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História Unidos Pelo Caos - Mais Sozinhos Do Que Nunca


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas leitoras!!! Me desculpem a demora em portar...
Quero agradecer a todos os recadinhos que recebi e espero que vocês continuem acompanhado a fic. minhas maravilhas!!
Vamos dedicar este capitulo a KARINAGJ que favoritou a fic:)!!!!
Aqui vai mais um capitulo, um pouco mais dramático, é verdade, mas é o preparatório para os Próximos que serão mais envolventes e apaixonantes
Boa leitura

Capítulo 25 - Mais Sozinhos Do Que Nunca


Capítulo 25 – Mais Sozinhos Do Que Nunca

 

 

– Onde você está Daryl... – murmurei para mim mesma.

Nós nos distanciamos da fazenda e tomamos a estrada de terra para em seguida tomar a principal por onde viemos quando Carl havia tomado o tiro. Eu me encolhi, encostada na janela traseira da caminhonete e juntei minhas pernas rente ao corpo. A arma, agora com apenas duas balas, estava pendurada em minhas mãos trêmulas. Lágrimas brotaram de meus olhos ao ver o celeiro arder em chamas e as dezenas de zumbies vagarem por todo o terreno que há pouco era nosso lar.

Quando estávamos longe o suficiente, eu me virei para a janela e gritei para T. Dog.

– Temos que voltar! Não podemos ir embora sem os outros!

– Ela tem razão! – Lori concordou comigo. – Rick e o Carl estão lá!

– Não! – T. Dog respondeu. Me desculpem, mas eu não vou voltar. Nós vamos sair daqui e procurar um lugar seguro.

Não adiantava dialogar, T. Dog estava determinado e não podíamos simplesmente joga-lo do carro e tomar o volante.

– Para onde está nos levando? – eu perguntei.

– Vamos voltar pela estrada e se mais alguém escapou certamente foi para lá.

Eu assenti e voltei a me sentar na caçamba na mesma posição de antes. A minha mochila junto com a de Daryl e dos outros estavam jogadas aos meus pés de qualquer jeito. As barracas, lençóis, panelas, tudo ficara para trás.

A imagem de patrícia sendo devorada por aqueles zumbies ainda estava gravada em minha mente. Em menos de dois dias perdemos duas pessoas e talvez até mais...

Eu engoli meu choro. Precisava manter minha mente clara e minha cabeça fria para poder raciocinar. Eu precisava me concentrar no presente agora se não teríamos um futuro.

– Dog. – eu gritei para ele.

– Oi!

– Siga pela estrada principal.

– Mas está interditada não vamos conseguir ir muito longe.

– Não precisamos.  Vamos para o ponto de encontro onde deixamos uma mensagem para a Sophia. Tenho certeza que o pessoal vai para lá.

 

* * *Daryl:* * *

 

“Onde você se meteu garota!”

As chamas vorazes subiam em espirais devorando as tabuas do celeiro ao mesmo tempo em que sua luz iluminava o terreno tomado por dezenas de zumbie que vagavam a esmo atrás dos carros que saiam da propriedade em várias direções.

Eu poderia ter seguido qualquer um deles, mas e se a Emi ou outra pessoa não tivesse conseguido escapar eu precisava ajudar.

– Que maldição! – exclamei acertando uma zumbie na cabeça. Eu estava encostado nas cercas do lado de fora com o motor ligado. Em minha mente passavam-se várias coisas ao mesmo tempo. Quando em fim acreditávamos que agora teríamos uma vida pacata que quase imitaria a vida real dá tudo errado. Mas que merda! E agora a garota some, é bom ela estar bem por que se não...

Enquanto atirava em alguns zumbies que se aproximavam ouvi gritos vindo do interior da fazenda. Sem pensar duas vezes, arranquei com a moto em direção aos bramidos.

Carol vinha correndo quase esgotada em minha direção, vários zumbies corriam atrás dela prontos para abocanha-la na primeira oportunidade. Eu parei minha moto para ela subir.

– Anda logo! Vai! – eu gritei para ela ir mais rápido. Antes mesmo de Carol se ajeitar eu já estava saindo através da cerca e indo para a estrada.

Seguimos pela estrada de terra a toda velocidade, pois estava tudo escuro e as laterais cercadas de zumbies.

– Você viu a Emily?! – eu perguntei para Carol enquanto ela me envolvia pela cintura.

– O quê? – ela perguntou confusa aproximando seu rosto do meu.

– A Emily! Você a viu?

– Sim! Ela estava com a Lori quando a vi da última vez!

Eu assenti em silêncio torcendo intensamente para que aquela teimosa estivesse bem. Me coloquei a imaginar onde ela estaria agora. Provavelmente com Rick ou T. Dog. Um farol acesso destacou-se a nossa frente, então acelerei a moto e emparelhei com ele. Pelo vidro da janela pude ver Maggie no volante e Glenn no carona. Ao me ver ela abriu o vidro e sorriu aliviada.

– Ah graças a Deus! – ela exclamou. – Vocês virão meu pai? A Beth?

Eu não respondi, olhei para o banco de trás e não vi ninguém. Não queria pensar em mais nada. Apenas fiz que não com a cabeça.

– Ela estava com a Lori e a Emily. – Carol respondeu por cima do meu ombro.

– Ainda bem! A Emi é durona vai cuidar bem da Beth. – Então virou-se para mim. – Para onde nós vamos?

– Vamos nos reunir na estrada. Onde a Sophia sumiu. Se alguém escapou seguiu para lá. – Eu respondi.

Maggi assentiu com a cabeça concordando. Eu acelerei a moto e fui à frente do carro aproveitando o brilho dos três faróis para me guiar. Não havia mais zumbies pela estrada, provavelmente todos já se encontravam na fazenda atraídos pelo fogaréu.  Devia ter passado das cinco horas da manhã, pois o céu lá apresentava tons mais claros e era possível ver a estrada sem auxilio dos faróis. Em questão de meia hora, já havíamos tomado a avenida principal e agora desviávamos dos veículos batidos na estrada para chegar ao ponto onde havíamos deixado alguns suprimentos para Sophia. O céu estava claro e sem muitas nuvens.

         Assim que nos aproximamos, avistei um carro vermelho estacionado de mau jeito há vários metros à frente. Eu diminuí a velocidade e estacionei. Carol desceu da moto e sentou-se em cima do capô de um carro.

Eu desci da moto e segui até o carro vermelho. Rick, Hershel e Carl caminharam até nós.

Maggie correu e abraçou seu pai.

– Cadê os outros? – Eu perguntei a Rick.

– Nós não sabemos. – Ele respondeu. Eu me senti frustrado diante de sua resposta.

 – Como assim? A Emily não voltou? Eu fui o último a deixar a fazenda e não a vi lá.

Minha raiva era tão grande que eu chutei a primeira coisa eu vi na minha frente. O capacete voou longe caindo fora da estrada.

– Eu vou atrás dela. – Eu disse por fim caminhando até a moto.

– Não vá, por favor. É perigoso demais! – Carol exclamou me seguindo até a moto.

– Que se dane! Eu estou pouco me lixando! Eu não vou deixá-la sozinha por aí.

– Daryl, Carol tem razão. Eu não vou deixar você ir lá. – Rick disse se aproximando. – Eu soltei a mão do guidão e caminhei até ele.

– Vai fazer o que xerife?! Tenta me impedir e eu acabo com você! – eu gritei para ele. Eu estava muito possesso e se ele me provocasse eu juro que o esmurrava.

Como ele não disse mais nada eu subi na moto e liguei o motor. Quando eu estava pronto para acelerar ouvi um barulho de motor se aproximando, então ergui minha cabeça em tempo de ver a caminhonete azul se aproximar.

O carro foi diminuído a velocidade até que parou e de dentro dele saiu T. Dog do banco do motorista, e do banco e passageiro; Lori que abraçou seu filho e marido, e Beth que correu para seu pai e irmã e por último (pulando da caçamba) com os cabelos negros todo bagunçado e uma pistola na mão, Emily. Ao me ver ela correu em minha direção eu desci da moto e senti seus braços quentes me abraçarem pelo pescoço. Eu toquei em cada parte de seus braços, rosto e costas para me certificar que tudo estava ok.

– Oh Daryl. – Ela disse entre soluços se afastando um pouco. Então ergueu as mãos e começou a tocar no meu rosto e nos meus braços. – Você está bem...

Então quando percebeu que estávamos juntos novamente começou a chorar em choque. Eu a abracei ao mesmo tempo em que alisava seus cabelos para reconforta-la.

– Onde estão os outros? – ela me perguntou fragilizada depois de um tempo. – A Andrea, o Jimmy, o Shane?

– Eu não sei. – Eu respondi não sabendo o que dizer. Ela não respondeu apenas fechou os olhos e me abraçou.

 

* * * Emily:* * *

 

Eu queria esquecer tudo àquilo que vi e vivi, mas não dava. Shane não estava ali com a gente, nem a Andrea e ninguém mais.

 – Nós somos os únicos que conseguiram até agora. – Rick respondeu para mim. – O Shane e o Jimmy não conseguiram.

Eu não podia acreditar no que ouvi. O Shane durão e indestrutível não podia ter morrido. Para mim se houvesse os últimos sobreviventes da raça humana, Shane seria um deles. Lori também estava abalada com a notícia.

– E a Andrea? – Glenn perguntou.

– Eu a vi cair quando tentou me salvar. – Carol disse em lagrimas.

– E a Patrícia? – Hershel perguntou.

– Eu a matei. – Eu disse chorando. – Ela tinha sido pega e eles estavam... – Não aguentei terminar a frase, Daryl me abraçou mais ainda para me reconfortar. Mas nada que dissessem ou fizesse não ia ajudar a conter o turbilhão de emoções dentro de mim. Era um dos piores dias de minha vida.

– Temos que continuar andando. Tem zumbies andando por todos os lados. Não dá mais para ficar aqui. – Rick disse para nós.

– Concordo. Devemos ir para o leste. – disse T. Dog encostado na porta do carro.

– Fora das vias principais, quando maior a estrada mais zumbies como esse aí vão aparecer. – Daryl disse apontando para um zumbie que veio se arrastando até nós. – Deixa comigo.

Então ele me soltou delicadamente e pegou sua besta na moto e atirou no zumbi que caiu no chão.

Rick caminhou até o carro vermelho e abriu a porta do motorista.

– Precisamos achar outro lugar seguro, portanto precisaremos economizar gasolina e comida. T. Dog, Hershel, Maggie, Beth vão com o Glenn no carro prateado. Lori, Carol e Carl e Emily vocês vêm comigo.

Eu olhei para Daryl.

– A Emily vai comigo na moto. É mais seguro. – Ele disse para Rick enquanto segurava meu braço apertando-o protetoramente. Rick o olhou em silêncio por um tempo, depois aprovou com a cabeça. Eu assenti e dei um beijo na boca de Daryl antes de ir até a caminhonete pegar nossos pertences.

– As mochilas vão no porta-malas do meu carro. – Rick disse enquanto Glenn abria o porta-malas e eu jogava as mochilas dentro.

Daryl subiu na moto e eu logo em seguida. Segurei-me em suas costas com um pouco de medo, pois nunca havia andado de moto antes.

... algumas horas depois...

A viajem fora longa e cansativa, estávamos à madrugada anterior e o dia inteiro acordados. Não havíamos parado para comer e nem para descansar, pois não encontramos casas e nem abrigos para nos protegermos e nenhum lugar era seguro.

Eu e Daryl não havíamos trocado nenhuma palavra até então, mantínhamos atentos a qualquer ruído que se parecesse com motor de carro ou com rosnados de zumbies.

Quando já devia ser pelo menos umas seis da tarde, o carro de Rick parou e tivemos de parar também.

– Acabou a gasolina. – Ele disse batendo no capô. – Teremos que acampar aqui.

Então ele, Hershel Glenn e Maggie começaram a discutir. Metade aceitou dormir ali, a outra metade disse que era perigoso. Eu me mantinha fora da briga e Daryl por me apoiar ou não também ficou de fora. Eu me afastei e encostei-me ao carro prateado cruzando os braços enquanto Rick berrava sobre estarmos todos infectados. Eu já suspeitava disso desde que o Dr. Jenner tentava nos convencer a ficar e desistir do mundo lá fora. Daryl se aproximou de mim e encostou-se ao carro também como quem não quer nada.

– Você está bem? – ele perguntou.

Eu não respondi de imediato. Minha mente voltou há aquele dia no CCD, onde acreditávamos que seria para sempre, da mesma maneira que acreditamos que a fazenda também seria.

– Não sei. – Respondi.

– Rick decidiu acampar aqui hoje à noite. – Ele disse. Ficamos em silêncio por mais algum tempo antes dele falar de novo. – Vem. Vamos para junto da fogueira. Lá está mais quente.

Então ele envolveu meu ombro com seu braço e me conduziu para junto da fogueira onde o restante estava sentado. Eu me sentei enquanto Daryl tirava sua jaqueta, ele a passou por cima de meus ombros e sentou-se ao meu lado.

– Rick, o que aconteceu na floresta? Digo, você e o Shane? – eu perguntei encostando minha cabeça no ombro de Daryl.

Rick ficou em silêncio por um tempo e me fitou com os olhos brilhantes e sombrios.

– Eu matei ele! – Rick gritou me fazendo-me sobressaltar. – Está feliz agora? Eu o matei!

Eu olhei para Rick como se não o reconhecesse. Como assim ele matou o Shane eu não queria acreditar nisso. O clima piorou depois, pois Daryl se ergueu e encarou Rick.

– Por que tá gritando com ela? Ela só te fez uma pergunta! – Daryl disse secamente apontado para ele. – Você não tem o direito de falar assim!

– Eu estou mantendo esse grupo vivo! Eu estive fazendo isso o tempo todo e não pedi por isso! Eu matei o meu melhor amigo por causa de vocês! – Rick disse apontando para o próprio peito e depois para nós. – Você viu, vocês viram o que ele fazia, sempre me provocando o tempo todo. Ele matou o Randall e encenou tudo para me atrair para uma armadilha.

Eu me levantei e segurei o braço de Daryl.

– Por favor, parem com isso.  Não adianta discutir. – Eu disse para os dois tentando acalma-los. Carl começou a chorar e Lori o abraçou.

– Eu acho que vocês devem ficar sem mim! Podem ir! Podem fazer melhor? Vamos ver até onde vocês podem chegar? – Rick disse novamente olhando para todos nós. Como ninguém respondeu ele continuou. – Ótimo! Ninguém vai? Então fiquem cientes que isso aqui não é mais uma democracia.

Então se afastou e nos deixou ali onde estávamos com o clima tenso e frio. Eu me virei para Daryl e o encarei. Ele estava muito exaltado com tudo aquilo. Eu queria reconforta-lo, dizer que tudo ia ficar bem, mas ele me repeliu e foi sentar na pedra. Eu ignorei a sua raiva como eu sempre fazia e fui atrás de Rick.

Ele estava encostado em uma arvore. Olhava para a frente mais sem realmente enxergar nada. Eu me aproximei devagar para ele não pensar que era um zumbie.

– Rick, eu quero dizer que ninguém aqui está te culpando por nada. Nós estamos vivos e apesar de muitas perdas... a gente conseguiu sobreviver.

– Eu sei que você me culpa pela morte do Shane.

– Rick, eu não disse isso. Eu sei que você deve ter tido seus motivos e não cabe a mim julgar você. Rick, eu confio no seu julgamento.

– Obrigado. – ele respondeu. Eu lhe dei um beijo no rosto e o deixei com seus pensamentos.

Quando voltei para junto do grupo, encontrei-os conversando entre si em voz baixa. Daryl como sempre estava carrancudo encostado em uma pedra distante dos outros. Eu me aproximei e sentei ao seu lado.

– Está melhor? – lhe perguntei sorrindo.

– Me deixa.

– Nossa, Daryl. O que houve?

– A Andrea. Não acredito que a deixamos sem ter certeza de que ela...

– Daryl, a Carol disse que ela caiu. Eu sei que você e ela eram chegados...

Daryl então me cortou dando-me um beijo na testa.

– Vamos dormir, amanhã temos que sair em busca de gasolina e suprimento. – Então ele se levantou e foi até o carro, voltou minutos depois com sua mochila de onde tirou um cobertor e estendeu no chão deitando-se em seguida. – Você vem?

Eu assenti e me deitei também, de conchinha. Daryl passou o braço por cima de minha cintura e me puxou para mais próximo. Eu fechei meus olhos e me aconcheguei. A fogueira foi apagada e nós dormimos em silencio.

O dia seguinte chegou frio e com neblina. Nós acordamos todos ao mesmo tempo, pois Rick estava de pé nos acelerando.

– Daryl, você vem comigo. T. Dog e Glenn cuidem dos outros e preparem as coisas para irmos embora.

Daryl assentiu e começou a arrumar as coisas.

– Você vai de moto? – eu lhe perguntei.

– Não. Vai acabar gastando mais gasolina. Nós vamos a pé.

– Daryl, traz para mim se você achar... alguma coisa de primeiros socorros. A minha maleta ficou para trás.

– Até mais então. – Ele disse.

Eu assenti e o observei ele pegar sua besta e colocar nas costas antes de seguir estrada com Rick. Eu os observei se afastarem até suas silhuetas sumirem ao longe. Lori me acompanhou...

– Eu vou procurar alguma coisa para a gente comer, um esquilo, um coelho... – T. Dog disse sacando sua automática. E entrando na mata.

– Eu vou junto! – eu exclamei me erguendo da pedra e limpando minha mão na calça. Eu peguei minha pistola e a coloquei no cós da calça e verifiquei se minha faca estava bem presa ao cinto antes de caminhar até Dog.

– “Vambora” que eu estou de fome. – Ele falou para mim.

– Não vão muito longe, a gente pode precisar de vocês se outro bando como aquele aparecer. – Lori disse abraçando seu filho.

Uma hora depois voltamos da mata com dois coelhos (um casal na verdade) e um esquilo. Ao sair da mata nos deparamos com Glenn e Maggie com seus revólveres apontados para nós. Ao nos ver, eles abaixaram as armas e sorriram.

– São só vocês. – Glenn disse aliviado.

– E quem vocês esperam? O papai Noel? – eu brinquei fazendo-os rir.

– Não. Mas podia ser um zumbie. – Glenn se defendeu sorrindo.

– O que você pensa que está fazendo?! – Alguém me perguntou rispidamente. Daryl que havia retornado com Rick, disse caminhando até mim. Garrafas contendo um liquido âmbar pendiam de suas mãos, que supus ser gasolina.

– Eu fui caçar com o Dog. – respondi normalmente.

– Eu não sou cego. – Ele respondeu mais arrogante que nunca. Empurrando as garrafas nas mãos de Glenn me puxou pelo braço me afastando dos outros.

– Por que você está fazendo isso? – eu perguntei tentando me soltar.

– Você está tentando se matar?! Entrando sozinha no meio da mata apinhada de zumbies?!

– Eu fui buscar comida para nós! – eu respondi me defendendo.

– Você sabe que não precisava se arriscar assim. – ele disse abaixando o tom de voz e tirando do bolso algo. – Eu tô aqui tentando manter você viva e é assim que você me agradece?

Eu não respondi.

– Já perdemos muitas pessoas e assim o grupo fica mais fraco.

– Então você me ver apenas como um número dentro do grupo? Apenas mais uma que pode servir de apoio caso aconteça algo?

– Eu não disse isso. – Ele respondeu tentando voltar atrás soltando meu braço.

– Você disse tudo. Achei que eu significasse algo para você, mas já vi que estava enganada. – Eu disse secamente caminhando em direção aos outros.

– Ei, Emily! – ele me chamou. Eu parei e me virei devagar.  Será que ele vai me pedir desculpas? Será que vai dizer que eu estou enganada e que realmente se importa comigo? Eu caminhei alguns passos em sua direção e parei a mais ou menos um metro e meio de distância.

– Sim? – perguntei esperançosa.

– Eu trouxe as coisas que você pediu. – Ele disse tirando uma bolsa de couro marrom do ombro que até então eu não tinha reparado.  Ele caminhou até mim e jogou a bolsa em minhas mãos. – Toma.

Eu peguei a bolsa sentindo-me como se eu estivesse em uma poça de areia movediça, pois o meu animo foi fundando cada vez mais.

Nós comemos em silêncio os coelhos e o esquilo, um pedacinho de nada na verdade. Daryl não falou comigo em nenhum momento, isso me deixou triste, pois me senti vazia e isolada, como se não pertencesse ao grupo. Shane dissera uma vez que ele e eu não nos encaixávamos no grupo e que devíamos partir. Lembrar dele agora, me fez sentir-me mais só do que nunca. Ele não estava mais ali para levantar meu animo quando Daryl o fazia despencar. Eu tinha que encarar isso e pior, eu tinha que aceitar. Depois de comer rapidamente nos preparamos para seguir viagem.

– Vamos! – Daryl disse para mim, por fim subindo na moto e fazendo um sinal com a cabeça para que eu subisse também. Eu assenti em silêncio e passei a bolsa de couro por meu ombro atravessando– a e subi na moto.

Nós ainda tínhamos muitos quilômetros a frente. E se seriam tão vazios e solitários como esse, eu já não sabia dizer... Mas de uma coisa eu podia ter certeza: nossos dias dali em diante seriam mais perigosos do que nunca.

 


Notas Finais


Chiii, será que essa confusão separou o Daryl e a Emily?
o que vocês acharam da preocupação do Daryl em encontrar a Emi?
Será que eles vão se acertar?

Não percam, os próximos capítulos.
Cinco meses na estrada antes de encontrarem a prisão... muita coisa pode acontecer nesse período, coisas que não apareceram na série.
Alguém se arrisca a a adivinhar?


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