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História União - Capítulo 4 - Fancy


Escrita por: KaliC_

Notas do Autor


Olá meu Brahsew,

Espero que estejam ansiosos para conhecer os colegas de exercito da Astra.

Me digam de já tem alguém shippável com alguém nos comentários.

Tenham uma Boa Leitura!

Capítulo 5 - Capítulo 4 - Fancy


CAPÍTULO 4 

 

Conforme Astra ia avançando pelos corredores com a escolta de soldados, ela ia percebendo que toda a arquitetura antiga de dentro do palácio ia sumindo, dando lugar a paredes brancas e moveis monocromáticos em preto ou cinza. Ela acabou esquecendo que estava dentro de um palácio em Londres e ia cada vez mais se sentindo dentro de um dos prédios comerciais do centro da sua cidade natal.

Os soldados levaram Astra até uma grande sala que se parecia mais com um refeitório. Era um espaço grande, com várias mesas feitas de uma madeira clara. A única parede do cômodo era pintada de cinza, e as outras três paredes eram feitas de um vidro quase transparente.

Astra se sentou em uma das mesas do refeitório, que tinha lugar apenas para quatro pessoas, e observou o ambiente a sua volta. Um dos soldados que tinha levado ela até o refeitório, ficou em pé ao lado da porta automática, com um grande fuzil em punho.

Alguns minutos depois, o Sorteado da Inglaterra apareceu. Ainda estava contido pelos soldados, mas não lutava mais para se soltar. Ele sentou em uma das mesas do canto e apoiou a cabeça na parede.

— Grande dia, não é? – Ele falou, sem olhar para Astra.

Ela passou um tempo encarando o garoto, que ainda não havia olhado para ela. Astra desviou o olhar, mirando no chão.

— Pode responder, eu não vou jogar uma faca em você ou algo assim. – Ele disse, desviando o olhar para Astra durante alguns segundos. – Mesmo isso sendo o que eles querem que a gente faça.

Ela engoliu em seco. Não tinha entendido direito o que o garoto quis dizer com a última frase.

— Como se chama? – O inglês perguntou.

— Astra. – Ela respondeu.

— Conolly. Irwin. – Ele disse, fazendo uma pausa entre o nome e o sobrenome. Conolly observou cada centímetro de Astra com os olhos claros. — Mexicana?

Ela olhou para ele por alguns segundos.

— Brasileira. – Ela corrigiu.

— Quase a mesma coisa. – Ele torceu a boca, como se estivesse dando um sorriso de lado. – Olha, me desculpe a ignorância, eu realmente não sou assim. Só estou refletindo um pouco sobre a minha situação atual.

Astra balançou a cabeça.

— Tudo bem. Você não é o único.

A porta automática se abriu, e dois guardas apareceram escoltando uma garota loira e sorridente. As roupas dela pareciam velhas; uma calça verde musgo, coturnos marrons de cadarço e uma blusa vinho sem mangas. Ela usava uma bandana vermelha nos cabelos, que tinham alguns dreads misturados com os cachos nas pontas. O sorriso era branco e alinhado, e os olhos eram claros como o céu. Ela era estranhamente bonita.

Conolly encarava a garota, e Astra não soube distinguir se era um olhar de admiração ou medo.

— Eu sei, eu sei. Não é todos os dias que vocês são sorteados para servir ao exército e dão de cara com uma garota vestida assim que nem eu. – Ela disse e abriu um sorriso. – Prazer, Cassid.

— Astra. – Ela respondeu. Cassid afastou um pouco a cadeira da mesa e colocou os pés em cima dela, sentando-se na mesa. Astra deu um risinho e olhou para Conolly, que ainda mantinha e mesma expressão confusa. O jeito extrovertido de Cassid estava afetando ele de algum jeito. Provavelmente desagradável.

— Me chamo Conolly. – Ele comentou.

— Que nome legal! – Ela parecia estar realmente surpresa. Conolly fez uma cara de assustado. – Seu nome é composto? Eu aprendi na escola que esses países do hemisfério norte tem essa tradição de nomes compo...

— Montgomery. – Ele comentou. – Meu nome do meio é Montgomery.

— Ah, sim. Uau. – Disse Cassid. – Britânico. Montgomery. Tudo a ver!

Conolly sorriu, com as sobrancelhas franzidas.

— E você? – Cassid se virou para Astra.

— Não, só Astra mesmo. – Ela respondeu.

— Ah... você é Mexicana? – Cassid perguntou, virando a cabeça de lado e olhando para Astra.

Astra revirou os olhos e viu Conolly tampando a boca para reprimir uma risada.

— Brasileira. – Ela respondeu. – E você?

— Australiana. Seu cabelo é muito bonito. – Disse Cassid.

Astra desistiu de conversar com Cassid, já que ela mudava de assunto rápido demais. Ficou em silêncio encarando o chão, quando a porta de vidro se abriu novamente. Dessa vez, havia um menino e uma menina juntos, escoltados por apenas dois guardas. A menina era baixa e seus cabelos eram ruivos. Tinha o rosto redondo, com algumas sardas na pele clara do rosto e olhos azuis iguais aos de Cassid. Ela tinha um olhar arrogante. Olhou em volta e se sentou em uma mesa no canto oposto ao de Conolly, afastada de todos. O garoto era alto, porém não tanto quanto Conolly. Tinha braços fortes e cabelos castanhos curtos e penteados para cima de uma forma relaxada. Alguns vestígios de barba cresciam pelo rosto, e os olhos eram tão verdes quanto uma bolinha de tênis, se é que isso fosse possível.

Ele se aproximou de uma mesa – a que ficava ao lado da de Astra –, puxou a cadeira e se sentou, inclinando um pouco o corpo para trás e colocando as mãos em cima da barriga.

— Vamos ter que esperar todos os outros sorteados aqui? – Ele se manifestou.

— Eu acho. – Disse Astra.

O garoto olhou para o lado onde vinha a voz de Astra. Olhou para ela por alguns segundos com uma expressão suave no rosto. Astra corou.

— De onde vocês são? – Ele perguntou.

— Inglaterra. – Disse Conolly.

— Brasil. – Astra respondeu.

— Austrália. – Disse Cassid, no meio de um bocejo.

— Suécia. – A menina ruiva respondeu, do canto do refeitório. Todos se surpreenderam ao ouvir a voz dela. – Me chamo Gretta.

Depois disso, ela voltou sua atenção para as pontas de seu cabelo.

— Ah... – Cassid olhou em volta e parou no garoto novo. – E você?

— Sou da França. – Ele disse, sorrindo. – Me chamo Evan.

Astra nunca tinha escutado aquele nome antes. Percebeu o sotaque de Evan, o jeito que ele arranhava o R enquanto falava. Mesmo depois da unificação da língua, a quase duzentos anos atrás, os países ainda tinham seu sotaque por conta das línguas antigas que eram faladas. Astra já havia escutado alguns áudios de francês na escola, em uma de suas aulas de história. Achou bem bonito, mas lamentou o fato de ser uma língua morta assim como o português, que era a língua falada pelo Brasil antes da Guerra. Para ela, era fácil reconhecer um turista ou alguém de outro país, aprendeu isso principalmente assistindo o jornal das oito. Franceses arranhavam demais, chineses falavam tudo meio embolado, brasileiros chiavam um pouco.

Foi a vez do garoto Russo entrar pela porta de vidro. Ele tinha braços bem fortes, e os cabelos estavam iguais aos da foto que Astra tinha visto no jornal. Tinha um pequeno furo no queixo. Ele ficou em pé por um tempo, olhos para todos os presentes no refeitório, umedeceu os lábios com a língua e deu um sorriso de lado antes de se sentar perto de Gretta, no final do refeitório. Astra observou o louro, pensando em como tinha achado ele tão bonito na foto no jornal, mas agora só o via como um garoto normal, sem nenhuma extravagância em relação a outros meninos.

— É o garoto da Rússia? – Perguntou Cassid. – É bem bonitinho.

Conolly se levantou do seu lugar na parede e andou até uma mesa mais próxima de Astra, Evan e Cassid.

— Ele mesmo. – Disse Astra.

— Se estão se sentindo intimidados pelo Ivan, é porque ainda não viram o Sorteado dos Estados Unidos. – Disse Evan, cruzando os braços.

— Ele não me intimidou. – Astra falou e Evan olhou para ela. – Só que na foto do jornal ele parecia mais ameaçador.

— O nome dele é Ivan? – Conolly virou a cabeça para olha-lo. Ivan estava com os pés em cima da mesa e com os dedos entrelaçados em cima da barriga. Quando ele percebeu que Conolly estava olhando, deu mais um de seus sorrisos de lado e deu um aceno.

— Não gostei dele. – Conolly voltou rapidamente para a sua posição na cadeira. – Ou ele é gay ou é convencido demais.

— Acho que ele não é gay não. – Astra olhou para Ivan rapidamente e viu ele piscando para Gretta. – É bem ao contrário disso.

Cassid riu.

— Nem todos os nossos colegas podem ser agradáveis, não é mesmo? – Ela disse, enrolando uma mexa de cabelo no dedo. Cassid agora estava sentada em cima da mesa de Evan, ao lado de Astra. – Sempre tem que ter uma ovelhinha negra.

A porta automática do refeitório abriu, e dois guardas entraram escoltando uma jovem de pele cor de chocolate e cabelos pretos. Ela era bem bonita, mas a aparência abatida deixava ela parecendo uma mulher que acabou de perder o marido na guerra. Os guardas guiaram a jovem até uma mesa perto do grupo de Astra, e ela se sentou.

— Sente-se direito, senhorita Carter. – Um dos guardas falou, olhando para Cassid, já que ela estava sentada em cima da mesa.

— Saco. – Disse ela, enquanto os guardas saiam do refeitório. Ela não se sentou na cadeira. – Nos albergues não tem essa frescura.

— Albergues? – Perguntou Evan, franzindo as sobrancelhas.

— Longa história. – Ela agitou as mãos.

— Ela quer realmente comparar um albergue com o palácio de Buckingham. - Disse Conolly

Então aquele era o nome do lugar, pensou Astra, que lutava para conseguir lembrar do nome que tinha lido em um livro antigo.

– Oi! – Cassid inclinou a cabeça e falou com a garota nova.

— O-oi. – Disse a menina nova, esfregando os olhos e dando um suspiro.

— Como se chama? – A loira perguntou. – Meu nome é Cassid, e eu sou da Austrália.

A garota pareceu relaxar um pouco e esboçou um pequeno sorriso.

— Me chamo Kenya. – Disse a jovem. – Sou da África do Sul.

Astra olhou a garota, que tinha o nome de um país africano que não existia mais por conta da guerra. Havia estudado isso na escola.

— Eu sou Conolly. – Ele se manifestou, enquanto acenava para ela. – Sou daqui mesmo.

— Me chamo Astra. – Disse ela. – Sou do Brasil.

— E eu me chamo Evan, sou Frances. – Disse o moreno. – E aqueles ali atrás não parecem ser muito amigáveis.

Kenya olhou para Gretta e Ivan, que conversavam em um volume baixo.

— Não parecem mesmo. – Ela concordou e deu um risinho.

Um homem que usava um terno preto e bem passado entrou no refeitório, seguido por uma escolta de guardas muito bem equipados, segundando armas maiores que os próprios braços. Astra viu Conolly se encolhendo na cadeira. O homem de terno ergueu uma prancheta e começou a falar:

— Bem, sei que não são todos os sorteados que já estão reunidos aqui, mas irei realizar uma chamada mesmo assim. Peço que todos ergam as mãos conforme os sobrenomes são chamados. 

Os jovens concordaram com a cabeça.

— Vilalobos. – O homem tirou os olhos da prancheta e olhou em volta. – Ele não está aqui?

— Se ninguém ergueu a mão...– Comentou Conolly. Evan prendeu o riso.

O homem ignorou o comentário sarcástico do britânico e continuou, fazendo um risco no papel.

— Beaumont, Mendes, Hopkins. – O homem parou de ler e viu Evan, Astra e Kenya erguendo as mãos, respectivamente. — Gustavsson, McMuller. – Ele disse mais dois sobrenomes, e no fundo da sala, Gretta levantou a mão. O homem novamente riscou o papel. — Irwin, Gerstner, Blanchard. — Apenas Conolly levantou a mão, e o homem fez mais dois riscos no papel. — Volkov, Yang, Carter. — Ivan e Cassid ergueram a mão, e o homem fez mais um risco no papel.

— Senhor. – Um dos soldados disse, enquanto pegava a prancheta das mãos do homem com o terno.

— Os outros estão atrasados. – Ele comentou, com uma certa irritação na voz. – Eles precisam chegar até hoje à noite, para o baile!

— Hã, com licença, senhor. – Chamou Astra. – Que baile?

O homem endureceu a postura, deixando as costas retas.

— Chamem ela. – Ele se virou a saiu pela porta, deixando os jovens sozinhos com alguns guardas.

— Quem é ela? – Quando Evan terminou de fazer a pergunta, ela entrou pela porta.

Devia medir cerca de um metro e meio, tinha cabelos laranjas e uma maquiagem bem carregada. As roupas possuíam todas as cores conhecidas pela humanidade, e o sorriso que carregava no rosto ia de orelha a orelha. Ela devia ter uns quarenta anos.

— Olá! – Disse ela, com a voz fina, enquanto abria os braços. – Me chamo Filomênia, e sou a estilista de vocês!

— Só pode ser piada. – Conolly comentou baixo.

— Como vamos passar uma quantidade de tempo juntos bem significativa, podem me chamar de Filó! – Ela disse, notavelmente feliz.

— Está bem, Filó. – Disse Evan.

Filó deu um gritinho de alegria.

— Isso mesmo, querido! Esse é o espírito! Levante-se, jovenzinho. Quero ver seu porte. – Disse Filó, tocando no braço de Evan.

Ele suspirou e levantou, ficando ao lado de Filó. A diferença de altura chegava a ser cômica, no mínimo. Ela batia um pouco abaixo dos ombros de Evan.

— Que ombros largos! – Ela comentou, enquanto esticava uma fita em Evan para medir o comprimento. — Faz academia?

— Hã, não exatamen...

— Que olhos mais lindos! – Ela puxou o rosto de Evan até ele ficar com a mesma altura que a sua.

— Obrigada. – Ela soltou ele.

Astra deu uma risada, e Evan olhou para ela. Ele estava com um sorriso divertido no rosto, que logo depois também virou uma risada.

— Bem, não sei o Phil falou alguma coisa para vocês sobre o baile de hoje à noite. – Disse Filó. – Mas ele vai servir para a população da União conhecer vocês melhor. E vocês vão dançar e comer bastante! – Ela bateu palminhas.

— Dançar? – Perguntou Cassid. – Então não é uma coisa muito formal, né?

— Oh, mas é claro que é, querida! – Disse Filó. – Os seus vestidos já estão prontos, os mesmos modelos, mas cada cor mais linda que a outra! E os rapazes usarão o mesmo modelo de Smoking, apenas a gravata que mudará de cor.

— Odeio. Usar. Smoking. – Evan comentou baixinho e com os olhos fechados, como se tentasse manter a calma.

Enquanto o falatório aumentava no refeitório, Astra se deu conta de um pequeno grande detalhe. Ainda não sabia a Casta de nenhum de seus novos colegas. E durante o tempo que passaram conversando, aquilo realmente não pareceu importar para nenhum deles. Ela gostou daquilo. Em seu país, a descriminação com as Castas era algo muito normal.

— Bem, agora vocês devem ir para os seus quartos, pois o baile irá começar as oito da noite! – Disse Filó. — Visitarei um por um para ajuda-los com as roupas, podem ficar tranquilos.

— Mas e os outros que ainda não chegaram? – Perguntou Kenya.

— Oh, Phil me disse que todos os que faltam já estão a caminho e chegarão a tempo para o baile. – Disse Filó. – Vai ser uma boa oportunidade para todos vocês se conhecerem melhor!

— Uhuuul. – Disse Cassid, meio irônica. – Mas então, o que vamos dançar?

Filó olhou para ela.

— Valsa. – Ela então esticou um braço e colocou a mão na barriga, imitando o jeito de se dançar.

— Vai ser lindo. – Ivan comentou. Eles agora estavam todos juntos nas primeiras mesas, ouvindo a estilista.

— Bem, e agora, vamos se arrumar! – Filó começou a bater palminhas, apressando os jovens.

 

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Para um palácio que abrigava a família real inglesa a mais de duzentos anos, o quarto de Astra não tinha nada especial, para ser sincera. Ficava perto da cozinha, em uma área designada para os funcionários do lugar que moravam lá.

O quarto era um quadrado perfeito sem janelas. Era pintado de um tom de verde bem claro, e os móveis eram de uma madeira escura. O armário, a cama, a cômoda e a porta que dava para o corredor, onde os quartos dos outros sorteados ficavam. Por conta dos poucos móveis, o cômodo se tornava bem espaçoso. As malas contendo os pertences de Astra foram colocadas em cima da cama, e ela começou a arrumar nas gavetas da cômoda.

— O que pensa que está fazendo? – Filó abriu a porta e ficou encarando Astra, com a boca em formato de ‘’o’’.

— Ué... – Astra pensou que parecia óbvio. — Eu estou arrumando as minhas coisas na...

— Querida, primeiro você precise se arrumar! – Disse Filó. – Mas quero lhe mostrar isso aqui, é importante!

Nas mãos, ela continha uma espécie de capa preta, que servia para guardar roupas. Filó abriu o zíper e puxou o cabide de dentro da capa, revelando um vestido dourado. O corpete possuía pequenas pedrinhas brilhantes que brilhavam conforme ele era movimentado na luz, e a saia era lisa e comprida, mas não muito cheia. Apesar da cor do vestido, ele não era tão extravagante e nem chamativo. Astra havia amado.

— Os modelos são iguais para todas as meninas, só muda a cor. – Disse Filó, com um sorriso no rosto ao ver os olhos de Astra brilhando ao contemplar o vestido. — Mas eu achei essa aqui o mais lindo. Pensei logo que ficaria bem em você, vai fazer um ótimo contraste com o seu cabelo.

— Ele... é lindo. – Disse Astra, colocando a saia na cintura para ver o comprimento. – Nunca me imaginei usando um vestido assim!

Filó olho para Astra.

— Você é uma C, né? – Ela perguntou.

Astra concordou.

— Sou sim. – Disse ela.

— Tem irmãos?

— Dois. – Astra riu. – Meu irmão mais velho adora dourado. Ele ria gostar de me ver com esse vestido.

— Oh, querida. – Disse Filó, usando um tom doce em sua voz. – Ele verá hoje à noite! Mas não antes de você ir tomar um banho para se arrumar!

— Tudo bem. – Astra deu um sorriso e pegou uma toalha em sua mala. Pegou também sabonete, shampoo, condicionador, e uma roupa íntima.

Ela saiu do quarto e andou até o banheiro comunitário feminino, que ficava no corredor ao lado. Quando virou para o corredor, viu um garoto novo, que provavelmente havia acabado de chegar e estava sendo escoltado por dois guardas. Ele era branco e tinha os cabelos louros com algumas ondulações. O garoto sorriu para ela e continuou andando. Astra se lembrou um pouco de Apolo.

Quando entrou no banheiro, encontrou Cassid.

— Astra! – Cassid exclamou. Seria uma cena completamente normal, se Cassid não estivesse completamente nua, se olhando no espelho.

— Acho que você devia se vestir. – Astra desviou o olhar e observou o banheiro. Tudo completamente branco, desde o piso até as paredes, as portas, as pias e os chuveiros. Eram apenas dois, e ao lado, duas cabines com os vasos sanitários. Astra entrou em um box e fechou a porta, colocando os frascos de creme no chão e pendurando a toalha na porta.

— A água do chuveiro é ótima! – Disse Cassid.

— Está bem. – Disse Astra. – Obrigado.

 

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— Tem certeza que esse decote não está exagerado? – Astra se olhava no espelho do quarto enquanto Filó fechava o corpete do vestido, que ia só até o meio das costas. E, de uma forma desconhecida, os peitos de Astra não ficavam frouxos no vestido.

— Claro que sim, querida. – Filó se abaixou para ajeitar a saia, que não era tão cheia, de modo que Astra não ficou parecendo um bolo de casamento. – Esse vestido nasceu para você! Agora, sente-se, vou te maquiar.

Astra odiava se maquiar, mas preferiu não dizer nada, já que não iria adiantar. Depois de alguns minutos com os pincéis fazendo cócegas em seu rosto, Filó anunciou que ela estava pronta.

— Não exagerei em nada! Só deixei as maçãs do rosto um pouco mais rosadas, passei uma sombra brilhante para destacar os seus olhos, coloquei lápis e rímel. Agora falta isso. – Filó estendeu um batom vermelho para Astra, que passou enquanto se olhava no espelho.

— Ficou bom? – Astra perguntou, insegura.

— Você está linda! – Disse Filó, animada. — Agora, sugiro que você vá para o salão, ainda preciso arrumar mais uma garota.

— E os meninos? – Ela perguntou, enquanto colocava os sapatos de salto baixo.

— Um dos meus ajudantes ficou com eles. – Comentou Filó. – Colocar um Smoking não é nenhum mistério. Eles estão lá para dar o nó nas gravatas. – Ela deu uma risadinha, enquanto saia do quarto para Astra passar na porta.

Enquanto Astra era guiada por um guarda até o salão, encontrou Evan em um dos corredores, aparentemente perdido. Quando viu o guarda, começou a pronunciar uma pergunta, e então olhou para Astra. Evan parou de falar, enquanto olhava para ela.

— Ai meu Deus. – Ela disse, e começou a tatear a saia do vestido. — Tem alguma coisa errada? Eu...

— O que? – Disse ele. Parecia que ele tinha acordado de um devaneio. – Não! – Evan fez sinal de negativo com a cabeça, assumindo uma expressão séria, mais formal. – Você está ótima. – Ele disse.

— Ah... – Ela observou Evan, que usava um Smoking preto com os sapatos sociais também pretos. A gravata era verde, e Astra pensou se ela não teria sido escolhida por Filó para realçar os olhos dele. — Você também está. – Ela se sentiu estranha por elogiar um garoto que mal conhecia.

Evan deu um meio sorriso.

— Me sinto um idiota. – Atrás deles, Conolly apareceu. – Sério, não sirvo para ambientes formais.

— Ah, para. – Disse Astra. – Você está ótimo! – A gravata de Conolly era roxa.

— Não sou um garoto de cinco anos! – Disse ele, rindo. – Sei quando as pessoas estão mentindo.

— Podemos prosseguir? – Perguntou o guarda.

Os três andaram juntos pelo labirinto de corredores que o palácio possuía e subiram uma escada. Quando chegaram no outro andar, a decoração mudou drasticamente: agora parecia que eles estavam dentro de um palácio. O chão de carpete vermelho e as colunas em um tom de mármore, junto com os móveis de madeiras escuras e cadeiras tão antigas que dava medo de sentar. Os três pararam de frente para uma porta que ia do chão até o teto.

— Esperem um segundo. – Disse o guarda, enquanto andava até ela.

Dito isso, ele a abriu.

 


Notas Finais


Kenya - Candice Patton
Gretta - Molly Quinn
Conolly - Will Poulter
Evan - Dean Geyer
Cassid - Britt Robertson

E ai? Já shippam algum casal? Digam nos comentários!

Espero que tenham gostado!!! <3 ( E sim, eu fiz a Filó baseada na Effie, dos Jogos Vorazes) Até o próximo!


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