque do meu celular. Peguei o mesmo e botei no viva-voz assim que atendi.

– Filha? - revirei os olhos assim que ouvi a voz calma de minha mãe.

– Fala. - respondi seca.

– Não precisa ir para a empresa hoje, preciso de você em casa o mais rápido possível. - disse me deixando assustada. Minha mãe nunca deixava eu não ir para o trabalho, a não ser que uma tragédia tivesse acontecido.

– Quem morreu? - fui direta ao ponto escutando sua risada do outro lado da linha.

– Só venha. - desligou

.Acelerei ainda mais vendo o velocímetro bater na marca de 190 KM\H. A mansão aonde eu morava com os meus pais era em um condomínio em uma das ruas mais chiques de New York, então a segurança era extremamente reforçada. Assim que eu cheguei na entrada do condomínio, sai do carro e dei a chave para um dos manobristas estacionarem. Normalmente eu mesma gostava de estacionar o meu carro, mas como eu estava um pouco tensa com a ligação de Clara deixei esse trabalho para ele.

 Respirei aliviada assim que cheguei em frente a mansão, com a porta sendo aberta em seguida por um dos seguranças. Entrei na mesma encontrando um silêncio bizarro. Me joguei no sofá largando a minha bolsa em cima da mesa.

– Chegou rápido. - disse Clara me fazendo dar um pulo devido ao susto.

– Porra mãe. - reclamei. –Que susto do caralho.

– Cruzes garota, que boca imunda. - disse aparentemente ofendida. Revirei os olhos. 

– Bom, eu vou ser direta. Você se lembra daquela minha amiga de infância, a qual eu considero como se fosse uma irmã para mim?

– Me lembro vagamente. - respondi sem entender o motivo da pergunta.

– Então, ela está com um tipo raro de câncer. O estágio já esta tão elevado que está começando a se espalhar por todo o seu corpo. - disse triste.

– Ai meu deus, que horror. - respondi. Eu era fria na maioria do tempo, mas as vezes meu coração dava um sinal de vida.

– Sim. - limpou uma lágrima discreta que escorria de seu olho direito. – Então ela é bem humilde e mesmo com a minha ajuda financeira ao longo dos anos, ela ainda não tem dinheiro o suficiente para pagar o tratamento e financiar a faculdade da filha.

– Mas o que eu tenho haver com isso? - perguntei.

– Me deixa completar. - reclamou. – Eu me ofereci para pagar os dois, mas Sinu fez questão de continuar pagando o seu próprio tratamento. Então sobrou Camila, e é ai que nós entramos. Ela tem quase a sua idade e sonha em fazer direito na University Central Of NY, a mesma que a sua e como a nossa família tem uma ótima fama no ramo, eles resolveram dar uma bolsa com 80% de desconto para ela.

– Que bom para ela. - respondi obviamente.

– Não Lauren, como ela ainda vai ter que pagar os 20%, não vai sobrar dinheiro para alugar um apartamento para ela morar enquanto estuda, por isso ela vai ficar aqui em casa até completar a faculdade.

Eu não estava acreditando nisso.

– Você só pode ter enlouquecido. - me levantei totalmente revoltada. – Desde quando a mansão Jauregui's virou um centro de caridade?

– Lauren, não seja tão fútil. Álias... - Clara foi interrompida pelo barulho irritante da campainha.

Isso não pudia ficar pior.

– Deve ser ela. - disse animada. Minha mãe foi até a porta olhando no olho-mágico antes de abrir com um sorriso enorme no rosto.

– Entre, por favor. - disse dando espaço para a desconhecida.

E assim que ela pisou dentro da casa, meu queixo foi parar no chão. Ela era simplesmente perfeita. Com um corpo magro, mas mesmo assim escultural. Um rosto com traços latinos irresistíveis e com um cabelo castanho bem escuro todo jogado a deixando com um ar sexy.

– Você deve ser a Lauren, né? - disse vindo em minha direção e me abraçando. Fiquei surpresa, mas depois aproveitei para tirar uma lasquinha. 

– Sou sim. - respondi assim que nos afastamos. – Vai ser um prazer  te receber aqui.

Ah, essa latina não perdia por esperar.