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História União - Capítulo 6 - Life Of The Party


Escrita por: KaliC_

Notas do Autor


Estou muito tempo sem aparecer, eu sei,

mas que é vivo sempre aparece huahihauha

tá isso não teve graça.

dedico esse capítulo ao meu amigo wash, que me encheu a porra do saco pra eu tomar vergonha na cara e continuar a história.

Tenham uma Boa Leitura!

Capítulo 7 - Capítulo 6 - Life Of The Party


Assim que os guardas abriram a porta do salão, novamente os sorteados foram vítimas dos flashes das câmeras dos fotógrafos. Evan cobriu os olhos com a palma da mão até conseguirem se distanciar da pequena multidão de jornalistas que se aglomeravam na porta.

— Isso já está me irritando. – Conolly se pronunciou assim que se afastaram.

— Nem me fale. – Disse Evan, piscando rapidamente, procurando acostumar seus olhos. – Argh, odeio minha fotofobia.

— Você não precisa usar um óculos escuro ou algo assim? – Perguntou Cassid.

— Bem, eu usava, quando eu saia na rua e o sol estava muito forte. – Ele disse. – Mas não estou com eles aqui. – Ele olhou para o teto e piscou mais algumas vezes, esfregando os olhos com as mãos fechadas. – Pronto, acho que já estou bem.

— Com licença. – Todo ouviram uma voz feminina e se viraram para olhar. Viram Agnes, a sorteada da Alemanha, sorrindo para o grupo. Ela usava um vestido preto, que fazia contraste com sua pele branca. – Me chamo Agnes. Sou da Alemanha, e, bem, vim em paz falar com vocês.

Todos riram.

— Prazer. – Conolly disse, levantando rapidamente o braço em um aceno.

— Estou tentando me socializar um pouco... – Ela olhou em volta e pegou uma taça de água da bandeja de um garçom. – Cheguei a pouco tempo e não conheço ninguém.

— Não se mete com ela ali não. – Disse Cassid quase que imediatamente, apontando para Gretta.

Agnes riu alto.

— Juro que essa foi a primeira coisa que eu pensei quando vi ela. – Ela levantou os braços. – Mas, sinceramente, estou mais preocupada com aqueles dois ali.

Ela indicou na direção de Astra, que virou a cabeça para olhar. O recém-chegado sorteado americano estava conversando com Ivan. Tinham certos sorrisos de escárnio no rosto e taças em suas mãos.

— Eu tentei conversar com o americano, mas não aguentei cinco minutos com ele, puro tédio. – Agnes revirou os olhos. – A propósito, o nome dele é Denver. Acho que o pai dele é político. Ele praticamente se voluntariou para vim.

— Porque alguém teria tanta vontade de ser escolhido? – Astra se arrepiou ao pensar nisso.

— Deve ser coisa de família. – Comentou Evan. – Ele mal deve saber o que está fazendo aqui.

— Ou deve saber até demais. – Astra retrucou, olhando para Evan.

Ele abaixou a cabeça, dando uma risada. Astra estreitou os olhos para o francês.

— Como vamos saber se estamos falando com alguém importante ou não? – Cassid perguntou de repente.

— Todo mundo aqui é importante. – Conolly disse como se fosse óbvio.

— Deixa de ser chato, só fiz uma pergunta! – Cassid deu um tapa no braço de Conolly, brava.

Ele arregalou os olhos.

— O que eu fiz?!

— Deixa de deboche também. – Agnes acrescentou e olhou para Cassid, com um sorriso travesso.

Conolly olhou para Astra, ainda com a mesma cara de perplexo.

— Astra, você ainda está do meu lado, não é?

Ela riu.

— Homens. – Murmurou Cassid antes de sair andando com Agnes.

Astra andou até o britânico.

— É, acho que ela arranjou uma nova amiga. – Ela comentou.

— Essa garota é perturbada! – Conolly exclamou.

— Você ainda tinha dúvidas disso? – Disse Evan.

— Parem de falar mal da Cassid. Vocês sabem que esse é o jeito dela. – Astra riu.

— Está na hora de você escolher sua melhor amizade, Astra... – Conolly começou.

— Dá um tempo, conheci vocês hoje! – Ela riu. – Aliás, futuramente, meu melhor amigo pode ser o Ivan e eu nem saber.

— Que deus lhe livre disso! – Conolly exclamou.

— Para de perturbar a garota, Con. – Evan deu tapinhas no ombro do colega.

— Obrigada, Evan. – Astra sorriu aliviada para ele e observou um sorriso se formar em seus lábios.

— Protejo qualquer pessoa das paranoias do Conolly. – Ele deu de ombros.

Astra se perguntou se os dois, em tão pouco tempo, já haviam se tornado tão próximos assim. Ela se lembrou de como seu irmão tinham uma grande facilidade de fazer amizades com pessoas novas. Talvez, isso seja uma caraterística da maioria dos homens, ou pelo menos entre os dois.

— Não sou paranoico! – Conolly se defendeu. – Mas eu já falei pra vocês que essa garota me assusta. Desde que vi ela lá no refeitório!

Evan se inclinou até Astra.

— Isso tem mais cara de paixão. – Ele sussurrou as palavras para que somente ela escutasse.

Astra começou a rir, e Conolly franziu suas sobrancelhas.

— Vocês não valem porra nenhuma mesmo. – Ele se virou e caminhou para longe.

— Ele ficou bravo?! – Astra arregalou os olhos.

— Sei lá! – Evan estava com as bochechas vermelhas de tanto rir.

Depois disso, um silêncio constrangedor se formou entre os dois. Eles se encararam por alguns segundos antes de Astra começar a falar.

— Bem, acho que eu vou encontrar com a Cassid...

— É, eu vou... – Evan coçou a parte de trás da cabeça.

— Até mais. – Astra se virou e procurou Cassid no meio do que parecia milhões de pessoas vestidas do mesmo jeito.

Ela começou a atravessar o salão cheio de gente, procurando pela australiana, quando esbarrou em alguém.

— Desculpa! – Ela se virou e levantou as mãos.

O Sorteado americano a observava, com os olhos cerrados. Após identificar que Astra também era uma sorteada, ele suavizou a expressão rude.

— Não tem problema. – Disse.

— Por favor, eu peço a atenção de todos. – Um homem alto apareceu no centro do salão. A música ambiente que tocava foi pausada e todos os presentes voltaram a sua atenção para o homem. Ele usava um terno preto impecavelmente passado e completo, e tinha uma postura perfeita. – Sei que a grande maioria dos presentes já me conhece, mas devo me apresentar mesmo assim.

Ele se virou para os sorteados, que haviam formado um pequeno grupo no meio de multidão de pessoas ao redor do homem.

— Meu nome é Philip Dawson, sou o Ministro de Defesa da Inglaterra e General do Exército Britânico. Também sou responsável por desenvolver esse projeto, juntamente com o Ministro e o Presidente dos Estados Unidos.

Astra notou, pelo canto dos olhos, Conolly enrijecendo a postura.

— Gostaria de saber o que eu tenho a ver com isso. – Cassid cochichou.

Agnes colocou a mão na boca, prendendo o riso.

— Assim que eu chamar o nome de cada um, por favor, andem até o meio do salão. – Disse Philip. – Denver Alexander McMuller.

O sorteado americano andou até o centro do salão e parou ao lado de Phillip, com os braços ao lado do corpo, quase que em sentido militar.

— Denver. – Comentou Evan, baixo.

— Agnes Margot Gerstner. – Ela foi chamada.

— Opa. – Agnes sorriu e andou até o centro do salão, parando ao lado de Denver com a mesma postura formal.

— Ivan Dmitry Volkov. – O russo fui chamado e se juntou à linha que estava sendo formada. – Kenya Anne Hopkins.

Um por um, todos os sorteados foram chamados até o centro do salão. Puderam descobrir os nomes dos que ainda não conheciam, como o Canadense, que se chamava Marvel – e não Marvin, como Cassid tinha pensado – e o Mexicano, Juan Carlos. Conolly deu uma risada alta quando ouviu que o nome do meio de Evan era Jacques, e todos no salão voltaram imediatamente a atenção para o britânico, que encolheu os ombros e corou. A linha formada pelos sorteados era intercalada entre um menino e uma menina. Astra estava entre o Chinês, Lee, e Marvel. Ela olhou em volta, para o salão cheio, e observou as diversas câmeras de televisão que rodeavam o grupo. Começou a se perguntar se sua família estaria assistindo, mesmo sabendo que era madrugada em sua cidade natal e que seu irmão mais velho se recusaria a ver o jornal ou qualquer outro programa que estivesse exibindo o evento. Ela resolveu afastar esses pensamentos de sua mente. Teria tempo de sobra para chorar quando as câmeras fossem desligadas.

— Vocês são os jovens mais valentes que toda a União já viu. – Phillip começou o discurso patético, e o estômago de Astra revirou ao ouvir essas palavras. Ela não era valente, e nem desejava estar ali. Ela nem ao menos teve opção de escolha. Ninguém teve.

Eles eram tudo, menos os ‘’Heróis do Século’’, como eram chamados.

O pior, era saber como tudo iria acabar.

Eles iam morrer na guerra.

Assim que Phillip terminou de falar, todos começaram a bater palmas. Até mesmo os sorteados, mesmo que alguns parecessem alarmados com o discurso do General.

— Agora, está aberto o baile formal. – Música clássica começou a ser tocada pelos músicos do salão, e quase que automaticamente, as pessoas iam preenchendo o grande espaço que havia sido formado.

Astra lembrou de Filó comentando sobre o baile e sobre a valsa, e deu um micro sorriso. Quando olhou para o lado, viu todas as pessoas paradas, como se esperassem por alguma coisa.

Elas queriam vê-los dançando.

— Querem que a gente dance? – Cassid perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Eu acho que sim. – Respondeu.

Astra sentiu uma cutucada no ombro e se virou para ver o que era.

— Gostaria de dançar? – Era Denver.

Ela ficou parada, olhando o garoto por alguns segundos antes de concordar, hesitante.

— Hã... claro.

 

+++++

 

— Cruz credo! – Cassid exclamou assim que Astra terminou de falar.

As duas estavam no quarto de Astra, junto com Kenya e Agnes. Estavam agitadas demais para dormir, com tudo o que havia acontecido em menos de vinte e quatro horas. Já haviam retirado toda a maquiagem e penduraram os vestidos em seus armários antes de se reunirem.

— Nós só dançamos, mais nada! – Astra se defendeu. – Ele ficou completamente mudo. Eu pensei que ele ia começar a ser exibir ou algo assim... mas não. – Ela deu de ombros.

— Eu estou muito desconfiada desse garoto. – Kenya disse, apertando o travesseiro. – Ele parece ser o tipo de pessoa que sabe disfarçar as coisas muito bem.

— Exatamente! – Cassid exclamou, apontando para Kenya.

As meninas ouviram uma batida na porta e congelaram, com medo de ser alguma autoridade que teria escutado o barulho.

— Porque vocês estão falando tão alto. – Ouviram a voz de Conolly abafada pela porta.

— Ah, é só o chatão. – Cassid revirou os olhos encostou a cabeça na parede.

— Ainda consigo ouvir você, Cassie. – Conolly disse, afinando a voz.

— Que bom, agora vaza! – Cassid falou contra a porta. – E da próxima vez que você me chamar de Cassie, vai morrer!

Agnes riu e olhou para a loira.

— Só meus irmãos me chamam de Cassie. – Ela sorriu.

— Mas você implica tanto com o Conolly! – Kenya falou. – Ele me chamou para dançar, conversamos um pouquinho... ele é divertido.

— Eu dancei com o Evan. – Disse Agnes. – Ele é tão cheiroso.

— Porque sobrou pra mim dançar com o garoto que ninguém foi com a cara?! – Astra cruzou os braços rindo.

Depois que passaram mais um tempo conversando, decidiram ir dormir. Cada uma se dirigiu ao seu quarto, que ficava no mesmo corredor, e pela primeira vez praticamente desde que chegou, Astra ficou sozinha. Ela se sentou em sua cama e encarou a parede.

— Até parece que está tudo normal. – Ela falou consigo mesma. – Isso aqui é só o início.

Ela apagou a luz do seu quarto e se deitou, cobrindo seu corpo com o cobertor. Encarou o teto até que finalmente permitiu que as lágrimas escorressem pelo seu rosto. Pela primeira vez, ela se permitiu sentir. Astra fez isso até que finalmente pegou no sono.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


esse cap foi meio fraquinho, mas no próximo o negócio começa a pegar fogo.

até o próximo! <3


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