[SOFI]
Fui até meu apartamento, tomei um banho super rápido, pus uma roupa confortável e perguntei ao Chris:
-Que tal? Como eu estou?
-Você está perfeita! Você é tudo que um homem poderia querer na vida.
-Também não exagera. -Falo, dando uma risada baixa.
-Você é a mulher mais linda desse mundo, e eu o homem mais sortudo por ter você! -Diz Chris, vindo em minha direção e me dando um beijo.
Peguei minha bolsa e chaves, Chris pegou sua carteira e fomos em direção ao café. Chegando lá cumprimentamos todos e nos sentamos à mesa. Zachary ficou realmente feliz em nos ver juntos novamente, tanto que ele se ofereceu a pagar meu café, eu tentei recusar, mas ele não aceitou meu não como resposta.
-E então? Vocês já sabem da novidade? -Diz Chris, levantando com um sorriso no rosto e uma animação que nunca vi antes.
-Conta aí, qual é? -Disse Zoe.
-Eu vou ser papai! -Disse Chris, me levantando pelas mãos e me dando um beijo.
-Sem jeito! Você tá brincando, né? Isso é sério, Sofi? -Diz Karl, todo empolgado.
-Sim, vamos ter um bebê, Karl! -Falo, rindo e pondo a mão de Chris em minha barriga.
-Então você vai entrar pro meu time das mamães, Sofi? -Pergunta Zoe, levantando-se pra me dar um abraço.
-Claro, e como minha irmã mora longe, vou recorrer muito a você, se estiver tudo bem, é claro.
-Sem problema algum! Também sou mãe de primeira viagem, mas posso te ajudar com algumas coisas que precisar. Se precisar acompanhamento no médico também, eu estou aqui! Livre, leve e solta pra poder te acompanhar, mas vou ter que pegar Chris emprestado como babá do Bowie e do Cy.
-Eu como babá? Coitados dos seus filhos.
-Coitados? Não é você que é o futuro papai? Você precisa praticar, e claro, Marco vai te ajudar nos primeiros dias também. -Disse
Zoe indo em direção ao Chris e o dando um abraço com um sorriso no rosto.
Depois disso todos tomamos nosso café, conversamos, pusemos o papo em dia, demos muitas risadas e claro, passamos uma ótima manhã reunidos.
Na hora de ir embora, combinei com Chris que ia até o banheiro e que era pra ele me esperar no carro. Dito isso, fui até o banheiro, lavei meu rosto e disse à mim mesma: -Isso foi muito melhor do que eu esperava! -Sequei-me, peguei minha bolsa e fui até o carro.
No caminho pra casa, como estávamos muito animados, colocamos música em um volume consideravelmente alto, cantamos, nos divertimos, o que não prevíamos é que... Havia um carro sem seus freios, e ele estava buzinando há uns dois minutos como alerta, mas como estávamos com o som alto, não ouvimos sua buzina, e isso ocasionou um acidente horrível.
Eu estava de cinto, Chris não estava. Nosso carro foi jogado contra outro carro que estava na frente, como estávamos em um morro, o carro acabou capotando várias e várias vezes, no total, 17 vezes. O terror que passamos foi demais, e eu só conseguia pensar em nosso bebê. Não sabia se seria ele ou ela, mas eu podia imaginar nossa criança crescendo, se casando e tendo filhos, assim como eu e seu pai. Com tudo o que estava acontecendo, eu só conseguia pensar em nosso filho, em meu filho, que estava sendo gerado dentro de mim. Eu não sabia o que fazer, então tentei segurar minhas pernas entre o banco e a porta do carro, pra eu acabar não me debatendo muito enquanto o carro capotava e não correr o risco de perder o bebê. Chris, como estava sem cinto, conseguiu escapar no momento em que o carro de trás bateu no nosso, mas eu, eu não consegui soltar meu cinto, eu estava presa. Quando o carro terminou de capotar, ele ficou de cabeça pra baixo, e eu com a perna presa entre o banco e a porta, não conseguia sair. Sangue escorria pelo meu rosto, minha perna estava quebrada, eu não conseguia mexê-la, o momento foi de total pânico, e depois que o carro parou, não me lembro de mais nada, apenas o que me contaram.
Chris, no momento que viu que o carro começaria a capotar, ligou pra ambulância, que veio imediatamente. Quando me puseram na maca, eu quase não enxergava, pois havia muito sangue no meu rosto. Chris gritou:
-Cuidado com o bebê! Por favor, não deixem meu bebê morrer! Salvem a Sofi, e salvem a criança que está dentro dela. Se algo acontecer com elas, eu nunca irei me perdoar! -Gritava Chris com lágrimas no rosto.
Eu segurei, com a pouca força que tinha, na mão de Chris, e o disse:
-Eu te amo mais que tudo.
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