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História Unidos Pelo Caos - Água e Vinho


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas maravilhosas e lindas leitoras.
Desculpe a demora em postar, estava com algumas coisas para resolver...
Acabei de postar mais um , espero que gostem
Quero dedicar este capitulo a ManiaDeAnime e Maykarolina que favoritaram a fic.
OBS: Provavelmente terá muitos erros ortográficos neste capitulo, mas não me culpem. é que meu world( não sei como) parou de funcionar o revisor de texto, e eu ainda estou fuçando a conf. para descobrir o que aconteceu.
Obrigada por todos os recadinhos que recebi minhas lindas
Boa leitura:

Capítulo 20 - Água e Vinho


Capítulo 20 – Água e Vinho

 

As horas se arrastaram vagarosamente. A demora de Rick, Glenn e Hershel era perturbadora, mas não tanto quanto o de Lori e Shane. Eu estava muito ansiosa com aquela espera que nem percebera que estava atrapalhando o sono de Daryl, até que ele mesmo se virou para mim com ar de poucos amigos.

– Você quer ficar quieta! Está com formiga na roupa?! –  Ele disse muito irritado. Eu que havia me virado pela quinta vez, me sobressaltei com sua explosão.

– Eu fico como eu quiser! Você não manda em mim. – Eu respondi.

– Mas a droga da barraca é minha! – Daryl rebateu me fazendo perder a paciência.

– Vai jogar na cara? – eu disse me sentando e cruzando os braços. – Que eu saiba, foi você mesmo quem me trouxe arrastada para dentro. Você literalmente me jogou aqui dentro como se eu fosse um saco de lixo! E saiba que ainda está doendo.

– Oh! Desculpa “Vossa Alteza” se a barraca e o tratamento dispensados a vossa senhoria são inadequados. Sabe como é, não? Sou apenas um caipira egoísta!

Engoli os insultos que iria lhe dizer e respirei fundo para não precisar responder. Eu me senti horrível. Eu realmente havia pisado na bola quando lhe disse que era egoísta. Eu não queria dizer aquilo, mas a forma como me tratou... Ele podia simplesmente dizer “não”, não precisava falar daquele jeito...

– OK, desculpa. – Eu respondi me aquietando. – É que eu não consigo dormir...

– E eu com isso?! – ele respondeu me dando as costas e virando-se para o outro lado.

Nós dois ficamos em silêncio por um bom tempo. Eu sabia que Daryl estava com raiva de mim. Agora, se era por conta da nossa discussão ou se porque ele me viu com Shane eu já não sabia, mas adoraria descobrir.

– Daryl. – Eu o chamei.

– O que é? – ele respondeu de má vontade.

– Você ainda está bravo comigo? – eu comecei, mas tomando cuidado com o que dizer. – Sobre o que aconteceu hoje?

– O que você acha?

– Me desculpa... – eu lhe pedi torcendo para que a resposta fosse sim. – Pelo que eu disse lá fora, sobre você ser egoísta. Eu não queria dizer isso.

Daryl não respondeu de imediato. Aquela demora estava me fazendo ficar mais ansiosa que nunca. Então, depois daquela longa espera, ele se virou de barriga para cima.

– Hum... – resmungou. – Não esquenta com isso.

– Mas...

– Eu já disse, não esquenta com isso. – Ele repetiu elevando a voz como se colocasse um ponto final no assunto. Depois em tom de voz neutro completou; – Eu também não fui nenhum santo. Você está sempre se preocupando com o grupo e com o bem estar deles é normal que uma pessoa como você ache que caras como eu sejam egoístas.

Eu me ergui e com a mão segurei seu rosto virando-o suavemente para mim.

– Você nada, Daryl. Apesar de você ser um chato, um idiota e um caipira bruto e ignorante, egoísta é uma coisa que você não é e nunca foi. Eu sei que você é bom.

Eu lhe sorri quando ele me fitou com aqueles olhos pequenos e azuis brilhando através da claridade fogueira.

– E você é uma patricinha muito burra por achar que eu sou esse cara bonzinho que você diz. – Ele respondeu rindo debochado como se estivesse se lembrando de todas as coisas que já tenha feito em vida.

Eu virei de barriga para baixo e apoiei um braço sobre seu peito. Com a outra mão eu alisei seu cabelo e depois deslizei lentamente até chegar ao seu rosto, então comecei a acaricia-lo.

– Não adianta caipira... Você não é o vilão dessa história. – Eu lhe disse rindo de sua expressão e batendo com o indicador na ponta de seu nariz.

– Cala a boca. Você não sabe com quem está se metendo, patricinha azucrinante. – Ele respondeu se erguendo sobre mim em segundos.

Daryl encostou sua boca na minha levemente. Eu senti meus lábios serem puxados suavemente quando minha boca foi mordida pela sua. Seus dedos longos e grandes seguraram meus ombros e deslizaram sobre meus braços e depois subiram até chegar ao meu pescoço, onde parou pressionando-o. Sua boca grudou novamente na minha e nos beijamos, a princípio vários beijos curtos e doces. Depois foi aumentando a intensidade e em segundo estávamos nos devorando.

De repente ficou difícil de respirarmos, então começamos a ofegar enquanto nossos desejos e nossos gemidos se tornaram cada vez mais desesperados e mais altos já que estávamos apenas nos dois do lado de fora em meio ao silêncio noturno.

Então Daryl se encaixou entre minhas pernas forçando– as a se abrirem para ele. Sua mão agarrou uma delas colocando– a sobre a sua. Meus braços grudaram se suas costas de bom grado. Então Daryl subiu sua mão por baixo de minha blusa quando uma luz mais intensa que a da fogueira brilhou seguida de um som de motor.

Shane e Lori haviam retornado.

Eu desviei minha boca da sua e o empurrei para o lado me levantando em seguida.

– O que você está fazendo? – ele me perguntou indignando.

– Eu vou ver a Lori. – Eu respondi me erguendo e saindo da barraca logo em seguida.

– Puta que pariu! – eu ainda pude ouvir ele reclamar enquanto deitava de volta sobre as cobertas com as mãos sob a cabeça.

Eu caminhei para o lado de fora e segui até o carro. Shane tinha encontrado a Lori vagando pelas ruas após ter sofrido um acidente de carro, mas por sorte não foi nada grave. Lori estava nervosa com Shane porque ele havia lhe dito que o Rick já tinha voltado. Eu a deixei de repouso dentro da casa após me certificar que estava tudo bem antes de voltar para a barraca. Quando entrei, Daryl já estava dormindo.

* * *

 

O dia amanheceu novamente. Eu abri meus olhos e fitei o verde escuro da lona da barraca quando percebi que Daryl não estava mais ali. Então me levantei e sai para fora. Tudo estava igual, Rick não tinha voltado ainda e minha preocupação aumentava a cada minuto. Desde que fomos para a fazenda eu simplesmente não tinha descanso; fui até a casa de Hershel ver como estava a Beth e depois a Lori. Quando me certifiquei que estava tudo em “ordem” segui rumo às barracas para tomar café quando Maggie me chamou.

– Emily!

Eu parei de andar e me virei. Maggie se aproximou de mim com uma xicara na mão. Quando já estava perto o suficiente, ela me estendeu o copo e eu o peguei.

– Obrigada. – Ela disse.

– Pelo quê?

– Por estar cuidando da Beth nesse momento. Não sei o que deu no papai e se você não estivesse aqui cuidando dela eu não sei o que teria acontecido... – ela disse com um toque de tristeza na voz.

– Maggie, não se preocupe nem com a Beth e nem com o seu pai. Eu sei que eles vão ficar bem. – Eu coloquei uma de minhas mãos em seu ombro e sorri reconfortando– a. – A Beth já está bem melhor e o Hershel logo está de volta com o Rick e o Glenn.

Ao ouvir o nome de Glenn, lágrimas escorreram espontaneamente dos globos grandes e azuis de Maggie. Então essa era a sua preocupação, afinal. Maggie estava preocupada com Glenn.

– Maggie se eu fizer uma pergunta, promete que me responderá com franqueza?

– Claro. Você salvou minha irmã. – Ela disse secando as lagrimas.

– Você gosta do Glenn? Quero dizer, você gosta realmente do Glenn?

Maggie foi pega de surpresa. Ela arregalou ainda mais seus olhos e me fitou confusa.

– Como assim? Eu...

– Maggie, você sabe que o Glenn é um cara sensível e precisa de apoio.

– Mas eu apoio ele!

Eu balancei a cabeça negativamente com um sorriso amarelo no rosto.

– O que foi? – ela me perguntou insegura.

– Maggie, fui eu e o Daryl que descobrimos sobre o celeiro. O Glenn não nos contou nada.

Maggie passou a mão pelos cabelos curtos e me olhou assustada.

– Então eu o acusei sem motivos?

Eu bebi um gole do café e confirmei com a cabeça. Depois do gole eu desci o copo de volta e lhe sorri.

– O Glenn gosta de você, Maggie. Peça desculpas e viva feliz com ele. – Eu respondi devolvendo-lhe a xicara. – A propósito, o café está muito bom.

Maggie sorriu ao receber o copo enquanto eu me virava e caminhava para as barracas.

– Emily! – Maggie me chamou novamente. Eu parei e olhei– a. – O que você e o caipira estavam fazendo sozinhos lá no celeiro? – ela perguntou sorrindo maliciosamente.

– Nada que você e o Glenn já não tenham feito. – Eu disse.

– O quê? O Glenn contou o que aconteceu na farmácia? – ela perguntou deixando de rir e me olhando espantada.

Eu também arregalei os olhos, só que para rir. Gargalhei com vontade.

– Você e o Glenn transaram? Na farmácia ainda por cima? – eu perguntei entre soluços e com lágrimas nos olhos. – Eu só joguei verde e você caiu direitinho.

Maggie jogou a xicara em mim. Eu me abaixei e o copo passou voando pela minha cabeça. Então Maggie veio correndo atrás de mim. Eu também corri para fugir dela. A muito não me divertia assim. Até que trombei em alguém e quase caí no chão com o impacto.

– Uhh! – eu exclamei ainda rindo quando ergui meu olhar. Eu trombara em Daryl que me segurou pelos ombros e me afastou. Ao olhar para sua expressão meu sorriso morreu. – Desculpa.

– Que palhaçada é essa? Não teve infância?

Eu me afastei um pouco enquanto Maggie se aproximava ainda correndo. Quando ela viu a tensão entre nós dois diminuiu a velocidade até parar.

– Para de ser chato! – Maggie disse para ele. – Solta a Emily e deixe ela se divertir.

Daryl soltou meus ombros e apontou o dedo indicador para Maggie.

– Por que você não cuida da sua vida? Ou melhor... Por que não vai cuidar da pirralha da sua irmã que precisa, mas da sua atenção do que eu?

– Idiota! – Maggie exclamou mostrando-lheo dedo do meio. Depois olhou para mim sorrindo. – Que cara chato foi arrumar você, hem Emily?

Eu dei de ombros e sorri ao observei por um momento ela virando-se para ir embora e depois voltei-me para Daryl. Sempre ele. Sempre estragando minhas diversões.

– Garota irritante! – Daryl resmungou entre os dentes olhando para ela com um olhar homissida.

– Por que fez isso?! Nós estamos de favor aqui e é assim que voce trata a filha do dono?! – eu lhe reprendi. Bom, pelo menos eu tentei, pois nada que eu ou qualquer outra pessoa dissesse parecia surtir efeito em Daryl e o fazer sentir-se envergonhado de algo.

– Pra mim tanto faz se estamos aqui ou em qualquer outro lugar. Dá no mesmo. – ele respondeu indiferente.

– Então se não se importa com nada vá para onde quiser mas deixe– nos em paz aqui. – eu lhe devolvi um pouco irritada.

Daryl ouviu em silencio, então depois me pegou pelo braço e me levou [ na verdade, me arrastou ] até a barraca.

– O que pensa que está fazendo?

– Voce não está afim de se divertir? – ele falou ironico. – Então tenho algo que vai te destrair por um bom tempo!

– E o que é? – eu perguntei inocentimente.

Daryl entrou na barraca e se sentou nos cobertores. Eu entrei tambem e observei ele tirar a blusa. Em seguida se aproximou de mim e me puxou para mais perto, desceu sua mão até o meu cinto e puxou a faca que estava presa nele me estendendo– a.

– Acho que já está na hora de tirar esses pontos, enfermeirinha. – disse ele se deitando de lado com a parte do curativo pra cima.

Eu bufei impaciente e me ajoelhei ao seu lado. Com muito cuidado cortei as faixas de gaze e fui tirando ponto por ponto. Era um trabalho lento e chato, mas pelo menos, era só de seu abdomem que eu ia tirar, pois o da cabeça ele havia tirado sozinho.

– O que foi? Voce não é o Daryl Caipira Dixon que sempre se vira sozinho?  – eu o provoquei. – Não consegiu tirar esses pontos?

– Por que voce não cala essa boca antes que eu a custure para você?

– Voce não seria capaz... – eu repondi. – Além do mais, voce passa tempo demais dentro daquela mata para se preocupar com isso.

Após meia hora, todos os pontos já haviam sido retirados e a faca entregue de volta ao seu lugar preso ao meu sinto.

– Já pode se levantar e vestir a blusa. – eu lhe disse jogando sua camisa para ele.

– Eles voltaram! Eles voltaram! – ouvimos Andrea dizer, então eu me levantei e sacudi os fiampos das linhas de cima de mim enquanto Daryl vestia a blusa e se levantava.

– Ei, me espera aí. – ele disse se erguendo e me seguindo um pouco afastado.

Todos nós nos reunimos em volta no patio e aguardamos o carro se aproximar de nós. O carro estacionou em nossa frente. Carl e Lori correram para os braços abertos de Rick quando ele desceu do carro. Maggie abraçou Glenn e seu pai. Hershel por outro lado parecia inflexivel.

Patricia, Emily, – ele disse para mim e para a mulher de Otis. – Preparem a mesa de cirurgia.

Eu e Patricia acentimos, quando T. Dog perguntou apontando para o interior dor carro.

– Quem é esse cara?

– Wendell.  – disse o Glenn.

– Não podiamos deixa-lo lá. – Rick continuou. – Ia sangrar até a morte.

Então ele, T. Dog e Shane levaram– no para dentro onde nós tres, eu, Patricia e Hershel o operamos. Como eu disse, desde que fomos para a fazenda que eu não tenho um minuto se quer de folga. Mas não reclamo, pelo menos eu estava sendo util ao grupo salvando vidas. Quando o garoto que devia ter uns desenove ou vinte anos estabilizou e ficou de repouso, todos nós nos reunimos na sala em volta da mesa para conversamos sobre o que aconteceu no bar.

Então os tres contaram como Rick teve de matar dois homens dentro de um bar e que depois foram atacados por outrs tantos e que o garoto tinha ficado preso nnas laças de um portão.

– O que vamos fazer com ele? – Andrea perguntou.

– Estabilizamos a perna, mas o nervo foi danificado então ele não vai conseguir andar pelo menos por uma semana.

         – Quando ele se recuperar vamos dar um cantio pra ele soltá-lo por aí. – Rick respondeu.

Shane não gostou da decisão e o reprenedeu dizendo que o garoto sabia onde estavamos e que se o soltassemos ele podia ir contar ao seu grupo que viria tomar a fazenda. Confesso que eu tive que concordar com ele.

– A gente tem que montar guarda. – T.Dog optou.

– Quer saber? – disse Shane soando sarcastico. – Eu vou lá trazer uns docinhos e umas flores pra ele. – então saiu da sala. Andrea foi atras dele.

Hershel depois de ver como a Beth estava se aproximou de mim e me agradeceu pelo que eu tinha feito ate o momento e depois ele mesmo assumiu meu posto. Eu enquanto isso, fui fazer vigia com Dale. Na verdade, ele vigiou e eu fiz companhia, estava tão cançada que não tinha forças para mais nada.

 

* * *

 

Cinco dias se passaram e assim como Hershel havia dito, era hora de despachar o garoto para bem longe. Eu me ofereci para ir com Rick e Shane que haviam partido bem cedo, mas o caipira do Daryl, como sempre,  deu um chilique, dizendo que eu devia me preocupar com minhas obrigações e não perder meu tempo indo salvar pessoas estranhas que nem pertenciam ao grupo, então nós brigamos e gritamos por horas mesmo depois que Rick e Shane já haviam sumido e agora estavamos sem nos falarmos há pelo menos cinco horas.

– Voces ainda estão sem se falar? – Maggie perguntou para mim enquanto eu, ela e Lori estavamos preparando o almoço na cozinha.

– É tão obvio assim? – eu perguntei enquanto cortava alguns pipinos.

– Voces estão falando do Daryl? – Lorinos perguntou erguendo o rosto. Quando concordamos, ela completou. – Nossa, aquela briga foi feia mesmo, todos nós a presenciamos.

– Como voces são dramaticas... – eu respondi colocando o pote com os pipinos já cortados sobre a mesa. – Foi uma briga normal como qualquer outra.

– Se comparada ao nivel de briga de vocês... a gente pode considerar normal mesmo. – Maggie rebateu rindo de mim.

– tá falando o que, hem Maggie. Eu pelo menos não quebrei um ovo na cabeça do Glenn.

Lori sorriu e começou a preparar um prato para Beth que ainda  se recusava a comer.

– Mas a Maggie e o Glenn estão juntos. É normal.

Eu e Maggie olhamos para a Lori. Ela por outro lado não entendeu o que estava acontecendo.

– Você não contou Emily? – Maggie me perguntou. Eu dei ombros, então ela se virou para Lori. – A Emily e o Daryl estão juntos.

– O quê?! – Loriperguntou se sobressaltando e ao mesmo tempo sorrindo surpresa. – Você e o Daryl? Mas ele é tão anti– social, como foi que você conseguiu?

– Gente, espera aí. – eu disse erguendo as mãos e pedindo um momento. – Calma aí. Eu e o Daryl não estamos juntos, juntos, juntos como vocês estão dizendo, não. A gente só ficou umas duas vezes e nada mais.

– É minha cara, do jeito que está o mundo lá fora, se eu fosse você não deixava essa oportunidade passar não. – Loridisse voltando a preparar os pratos. – Não restaram muitas opções  e te falo uma coisa, até que o Daryl apesar do jeitão dele é um bom partido. É só você aprender a “amaciar a fera” se é que você me entende...

Nós três caimos na gargalhada antes de nos recompormos e voltarmos aos nossos afazeres.

– Voces duas  são umas figuras mesmo... – eu repondi ainda respirando com dificuldade por causa dos risos.

Lori pegou o prato pronto e ergueu se preparando para sair da cozinha.

– Eu vou levar lá para a Beth, ela precisa comer alguma coisa. E você mocinha, – ela acrescentou para mim. – É bom você agir logo por que já tem lobos de olho no seu cordeiro.

Eu olhei para ela sem entender, então Lori respirou fundo e se aproximou de mim. Olhou para os lados para ver se vinha alguem e quando certificou sde que eramos somente nós tres ali ela disse.

– A Carol anda muito preucupada com ele. Depois que perdeu a Sophia e o Ed, ela não tem muito o que fazer então passa a maior parte atrás  dele. Daryl sempre se afasta, mas até quando? Pense nisso.

Então ela saiu da cozinha e subiu as escadas. Eu e Maggie nos enncaramos tentando processar tudo aquilo.

– Ela tem razão. Sabe, a Lori é casada e tem um filho. Ouça ela. – Maggie me disse saindo da cozinha e indo chamar os outros para comer.

Eu fiquei ali sozinha pensando “na morte da bizerra” com os braços cruzados e escorada na pia. Talves elas estivesse certas ou talves não. Ah! Que se danasse! Eu e Daryl eramos como água e vinho, nunca ficariamos juntos, pelo menos nessa vida.

 

* * *

 

Todos nós nos reunimos para almoçar ao redor da mesa. Carol e Andrea começaram a nos servir. Eu já estava começando a comer a comida quando Carol fez o último prato e olhou ao redor. Aposto que procurando por Daryl que ainda não tinha aparecido.

– Emily, você viu o Daryl? – ela me perguntou preocupada.

Lori olhou para mim como se quizesse dizer “eu te avisei”. Eu encarei a Carol e fiz que não com a cabeça.

– Tadinho.. onde será que está agora? – ela comentou olhando para fora da janela.

– Depois daquela briga, ele deve ter se metido na mata e deve estar matando a torto e a direito todos os zumbies que encontrar pelo caminho. – disse T. Dog rindo enquanto mastigava a comida. – Sabem como ele é, deve estar “p” da vida. Se eu fosse você Emily eu me esconderia depois que ele voltar.

Eu fiz uma careta zombeteira para T. Dog, mas não respondi. Todos agora falavam de nossa briga, inclusive Dale.

– Eu vou levar a comida para ele. Deve estar dentro de sua barraca nesse momento. – a Carol disse pegando o prato e se preparando para sair.

Não sei o porquê, mas a Carol toda preocupada com o paradeiro de Daryl estava me deixando nervosa. Talves a Maggie e a Lori tenham me envenenado dizendo todas aquelas baboseiras e absurdos para mim. Eu deixei o meu prato e lado e me levantei.

– Deixa que eu levo Carol. Pode comer o seu. – eu disse me aproximando dela.

– Não, Emily. Você nem terminou o seu. Deixa que eu levo, vá descansar. – ela respodeu relutante.

– Carol. – disse Lori sorrindo para mim. – Por que não deixa a    a Emily levar? Daryl sempre ouve ela.

Eu fuzilei Lori com o olhar. Eu sabia muito bem onde ela queria chegar com todo aquele papo.

– Mas os dois estão brigados. Daryl não vai querer falar com você. – ela disse elevando um pouco a voz.

– Olha só Carol, eu durmo na mesma barraca que o Daryl. Então, de qualquer forma eu vou ter que ir lá uma hora ou outra.

Carol me olhou relutante, então entregou o prato como se isso lhe custasse muito. Eu saí da casa e caminhei em direção a barraca. Eu não estava afim de falar com ele, eu só ia entregar a comida e pronto.

Eu me aproximei das barracas e encontri Daryl sentado na frente de uma delas. Ele não estava fazendo absolutamente nada. Apenas olhava para o horizonte absorto em seus pensamentos. Mal notara minha presença.

– Toma. – eu disse lhe estendendo o prato.

Daryl nem me olhou.

– Não vai comer? – eu perguntei um pouco rispida. – Ou a empregada aqui não fez o trabalho direito?

Daryl finalmente ergueu os olhos para mim.

– O que você quer, hem? Fala logo.

 – Otimo! – eu respondi aproveitando a deixa para dizer continuar a discusão que começou de manhã. – Primeiro, você não tinha direito nenhum de me proibir de ir junto! Você mesmo disse que não devemos satisfações a ninguem, então tambem não devo a você e segundo, a gente nem tá junto pra você achar que manda em mim.

Daryl se levantou e me encarou.

– É isso que você acha, não é?

– Sim. Eu acho.

– Pois saiba que se faço isso é só pra te proteger! – ele gritou pra mim. – Você é muito... você é muito...

Daryl estava sofrendo agum comflito interior, pois ele não conseguia terminar a frase.

– Eu sou o quê? Hem, Daryl? – eu perguntei. – Uma patricinha mimada? Uma otária que não sobreviveria nem um dia se quer sozinha? Uma desmiolada que nã...

– Foi por causa dele! – Daryl disse se sobrepondo a mim. – E por causa daquele delinquente que a gente nem conhece. E se acontecesse alguma coisa lá? E se no fim restasse apenas você e o garoto ou o Shane, hem? Acha que o Rick vai te proteger o tempo todo? Ele tem a sua familia para se preucupar!

Eu fiquei em silêncio por um momento. Lágrimas vieram aos meus olhos e eu me lembrei de minha familia. Lembrei-me de todos que conheci.Daryl tinha razão. Eu estava sozinha e quando as coisas apertassem ninguem me protegeria. Eu teria que me virar sozinha ou então perecer na escuridão da morte eminente.

– Por que você faz isso comigo Daryl? – eu lhe perguntei chorando.

– Por que não quero que te aconteça o mesmo que aconteceu com a Sophia. Eu não me perdoaria, eu falhei ao tentar encontra-la e tambem não quero falhar com você.

Minha raiva passara. Minha tristeza passara. Meu medo passara. Mas porquê eu ainda sentia as lágrimas quentes descerem por meu rosto? Por que meu coração ainda palpitava acelerado? Por que um sorriso bobo e patetico se fez em minha face?

– Daryl, eu... não sei o que dizer... só que... você nunca falhará comigo.

Daryl puxou um lenço de seu bolso semquebrar o contato visual e secou minhas lágrimas um pouco bruto, mas não reclamei. Epois pegou o prato de minha mão e se sentrou em frente a barraca.

– Você já comeu? – ele me perguntou como se essa nossa conversa fosse apenas casual e como se não tivessemos passado o dia brigados.

– Sim, um pouco. – respondi ainda de pé onde ele me deixara.

– Vem. Senta aqui. – ele disse fazendo um gesto com a mão para que eu me sentasse ao seu lado. – Vem comer, aqui tem o bastante para nós dois.

Eu assenti e fiz exatamente o que me pediu. Eu sente ao seu lado e nós dois dividimos a colher e o prato enquanto comíamos ora em silêncio ora conversando.

Foi a melhor refeição da minha vida.


Notas Finais


E aí? Será que o Daryl e a Emi vão se acertar?
E essa revelação do Daryl? o que vocês acharam?
E a quase cena HOT? peguei voces não é?

O que vocês acham que vai acontecer agora?


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