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História Unidos Pelo Caos - Um Novo Lugar Seguro


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas leitoras
me desculpem a demora, ta ficando difícil postar com mais frequência, mas eu estou me esforçando.
Agradeço a todos os recadinhos que recebi e espero continuar recebendo mais... galera, voces que estão acompanhando não esqueçam de deixar um recadinho aí em baixo. é muito importante para a divulgação da fic e me motiva a postar mais rapido :)
Dedico o capitulo de hoje para HAISCISINIO, LALA_CC, LUCIANAESPINOSA E MRSSTOKES por favoritarem a fic
OBRIGADA MENINAS.
Neste capitulo voces conheceram mais um pouco do passado da emi...
Boa leitura lindas :

Capítulo 26 - Um Novo Lugar Seguro


....alguns meses atrás....

O som da música 1979 da banda Good Charlotte tocou abafado dentro de minha bolsa de couro preta. Eu a abri e descobri que o toque era na verdade a campainha de meu celular.

–Um minuto, por favor. –eu disse para uma colega chamada Pamela. Nós estávamos voltando de um restaurante onde havíamos almoçado há pouco.

–Alô? –eu disse atendendo o telefone ao ver minha amiga se afastar.

–Olá amor. –uma voz masculina respondeu do outro lado da linha. Era Sam, meu noivo.

–Olá, amor. Eu estou bem e você? –eu disse enquanto ajeitava a bolsa em meu ombro e seguia pelo estacionamento do hospital.

Enquanto eu andava em direção à escadaria que dava acesso a portaria do prédio principal, avistei um carro do necrotério municipal e mais um carro da policia cientifica. Dois agentes carregavam o carro com um saco branco no formato de uma pessoa.

–Oi... você ainda está aí? –San perguntou ao celular.

–Sim, sim. Desculpa. É que acho que algum paciente deve ter morrido. –eu disse parando à porta de vidro e observando a cena.

–Não se preocupe querida, pessoas morrem todos os dias, nem sempre é possível salvar todo mundo. –ele disse tentando me reconfortar, pois sabia que em minha profissão, perder pessoas era uma coisa que não podia acontecer.

–Mas é que já é o terceiro esta semana e a população está começando a suspeitar de negligencia. A policia veio aqui ontem e pelo que eu estou vendo, hoje também.

–Vai dar tudo certo. Eu vi uma reportagem no jornal dizendo que uma epidemia de meningite estava atacando as pessoas. Deve ser a doença. –ele me disse soando profissional e pelo seu tom eu sabia que estava sorrindo. –Agora vai lá que eu já devo ter tomado bastante de seu tempo.

Eu concordei e me despedi com promessas de amor eterno e outras coisas que só dizemos a nosso amante.

–Srta. Taylor, não é? –disse-me um oficial de policia mostrando-me um distintivo quando eu atravessei a porta.

Eu confirmei com a cabeça.

–Sim, sou eu.

–Eu sou o investigador Mackenzie e gostaria de lhe falar em particular. Pode me acompanhar? –ele disse indicando uma das salas de espera.

Eu o segui até uma das salas e fechei a porta em seguida.

–É sobre o falecido? –eu lhe perguntei sentando em uma cadeira.

–Como você sabe? –ele me perguntou desconfiado sentando-se em minha frente e tomando nota em uma caderneta.

–Eu vi um carro funerário no estacionamento quando entrei.

–Ah sim. O nome dele era Antony O´Connel. Você era enfermeira dele.

Eu respirei fundo tentando me lembrar quem era o tal paciente.

–Sim, ele estava internado com sintomas de meningite. –eu respondi, então me lembrei do que Sam havia dito. –Soube que está havendo uma epidemia da doença.

–Srta. Taylor, com sua experiência em medicina, gostaria de lhe fazer uma pergunta profissional.

–Então faça. –respondi firmemente.

–Por acaso, a senhorita já viu algum paciente portador na meningite ficar cego e perder o controle sobre si mesmo?

–Não senhor. O que quer dizer? –eu perguntei não entendendo sua pergunta. Havia algo de muito estranho naquilo tudo.

–Suas colegas de trabalho me disseram que ele se levantou mesmo após não ter mais pulsação e tentou ataca-las, morde-las.

–Isso é absurdo. –eu disse me erguendo da cadeira.

–Você acha? Então venha comigo. –ele disse caminhado para fora da sala, eu o segui. Nós fomos para o pátio onde eu vi o sr. Antony totalmente desfigurado. Os olhos fundos e cegos, a pela macilenta e desidratada. Um verdadeiro monstro.

–Senhorita, devo informar esse não é o primeiro caso. Em menos de quinze dias já registramos pelo menos sete casos iguais. E isso pode ser qualquer coisa, menos meningite.

Aquilo me preocupou e assim que terminei meu turno voltei para casa e sentei-me na frente do computador em busca de mais noticias sobre o que o policial havia dito. Encontrei muitas informações, todas elas sempre vinham acompanhadas da palavra Zumbie...

...Hoje...

Nós ainda tínhamos muitos quilômetros a frente. E se seriam tão vazios e solitários como esse, eu já não sabia dizer... Mas de uma coisa eu podia ter certeza: nossos dias dali em diante seriam mais perigosos do que nunca.

Depois de andar muitos quilômetros em estradas desertas com encostamentos vazios o dia inteiro, nós finalmente chegamos a um pequeno vilarejo com apenas algumas casas de madeira. Já estava ficando tarde e o melhor a fazer era descansar, pois ainda teríamos um dia muito longo pela frente na manhã seguinte.

Escolhemos a primeira casa da rua para passarmos a noite. Eu desci da moto e saquei minha arma. Daryl, T. Dog e Rick entraram na casa deixando eu e Glenn de vigia do lado de fora enquanto o pessoal continuava seguro dentro dos carros.

Após uma varredura no local, Daryl apareceu na porta fazendo sinal para que entrássemos. Eu caminhei até o carro e estiquei minha mão chamando-os em silencio.

Lori e os outros desceram do carro com as mochilas e correram em silencio para dentro da casa, eu entrei em seguida e Glenn por ultimo. Nos acomodamos da melhor maneira possível no chão da sala, Lori dormiu no sofá pois estava gravida e tínhamos que ter muito cuidado com sua saúde. Maggie e Beth revistaram a cozinha atrás de algo que valesse a pena comer e Hershel conversava com Rick em particular enquanto espiavam pela janela.

–Não desfaçam as malas, amanhã a gente parte de novo. –T. Dog disse para todos nós em voz baixa. Eu assenti com um sorriso triste para ele e em seguida sai para explorar a casa. Me lembrar de Sam me deixou mais cabisbaixa que antes. E se a caixa de pandora não tivesse sido aberta? E se o mundo não tivesse virado o inferno será que eu e Sam teríamos nos casado como havíamos planejado? Será que eu teria tido filhos? Impossível prever o que teria acontecido uma vez que ele se foi para sempre, assim como a minha família.

Eu subi a escada em direção aos cômodos de cima. O primeiro quarto que entrei era grande e pouco mobiliado. As paredes eram enfeitadas com papel colorido e quadros diversos. Eu sentei-me na cama e cruzei os braços. A noite passou e eu nem a percebi. Acordei na manhã seguinte com Daryl batendo em meu ombro me obrigando a levantar. Eu abri meus olhos com dificuldade e me levantei da cama. Daryl me estendeu a mão mas eu ignorei.

–Vamos logo. Só falta você comer. –ele resmungou recolhendo a mão. Então desceu a escada e eu o segui.

Após comermos alguma coisa caímos na estrada novamente...

...Os gritos eram escurecedores. Quando foi que o mundo virou um completo caos?

Lembro-me de que depois da morte do sr. Antony, muitas outras aconteceram. Agora eram tantas que os carros da funerária já não eram suficientes então agrupávamos os corpos um em cima do outro no estacionamento. As coisas iam de mal a pior. Foi ai que a epidemia atacou a cidade, as pessoas corriam pelas ruas... roubavam suprimentos... destruindo lojas e postos de gasolina... uma anarquia total...

Eu corri até a casa de Sam e juntos, decidimos sair da cidade e ir para outro lugar. Em uma ligação ficou descido que eu e ele iriamos para casa de meus pais em Atlanta...

* * *

Daryl:

Cinco meses se passaram desde que deixamos a fazenda e desde então temos vivido como nômades. Indo de casa em casa sem parar em lugar nenhum. Já havíamos passado em todos os pontos do mapa local e mesmo assim não havíamos encontrado nada. Nenhum lugar seguro.

Havíamos arrumado mais um carro pelo menos, pois assim a Emily não precisava ficar pendurada em minhas costas o tempo todo o que a cansava, já que havíamos enfrentado um inverno extremamente rigoroso. Pelo menos agora ela ia aquecida dentro do carro. Longe de meus olhos, era verdade, mas ao menos protegida.

Nós dois nos distanciamos desde então. Não consigo me lembrar da ultima vez que ficamos juntos e conversamos. Agora não tínhamos mais privacidade, não podíamos ficar mais a sós. A não ser quando íamos dormir, pois aí deitávamos juntos. Emi não é mais como antes. Não me xinga de caipira nem nada do que eu sei que ela gosta de chamar, na verdade ela não era mais a patricinha que eu conheci. Que tinha medo de mato e formigas...

Ela amadureceu.

Cinco meses parecerem pouco tempo para uma pessoa mudar tanto assim, mas quando se está vivendo um inferno constante todos os dias, cinco meses é uma eternidade. Ela largou as ataduras e agulhas por pistolas e facas. Estava mais magra, bem mais magra. Seu rosto que tinha maçãs rosadas e arredondadas agora estava ossudo e fino assim como o de todos nós.

Lori também estava mal, gravida de quase oito meses do “Shaninho” quase não falava ou fazia alguma coisa.

O carro de Rick parou fazendo os outros dois carros pararem também. Eu freei e olhei para ele.

–vamos passar a noite aqui nessa casa. –ele disse apontando para uma casa com quintal com gramado.

Eu desci da moto e junto com Rick, T. Dog, Carl e Glenn e avançamos até a casa.

Assim que abrimos a porta avistei um zumbie vagando dentro da sala. Eu o acertei com uma flechada na cabeça. Com o caminho limpo avançamos pelo resto dos cômodos.

Não havia mais nenhum deles. Nós aprendemos a nos virar com armas que não fizessem barulho nos últimos tempos. Aprendemos que aquele tiro que Carl deu em Shane foi o motivo de a horda inteira invadir a fazenda; Glenn usava uma pá, T. Dog uma lança de portão e Maggie um machado...

Eu voltei até o carro e os chamei.

Deixei o carro onde Emi estava por ultimo, pois eu queria e precisava muito falar com ela.

–Você está bem? –eu a perguntei quando abri a porta para ela sair.

–Sim. –ela respondeu.

–Deixa que eu levo. –eu disse pegando suas coisas e colocando-a as costas. Ela estava tão frágil que era como se fosse se quebrar a qualquer momento. –Eu achei uma coruja lá em cima. Eu vou cozinha-la para você comer.

–Não quero. -Ela me respondeu. –Você precisa mais do que eu já que é sempre você e o Rick quem caçam.

–Não seja boba. –eu disse parando a porta e segurando seu queixo para que ela erguesse a cabeça para mim. Eu queria tanto beija-la novamente, sentir sua boca quente e macia roçar na minha, mas por algum motivo e senti que não devia fazer isso. Pelo menos ainda não era o momento.

–Vocês dois entrem logo. –T. Dog disse fechando todas as janelas e portas.

Nós dois entramos e eu joguei as coisas no chão e conduzi Emi até o sofá onde ela se sentou sem reclamar.

Carl havia encontrado uns enlatados de cachorro e os abria com o canivete quando Rick tomou de sua mão e o jogou longe. Eu peguei a coruja e a depenei. Carol foi quem a assou.

Nós devoramos os pedaços até os ossos. Na verdade foi um pedacinho de nada para cada um. Eu ofereci minha parte para ela, mas Emi se recusou.

–Ei, psiu! –T. Dog disse baixinho para nós apontando para a janela.

Pelo menos umas duas dezenas de zumbies vinham caminhando pelo gramado. Rick deu a ordem e nós a obedecemos. Pegamos todas as nossas coisas e voltamos correndo para os carros.

Tomamos a estrada novamente e seguimos por mais algumas milhas até pararmos no meio da estrada. Descemos quase todos dos veículos e nos reunimos na frente do primeiro.

–A gente não tem mais lugar para ir. –disse Dog.

–O que vocês acham? Tinha pelo menos 150 até semana passada. –eu disse lembrando-me de nossa ultima estadia.

–Emily, Beth e Carl quero que fiquem de olho na estrada. -disse Rick exaltado apontando para os três que se posicionaram em pontos estratégicos em volta dos carros. Emily passou por mim em silencio sacando sua faca.

–Ela não vai aguentar tantas viagens. –Hershel disse indicando a Lori que havia ficado dentro do carro.

–Eu sei que nós vamos achar um lugar seguro! Nós precisamos. Não podemos ficar de casa em casa. Precisamos achar um lugar para ficar por um tempo.

–OK. Mas primeiro nós vamos até o riacho para reabastecer. –Dog disse para nós pegando alguns galões dentro do carro. –Não vai demorar muito.

–Tudo bem, Maggie e Glenn vão com você. –ele respondeu ainda impassível. –Não vão muito longe.

Eu que ainda estava olhando para a Emily fiz uma sugestão a Rick.

–Enquanto o pessoal lavar roupa, vamos caçar. Aquela coruja não deu nem para cheiro.

Rick concordou e nós dois começamos a andar em direção a mata quando Emi me chamou.

–Daryl, onde vai? –ela me perguntou.

–Vamos caçar. –eu respondi um pouco sem jeito só fita-la.

–Tomem cuidado. –ela disse.

Eu assenti e segui junto com Rick

–Vocês estão bem? –Rick perguntou a mim após nos distanciarmos do grupo e entrando cada vez mais na mata.

–Sim. Só que ela anda meio calada ultimamente. Acho que está cansada de tanto viver correndo. –eu respondi distraidamente, preparando uma flecha na besta.

Rick foi à frente e eu o segui em silencio por mais alguns metros.

–A Lori está igual. Esta muito calada e deprimida também. Eu e ela quase não nos falamos. –ele disse como se quisesse desabafar.

Então, quando saímos para o descampado, Rick parou de repente e eu o imitei.

A cerca de quinhentos metros a frente uma fortaleza de pedras e aço se destacou. Com cercas e grades por todos os cantos. Arames farpados e lanças cobriam toda amurada.

–Da até pena. - eu disse olhando para o local.

O pátio estava infestado de zumbis, pelo menos uma centena.

–É aqui. -Rick sussurrou tão perplexo quanto eu como se tivesse decidido algo. –Vai lá chamar os outros, corre.

Eu a assenti e sai correndo em direção a estrada onde os carros estavam estacionados. Quando Emily me viu, abaixou a faca e andou até mim com o olhar preocupado.

–O que aconteceu? -Ela me perguntou.

–Rick ta chamando todo mundo, volta para o carro e assuma o volante que vou chamar os outros.

Ela me obedeceu imediatamente. Chamando Beth e Carl, eles entram nos carros. Então, quanto me certifiquei de que ela estava em segurança dentro do carro eu segui para o riacho em busca dos outros.

* * *

Emily:

Seja lá o que Daryl tenha visto não parecia ser um bando de zumbies. Mas a urgência com que ele dizia me fez temer.

O que ele teria visto que o deixou daquele jeito?

Onde será que estava o Rick para não estar junto com ele?

Do banco do motorista, através do vidro eu observei ele entrar novamente na mata, apreensiva.

Após uns cinco minutos, ele voltou com Dog, Glenn e Maggie que também assumiram o volante dos outros carros. Daryl subiu na moto e ligou o motor, com um gesto de mãos ele pediu pra que nós o seguisse mata adentro.

Eu não entendia o porquê estávamos fazendo aquilo, mas certamente encontraríamos Rick lá.

Quando saímos em direção a clareira eu finalmente entendera o motivo de tanto alvoroço: um edifício de concreto estendia-se a frente onde através dos gradis era possível visualizar dezenas de zumbis dispersos. Se não fosse por eles até que poderíamos chamar o lugar de seguro.

Então esse era o plano...

Nós iriamos tomar a prisão, como? Eu não sabia dizer, mas encontraríamos alguma maneira.

Nós estacionamos os carros de maneira estratégica dentro da mata para não chamar a atenção dos zumbis que andavam por fora das grades. De dentro dos carros tiramos arames, alicates e armas e nos reunimos junto de Rick esperando novas instruções.

–Vocês entenderam, afinal. -ele começou pondo as mãos na cintura assim como fazia todas as vezes que ia nos comunicar algo difícil. –Eu sei que tomar a prisão será uma tarefa difícil e exaustiva, mas precisamos tentar.

Eu assenti ouvindo tudo em silencio. Finalmente, após tanto tempo uma renovada esperança, apesar de ínfima, brotou dentro de meu ser.

Rick nos separou em um grupo de “batedores” para fazer o reconhecimento e abrir caminho até a cerca que seriam ele e o Daryl, depois que o caminho tivesse aberto, iria eu, Carl, Maggie e Glenn para abater os zumbies que a essa altura já teriam nos visto e por ultimo, Dog, Hershel e Carol para dar cobertura a Lori que não podia correr e a Beth que traziam as nossas bagagens.

–Você vai ficar bem? –Daryl me perguntou quando estávamos arrumando os preparativos para a invasão.

–Sim. -Eu respondi checando os cartuchos das automáticas que estavam equipadas com os silenciadores. –Não se preocupe comigo.

–Como você pede uma coisa dessas? Não tem como não me preocupar com você. Apesar de parecer toda durona aí, com essas armas e esse monte de cartuchos, facas, você ainda é aquela patricinha que eu conheci.

–Me desculpe te desapontar, Daryl. Algumas coisas infelizmente não mudam. –eu disse para ele um pouco triste. Eu havia superado todos os meus receios e temores em prol do grupo. Deixei de lado as minhas manias e “frescuras” como ele mesmo gostava de enfatizar e Daryl ainda me via como a mocinha indefesa e fresca.

Eu abaixei meu rosto e me atentei a checagem das armas quando ele tocou em meu braço. Eu parei o que estava fazendo e me apeguei a seu toque... Seus dedos e fecharam em torno do meu braço me fazendo virar lentamente até ele. O que será que iria dizer agora? Será que ia me insultar novamente como tem feito todo o sempre?

Eu fitei seus olhos miúdos e brilhantes. Há muito tempo que não ficávamos tão próximos assim... Há tanto tempo que eu não sentia uma caricia, um toque, um contato.

–Não, sua tola, realmente não mudam. Mas, quem disse que eu quero que mude? Sabe, eu gosto desse seu lado todo delicado e fresco. Se não fosse por isso eu ia achar que estava andando com mais um macho no grupo.

Eu ri gostosamente, como a muito não fazia. Quer dizer que Daryl gostava desse meu jeito? Era estranho termos esse tipo de conversa em vias de sitiar a prisão. Parecia que tínhamos voltado no tempo em que há esta hora estaríamos dentro de sua barraca conversando, ou melhor; discutindo, sobre esses assuntos.

–Se cuida. –eu lhe disse após um momento. Eu me aproximei devagar e tirei sua franja agora grande da testa. Eu queria tanto lhe dizer que o amava, mas algo dentro de mim me fez resistir a tentação, apesar de estarmos um ano juntos nesse “vai e vem” eu ainda não tive coragem de me declarar para ele. Eu não estava pronta.

–Ta bom, ta bom. –ele disse tirando minha mão de seus cabeços e ajustando a besta. –Lá vai ter bastante espaço. A gente vai poder... é... deixa para lá.

Eu sorri para ele um pouco constrangida com o comentário. Daryl se ruborizou e desviou os olhos dos meus. Eu aproximei meu rosto do seu e me inclinei para dar-lhe um beijo.

–Estão prontos? –Rick perguntou.

Eu me sobressaltei e me afastei em seguida.

–Sim... eu estou. –respondi.

–Eu também estou. –Daryl respondeu.

Após um minuto saímos para o abate. O plano estava indo bem até o momento. Eu avançava um pouco distraída, pois estava pensando naquela conversa simples e única. Há quanto tempo nós dois não conversávamos assim? E aquele beijo não dado, poderia ter nos aproximado mais.

Pronto...

Finalmente tomamos a prisão. Todos gritavam alegres e radiantes, pois a muito não tínhamos tanto espaço quando o da fazenda. Eu me abaixei para pegar as malas quando fui interrompida por Daryl que me puxou pela cintura me afastando.

–Deixa que eu levo. –ele disse me entregando sua besta e pegando as minhas coisas e as dele do chão. Com um movimento de cabeça pediu para que eu o seguisse.

Nós caminhamos lentamente até o pavilhão onde eu fui à frente para escolher uma cela para mim. Quando achei a ideal; um cômodo pequeno com um beliche, uma pia e um vaso sanitário encardido eu entrei. Daryl entrou logo atrás.

–Pode colocar minhas coisas aqui no chão mesmo. –eu disse um pouco receosa.

Daryl assentiu mas ao invés de por a minha mochila no chão, ele colocou ambas; as minhas e as suas, sobre a cama de cima.

–Onde você vai dormir? –eu perguntei não deixando passar o fato.

–Onde mais? Aqui. –ele respondeu banalmente como se fosse a coisa mais obvia do mundo, então pegou a besta da minha mão e colocou na cama de cima. Em seguida tirou a camisa e o colete. –Até que a cama é bem grande, cabe a gente e se duvidar ainda sobra espaço.

O que? Daryl vai dormir comigo, é isso mesmo? Na mesma cama? Meu coração deu uma volta inteira antes de começar a bater acelerado.

–Por que está tirando a blusa? –eu perguntei ao vê-lo tirar a blusa, o tênis e as meias.

–Eu vou tomar um banho. Aqui deve ter banheiros com chuveiros, você vem? –ele me perguntou com um tom de voz diferente.

Eu ruborizei com a perspectiva. Será que finalmente nós dois íamos nos entender?

Eu assenti desviando meu olhar os dele e comecei a remexer em minha mochila para pegar roupas limpas e uma toalha. Daryl estendeu a mão e eu a peguei. Nos dois seguimos pelos corredores atrás de um banheiro conversando sobre a estrutura da prisão, sobre as coisas que precisaríamos fazer para reformá-la entre outras coisas.

–Acho que é aqui dentro. –ele disse entrando primeiro. Eu logo em seguida.

O local era grande e havia vários chuveiros dispostos um ao lado do outro sem divisórias e com apenas uma janela no alto com grades.

Eu liguei o chuveiro enquanto Daryl tirava o restante da roupa sem nenhum pudor. Ele se aproximou de mim e começou a tirar minha roupa também. Eu fechei meus olhos enquanto sentia suas mãos avançarem por meu corpo me causando arrepios que nada tinha ver com a água fria do chuveiro. Em pouco tempo minhas roupas foram me deixado uma a uma até que eu e Daryl ficamos nus em pelo sob a agua fria do chuveiro.

–Deixa que eu te ensaboou. –ele disse me virando de costas para ele e passando suas mãos com espuma em minhas costas. Eu senti o seu toque por mais um momento antes de me virar para ele. Passei minhas mãos por seu pescoço e o fitei.

–Finalmente as coisas voltarão a ser como antes a partir de agora. Não é? –eu o perguntei.

–Talvez, mais ainda falta uma coisa... –ele sussurrou misterioso.

–O que? –eu perguntei confusa.

–Isso. -Ele disse me puxando pela cintura e me beijando apaixonadamente. E após cinco meses, nos víamos fazendo amor novamente.

 


Notas Finais


Reparara que os dois andavam meio que se estranhando nos últimos meses?
O que acharam dos flach back ( acho q é assim q se escreve?)
Será que agora que eles voltaram a ficar juntos vai ter muito romance ou muita briga?
Espero recadinhos de todas que lerem.
Isso mesmo, de todas viu, é você mesmo que está lendo essa msg agora
nem pense em sair sem deixar recadinho viu?
Bjos lindas:)


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