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História U.N.l - Circus Girl


Escrita por: bandolins

Notas do Autor


Estou ficando sem capas, socorro.

Música: Circus Girl – Mindy Gledhill

Capítulo 53 - Circus Girl


Fanfic / Fanfiction U.N.l - Circus Girl

Eu viajaria pra perto, viajaria pra longe

Só pra estar onde você está

LOS ANGELES, ABRIL DE 2014

SOPHIA

– Aqueles bastardos estão sempre tentando roubar produtos de cabelo. Por que você acha que eu raspei minha cabeça? – Dave comenta se referindo à fiscalização do aeroporto e eu rio alto, não acreditando que estamos tendo essa conversa.

– Meu Deus, você é um gênio! Eu vou fazer isso na próxima. Com certeza vai me economizar algum tempo.

Ele ri, uma risada grave e curta, os olhos na estrada.

– Não, não faça isso garota. Você tem um cabelo bacana.

Olho pra ele, agradecida. Eu definitivamente preciso passar mais tempo com Dave.

– Escute, sei que é incômodo, mas pouparia muita gritaria caso você se abaixasse agora.

– O quê? Já estamos perto? – questiono olhando em volta, subitamente agitada.

O segurança faz que sim e eu me encolho na cadeira, me escondendo, achando tudo muito divertido e surreal.

– Me avise quando cruzarmos a fronteira do México. – murmuro e Dave solta mais uma risada  grave.

Mesmo com os vidros fechados posso ouvir gritos histéricos que se dissipam a medida que o carro avança, entrando na garagem.

– Está tudo bem, você pode se erguer agora.

Me ajeito no assento, mal acreditando no quão luxuosa é a mansão na qual os meninos estão hospedados dessa vez.

– Uau! É muito maior do que a outra casa.

– Nem me diga. Aqueles pirralhos estão ficando importantes.

– OLHA SÓ QUEM CHEGOU! BEM VINDA AO REINO DA PUTARIA, SOPHIE! – Michael grita da varanda e eu bato a porta do carro, sacudindo a cabeça pra estupidez dele.

– Hey, Mike, bom te ver também. – rio acenando de longe.

Jogo a mochila nas costas e dou a volta no carro pra pegar minha mala.

– Cadê, eles chegaram? Ela está aqui?

Estremeço, um arrepio percorrendo minha espinha ao ouvir a voz melodiosa de Ashton.

Coloco a mala de lado, limpando nervosamente a saia do meu casaco rosa e então saio de trás do carro, avistando a figura alta de rosto angelical parada ao lado de Michael na varanda.

Ele me abre o maior dos sorrisos e desce as escadas, acelerando o passo na minha direção. Tento lutar contra o sorriso que rasga meu rosto, mas é inútil então apenas largo minha mochila no chão e corro até ele.

Nossos corpos se chocam e Ashton me ergue pela cintura, girando comigo nos braços. Não posso evitar rir, afundando o rosto no ombro dele, apertando-o com toda a força que sou capaz. Continuamos agarrados um ao outro por mais tempo do que eu ousaria sonhar e toda a mágoa e insegurança que a ausência dele me causou viram uma memória distante com o calor dos braços dele me envolvendo com tamanha firmeza. Ashton cambaleia de leve, me colocando no chão, mas não me solta, pelo contrário, agora que ele não precisa se equilibrar com meu peso, suas mãos se espalmam pelas minhas costas e pelo meu cabelo enquanto ele repete baixinho o quanto sentiu minha falta e o quão contente está por eu ter vindo.

– Estou feliz também. – digo, me afastando um pouco, sem soltá-lo.

Uma mão de Ashton me segura enquanto ele afaga minha bochecha, me olhando com aquele sorriso de covinhas que eu tanto amo.

– Merda, é realmente bom te ver. – ele dispara me puxando contra seu peito outra vez.

Apoio o rosto sobre o coração acelerado dele e finalmente desço da minha nuvem de êxtase, reconhecendo os outros garotos a nossa volta. Sorrio para Calum que me abre os braços e migro na direção dele.

– Quem é vivo sempre aparece, não é?

– Meu Deus, parece que já faz uma década. – concordo, abraçando-o – Você ficou mais alto?

– Puberdade está me atingindo como um caminhão, eu te disse.

Rio com vontade e vou abraçar Michael. Luke ainda está na porta e eu saltito as escadas indo na direção dele. Quando termino de cumprimentar os garotos e lembro as minhas coisas jogadas no jardim, Dave e Ashton já estão entrando em casa com elas.

Jogamos conversa fora por alguns minutos e eu nem me sento, agitada demais pra ficar em um lugar só.

– Então, temos que sair daqui a pouco pro estúdio do Feldy, mas eu vou te dar um tour pela casa primeiro. Garantir que você tem tudo o que precisa. – diz Ashton.

Concordo com um aceno de cabeça. Apesar de isso ser como férias pra mim, eu estava consciente de que a banda continuava trabalhando a todo vapor. Desabotoo o casaco e sigo Ashton até a cozinha. Ele explica que milagrosamente o armazenamento de comida está em dias, então eu não devo passar fome. A seguir subimos as escadas e o baterista aponta o quarto de cada habitante da casa, incluindo Dave e Zoe.

– Onde ela está por sinal? – cochicho em tom conspiratório – Ela sabe que eu estou aqui?

– É, eu disse que uns amigos estariam de passagem.

Ashton corre os dedos longos por suas madeixas douradas e há uma sutil mudança no modo como ele me olha quando eu me livro do casaco, revelando o simples, porém justo, vestido preto que estava por baixo. Os olhos do garoto se demoram pelo meu corpo e eu finjo não notar, me endireitando com casaco em mãos.

– Então, onde fica o meu quarto?

– Teu quarto? – ele repete confuso, saindo do transe.

– Sim, meu quarto. Deve ter um vago por aqui, não é? Esse lugar é imenso.

Ashton morde o lábio inferior, coçando a nuca com aparente desconforto.

– Bem, eu estava esperando que você ficasse comigo, no meu.

Ergo as sobrancelhas positivamente surpresa, mas logo me recomponho, olhando em volta com certo descaso.

– Sério?

Não me interessa se Ashton pagou minha passagem até aqui, ele ainda me ignorou por um mês então se ele pensa que pode simplesmente chegar com esse sorriso arrebatador e agir como se fôssemos namorados de uma hora pra outra ele está completamente enganado.

Eu quero meu quarto. E de preferência bem distante do dele.

– É que o único quarto livre fica no final do corredor, depois do da Zoe, longe pra caramba do meu. – ele argumenta, ficando mais vermelho a cada palavra.

– E isso é um problema por que...? – franzo o cenho fingindo não entender aonde ele quer chegar.

Ashton me olha incrédulo por uma fração de segundo, mas não argumenta. Eu devo ter feito um péssimo trabalho em esconder a diversão em meu rosto, porque no minuto seguinte ele está revirando os olhos e pegando a mala, arrastando-a pelo corredor.

– Você vai se arrepender disso mais tarde. – o australiano praticamente canta e eu rio correndo atrás dele.

– Por quê? Eu sou uma amiga visitando e você é um cara solteiro em uma super banda, as pessoas podem maldar!

Ele segue me ignorando e eu rio na maior cara lavada. Ashton abre a porta do último quarto e eu entro atrás dele, ainda me divertindo com a situação, embora minha maior vontade fosse de pular nas costas dele e não soltar mais.

– Você sabia que eu tive que me esconder no carro quando chegamos aqui? – comento, analisando o quarto branco e sofisticado – Aparentemente tem um exército de fãs esperando vocês lá fora. Quem diria que...

Antes que eu possa terminar a frase, o rosto de Ashton está a milímetros do meu, seu corpo musculoso me guiando até a parede. Toda a diversão desaparece da minha voz e meus joelhos fraquejam com a mera sensação da respiração dele se chocando contra a minha pele.

– O que você estava dizendo? – ele pergunta, um sorrisinho pretensioso grudado nos lábios.

Mas que diabos eu estava dizendo? Transe comigo aqui e agora? Não, não, provavelmente não era isso.

Seguro o braço dele e fecho os olhos ao sentir suas mãos subindo pelo meu quadril. Ashton beija meu pescoço de um lado e muito sem pressa beija seu caminho até o outro.

– Você não é minha amiga. – ele diz firme.

Abro os olhos para encontrar suas íris verdes me desafiando.

– Eu sou tua amiga.

As mãos gigantes dele acertam minha bunda em cheio e Ashton me puxa para si, me fazendo arfar em surpresa.

– Você é muito mais do que isso.

O nariz dele se afunda no meu pescoço enquanto seus lábios percorrem minha pele de forma exageradamente lenta e eu derreto em seus braços, agarrando-o pelos cabelos em busca de sustentação. Ele solta um gemido, pressionando o quadril involuntariamente contra o meu.

– Caramba, como eu senti falta disso... Do teu corpo, do teu cheiro...

As mãos de Ashton me apertam em todos os lugares certos e eu desisto de me fazer de forte, guiando os lábios dele até os meus. O beijo com intensidade e paixão e ele retribui unindo nossas línguas em uma dança tão perfeita que parece coreografada. Vou conduzindo-o até a cama e Ashton retoma o controle, girando e desabando por cima de mim, suas mãos agora deslizando para dentro do vestido.

Ele morde meu lábio inferior e eu gemo baixinho, abrindo as pernas instivamente pra acomodá-lo sobre mim. Minhas mãos deslizam pra dentro da camiseta dele, meus dedos cravados na base das suas costas e Ashton interrompe o beijo, me olhando com absoluta adoração. Um sorriso malino atravessa meu rosto quando sinto seus dedos lentamente subindo a barra do meu vestido.

Jogo a cabeça pra trás e agarro o cabelo dele de qualquer jeito, puxando-o comigo.

Ele ri antes de me beijar e eu estou surpresa com a quantidade de energia que ele está investindo nisso, principalmente levando em conta que Ashton terá que ir trabalhar em poucos minutos. Mas se ele não está se importando, quem sou eu pra refreiá-lo?

– Puta merda, eu sabia que vocês iam se comer na primeira oportunidade! – a inconfundível voz de Michael Clifford invade meus tímpanos.

Tenho o impulso de me levantar assustada, mas o corpo de Ashton pesa sobre o meu, me mantendo no lugar.

– Cai fora, Clifford. – ele murmura, mal tirando os lábios dos meus.

– Abortar missão, abortar missão! – é a vez de Calum disparar afobado e eu congelo no lugar imaginando que trancar a porta da próxima vez pode ser uma boa ideia – A Zoe está vindo aí, pessoal!

Antes que eu possa me assustar, Ashton já pulou para fora da cama, me deixando quente e sedenta pelo toque dele. Faço um biquinho inconformada enquanto assisto o baterista ajeitando o cabelo e Calum pigarreia de leve.

Olho pra ele irritada e o baixista de cabelos escuros lança um olhar sugestivo para as minhas pernas antes de contorcer o rosto em uma expressão alarmada.

– Ah, mais que droga! – grito mortalmente constrangida, me fechando o mais rápido possível, tentando ajeitar o vestido. – Parem de olhar seus pervertidos!

– Ei, não é nossa culpa se vocês não têm um pingo de autocontrole. – Calum rebate, mas não volta a fazer contato visual comigo.

– Me desculpe por isso, baby. – Ashton murmura rápido, se inclinando pra me dar um beijo na bochecha, ainda tentando esconder o princípio de ereção em suas calças.

– Calum, Michael e Ashton, o que está demorando tanto? – a voz de Zoe exige ao longe.

 – Vocês estão me devendo uma, mas você me manda uma foto dessa calcinha do Batman e estamos quites. – Michael murmura antes de sair do quarto com um sorriso imenso.

Oh, meu Deus, eu já posso morrer agora?

– É isso, eu vou mata-lo. – Ashton solta irritado, mas Calum o segura.

– Ei irmão, não é vergonha nenhuma levar uma pelo time. – ele argumenta batendo no ombro de Ashton e eu afundo o rosto nas mãos, mortificada.

– Zoe, minha rainha, estou aqui! O que é que você manda? – ouço Michael entoar alegremente do corredor.

– Vocês vão se atrasar pra sessão com Feldmann. – ela aponta categórica – Onde está o resto da banda?

– Lá embaixo, você não os viu?

– Não.

– Merda, Luke deve ter entediado os coitados até a morte! Deixa que eu procuro com você. Eu alguma vez mencionei como esses jeans tão antigos quanto as montanhas ficam bem em você?

Foco em normalizar minha respiração e recuperar dez por cento da minha dignidade enquanto a voz dos dois desaparece no corredor. Por fim ergo o rosto, examinando a expressão de Ashton e Calum, que continuam em estado de alerta.

– Tudo bem, não precisa de drama. Eu vou lá avisar que cheguei.

Fico de pé ajeitando meu vestido, mas Calum me barra na porta.

– Ficou louca?

– Por quê?

– Ela não sabe que você está aqui.

– COMO É?!

Ashton coloca a mão sobre minha boca e me abraça, me rebocando para longe da porta.

– Shiiiii, shiii, eu sinto muito por isso, Sophie. Eu sinto mesmo.

Bato nas costas dele, o único lugar que consigo alcançar com aqueles braços fortes me imobilizando.

– Eu vou te matar, Ashton Irwin. Eu realmente vou te matar – sussurro furiosa e ele me abraça com mais força, enterrando o rosto no meu ombro. – Você está tão morto, Ashton. Você não faz ideia.

Após algum tempo de luta inútil, bufo furiosamente, deixando meus braços caírem ao lado do meu corpo enquanto ele continua me apertando, murmurando desculpas infinitas. Encaro o teto, não acreditando na situação em que estou.

– Eu vou te recompensar por isso, eu juro, mas não podia contar pra Zoe, ela ia dificultar tudo.

– Eu sequer estou te ouvindo agora. Estou furiosa demais pra isso.

Ashton se afasta, mas continua me segurando pelos ombros, uma expressão de súplica no rosto.

– Por favor, Sophie, não tinha outro jeito.

– Você está tão morto pra mim...

– Qual é, Sophie, onde está o teu senso de aventura? – Calum pergunta, aparecendo na minha frente com um sorriso otimista.

Não tenho mais palavras, então apenas o fuzilo com o olhar.

– Er, foi mal. Esqueça que eu disse alguma coisa. Vou deixar vocês a sós.

Calum vai embora e eu expiro com força, voltando a contemplar a carinha de anjo do demônio do Ashton.

– Por que você não me disse antes? – disparo a contragosto.

– Eu fiquei com medo de você desistir da viagem.

– E tinha razão! – me refreio, baixando o tom de voz – Isso é absurdo, ela mora nesse mesmo corredor!

– Você confia em mim?

– Tá de brincadeira?

– Você confia em mim? – ele repete sério e eu transfiro o peso de uma perna pra outra, agitada.

– Nesse momento eu não confio em você nem pra diferenciar uma porta de uma palmeira!

Ele dá um meio sorriso e eu bato em seu ombro, repreendendo-o.

– Você não tem direito de sorrir.

– Eu sei, eu sei. Me desculpe. – ele diz, retomando a compostura, a voz gentil – Eu sinto muito pela bagunça, mas essa era a minha única chance de te ter aqui. Eu realmente estava enlouquecendo sem você.

Ashton apoia a testa na minha e não tem raiva que se sustente depois de uma declaração dessas. Quero dizer, ainda acho um absurdo que ele tenha me colocado nessa situação, mas o calor que cresce no meu peito derivado das palavras dele é muito mais forte do que qualquer senso de autopreservação. O puxo pela gola da camisa e fico na ponta dos pés colando os nossos narizes, triscando meus lábios nos dele.

– Eu estou começando a te odiar, sabia?

O sorriso de Ashton é imenso e satisfeito quando ele se inclina pra me beijar, acariciando meus lábios com selinhos breves.

– Eu preciso ir agora, mas...

– Hm, hm. – interrompo, beijando-o mais uma vez antes de me afastar – Apenas vá.

Ele me olha incerto, a mão ainda segurando a minha.

– Vá de uma vez, eu ainda vou estar aqui quando você voltar.

Lhe ofereço um sorriso de garantia e ele acena com a cabeça, apertando minha mão uma última vez antes de ir embora.


Notas Finais


Essa turminha do barulho ainda vai aprontar e se meter em altas aventuras na sua sessão da tarde!

Música: https://www.youtube.com/watch?v=4hP8r4lW1xo


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