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História Unidos Pelo Caos - Fogo


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas estimadas leitoras do coração ão ão aõ
Obrigada a todos os recadinhos que recebi e aqui vai mais um capitulo da fic.
Garotas, muitas já estão me cobrando cenas Hot, acho que o próximo capitulo terá. Hum... segurem seus corações.
Boa leitura:

Capítulo 17 - Fogo


Capítulo 17 – Fogo

 

A notícia de que o celeiro estava repleto de zumbies não melhorou nosso humor nos dias subsequentes. Rick havia conversado com Hershel que se recusou a “limpar” o celeiro. O mau humor de Shane foi o mais evidente entre nós. Ele não saíra um minuto se quer da frente do casebre de madeira onde ficou de vigia o dia inteiro. Andrea até tentou rende-lo na vigia para que os dois revessassem, mas ele foi resoluto.

Eu e Lori estávamos, por mais que isso prejudicasse minhas unhas, descascando cenouras que Carol cortava e colocava dentro da panela sobre a fogueira improvisada a fim de fazer uma sopa de legumes.

As duas conversavam sobre vários assuntos dos quais eu não me interessava no momento. Até que Andrea voltou de sua segunda tentativa frustrada por Shane.

– O Shane está simplesmente obcecado por aquele celeiro! Não quer sair nem para vir comer. – disse ela exasperada.

– Eu vou lá falar com ele... – Lori disse se levantando.

– Não. – Eu respondi também me erguendo do banquinho de madeira. – Você está gravida e aquele cheiro que sai de lá vai piorar seu estado. Deixa que eu vou. – E quando pareceu que Lori ia protestar eu acrescentei. – Além do mais, essas facas cegas estão estragando minhas unhas...

Carol me dera um prato contendo sopa bem quente e aromática e uma colher de metal que eu levei até Shane. Quando me aproximei o avistei encostado em um dos carros com os braços cruzados e uma expressão pensativa. Ao me ver, Shane me fitou como se eu fosse um fantasma, eu não o culpei por essa era a primeira vez que nos víamos a sós depois do que aconteceu.

– Se o policial não vai até a sopa, a sopa vem até o policial. – Eu recitei com uma voz falsete de profeta.

Shane sorriu ao pegar o prato, mas logo se voltou a se fechar de novo.

– Oi. Eu disse balançando os braços e estreitando os olhos por causa do sol. – Como você está?

– Eu é que faço essa pergunta. – Ele respondeu deprimido.

Nós dois ficamos em silêncio por um tempo. Eu preferi deixar que ele tomasse a palavra primeiro e foi o que ele fez.

– Emily, eu... eu fui um canalha, um imbecil, um... um... eu realmente não sei o que deu em mim naquele dia e me arrependo muito disso... se eu pudesse voltar ao tempo e concertar... é... – Shane dizia como se estivesse enfrentando um conflito interior. – Eu achei que...

– ...que eu estava afim de você? – eu completei poupando-o do embaraço. Shane assentiu. – Nesse caso, eu também peço desculpas se algum dia dei a entender que poderia haver algo entre nós...

Shane colocou o prato cuidadosamente sobre o capô do carro e pegou firmemente em meus ombros se inclinando um pouco para a frente para poder me fitar nos olhos.

– Emi, não me peça desculpas por uma coisa que você não tem culpa alguma. Você é linda e eu acabei confundindo as coisas e o único culpado aqui sou eu e somente eu. E quem tem que implorar perdão aqui sou eu.

Eu sorri para ele e balancei a cabeça.

– Eu já te perdoei muito antes de você pedir desculpas Shane. E eu não gostaria mais de falar deste assunto, se você puder evitar, eu agradeceria... sabe eu passei os últimos dias inteiros ouvindo sermões do Daryl. – Eu disse fazendo uma careta ao pronunciar o nome do caipira.

– Amigos? – Shane me perguntou.

– Amigos. – Eu respondi.

– Por falar no Daryl, eu achei que você dois estavam juntos. – Ele disse e eu comecei a gargalhar.

– Eu e ele... não me faça rir... – Shane pegou novamente o prato e começou a comer. Eu saí de lá ainda com lágrimas nos olhos, mais que piada sem graça.

 

Após certificar-me que Shane estava comendo, voltei a companhia das mulheres do grupo.

– É você sabe amansar a fera. – disse Andrea um pouco rancorosa. Eu olhei para ela sem entender.

– É mesmo! – exclamou Carol conseguindo desembolsar um sorriso. – Ele é igualzinho o Daryl quando põe uma coisa na cabeça. – Então ela parou como se um pensamento súbito a tivesse ocorrido. – Só queria saber o porquê os dois brigaram naquele dia na frente do celeiro, Daryl é esquentado, mas era de se esperar que ele respeitasse o Shane e que ele fizesse o mesmo com Daryl.

– É mesmo. Nunca vi o Shane daquele jeito... – Lori comentou entrando na conversa.

– E você Emily? – Andrea me perguntou indagadora. – Você não anda para cima e para baixo com os dois, nenhum deles te contou nada?

Eu respirei fundo e tentei me acalmar. Era impressão minha ou Andrea estava tentando me jogar uma indireta.

– Não... – eu respondi me sentando no banquinho e começando a descascar os legumes de novo com a Lori. – Não sei de nada.

Nós ficamos em silêncio por um tempo. Eu senti os olhos de Andrea pousados sobre mim por um longo tempo antes dela se virar e sair atrás de Dale. Confesso que eu não gostei daquilo.

Quando finalmente terminamos de fazer o almoço, eu lavei minhas mãos em um balde com água e enquanto Lori servia seu marido e filho, Carol servia todo o restante que ia aparecendo pra comer, eu servi um prato com a sopa e caminhei até a barraca de Daryl, pois foi o único que não saiu para comer.

– Posso entrar? – eu perguntei a entrada da barraca, abrindo a aba com uma mão enquanto a outra eu segurava o prato.

– Entra. – Ele respondeu indiferente. Eu entrei com cuidado para não derrubar o prato. Daryl estava deitado lendo o livro que Andrea tinha lhe dado.

– Está gostando do livro? – eu perguntei me sentando ao seu lado.

Daryl fechou o livro e o colocou em algum canto e depois se sentou.

– A Andrea tinha razão... é uma porcaria. – Eu lhe ofereci o prato e ele pegou desconfiado. – Por que tá me olhando desse jeito?

– Nada... é só que... eu queria te fazer uma pergunta.

Ele deu de ombros e tomou uma colherada da sopa.

– A Carol sente algo especial por você. Sabia disso? – eu perguntei como quem não quer nada. Ele não respondeu. – Tipo, ela fala tão bem de você que às vezes parece que ela está falando de outra pessoa.

Oh céus! O que eu estava dizendo? Daryl devia achar que eu era uma doida varrida no mínimo. Mas se esse foi seu pensamento, ele não demonstrou, apenas continuou a comer em silencio.

– Deixa pra lá...  – Eu disse me levantando e saindo da barraca tão rápida quanto uma flecha. Daryl ainda comia sua sopa como se não tivesse intendido nada do que eu disse.

Eu saí e tomei um ar. Era melhor eu deixar esses pensamentos ridículos para outro momento.

A noite logo chegou e eu me preparei para ir dormir. Eu entrei em minha barraca e dei uma arrumadinha nos cobertores e deitei de lado com as mãos juntas sob meu rosto.

Então um farfalhar na barraca me fez perceber que alguém havia entrado, eu ergui meu rosto e vi Shane sem camisa, antes que eu pudesse dizer algo ele deitou sobre mim, depois me beijou, indo do meu pescoço até a minha barriga e depois subiu lentamente tomando minha boca sobre a sua, e nós nos amamos loucamente e quando estávamos chegando ao ápice, a barraca foi novamente aberta, desta vez por Carol que se assustou quando nos viu ali, suados e extasiados.

– Carol, por favor... não conte a ele. – Eu lhe implorei, mas Carol foi impetuosa ao sair da barraca, ela contara para Daryl que agora me arrastava pelo campo em direção ao celeiro.

– Vocês dois se merecem! – ele jogou na minha cara e depois me empurrou para dentro do celeiro onde os zumbies me viram e avançaram para mim... enquanto ele e Carol, agora abraçados, observavam enquanto inúmeras mãos subiam por todo o meu corpo me fazendo sentir cocegas e coceiras.

– Ahaaaahhhhhhhhh! – eu gritei me sentando. Meu peito arfava e meu coração bombeava como se tentasse bater uma vida em apenas um minuto. Minhas mãos tremiam quando as levei ao meu rosto e respirei aliviada quando senti que meus olhos, boca e nariz estavam em seus respectivos lugares.

– Era só um sonho. – Eu exclamei para mim mesma quase que sorrindo aliviada. – Que horror...

Então vozes vindas do exterior da barraca começaram a me perguntar se eu estava bem, se aconteceu alguma coisa.

– Nada. Foi um pesadelo. – Eu exclamei para eles para que não se preocupassem, afinal não queria que invadisse minha barraca com armas apontadas para minha cara.

Esfreguei meus olhos na tentativa de livra-los do que haviam visto no sonho, mas o estranho que por mais que fosse um sonho, eu sentia ainda como se fosse real, as mãos andando por meu corpo me provocando as cocegas. Então eu me inclinei para o lado e peguei a lamparina em um canto e a acendi com um fosforo. Levantei– a de modo que pudesse olhar para todo o interior da barraca.

Ao levantar meu cobertor, avistei uma centena de formigas gigantescas subindo sobre mim. Elas estavam por todos os lados e se o sonho me apavorou, não chegou nem perto do que eu senti naquela hora.

– AHHHHaaaaaahhhhhhh! Socorro! Socorro! – eu comecei a gritar saindo da barraca e quase caído ao tropeçar no cobertor.

Todos eles já estavam dormindo, e suas barracas fechadas com zíper por dentro. Então eu sentei-me no banquinho e comecei a chorar.

Eu odiava insetos.

Quando Deus criou os pássaros e as borboletas, o diabo com inveja criou as aranhas, formigas, mosquitos... e por aí vai. Era a única explicação para existir no mundo bichos tão abomináveis e assassinos...

– Por que isso só acontece comigo?

– Se está tentando evitar que todos durmam está se saindo bem... – alguém me disse no meio da escuridão.

Eu sequei minhas lágrimas rapidamente o olhei através da luz da fogueira para o dono da voz. Não precisei me esforçar muito pois Daryl veio meio que mancando até mim, seus olhos estavam sonolentos.

– O que foi dessa vez? – ele perguntou entediado.

– A minha barraca está cheia de monstros! – quando ele me olhou assustado, eu me expliquei. – Não é zumbies, são... são formigas deste tamanho. – Então eu fiz um gesto com as mãos para ilustrar o tamanho das formigas, onde elas ficaram paralelas e um espaço de pelo menos trinta centímetros entre elas.

– Isso não é formiga, isso aí é uma marmota. – Ele falou zombeteiro.

– Não acredita olha lá dentro então. – Eu disse cruzando meus braços e fazendo cara de emburrada.

Daryl bufou e abriu minha barraca com violência.

– Se tinha formiga aqui já morreu. – Ele disse entrando na barraca rapidamente e depois saindo dela com a mesma rapidez.

– Por que? – eu perguntei insegura, o vendo jogar minha mochila perto da fogueira e depois pegar um balde com água e fazer menção de jogar dentro da minha barraca. – Ei! O que está fazendo?

Eu me levantei e corri para junto dele e segurei sua mão da qual pendia o balde com água.

– Você é doido? Por que vai jogar água na minha barraca?

– Por causa disso. – Ele respondeu abrindo a barraca com a outra mão. Eu espiei lá dentro e vi que na hora que eu corri para fora acabei derrubando o lampião que se quebrou e agora colocava fogo em tudo.

– Oh meu Deus! – eu exclamei pondo a mão na boca e vendo-o jogar a água dentro da barraca. Mas já era tarde, o fogo havia atingido a parte superior abrindo enormes buracos no teto.

Depois que Daryl apagou o fogo, depositou o balde em um canto e pegou minha mochila no chão e caminhou de volta para sua barraca. Eu fiquei ali em choque. Onde eu ia dormir agora? As formigas se não morreram queimadas com certeza morreram afogadas. Mas a barraca se tornara inútil.

– Você não vem? – Daryl disse pondo a cabeça para fora da sua. – Depois que eu fechar o zíper ninguém entra mais.

Eu corri em obedece-lo. Curvei-me um pouco e entrei na sua barraca. Daryl já estava arrumando um espaço para mim ao lado do seu. Reparei que minha mochila estava encostada em um cantinho junto com a sua e seu livro.

– Você não se importa de dividir a barraca comigo? – eu perguntei.

– Eu aturava o Merle, então aturar você vai ser fácil. É só ficar calada e para de ficar gritando quando ver a droga de um inseto!

Eu assenti e me deitei em um canto bem encostada na parede da barraca para não ter que encostar em seu corpo. Daryl tirou sua blusa deixando mostra os curativos que eu havia feito. Então ele se deitou também. Percebendo minha distância notável dele, falou:

– Que foi, o caipira aqui assusta você?

– Não. – Eu respondi desafiadora. – A única coisa que me assusta aqui são seus modos.

Daryl bufou e virou para o outro lado. Em segundo já estava dormindo. Eu demorei um pouco mais, mas também dormi. Apesar de não está encostada nele, senti, por baixo do cobertor o seu calor ímpeto e másculo.  Eu não podia me enganar aquele caipira estava mexendo comigo...

 

 


Notas Finais


Olá minha lindas, eu sei que algumas coisas que coloquei no spoler não apareceram, mas deixei para o próximo capitulo pois ia ficar muito grande...
E ai vcs gostaram dos dois dormindo juntos?
E agora quem apoia a Emily ter perdoado o Shane depois desta conversa dos dois?

Até o proximo!!!!!


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