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História Monster In Me - Same Old Love


Escrita por: swanegoalsg

Notas do Autor


I'M SO SICK OF THAT SAME OLD LOVE, THAT SHIT, IT TEARS ME UP. I'M SO SICK OF THAT SAME OLD LOVE, MY BODY'S HAD ENOUGH.

Uma das músicas que melhor descrever nossa querida Mia.

Capítulo 4 - Same Old Love


Fanfic / Fanfiction Monster In Me - Same Old Love

 

Depois de todo esse tempo me enganando, cheguei à conclusão de que eu preciso tomar uma atitude drástica. Tentar tampar o sol com a peneira, não vai me levar a lugar algum. Muito pelo contrário, minha vida continuará nesse círculo vicioso.

Quando dizem que o amor é chego, não é brincadeira ou drama, longe disso. O amor faz com que a gente esqueça a razão e se deixa levar apenas pela emoção. E tem situações que se ir por esse caminho, é capaz de não ter volta. Pois você age sem pensar nas consequências, e muitas das vezes, elas são umas vadias.

Confesso que não está sendo fácil aceitar essa decisão que tomei. Mas analisando a vida que venho levando nos últimos anos, ou eu me conformo em ser o passatempo de Harry para sempre, ou fico só com a amizade dele. Os dois não dá mais, eu cheguei a pensar que conseguiria viver assim, só que depois do ocorrido na cozinha, parece que uma luz vermelha foi acessa em minha cabeça, alertando-me do rumo perigoso e turbulento em que minha vida se encontrava.

Eu achava que estava no controle da situação, que tinha deixado de ser a tolinha de antes, eu não poderia estar mais enganada. Acho que me encontro pior do que naquela época. Eu meio que mascarei meus sentimentos, fingi não me importar, até mesmo quis me iludir de que minha vida amorosa não estava mais presa ao Harry, e que ele não exercia mais poder sobre mim. Doce ilusão, é como dizem, pior cego é aquele que não quer enxergar.

Demorei pra cair na real, pra ver e entender que a vida que eu achava que comandava nada mais era que uma massa de modelar nas mãos de Harry. Todos esses anos eu vivi basicamente em sua função, ao seu redor. Aceitando tudo o que ele podia me ofertar, falando o inglês claro, aceitando as migalhas que ele me dava. Não estou querendo dizer que ele é o mau caráter dessa história, pois ele nunca me prometeu nada sério. Muito pelo contrário ele sempre foi muito honesto comigo, não posso cobrar nada dele. O que eu posso e vou fazer, é dar um fim de uma vez por todas em nossos encontros sexuais. Chega, vou me conformar de que nunca o terei mais do que um amante.

Eu não mereço isso, não posso me tornar o escape de alguém, não quero ser uma segunda opção. Já passou da hora de tomar vergonha na cara e agir como uma mulher. O sexo é maravilhoso? É, muito. Só que não é só isso que eu quero, e é somente isso que ele tem pra me oferecer.

Chega de me contentar com pouco, eu mereço muito mais. Se ele quer continuar se aventurando em namoros com essas famosas, que só serve para dar manchetes, esse é um problema dele. Não vou mais fazer parte desse mundo de futilidade e falsidade. Se for nos braços dessas modelos que ele quer passar as noites, ótimo, que ele faça um bom proveito. Eu irei encontrar alguém que me mereça, me respeita e o principal, me ame. Minha mãe não me colocou no mundo para ser a número dois na vida de ninguém, eu vou ser a número um no coração de um homem tão ou mais maravilhoso do que o Harry.

É hora de tomar as rédeas da minha vida. Harry é um ser humano incrível, chega bem perto da perfeição, é um amigo excelente, um cavalheiro nato, um verdadeiro Lord, mas ele não é pra mim. A ficha demorou a cair, mas agora ela veio estilo wrecking ball.

************

Minha mãe convidou-me para jantar com ela e meu pai na casa de um amigo deles. Eu cogitei a possibilidade de negar o convite, esses jantares de negócios são tediosos. E eu odeio fazer o papel da Barbie, a perfeitinha. Não que eu seja uma rebelde sem causa, só não tenho paciência pra frescura. E as esposas e filhas da maioria dos amigos dos meus pais, são dondoquinhas, parece até que vivem em uma bolha. A conversa delas me dá nos nervos, é um grau de futilidade. Porém eu aceitei, pois já tem uns meses que venho fugindo desses jantes e eles são importantes para o meu pai.

Como de costume, Eva almoçou comigo, não tocou no nome do Harry, o que é um milagre, fiquei até surpresa. Acho que a crise de choro que ela presenciou na semana passada, junto com o meu desabafo, fez com que ela parasse de agir como uma cúpida, que continue assim. Passamos no shopping depois do almoço para fazer umas comprinhas básicas. Eu tive que adquirir um vestido para o tal jantar, e Eva um para seu encontro de amanhã com nada mais nada menos que Joe Manganiello. Quando ela me contou que eles vêm flertando desde quando ele foi ao seu programa, eu não acreditei. Aquilo ali é muito homem para o caminhãozinho da minha amiga, não querendo desmerecê-la nem nada do tipo. Só que pelo amor, Joe é o famoso homem com H maiúsculo. Ele exala masculinidade. Não tem uma mulher que seja inume a beleza dele, é coisa de outro mundo. Então não tem como não ficar espantada, ok, minha amiga é muito gata, mas perto dele ela some. Enfim, eu estou mais nervosa do que ela pra esse encontro. Aquela baixinha é muito segura de si, e em situações como essa, isso é fundamental.

Grant me ligou quando estava terminando de me arrumar, queria saber se amanhã eu irei com ele ao orfanato em que ele é voluntário desde seus quinze anos. Óbvio que confirmei minha presença, quando conheci Grant e ele me contou sobre esse lado solidário dele, eu me encantei mais por ele. Admiro muito pessoas que se importam e doam umas horas do seu tempo para ajudar o próximo. Desde então eu comecei a ir com ele sempre que podia. Após um tempo das minhas visitas, resolvemos dar aula de dança para as crianças. Antes ajudávamos com coisas corriqueiras, agora somos responsáveis pela aula de hip hop. Modéstia parte, somos o maior sucesso entre a garotada, a aula mais esperada. Depois desses anos frequentando o orfanato, acabei me apegando demais as crianças. Chorei inúmeras vezes com algumas sendo adotadas, outras vezes por querer fazer mais por eles e não poder, outras por ver crianças sendo abandonados como se não fossem nada e em péssimo estado. Além da ajuda como professora, eu faço uma doação mensal em dinheiro, assim como a empresa do meu pai e de alguns amigos dele. Logo que deixei o orfanato pela primeira vez, eu fui até meu pai e pedi seu apoio. Ele já é super engajado ao filantropismo, então não foi preciso dizer muito. Duas vezes por ano eu e Grant organizamos eventos beneficentes em prol das crianças. Harry e sua banda ajudaram no primeiro evento desse ano, todo o dinheiro arrecado com o show que eles fizeram foi doado ao orfanato.

Meus pais vieram me buscar, assim como mamãe combinou pela manhã, já fazia mais de duas semanas que eu não os via. Papai teve uma reunião na Bélgica e sua esposa o acompanhou, então assunto não faltou no caminho até o nosso destino. Dona Violet, minha mãe, disse que meus avós estão solicitando minha presença em sua casa, já tem quase um ano que não os vejo, e esse é meu recorde. Por ter sido criada por eles, nosso laço é mais forte do que com meus avós paternos. Desde que sai da Rússia fiz um trato com meus avós de que ligaria pelo menos duas vezes por semana, e até hoje mantenho essa promessa. Sinto muita falta deles, por mim eles viriam morar comigo, mas quem disse que eles querem se mudar? Então eu vou os visitar sempre que consigo, esse ano ainda não foi possível, mas a saudade já está ficando insuportável, e com esse recado deles, irei programar uma visita o mais rápido possível.

Como era de se esperar, fomos recepcionadas por uma versão ambulante da Barbie Malibu na casa dos quarenta anos, muito sorrisinho falso para o meu gosto. Seguimos para a sala de estar, onde meus pais me apresentaram, graças à educação que recebi, consegui não rolar os olhos. Os Danvers falaram sobre a filha deles que é modelo e que logo se juntará a nós, parece que a Barbie Malibu Teen esta chegando de viagem e vai trazer o novo namorado para conhecer os pais. Até que a Senhora Danvers não é tão insuportável assim, não fiquei tão entediada enquanto ela conversava com minha mãe, até mesmo participei bastante da conversa, o que é muito raro acontecer, eu sempre prefiro ficar na minha. Acabo sendo tachada como tímida ou antissocial, melhor do que projeto de Barbie.

Eu estava de costas para a entrada da sala de estar, pois tinha acabado de pergunta onde fica o banheiro, quando ouvi uma voz ridiculamente fina atrás de mim, anunciar sua chegada. E imagina a minha surpresa ao me virar e dar de cara com o par de olhos verdes que eu tão bem conheço me encarando assustado e surpreso. Harry tinha as mãos da Barbie Malibu Teen presa entre as suas, a filha dos Denvers é uma cópia da mãe, alta, loura, magra que só, pernas que não tem fim, olhos azuis e um sorriso irritante. Se antes eu já não estava animada com esse jantar, agora mesmo que a vaca foi para o brejo. 

 


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