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História Unidos Pelo Caos - Da Barraca Ao Celeiro


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minha lindas..
Prontas para mais um walkercapitulo?
ansiosas para saber o que vai ocorrer dentro da barraca?
Eu sei que sim... suas assanhadas!!!
Eu quero dedicar este capitulo em especial para EMANOEL27 que favoritou a fic
OBRIGADA meninas. amo todas voces!
E agradeço a todos os recadinhos que recebi:)
Boa leitura:

Capítulo 18 - Da Barraca Ao Celeiro


Capítulo 18 – Da Barraca Ao Celeiro

 

* * *Daryl:* * *

 

Até que não foi tão ruim assim dormir com a patricinha da Emily como eu imaginei. Ela estava deitada de lado com o rosto sobre suas mãos pequenas e delicadas. Seus cabelos negros, um pouco bagunçados, estavam espalhados por seu delicado rosto de queixo fino. Ainda era possível ver algumas lágrimas secas sob seus olhos fechados e serenos.

Até que não seria nada mal acordar ao seu lado todos os dias. Apesar de o mundo ter ido para os ares, olhar para ela me fazia querer lutar por um novo dia em que todo aquele inferno acabasse. Emily era uma mulher frágil e sensível demais para estar no meio de tudo isso. Eu me perguntava por quanto tempo poderia protegê-la, não só dos zumbies, mas também, de aproveitadores como o Shane.

Como era ingênua e inocente...

Perdoa-lo daquele jeito e ainda se oferecer para levar comida para ele? Emily acha que eu não vi..., mas eu, mesmo de dentro da minha barraca, pude ver e ouvir ela se oferecendo para ir levar-lhe a sopa como se ele fosse um capacitado que não pode vir buscar sozinho.

Quando percebi que ela já tinha saído, eu abri minha barraca e observei– a de papo com ele e depois os dois ficarem muito próximos antes de voltar toda sorridente como se tivesse visto o passarinho verde para junto das outras. Aquilo me deu um pouco de raiva o que me fez perder a fome, até que ela entrou na barraca com um prato para mim.

E por ironia ou não, lá estava ela dormindo ao meu lado. Formigas... como alguém poderia imaginar que simples formiguinhas pudessem nos unir ali dentro daquela barraca.

Ri comigo mesmo só de me lembrar de sua expressão ao saber que foi ela própria que pôs fogo em sua barraca. Eu estava de barriga para cima com um dos braços sob a cabeça. Olhava para o teto da barraca pensando no que aconteceria nos próximos dias. Eu já estava melhorando, talvez eu peça a Emily para tirar meus pontos amanhã...

 Não.

 Acho melhor pedir ao coroa do Hershel, não quero correr o risco de sentir suas mãos pequenas e delicadas sobre mim novamente. Talvez eu pudesse agir como o imbecil do Shane. Já cometi uma burrada uma vez quando a agarrei achando que fosse uma alucinação... e com certeza não queria cometer o mesmo erro de novo.

Emily se mexeu ao meu lado ao mesmo tempo em que pingos d´água começaram a cair sobre a lona barraca para em seguida escorrer para o solo barroso e permeável. Aquele som era bom e relaxante para mim, mas acho que não estava agradando a Emily, pois ela começou a se mexer incomodada pelo barulho que foi aumentando conforme a chuva se adensava.

Eu queria poupa-la do barulho, mas o que eu poderia fazer? Pensei em tampar seus ouvidos com as mãos, mas seria sem dúvida uma atitude bem idiota, pois do jeito que a garota era, se acordasse ia sair gritando dizendo que eu estava tentando enfocá-la. Como a garota era toda santinha e queridinha do grupo, era bem provável que todo mundo acreditasse nela.

Não demorou muito e Emily acordou. Eu olhei para ela em silêncio e a observei se espreguiçar ao mesmo tempo em que abria sua boca em um bocejo. Inconscientemente me peguei olhado para seus lábios que eram tão atrativos como se estivessem prontos para serem beijados. Então me lembrei daquele beijo que ela me dera em nossa primeira noite da fazenda...

Como eu fui tão idiota de cair em sua armadilha eu não sei, mas adoraria saber, pois tinha certeza que se ela me provocasse novamente, com certeza eu cairia. Mesmo sabendo que aquele jogo era perigoso e arriscado eu intimamente queria senti-la em meus braços de novo. Seu corpo pequeno e esguio se encaixara perfeitamente em meus braços como se todo o seu corpo implorasse para se acomodar no meu.

– Nossa... – ela disse sonolenta. – Estou destruída.

Eu não respondi, pois não tinha certeza de que ela tivesse notado minha presença. Emily se sentou e espreguiçou os braços. Seus olhos desceram até mim.

– Obrigada. – Ela disse.

– Por nada. – Respondi desviando os olhos de seu rosto e descendo-os por seu corpo.

Seus seios pequenos e delicados faziam um leve volume sob a blusa que ela usava. Sua cintura fina contrastava com as curvas de seu quadril arredondado. A garota podia ser mimada e irritante, mas confesso que era uma delícia. Agora eu entendia por que o Shane perdera o controle.

– Se você não tivesse me deixado dormir aqui, eu estaria lá fora até agora. – Ela falou novamente, me fazendo desviar meus olhos para seu rosto novamente. – Como aqueles monstros foram parar dentro da minha barraca? Dentro?!

Ela dizia com grande indignação, mal se importando com o fato que seu único ouvinte fosse o “caipira Daryl Dixon”.

– Você queria o quê? O chão é de terra, é normal encontrar formigas em locais como este. – Eu disse um pouco ríspido, pois eu vivera boa parte da vida ajudando o meu pai e desde de pequeno sabia dessas coisas.

– Só que eu não cresci no meio do mato como você! – ela respondeu sarcástica, se dando conta de que era comigo que ela conversava.

– Claro... do jeito que agiu ontem duvido que tenha visto uma formiga na vida. – Então eu imitei sua reação da noite anterior. – Era desce tamanho...

Ela fechou a cara e jogou o travesseiro que usara para dormir em mim.

– É... Fica aí zombando de mim mesmo... Faz isso por que não era você lá no meu lugar.

Eu tirei o travesseiro do meu rosto e o deixei de lado. Emily agora estava emburrada e de braços cruzados.

– Pelo menos eu não teria posto fogo na barraca.

– Quer saber? – ela me disse lançando-me um olhar mortal. – Acho que devia ter ficado lá fora mesmo, aí eu não ia precisar olhar para sua cara logo de manhã!

Então ela jogou o cobertor para o lado e se ajoelhou inclinando-se para frente em seguida abriu o zíper da barraca. Uma rajada forte invadiu o interior da barraca e imediatamente nós dois sentimos frio.

– O quê? – Emily disse olhando decepcionada para fora. Eu sorri debochadamente de sua expressão.  – E agora?

– Você não disse que estaria mais feliz lá fora? – eu disse. – Então, vá ser feliz.

Emily fechou novamente o zíper da barraca e virou seu rosto para mim com tanta raiva que seus cabelos dançaram momentaneamente no ar antes de pararem revoltosos.

– Seu cretino. – Ela resmungou voltando a se sentar no local que acabara de deixar. – Só um doido sairia lá fora agora.

– Está com medo de molhar o cabelo? – eu perguntei. Como eu adorava provoca-la, só para vê-la perder o controle. Isso a deixava muito mais linda e selvagem.

– Não, seu idiota! – ela me respondeu. – Se você não sabe, a nossa situação já está bem critica sem ter que ter um monte de gente doente com gripe. Mal temos remédios para infecção.

Eu não respondi. Mas concordei mentalmente. Havia me esquecido que estava falando com uma auxiliar de enfermagem, como ela mesma enfatizava.

– O que a gente vai fazer? – ela me perguntou ao ver que eu não tinha respondido. Acho que ela estava tão entediada com o fato de não poder sair dali que estava tentando puxar assunto.

– Eu não sei você, mas eu vou dormir de novo. Sabe, ontem tinha uma doida gritando de madrugada. – Eu disse dando-lhe as costas e puxando o cobertor até o ombro.

Emily ainda ficou sentada por um bom tempo cuspindo fogo pelas ventas, até que não aguentou o tedio e começou a bater em meu ombro.

– O que você quer agora? Se eu pudesse, eu fazia a droga da chuva parar só pra não ter que ficar perto de você! – eu disse de má vontade virando apenas o rosto para ela.

– Vai pro lado! Você não é tão gordo assim. – ela falou me empurrando com as mãos. Eu me afastei e senti um vento gélido em minhas costas quando ela levantou o cobertor e se meteu dentro deitando em seguida.

Eu fechei meus olhos. Apesar de não estar com sono, achei que seria uma boa maneira dela não ficar falando sem parar. Deu certo por um tempo, pois ela ficou calada e quieta. Até achei que ela havia dormido de novo. Eu me virei para ver se de fato ela tinha dormido. Eu gostava de vê-la dormir. Seus olhos grandes e negros me fitaram quando a olhei.

– Não vai dormir? – eu perguntei a ela para disfarçar.

– Não. – Ela respondeu simplesmente.

– Então porque não está discutindo ou reclamando? – eu perguntei sarcasticamente.

– Por que não vale apena conversar com uma parede. – Ela disse.

Eu me virei para ela me colocando de barriga para baixo e me erguendo sobre os cotovelos.

– Era caipira, agora é parede também? Do que mais você vai me xingar?

Emily até então, fitava o teto da barraca com olhar pensativo. Então quando perguntei, ela olhou para mim.

 – Idiota, cretino, imbecil, arrogante, grosso e bruto. Satisfeito?

– Pelo menos não sou eu que é fresca, tola, medrosa e mimada.

Emily abriu a boca e arregalou os olhos, insatisfeita com o que eu disse. Mas preferiu não falar o que veio a sua mente que eu tenho certeza não seria coisa boa.

– E outra coisa. – Eu disse erguendo a voz para que ela não me interrompesse. – Você acabou de dizer que eu sou cretino, mas a única ordinária aqui é você. – Eu disse apontando para ela.

– Eu?!

– Sim. Não sou eu que saio por aí beijando as pessoas só para tentar provar algo. – Eu disse me referindo ao dia em que me fez de idiota quando me seduziu e depois caiu fora.

Emily empertigou-se e virou para mim. Ela sorria vitoriosa e provocativa.

– Então você confessa que eu provei estar certa? Que você queria aquele beijo? – ela perguntou indagadora.

Eu não respondi. Emily estava testando minha paciência e se continuasse a me provocar daquela maneira eu não iria responder por meus atos.

– Confessa, Daryl você gostou e quer mais...

Pronto. Meu autocontrole acabara. Ela pediu por isso e não poderia reclamara do que ia acontecer agora.

– Sim... – respondi pegando sua cabeça por trás e trazendo– a até mim, então a beijei.

Não foi um beijo provocativo, mas sim de verdade, eu a beijava de forma que tenho certeza, ela nunca fora beijada. Podia ter beijado muitos caras por aí, mas eu ia fazer ser inesquecível para ela.

Emily estava surpresa, mas não me impediu de aprofundar o beijo. Eu me ergui mais um pouco a fazendo deitar– se, então subi lentamente sobre ela. Como era inebriante aqueles lábios submissos aos meus, aquela boca quente e umedecida se rendendo para mim.

Eu já estava viciado por tudo aquilo... eu separei nossas bocas apenas para poder beijar seu pescoço e sua orelha. A cada beijo que eu lhe dava, eu a sentia vibrar em baixo de mim assim como eu também. Uma sensação elétrica me invadiu fazendo meu coração disparar e minha respiração acelerar.

– Daryl... – ela sussurrou. Eu me apressei a beija-la na boca de novo antes que ela pedisse para que eu parasse, antes que ela dissesse algo que pudesse estragar aquele momento.

 Enquanto a beijava eu ia levantando sua blusa lentamente para não assustá-la. Então eu sentei e a trouxe comigo tirando sua blusa e abaixando a alça de seu soutien preto, mas sem tirá-lo... ainda.

Eu a deitei novamente sobre os cobertores e comecei a abrir o zíper de sua calça tirando-a lentamente e deixando ela somente de calcinha e soutien. Como era belo o seu corpo. Tão delicado. E sua pele... tão macia e tão suave...

Eu deslizei minha língua por toda a extensão de seu corpo sentindo-me cada vez mais excitado toda vez que Emily soltava um suspiro ou um gemido. Tirei minha calça também e quando já não podíamos mais aguentar esperar, nos livramos de todas as peças que ainda faltavam.

Era uma sensação inebriante e arrebatadora. Eu me segurava o máximo que eu podia para manter o controle e não acabar assuando– a, pois Emily era delicada e sensível. Eu deslizei minhas mãos por seu corpo macio e senti sua pele se arrepiar ao meu toque me fazendo enlouquecer de prazer...

Eu simplesmente não conseguia parar de beija-la. Era como se todo o meu ser estivesse implorando para tê-la do meu lado para todo o sempre presa em meus braços. Nunca havia sentido tanta atração por uma mulher assim. Como uma patricinha mimada e frescurenta conseguiu seduzir Daryl Dixon sem precisar fazer ou usar absolutamente nada?

 Bom, haveria tempo para pensar nessa pergunta e em outras mais depois, agora eu só tinha cabeça e olhos para ela... a chuva caindo sobre o teto me levou de volta ao meu passado me fazendo esquecer que estava dentro de uma barraca no meio de uma fazenda cercada de pessoas estranhas e complicadas.

 

* * *Emily:* * *

 

Nossa! Como tudo isso começou?

Em um minuto estávamos discutindo como sempre fizemos quando estamos juntos, mas agora estávamos aqui, deitados e inteiramente despidos nos amando... era realmente uma sensação única e incrivelmente maravilhosa. Eu nunca imaginei que Daryl podia ser tão delicado e ao mesmo tempo tão intenso e impetuoso.

Eu sentia cada sensação chegar a mim em ondas. Tão excitante e tão envolvente que eu simplesmente não conseguia resistir. Na verdade, eu não queria resistir.

Daryl começou a se movimentar lentamente sobre mim em movimentos repetidos e sedutores. Eu sentia-me indefesa em seus braços fortes enquanto os passava por baixo de minhas costas em um forte abraço. Eu estava à mercê, como uma fera acuada e assustada.

 Eu finalmente caíra na “sua”. Daryl havia derrubado minhas defesas e agora invadia minha fortaleza sem se importar e sem nada que eu pudesse fazer para impedir.

Então os movimentos se tornaram mais fortes e intensos. Eu o sentia dentro de mim, rijo e pulsante.  Eu fechei meus olhos sentindo-me nas nuvens enquanto envolvia suas costas em forte abraço puxando-o para mim. Finalmente chegamos ao ápice do prazer.

Mal sabia eu que aquele momento mudaria minha visão a seu respeito e até mesmo o curso de minha vida.

 

* * *

 

Quando a chuva finalmente passara, nós dois saímos da barraca. Rick e Dale foram os primeiros que avistamos no acampamento. Ao me ver saindo da barraca de Daryl nos olharam com segundas intenções. Eu corei um pouco me sentindo envergonhada. Daryl nem se importou com os olhares.

– O que aconteceu a sua barraca? Está toda esburacada... – Dale começou para mim perguntando em tom preocupado.

– Nada... – eu respondi. – É que as formigas invadiram a minha barraca e eu atrapalhada como sou, acabei ateando fogo sem querer.

Dale concordou e saiu com a bolsa de armas nas mãos, deixando Glenn em seu lugar. Hershel apareceu e chamou Rick para ir “fazer um trabalho” para ele.

Eu e Daryl tomamos café em silencio. Eu mal olhava para ele com medo de me trair. Eu não sabia o que tinha acontecido com a gente dentro da barraca, mas eu temia que fosse apenas um sonho distante e longínquo.

Após comermos, eu comecei a lavar os pratos que usamos no café. Daryl, sem eu precisar pedir, tirou minhas coisas de dentro da barraca destruída e começou a quebrá-la para jogar fora.

– Glenn... – eu o chamei que estava em cima do Theiler. – Por que está usando esse chapéu do Dale? Cansado do boné?

– Não... é só que... eu acho que as mulheres deste grupo estão de TPM. – Ele disse confuso.

Eu olhei para ele mais confusa ainda.

– Como assim?

– Bem... ultimamente vocês mulheres estão agindo estranho. A Lori... a Andrea e a Maggie.

– Se isso estiver acontecendo... a Emily tem isso o tempo todo. – Daryl disse se intrometendo na conversa em tom rabugento.

Eu terminei a louça e olhei para Daryl irritada.

–  Cala a boca Daryl. – Eu lhe disse depois me voltei para Glenn para ele sorrindo– lhe. – Anda Glenn, o que a Maggie fez?

– Bem... ela está com raiva por que acha que foi eu que contei a vocês sobre o celeiro então quebrou um ovo na minha cabeça. – Ele respondeu deprimido.

– Não, não... Deixa Glenn, eu salvo sua pele... eu vou conversar com a Maggie e conto para ela o que aconteceu. Não se preocupe.

– Você faria isso por mim? – ele perguntou esboçando um sorriso esperançoso.

Eu assenti com a cabeça também sorrindo entusiasmada.

– É... a defensora dos oprimidos e rejeitados ataca novamente... – Daryl disse enquanto terminava de quebrar as últimas peças do suporte da barraca e os juntava em um canto para leva-los de uma vez para onde quer que fosse.

– Cuida da sua vida! – eu lhe disse. – Não se intrometa onde não foi chamado. É falta de educação. – Eu disse começando a secar a louça enquanto Glenn voltava a fazer vigia, desta vez estava menos preocupado e com um brilho diferente nos olhos.

Daryl bufou levemente irritado. Então pegou os objetos no chão e os ergueu. Ao passar por mim esbarrou de proposito.

– Não enche sua chata! – ele disse, mas não foi irônico e nem sarcástico. Eu pude ver um sorriso muito discreto em seus lábios. Eu senti um frio na barriga como se estivesse despencando em queda livre de um precipício.

Não demorou muito e Shane apareceu, vindo em nossa direção. Estava muito sério e preocupado. Ao passar por nós ele não disse nada. Então entrou no Theiler e após alguns minutos, saiu com um humor pior ainda.

– Nossa! Bom dia pra você também. – Eu disse repreendendo.

– Foi mal Emily, mas agora eu tô ocupado. – Ele respondeu para mim e depois voltou-se para Glenn. – Onde está o Dale?

– Não sei. Ele disse para eu ir buscar água para ele e depois sumiu.

– Aquele velho... – Shane disse e tom baixo para si mesmo. – Me diz para que lado ele foi? – Glenn apontou para um ponto na floresta então Shane saiu em direção à floresta sem dizer mais nada.

– Nossa. Já vi que hoje não tá fácil pra ninguém. – Eu disse para Glenn e depois me abaixei e peguei minhas coisas que o Daryl tinha deixado no chão. Estavam todas ensopadas pela água do balde e pela chuva que entrara pelos buracos.

Comecei a caminhar em direção aos varais e estendi meus cobertores e algumas roupas de qualquer jeito, quando ouvi vozes vindas do lago. Eu terminei de pendura-las e segui até o local e vi Daryl e Carol juntos na margem do rio. Eles conversavam baixo, mas era possível ouvir o que diziam.

– Eu vou acha-la. – Daryl dizia para ela. Então os dois ficaram mudos por um tempo antes de ele continuar. – Aí, me desculpa por aquele dia.

– Tudo bem. – Carol respondeu cruzando os braços e olhando para ele. – Você estava querendo procurar por ela... E eu queria te perguntar o porquê. Esse tempo todo eu queria te perguntar.

– É por que eu acho que ela ainda está por aí... na verdade eu não tenho outra coisa pra fazer... – Daryl disse para ela pegando uma flor na margem do lago e dando para ela.

– Vamos acha-la, nós vamos. Eu sinto isso...

Eu ouvi tudo em silêncio e vi que a aproximação dos dois não era nada além de um bem em comum. Os dois estavam se empenhando em procurar por Sophia. Não havia nada me ameaçando naquele momento. Respirei aliviada.

 

* * *

 

Eu voltei para perto das barracas em busca de algo a mais para fazer. Lori e os outros já estavam por lá quando não demorou muito Daryl e Carol voltaram do lago para se reunirem a nós, pois nós íamos atrás da Sophia de novo.

– Vocês sabem o que está acontecendo? – disse T.Dog.

– Cadê todo mundo? – Andrea perguntou.

–  Você não viu o Rick? – Glenn a questionou.

– Não. Ele foi fazer um trabalho para o Hershel. – Ela disse. –  Já era para termos saídos há algumas horas.

– Eh. Era mesmo o que aconteceu?

Eu fiz que não com a cabeça. Assim como o Glenn também.

– O Rick disse que voltava logo. – Carol respondeu para ele.

– Mas que droga! – Daryl exclamou nervoso andando de um lado a outro inquieto. – Ninguém está me levando a sério. Nós temos a droga de uma trilha pra seguir!

Então Shane também apareceu. Trazia a bolsa de armas nas costas e uma 12 nas mãos.

– Lá vem ele. – Daryl falou sinalizando a chegada de Shane. Todos nós olhamos para ele. E quando Ele se aproximou mais, Daryl perguntou apontando para as armas. – Pra que isso aí?

Shane jogou a 12 para ele e perguntou.

– Tá comigo cara? – Daryl não respondeu, mas pegou a arma.

– O que está acontecendo? – eu perguntei para Shane tentando entender o porquê estava com a bolsa de armas quando nós sabíamos que    Hershel havia nos proibido de usar.

– Hora de resolver as coisas! – ele responde gritando para que todos nós ouvíssemos, então saiu distribuindo armas para todos nós. Ele me deu uma automática que eu peguei receosa. –  Olha essa fazenda parecia ser segura quando chegamos aqui! Mas agora sabemos que não é! Olha o Hershel vai ter que entender!

Maggie apareceu e começou a discutir com ele. Foi então que quando parecia que a coisa toda não podia piorar, Rick sai de dentro da mata junto com Hershel trazendo dois zumbies.

– Eí! – Daryl disse para mim. – Fica perto de mim, que vai sair merda daqui.

Eu assenti e corri para junto dele. As palavras sutis de Daryl se fizeram verdadeiras. Shane saiu correndo como um doido varrido trás de Rick. T. Dog logo atrás para tentar contê-lo, mas foi inútil.

Começou uma discussão muito tensa. Então Shane atirou em um dos zumbies para mostrar que estavam mortos.

– Shane, já chega! – Rick gritou.

– É cara! Já chega mesmo! – Shane disse atirando na cabeça da zumbie e correndo para o celeiro e abrindo a porta.

Nós ficamos em choque por um tempo. Então os zumbies começaram um a um sair de dentro do celeiro.

Daryl engatilhou a 12 e me puxou para trás de si. Todos que estavam armados começaram a atirar nos zumbies que iam saindo de dentro do celeiro. Eu estava em choque, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Quando todos os zumbies estavam caídos o chão, nos respiramos um pouco mais aliviados. Então um som gutural saiu de dentro do celeiro. Eu parei para observar.

Era Sophia.

Eu respirei fundo e lágrimas saíram de meus olhos assim que a vi. Sem vida. Possuída pela maldição.

Carol correu em direção à garota, Daryl foi mais rápido e a segurou.

– Não sai daí! – ele disse para mim ainda segurando Carol que chorava copiosamente. Rick caminhou até a garota e lhe deu um tiro na cabeça. Eu a vi despencar sem vida assim como só outros zumbies espalhados pelo chão e Sophia passara a ser apenas mais um número em nossa contagem.

Ficamos ali por um bom tempo, tentando assimilar o que havíamos visto e feito. Hershel estava em choque, Maggie e Beth choravam. Carol estava destruída. Enfim tudo estava um verdadeiro e completo caos.

O que aconteceu entre mim e Daryl de manhã parecia não ter passado de um sonho. Como se tivesse ocorrido apenas em nossa mente. Eu me perguntava se dentro de todo aquele holocausto ainda conseguiríamos encontrar forças para sermos felizes.

 

 


Notas Finais


E aí meninas? gostaram do capitulo?
E a cena HOT dos dois dentro da barraca?
Será que os dois terão mais cenas assim nos proximos capitulos?
Deixem recadinhos com suas opiniões amores vou adorar responder a todos.


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