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História Único - Capítulo 17 - Final


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos!
Vocês devem estar bravos por essa demora, não é? Eu peço desculpas, mas já deixo avisado que sempre acontece quando chego nos últimos capítulos das fanfics, me dá uma dor ter que me despedir delas... E quem diria que Único acabaria ficando desse tamanho, juro que não planejei isso.

Antes de eu explicar mais sobre esse final e começar os agradecimentos, queria dizer para quem acompanha as minhas ones que pode ser que eu demore mais para trazer novas delas. Finalmente comecei a faculdade e agora pode ficar mais difícil de eu conseguir tempo para escrever, espero que vocês compreendam e saibam que podem falar comigo no Twitter quando desejarem ou por mp. Eu moido só de leves. :3

Agora, sobre essa fanfic: NÃO SE ESQUEÇAM DO EPÍLOGO (que é de longe uma das minhas partes favoritas do enredo)!!!!! Eu já estou com metade dele rascunhado, amém, e queria agradecer por todos que chegaram até aqui. Todos os comentários que me fizeram sorrir (e porra, foi a minha primeira fanfic a chegar a 100), todos os favoritos e até mesmo aos leitores fantasma que me deixam felizes apenas por lerem. Eu mal sei como agradecer você e se eu puder fazer algo para isso, me digam por favor. Muito obrigada do fundo do meu coraçãozinho! *uuu*

Boa leitura para vocês, espero que gostem do que preparei para esse final~

Capítulo 17 - Capítulo 17 - Final


Taekwoon sabia que tudo que estava sofrendo era por sua culpa.

 

Ao abrir a porta para receber sua família com um sorriso falso, concluía que os acontecimentos não deveriam machucá-lo tanto. Ele sabia que um desses momentos iria chegar: acabar magoando Ravi novamente por causa do irmão dele ou que ele fosse embora quando se formasse no colégio, mas doía porque as duas coisas aconteceram. Doía porque gostava dele, gostava de uma forma que já não poderia medir, mas sentia-se triste por não saber como remediar aquela situação. Não sabia como dizer a ele tudo que estava pensando, embora estivesse irritado por ele ter ido embora sem sequer ouvir suas palavras. Havia sido um tanto cretino, mas ele definitivamente havia sido infantil.

 

— Você está péssimo — foi a primeira coisa que Saeron disse quando entrou em seu apartamento, o que quase o fez rir por saber muito bem em que estado estava. Depois de Ravi ter ido embora tudo que fez foi se vestir, deitar na cama e ficar encarando as paredes enquanto mil pensamentos o tomavam. Nem mesmo comeu outra coisa, ainda que fosse quase a hora do almoço.

 

— Onde está Ravi? — ao fechar a porta enquanto elas se acomodavam no sofá pensou em respostas que poderia dar. Dizer que ele teria um compromisso o faria inventar uma história que não queria, mas dizer que haviam brigado era ainda pior por elas questionarem o porquê. Tudo que conseguiu fazer foi olhar para a face das quatro que ali estavam e desatar a chorar.

 

Não se importou de receber um abraço coletivo delas quando viram sua reação. Deixou com que acariciassem seu cabelo e costas enquanto era guiado até o sofá, onde se deitou no colo da mãe e chorou até que não houvessem mais lágrimas. Se sentia muito amado ao ver que todas respeitaram seu silêncio enquanto estava em prantos, mas não queria que ninguém visse aquele lado de si. O lado que chorava por não saber ser adulto quando se tratava de relacionamentos.

 

— Quer nos contar o que aconteceu? — ouviu a voz de sua mãe depois de longos minutos em silêncio, e ao fitar o rosto dela de baixo percebeu o quanto sentia falta daquele afeto. O quanto ele era acalentador.

 

— Wonshik vai para uma universidade muito distante e acabei magoando ele mencionando um ex-namorado meu que fez a mesma coisa — respondeu honestamente, sentindo a cabeça doer após tanto choro. Queria apenas deitar e dormir, mas não estava com sono — Brigamos e ele foi embora cedo.

 

— Você é muito idiota, filho — se surpreendeu ao ouvir a sentença de sua mãe, mas não o suficiente para que retrucasse por saber que ela estava certa — Pra quê falar de ex-namorado pro menino, é lógico que ele ficaria magoado.

 

— Ele tem razão — disse ao empurrar para trás os fios loiros que cobriam a testa — Eu o comparava com esse ex quando começamos a namorar porque eles são muito parecidos, então isso deve doer muito nele. Mas eu estou tão triste…

 

— Triste por que ele vai ficar alguns anos fora estudando? — Heejin questionou, chamando a atenção do irmão. Sentada no chão ao lado das outras bem próximas do sofá onde ele estava deitado, não resistindo a opinar — Eu havia te dito que se vocês se gostarem de verdade distância nenhuma iria mudar o sentimento de vocês.

 

Taekwoon suspirou, não era algo tão simples para que elas compreendessem. Tratou de explicar rapidamente que havia começado aquele relacionamento justamente por Ravi ser parecido com seu ex e que passou a gostar dele recentemente quando as coisas foram além do sexo, ocultando os fatos de que ele era um garoto de programa e que o ex era o irmão dele. Seu rosto corava conforme contava, pela primeira vez expondo tantos de seus sentimentos para alguém que não era Hakyeon.

 

— Vocês dois parecem adolescentes, é sério — Ahra comentou quando concluiu.

 

— Eu entendo vocês — sua mãe comentou, chamando sua atenção. Não achou que ela opinaria sobre aquilo se não fosse para criticar — Os dois estão inseguros, mas acabam se machucando por não saberem expressar isso.

 

— O que quer dizer? — perguntou num fio de voz, ao notar que ela estava tão solícita em falar sobre.

 

— Vocês dois têm motivos para estarem inseguros com essa distância, já que o relacionamento de vocês sempre se baseou no físico. Mas agora que o emocional está envolvido, vocês não estão sabendo lidar com os sentimentos que isso trás e a expressar isso — ela o respondeu com calma, conforme passava a acariciar seus fios de cabelo — Vocês se amam e isso é claro, então por que encontrar motivos para que as coisas deem errado quando vocês podem fazer dar certo diante de todo afeto? É claro que não vai ser fácil, a distância vai diminuir um pouco da intimidade física que vocês tem, mas somente vai aumentar a emocional porque vocês vão ter que viver a base de confiança. Vocês sao capazes de fazer isso? Vão conseguir expressar sentimentos ou somente desejo? Acredito que seja isso que vá fazer o relacionamento de vocês finalmente dar certo.

 

— Amor é uma palavra forte — o loiro disse, enquanto refletia sobre tudo que ela disse. Sabia que ela estava certa, desde o começo sempre soube que precisavam evoluir a intimidade emocional para que conseguissem se relacionar bem, mas não pensava que havia ali um sentimento tão intenso quanto amor, somente um grande afeto e uma paixão forte.

 

— Você não acha que o ama? — ouviu sua mãe dizer e focou o olhar no rosto dela, vendo que estava risonha — Taekwoon, você estava chorando por causa do garoto. Estava em desespero com a ideia de ficar alguns anos longe dele e não deixa de falar dele quando ele não está aqui. Se isso não é amor, eu não sei o que é.

 

Não encontrou palavras para responder àquilo, ciente de que ela tinha razão. Nunca havia visto seus sentimentos de forma tão intensa, mas aquilo era a coisa mais certa que já havia vivido. Amar Wonshik e tudo que o envolvia.

 

— Agora, sobre o seu ex namorado: você deveria parar de se iludir — escutou com atenção o que ela tinha a dizer a respeito do pouco que contou sobre Baro — Tudo que você viveu com ele foi somente criado por você, porque somente você ter se afeiçoou a ele. Não foi recíproco. Então, você não deve comparar Wonshik a ele já que sao relacionamentos completamente diferentes. Não estou dizendo que deva perder o carinho por ele ou algo assim, ele foi uma pessoa importante pra você, mas não deve ofuscar Wonshik diante do que já é passado com esse outro rapaz.

 

Respirou fundo e se sentou, limpando os resquícios de lágrimas em seu rosto. Fitou o rosto das irmãs que assentiam diante das palavras da mais velha e quase sorriu ao ver que sempre seria o caçula da família não importava o que acontecesse, sempre poderia contar com elas para tudo.

 

— Obrigado, gente. Obrigado, mãe — disse num fio de voz, um tanto envergonhado ao abaixar a cabeça e coçar a nuca. Deixou sua mente vagar para Wonshik por alguns segundos, imaginando o que ele estaria fazendo e como poderia dizer a ele tudo que estava sentindo.

 

— Está tudo bem, filho. Eu entendo agora — a senhora disse, com um sorriso caloroso nos lábios — Não me importa quem você namora desde que você esteja feliz, e Wonshik é um bom garoto. Apenas quero que fique claro que eu quero netos.

 

Enquanto suas irmãs gritavam em felicidade pela aceitação da mãe e os puxavam para um daqueles abraços coletivos apertados, Taekwoon chorou pela segunda vez.

 

~*~

 

Às 15h30min Taekwoon bateu à porta de Wonshik.

 

Estalava os dedos e batia os pés nervosamente enquanto aguardava abrirem a porta, sequer telefonou para avisar que iria. Depois de almoçar com sua família e se despedir dela, tentou pareceu o mais apresentável possível para conversar com seu namorado. Vestindo calças jeans rasgadas e uma camisa preta larga, imaginou que conseguiria passar diante dos olhares dos pais dele e pedir por um momento a sós para dialogar. Estava ali com nada além de um coração cheio de certezas.

 

Estava prestes a bater mais uma vez, quando a porta foi aberta. A surpresa percorreu seu rosto ao ver que quem estava ali não era nenhum morador da casa, e sim a maior causa de seu ciúme.

 

Lee Hongbin.

 

— WONSHIK! EU GANHEI A APOSTA! — o garoto gritou ao exibir seu sorriso perfeito, impedindo-o de dizer qualquer coisa que fosse — Boa tarde, professor Jung. O Wonshik está lá na cozinha.

 

O garoto lhe deu passagem para entrar na casa e seguiu até onde ele havia dito que seu namorado estava, encontrando-o na frente do fogão mexendo algo em uma panela. Pelo cheiro doce concluiu ser brigadeiro de panela e parou no centro no cômodo, sentindo a presença de Hongbin às suas costas. Sentiu-se estranho pela primeira vez na vida não saber o que falar, como se fosse um completo adolescente, e ainda estava irritado com a presença do rapaz bonito ali.

 

Lançou um sorriso triste na direção de Wonshik quando ele desligou o fogo e se virou em sua direção, sentindo a atmosfera pesada na simples troca de olhares que tiveram.

 

— Pode ir me pagando, eu disse que ele viria hoje — Hongbin voltou a se pronunciar com um tom de voz divertido, que fez Wonshik revirar os olhos enquanto colocava a colher de pau que usava na pia e a panela na geladeira.

 

— Vai buscar no meu quarto, demore bastante — Taekwoon quase riu da frase de Wonshik e logo foi deixado a sós com ele, com o clima estranho pairando ainda mais. Sem saber como iniciar a conversa, se aproximou dele e segurou-lhe as mãos, entrelaçando seus dedos. Se sentiu melhor por não ter sido afastado.

 

Ao ver o rosto tristonho dele, como parecia cansado com aquelas roupas amassadas, sentiu que deveria mais do que tudo pedir desculpas à ele. Precisava se redimir por tudo que havia feito e dizer a ele tudo que havia constatado, aquelas três palavras que martelavam sua mente.

 

— Onde está a sua família? Por que Hongbin está aqui? — questionou, se aproximando a ponto de sentir a respiração dele em seu rosto. Fitou profundamente aqueles olhos escuros ao esperar por uma resposta.

 

— Meu pai no trabalho, minha mãe e Jiwon saíram com Jaehwan e o Binnie está me fazendo companhia porque eu estava mal — uma pontada de ciúmes percorreu seu corpo ao ver a forma com que ele disse o apelido do outro rapaz, mas deixaria para demonstrar aquilo mais tarde. Tinha preocupações mais imediatas.

 

— Me desculpe — disse de forma calma, esboçando um sorriso triste mais uma vez. Não resistiu a puxá-lo para um abraço, o qual se tornou apertado por tentarem demonstrar todas suas frustrações e sentimentos através dele. Apertou  a cintura e escondeu o rosto na curva do pescoço dele, inalando o cheiro tão conhecido daquela pele.

 

— Você tinha razão, eu fui muito infantil em ter ido embora daquele jeito — escutou-o dizendo com a voz trêmula, indicando o começo de um choro — Mas eu fiquei com medo de que o que a gente viveu não significou nada pra você.

 

— Significa tanto que chega a doer — respondeu honestamente, sentindo as mãos dele apertarem seus ombros. Sabia que sua voz soava abafada por estar tão próximo da pele dele, mas não tinha coragem de dizer aquelas palavras olhando no olho dele ainda — Tanto que eu entro em desespero ao te imaginar indo embora e me esquecendo, porque você é jovem e bonito com um mundo de oportunidades pela frente. Você não tem porque ficar com um adulto chato que já errou tanto com você, mas eu preciso te dizer o que eu estou sentindo.

 

— Taekwoon — escutou o mais novo chamando seu nome e permitiu que ele se afastasse para fitar seu rosto. Viu que ele tinha lágrimas nos olhos e sabia que não estava diferente — Está tudo bem.

 

— Não vai estar enquanto eu não te disser — o loiro disse, antes de selar os lábios aos dele rapidamente. Um simples selo antes de direcionar as mãos à barra da camisa dele e indicar que queria tirá-la, somente o fazendo quando ele balançou a cabeça em afirmação. Assim que se livro daquele tecido incômodo, deslizou as mãos pelo peito dele até chegar ao abdômen definido.

 

Voltou a unir os lábios aos dele conforme o empurrava em direção à mesa, colocando-o sentado sobre ela. Beijou-o lentamente, aliviado ao sentir o sabor tão gostoso daquela boca na sua, deslizando-as mãos pelas pernas dele cobertas por um jeans apertado. Tratou de se livrar de todo e qualquer outro tecido que o impedisse de sentir o corpo dele por completo e logo ambos estavam nus, deslizando as mãos pela pele um do outro.

 

Wonshik não precisava que ele dissesse para que pudesse entender, mas estava apreciando o esforço. Gostava das mãos apertando suas coxas em toques firmes que deixavam marcas, das mordidas que ganhava no pescoço e ombros, dos beijos lentos e sensuais. Sabia muito bem que ali estava a promessa dos dois de uma nova tentativa, de fazer o relacionamento dar certo.

 

— Eu quero continuar namorando você — escutou-o sussurrando próximo a seu ouvido, em meio as mordidas e os beijos leves que ele passou a distribuir. Suspirou baixinho, já se sentindo excitado com todos aqueles toques — Quero te levar para a sua entrevista e torcer por você, quero que você venha para casa nos feriados para ficarmos juntos, e quero viajar durante as férias com você. Quero aprender a lidar com essa distância, pra que quando você termine possamos decidir o nosso futuro juntos. Mas que fique claro que a minha mãe quer netos.

 

Riu baixinho do último comentário, imaginando o que teria acontecido para aquela senhora tão relutante dizer aquele tipo de coisa. Fechou os olhos para apreciar melhor a sensação dele beijando sua pele, beijos os quais foram descendo por seu peito até chegar ao baixo ventre. Quase tremia em expectativa pelo que ele faria a seguir e não estranhou receber um rápido selo em sua glande decerto gotejante.

 

— Eu quero confiar em você em um ponto em que quilômetro nenhum afeta o que sentimos um pelo outro — abriu os olhos ao ouvir aquela sentença, surpreso por ele ter dito exatamente o que queria dizer a ele. Queria falar sobre confiança. No entanto, mal teve tempo de responder qualquer coisa antes de ter seu membro abocanhado.

 

Não conseguiu conter um gemido ao sentir o calor ao redor de si e enroscou os dedos nos fios de cabelo dele, apreciando o quão fundo ia naquela boca maravilhosa. As mãos dele voltaram às suas coxas enquanto era sugado com certa força, de modo que ficasse cada vez mais duro. Não mais conseguia ser silencioso e estava tão excitado que rebolava de encontro à ele, quando ele parou repentinamente.

 

O moreno quase protestou ao ver o sorriso malicioso dele ao lhe abrir ainda mais as pernas e puxar seus quadris para a beirada da mesa, antes de começar a lamber sua entrada. Sabia que ele estava preparando-o para a penetração, ambos apressados demais para gastar muito tempo com preliminares mesmo que gostassem muito delas. Mas, desde que se interromperam com a discussão durante a manhã, estavam desejosos um pelo outro.

 

— Vai logo, Taekwoon — murmurou, já se sentindo preparado o suficiente. Envolveu os ombros dele com os braços e enganchou as pernas ao redor dos quadris dele quando se levantou, finalmente tendo o que queria. Franziu as sobrancelhas com a dor, já que a lubrificação havia sido precária, mas sabia que logo aquilo estaria se tornando algo muito prazeroso.

 

Taekwoon tentava não pensar em como aquilo era inconsequente. Estavam fazendo sexo em cima da mesa da cozinha, correndo o risco de serem pegos pelo outro rapaz que estava na casa ou pela família dele que poderia chegar a qualquer momento, e não se importava nem um pouco. Apenas queria estar unido a ele, demonstrar através do elo físico que tinham todo o emocional que iriam desenvolver.

 

Começou a se mover lentamente, quase retirando seu pênis do interior dele antes de voltar a inseri-lo. Sabia que estava provocando-o daquela forma enquanto também o preparava, então tentava apreciar a expressão dele passar do incômodo para a mais pura luxúria. Passou a estocá-lo com um pouco mais de velocidade, sentindo o interior apertado e quente o envolver de uma forma que nunca aconteceu antes por não estarem usando preservativos. Havia se esquecido completamente.

 

Segurou a cintura dele conforme aumentava ainda mais a velocidade, inebriado pelos gemidos do mais novo e a visão dos olhos dele em contato com os seus sem desviar por um segundo sequer. Era a pessoa mais linda que já vira em sua existência. Com aquele rosto masculino, os cabelos negros bagunçados por um motivo que desconhecia, o abdômen se contraindo com o prazer que o proporcionava. Precisava amá-lo como merecia.

 

Quando ele jogou o corpo para trás deixando as costas rentes à mesa, acompanhou o movimento dele ao curvar a própria coluna. Ao notar como as exclamações de deleite dele se tornaram mais altas, concluiu que havia encontrado a próstata dele. Depositou um beijo suave no pescoço dele sem diminuir o ritmo das investidas, e quando notou as palavras já escapavam por entre seus lábios.

 

— Eu não quero ninguém além de você — sussurrou ao encostar a maçã do rosto na dele. Apoiou o peso do corpo nas mãos sobre o móvel, sustentando-o enquanto sentia as unhas dele deixarem longos arranhões por suas costas — Eu não quero o Ravi que conheci na boate, nem o meu aluno e muito menos o irmão de Baro. Eu quero amar Kim Wonshik.

 

Gemeu alto quando sentiu o interior dele se contraindo ao seu redor, ciente de que não aguentaria muito mais. O cheiro da pele dele em conjunto com o doce da cozinha o deixava envolto num frenesi inexplicável, as paredes dele o apertavam de uma forma muito gostosa e sentiu que seu ápice se aproximava antes mesmo que o dele.

 

— Eu já o amo porque você é único pra mim — confidenciou e sem aviso prévio, se derramou dentro daquele interior quente.

 

Wonshik não se incomodou nem um pouco com aquilo, apenas apreciou a sensação do líquido dele o preenchendo e do quão maravilhosas as exclamações de prazer dele soavam ante a seus ouvidos. Deixou com que ele apreciasse a sensação do orgasmo, que o abraçasse firmemente enquanto constatava a mais recente informação: ele o amava.

 

Tudo que sempre quis estava bem ali a sua frente: o homem por quem era apaixonado há tanto dizendo que o amava. A promessa de um futuro junto a ele. A felicidade de ver que proporcionava tanto prazer a ele quanto o que recebia e que finalmente pudessem se tornar completos.

 

Esperou alguns segundos antes de se levantar e o deixar na mesma posição em que estava. Deslizou as mãos pelas costas dele e apertou as nádegas com ambas as mãos, fitando a entrada rosada dele que logo lubrificou com o líquido escorria por suas coxas. Sorriu cheio de malicia com a pequena exclamação dele quando inseriu um dedo, preparando-o para recebê-lo.

 

— Mete com força, Wonshik — a frase dele foi o suficiente para que perdesse todo o pouco controle que ainda tinha.  Se enterrou dentro dele, gemendo alto ao sentir o quão apertado era.

 

— Eu também amo você — sussurrou ao começar as investidas, deslizando as mãos pelas costas dele até os quadris que segurou com firmeza. Fez como ele pediu e empregou certa força em suas investidas, tanto que o barulho de seus corpos se chocando ecoava pelo ambiente em conjunto com os gemidos altos.

 

Não soube definir se era a adrenalina de serem pegos, a normal luxúria que os tomavam quando unidos ou o fato de ter acabado de ouvir a declaração dele, mas o moreno sentia como se fosse diferente de todas as outras vezes em que o fizeram. Era especial, era quente e envolvente. E quando sentiu o interior dele se contraindo ao seu redor, indicando que ele estava chegando ao ápice pela segunda vez constatou do que se tratava. Não era mais sobre seus corpos. Não era um comodismo que encontraram um no outro para suprir a carência ou qualquer outra coisa.

 

Já não era mais sexo, estavam fazendo amor.

 

— Eu amo tanto você — sussurrou ao curvar a própria coluna para falar próximo ao ouvi-lo do mais velho. Beijou-lhe a nuca algumas vezes, sorrindo para si mesmo ao ver como ele agarrava as bordas da mesa e parecia arrebitar ainda mais os quadris. Estava tão sensível que teve vontade de tortura-lo ao empregar um ritmo lento, mas não o faria naquele momento. Já estava mais do que satisfeito.

 

Continuou investindo ao endireitar a coluna e desferir um tapa na nádega dele, assistindo o orgasmo dele chegar. Não parou seus movimentos e voltou a apertar os quadris dele com os dedos ao vê-lo sujar a mesa com o líquido esbranquiçado, atingindo o próprio limite ao ouvir a forma com que ele o chamou em seguida.

 

— W-Wonshik — o seu nome sendo dito num tom de voz tão sôfrego. Não o seu apelido nem nada que soasse diferente, somente o seu nome.

 

Em duas últimas estocadas fortes, se derramou dentro dele. Permaneceu com as mãos apertando a pele dele, o que deixava as marcas evidentes na pele pálida conforme o tremor percorria seu corpo. Fechou os olhos por alguns instantes, somente voltando a abri-los quando a voz dele soou mais um vez.

 

— Essa sensação é… — Taekwoon começou a dizer ao sentir ele se retirar e o sêmen escorrer para fora de si.

 

— Incrível, eu sei — sorriu ao ouvi-lo completar sua sentença, endireitando as costas e se virando para ele. Passou os braços pela cintura dele antes de iniciar um beijo repleto de paixão, no qual suas línguas se entrelaçaram e pareceram selar tudo que estavam sentindo.

 

Quando encerraram o beijo trataram de voltar à realidade e se vestirem, ainda que soubessem que na verdade precisavam tomar banho. Com exceção do barulho da televisão ligada vindo da sala de estar onde Hongbin provavelmente estava a casa estava toda silenciosa. No entanto, lembrar-se da presença daquele garoto fez com que o loiro ficasse ligeiramente irritado.

 

— Ei, o que Hongbin faz aqui? — questionou, ao puxar o namorado para perto pelo pulso quando estavam devidamente vestidos. Voltou a enlaçar a cintura dele, encostando as pontas de seu narizes.

 

— Que ciumento… — quase protestou pelo comentário dele dito num tom tão risonho, mas apenas deixou que ele emaranhasse os dedos em seus fios de cabelo e selasse seus lábios rapidamente — Ele só acabou sendo o amigo que me consolou por sua causa, coitado. Estávamos querendo ver filmes e comer brigadeiro quando você chegou. Quer se juntar à nós?

 

Respondeu afirmamente com rapidez, mas ainda que estivessem com aquele plano em mente não saíram do lugar. Não queriam parar de olhar nos olhos um do outro, de sentir aquele amor tão intenso quase palpável e confiança que depositavam um no outro. Não conseguiam afastar as mãos um do outro e conter os leves sorrisos bobos que compartilhavam diante de tanta cumplicidade e intimidade.

 

Não se surpreenderam quando Hongbin apareceu anunciando que iria embora já que os dois precisavam de espaço para se acertarem, e logo estavam deitados na cama do mais novo fazendo nada além de conversar e trocar beijos castos. Depois de poucos minutos Taekwoon contava sobre a conversa com sua mãe e que gostaria sim de dar netos à ela, quatro para ser mais específico. A face assustada de Wonshik foi o suficiente para que Wonshik risse e o abraçasse, em seguida entrando em longas conversas e planos para o futuro que incluía o que fariam até que a formatura do colégio do moreno chegasse. Sem que percebessem, a conversa se deixou guiar até o  momento em que ele terminasse até mesmo a faculdade, ambos repletos de ideias e sonhos que passaram a partilhar.

 

Ainda tinham medo da distância, de perder parte da intimidade que tinham e da dor que a saudade lhes causaria, mas nada que os impedisse de continuar gostando tanto um do outro e apreciar o silêncio que os tomou. Não precisaram dizer mais uma palavra sequer para ter a certeza de que tudo estava resolvido e bem. De que tudo era certo quando estavam juntos.

 

Fariam aquele relacionamento dar certo.


Notas Finais


Eu te amo vocês~ !


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