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História Unidos Pelo Caos - Caipira e Patricinha


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Ola galera!!!
Eu quero agradecer a todas que comentaram e favoritaram fic.
Este capitulo é para vocês.
Espero mais recadinhos lindos.
Boa leitura:

Capítulo 2 - Caipira e Patricinha


Capítulo 2 – Caipira e Patricinha

 

 

O dia amanheceu como outro qualquer... silencioso e frio.

Não se ouvia o som de carros e buzinas, de pessoas gritando ao celular enquanto caminhavam pelas ruas preocupadas com suas vidinhas fúteis e sem graça. A correria e gritaria de outrora fora substituída pelo vazio e abandono.

Eu abri meus olhos.

Ótimo. Eu ainda estava viva. Ainda era dona de minha consciência e vontade.

Eu poderia dormir por horas se a urgência da circunstancia não me obrigasse a levantar. Sentei-me na cama e me pus a pensar no que faria a seguir. Esfreguei meus olhos que estavam inchados e roxos, decorrente por ter sido privada de uma noite de sono.

Eu passara a noite acordada em vigília. Aquele homem, seja lá quem fosse não veio à cidade para dar um passeio e pelo que vi, também não parecia conhecer aquele grupo que o resgatou.

– Idiota! – eu resmunguei novamente entre um bocejo. Por culpa dele agora milhares de zumbies vagavam pela rua naquela hora e minha segurança dentro daquele apartamento foi comprometida.

Eu me levantei com um pouco de esforço e fui até a janela. Espiei por sobre a borda da sacada. A rua em que antes estava calma se tornou barulhenta e movimentada. Eu dei às costas para a janela e apanhei uma caneta na penteadeira bagunçada e coberta por uma camada grossa de pó e segui para a frente do espelho onde um calendário estava colado rusticamente. Eu marquei com um X sobre o dia em questão. Eu não queria perder a noção de que dia, de onde eu estava, de que horas eram e o principal: eu não queria esquecer-me de quem eu era.

Fui à cozinha e preparei um café amargo e segui para o quarto, onde puxei uma cadeira para próximo da janela. Eu começava mais um dia de vigia. Se aquele homem voltasse à cidade eu iria atrás dele.

 Fiquei sentada por algumas horas observando a paisagem sem nenhuma alteração.

Eu me levantei, entediada e fui atrás do álbum de minha família que estava dentro de uma gaveta. Olhei as fotos coladas nas páginas amareladas pelo tempo e pelo mofo. Mamãe e papai rindo para mim da foto. Minha tia e meu avô dando tchau em outra foto. Uma raiva ferveu dentro de mim ao ver aqueles rostos felizes e saber que suas alegrias, suas oportunidades foram-lhes roubadas. Eu comecei a rabiscar as fotos com a caneta. Estava tão nervosa, tão desesperada.

Estava sozinha...

Aquele homem não voltaria, ele me deixara e não havia dada que eu pudesse fazer...

As lágrimas vieram em meus olhos e eu me levantei com raiva.

– Para o inferno todo mundo! – eu gritei enquanto arremessava o álbum no outro lado do quarto. Ele bateu na parede com uma pancada surda e se abriu, liberando inúmeras fotos que se espalharam pelo chão.

Minha mão ainda estava no ar quando ouvi disparos.

– Ele voltou! – eu sussurrei sorrindo esquecendo-me momentaneamente de todo o resto. Corri para a janela e me escorei na amurada.

Quatro homens saiam de um caminhão. O mesmo do grupo que havia resgatado o xerife. Olhei por mais alguns minutos antes de tomar qualquer decisão. Eles eram fortes e resistentes, pelo quer pude ver. Os quatro entraram no prédio em frente, uma loja de roupas e conveniência. Logo eles desceriam de novo e iriam embora, talvez para sempre, se eu não fizesse algo e logo...

Eu me afastei da janela e peguei uma mochila jogada em qualquer canto do quarto e comecei a encher com todas as peças de roupa que eu encontrara. Peguei meu calendário colado no espelho e o joguei na mochila. Eu precisava andar mais rápido ou não daria tempo. Peguei minha arma sobre a penteadeira e me preparei para sair do quarto quando parei a porta. Olhei para o chão próximo a moldura. As fotos ainda estavam ali, jogadas no chão. Eu me abaixei e peguei uma, onde todos de minha família estavam juntos.

Sai finalmente do quarto e do apartamento. Eu desci as escadas correndo e parei a porta. Havia muitos zumbies caminhando pela rua naquele momento. Eu ajeitei minha mochila nas costas e sai correndo em direção aos tiros.

Percebi que o barulho vinha de um beco a duas quadras de onde eu estava. Corri muito veloz pela rua e a atravessei. Abri a grade que barrava meu caminho e o abarquei. O xerife que estava de costas apontando a arma para o outro lado virou-se para mim.

– Ei parada ai! – ele gritou em um ímpeto.

Eu que ainda corria parei com tudo já quase em cima dele.

– Opa! – eu disse levantando as mãos e recuando. – Calma aí.

O outro homem que estava com ele também se virou para mim, estava muito assustado e seus olhos grandes se arregalaram ainda mais ao me ver.

O policial me fitou por alguns momentos. Seus olhos azuis varreram meu rosto e em seguida meu corpo. Ao olhar novamente para minha face, ele abaixou a arma.

– Quem é você?

– Emily Taylor. – Eu disse atropelando as palavras.

– Como nos achou? – ele perguntou novamente.

– Eu... eh... eu te vi ontem, de minha janela. Você estava atirando nos zumbies e eu estava sozinha no prédio e...

Eu me calei e o olhei súplice. Meus olhos castanhos encararam os seus azuis e percebi que a tempos não via um homem, ainda mais tão atraente e másculo como aquele.

– Rick, não devíamos estar dando cobertura para o Glenn? –  o outro perguntou.

O Rick ainda me encarou por um tempo e depois respondeu sem desviar os olhos de mim.

– Fica de olho T– Dog. – quando o outro concordou e se virou para a outra saída do beco, Rick completou. – Você, Emily, sabe atirar? – disse ele apontando para minha arma.

Eu involuntariamente olhei para minha pistola e concordei com um meneio de cabeça.

– Ótimo, fique aqui e vigie esta saída. – Ele disse apontando para a grade. – Pode fazer isso?

Eu balancei a cabeça afirmativamente. Meus cabelos cobriam parcialmente meu rosto, mas eu não me incomodava naquele momento. Rick me olhava sério, depois se virou para o outro lado e continuou a fazer vigilia com T– Dog. Eu me virei para o outro lado e fiquei olhando para a rua. Um ou outro zumbie passava pela calçada sem notar o portão.

Então ouvimos um barulho de motor de carro e pessoas gritando aonde o loiro fora deixado.

– Glenn. – Rick murmurou, então saiu correndo pelo outro lado do beco, eu e T– Dog em seu encalço.

Ao chegarmos ao local, eu mantive um pouco de distância. Uma desordem havia se formado ali. Um carro saiu cantando pneu pela rua. O homem loiro com a besta estava caído no chão com indícios de que havia apanhado e um garoto magricela com uma regata branca e o cabelo raspado estava caído ao lado.

– Daryl. Daryl! – gritou Rick enquanto se aproximava. Ele se abaixou para o homem caído que o repeliu. – O que aconteceu?

– Aqueles desgraçados levaram o garoto! – disse o tal Daryl se levantando do chão com a besta na mão. A cena a seguir se desenvolveu impressa e rápida.

Alguns zumbies entraram pela grade por causa da gritaria. Daryl chutou o mais próximo, T– Dog agarrou o magricela e Rick pegou uma bolsa com armas do chão.

– Vai, vai... – Daryl gritou atrás.

Eu abri a porta e me meti lá dentro. Os outros vieram em seguida. T– Dog jogou o garoto no chão e Daryl fechou a porta com violência.

Eles começaram a discutir entre si, como se eu nem estivesse ali com eles.

– Eu já disse! Esse idiota ficou gritando! Aí os caras chegaram e levaram o Glenn no carro. – disse Daryl gritando. Então em um sobressalto ele avançou sobre o garoto com uma intenção bem clara de lhe dar uma voadora. Rick avançou e lhe segurou.

– Me deixe ir embora, me deixa sair! – o cara da regata branca dizia quase chorando.

Eu demorei para assimilar o que estava acontecendo, então quando todos eles se acalmaram, pude perceber que o tal de Glenn foi buscar a bolsa de armas que também era alvo de gangue e na confusão, raptaram ele e um dos seus ficou para trás.

Então após muita conversa ainda sem me notar, Rick decidiu que deviam ir atrás do oriental.

– Você vai ficar aqui, e quando resgatarmos o Glenn nós voltamos para te buscar, tudo bem? – Rick perguntou para mim.

– Você vai me deixar para trás? – eu perguntei. – Eu vou junto. Sei que não sou de muita utilidade, mas, por favor, não me deixa.

– Cara, vamos leva-la é mais seguro. – Interveio o T– Dog.– Vai que não dá tempo de voltar aqui.

Daryl que estava tendo uma crise nervosa, bateu com a mão na mesa d emadeira e gritou.

– Que se dane! Desde quando viramos um centro de caridade? Deixa essa vadia e o china aí e vamos resgatar o meu irmão! – disse ele andando sem parar pela sala.

– Ei! – eu respondi indignada. – Como se atreve a dizer isso? Seu idiota.

Daryl me olhou superior e avançou em mim ameaçadoramente. Quase encostou sua testa na minha para sustentar o olhar. Depois fez um gesto com a mão como se fosse uma arma e apontou para a própria cabeça.

– É isso que você ouviu. Não tô nesse mundo para ser bom e nem gentil. Não vou sair por aí tendo que me preocupar com uma patricinha ridícula. – Ele ia acrescentar mais alguma coisa, então o rapaz começou a falar.

– Por favor. Deixem-me falar com o Philipe. – O garoto voltou a dizer. – Eu os convenço a devolverem seu amigo.

Então Daryl que estava na minha frente mudou de direção e se abaixou para o garoto que estava sentado no chão. Deu-lhe um tapa na cabeça e ao tentar dar outro foi novamente contido por T– Dog. Aquela conversa estava ficando irracional.

– Vocês querem parar com isso?! – Rick gritou também. – Daryl ou você se controla ou só vai piorar a situação.

– Foi você deixou meu irmão pra trás! Agora sou eu que estou arrumando confusão? Nada disso teria acontecido se você não bancasse o idiota!

Outra briga começou. Eu me afastei da confusão e fui até a porta e peguei a maçaneta. Decididamente não foi uma boa ideia ter me aproximado do grupo. Eles eram muito desunidos. Daryl era um caipira arrogante e hipócrita. “deixa vadia e o china” tudo bem em troca de quê? Sacrificar duas vidas por uma? Ele devia ser um grande panaca mesmo e eu não queria me juntar com pessoas desse tipo. Estava prestes a girar a maçaneta e sumir dali de uma vez quando a discussão terminou.

– Emily, sai de perto da porta. Não queremos chamar atenção. – disse Rick sério. Eu a muito custo soltei a maçaneta e sentei em uma cadeira.

– Vamos atrás do Glenn, vamos fazer uma troca pelos dois...

Rick distribuiu armar para todos nós e me estendeu a bolsa.

– Você pode cuidar dela? – ele perguntou.

Eu peguei a bolsa e concordei.

– Pronto! – resmungou o caipira. – O primeiro inseto que voar perto dessa aí, vai fazê-la largar a bolsa.

– Ignore ele. – Rick cochichou no meu ouvido me fazendo sorrir.

Os três se armaram até os dentes. Rick amarrou a as mãos do garoto que choramingava sem parar e finalmente saímos do prédio. Nós íamos atrás do tal Glenn.

– Você fica perto de onde eu possa ver, patricinha. Não vai quebrar uma unha e deixar a bolsa cair.

Eu olhei para ele furiosa. Aquele caipira debochado e arrogante. Será que valia apena aguentar todos aqueles insultos só para permanecer no grupo?


Notas Finais


* Felipe: é um personagem que aparece no 4° episodio da 1° temp,

E aí galera gostaram?
Este capitulo é mais a introdução.
Será que vão conseguir salvar o Glenn?
E as picuinhas de Daryl, será que ele finalmente vai parar?

Spoler:
Daryl se machuca e Emily vai cuidar de seus ferimentos...
Até o proximo


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