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História Unidos Pelo Caos - Guerra de Forças


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minha lindas leitoras me desculpem a demora mas sinceramente não sei o que está acontecendo comigo.
Acho que preciso de mais café com energético. rsrs
Mas acho que depois que voces lerem esse aqui vão me perdoar pela demora. Gente não é me gabar não mas acho que foi o melhor até agora. eu to pulando de ansiedade aqui para ler seus comentários que eu tenho certeza voces vão postar. terá suspense, comedia, drama, açaõ. enfim terá de tudo hoje.
Vamos dedicar este capitulo a MAGAN e JOANINHA1D que favoritaram a fic!!
obrigada lindasss!!!!
E claro, a todos os recadinhos recebidos!!!!
AMO todas voces
Boa leitura:)

Capítulo 28 - Guerra de Forças


Emily:

 

 

–Por que será que eles estão demorando tanto? –eu perguntei ao pessoal remanescente que havia ficado comigo dentro das grades não pela primeira vez.

Eu estava sentada ao lado de Hershel após lavar minhas mãos ensanguentadas e trocar a blusa por outra qualquer. Carol havia assumido meu lugar e ela e Lori trocavam as bandagens e curativos do bom velho. Maggie estava abraçada com Glenn na entrada da cela e Beth rasgava as barras das calças de Hershel alegando que ele iria tropeçar com a barra longa agora que não tinha mais uma das pernas.

–Eles voltarão logo. –Lori disse, mais para se reconfortar do que a todos nós.

Eu estava muito ansiosa. Já estava quase roendo minhas unhas de ansiedade com a demora que parecia uma eternidade.

–Eu vou atrás deles. –eu disse por fim me levantando da cadeira e seguindo para a entrada da cela.

–Você não pode ir. Você ouviu o que Rick e o Daryl disseram. E além do mais precisamos de você aqui para cuidar do Hershel. –Lori disse um pouco afobada.

–O pior já passou. –eu respondi determinada. –O Glenn está aqui se acontecer alguma. Eu preciso ir atrás deles, não suporto a ideia de ter um bando de prisioneiros soltos por aí.

–Tudo bem. –Lori se deu por vencida. – Pede para o Rick não demorar. Logo vai anoitecer e...

–Tudo bem. –respondi, em seguida caminhei para a sala principal onde estavam nossas armas. Após pegar uma delas e uma lanterna segui para a ultima grade onde Carl fazia vigia sozinho.

O corredor era estreito e escuro, por sorte não havia zumbies pelo caminho, pelo menos vivos, pois o cheiro de putrefação era forte e parecia vir de todos os lados. Após dez minutos de caminhada, eu finalmente ouvira um barulho de luta vindo de trás da porta a minha frente. Eu levantei minha mão e girei a maçaneta com cautela.

Provavelmente pensaram que eu era uma zumbie, pois viraram-se para mim quase que imediatamente. Pelo brilho da lanterna pude avistar Daryl em companhia de Rick, T. Dog e de mais quatro homens. Sua expressão não era das melhores.

–O que você está fazendo aqui? –ele me perguntou fulminantemente. Eu sabia pelo sem timbre que se a distancia entre nós fosse mais curta, ele teria me arrastado pelos cabelos de volta para o outro bloco. Sua têmpora estava franzida de maneira assustadora. Dei graças a Deus que havia pessoas em sua frente para evitar que ele chegasse a mim.

Somente agora eu pude observa-los melhor: o mais próximo era um homem negro, baixo e muito mirrado, o segundo era branquelo com cavanhaque e cabelos claros e compridos, parecia ser o mais velho deles, o terceiro era negro, porem mais alto e muito mais forte que todos os outros e por fim um homem moreno, cabelos lisos e negros e cavanhaque bem feito parecia recém-saído dos filmes de traficantes colombianos.

–O que você acha? Todos lá dentro estavam preocupados com o sumiço de vocês. Eu só vim ver como estavam.

–Você me paga sua teimosa desgraçada. –ele berrou para mim. –Mas que droga! Não aguenta ficar quieta nem um minuto se quer?

Eu tampei meus ouvidos com as duas mãos de forma irônica e quando percebi que ele havia se calado eu abaixei minhas mãos.

–Acabou o discurso? Espero que sim, pois eu não estou nem um pouco a fim de ouvir sua opinião. –eu respondi irritada, mas no fundo estava muito feliz em saber que ele estava bem, porem eu não queria admitir isso ainda mais na frente de tanta gente.

–Volta agora para lá! Eu estou mandando! –ele rugiu novamente quase pulando sobre os outros.

–Mas você é um caipira mesmo, viu! Se me conhecesse como diz saberia que não vai adiantar nada você me pedir isso. Eu não vou sair daqui! –Eu disse batendo o pé.

Mas que droga! Eu vim ver como ele estava porque estava preocupada com sua vida e era assim que ele me tratava? Será que não conseguia ver o lado bom das coisas?

–Rick, -Daryl disse virando-se para Rick. –Você e o T. Dog aguentam sem mim só por um momento? Eu vou leva-la de volta.

–Ah mais você não vai mesmo! –eu respondi batendo o pé de novo. –Vocês precisam de mim. E se alguém se ferir?

–Ela tem razão, Daryl. –Rick disse para acalma-lo. Depois se virou para mim com um olhar de censura. –Acho melhor mantermos a Emi aqui, além do mais ela já está bem treinada para enfrentar zumbies.

Eu sorri para Rick por ter me apoiado e em seguida mostrei a língua para Daryl.

–Bem feito! –sussurrei zombeteira. Daryl suspirou desviando os olhos, impaciente para o outro lado.

–Já chega Emi. –Rick me reprendeu. Eu obedeci.

–Quando sairmos daqui teremos uma conversa muito séria. Você está me ouvindo? –Daryl disse apontando o dedo para mim.

–O que aconteceu aqui? –eu perguntei em voz alta para abafar a sua ignorando-o por completo. Eu sabia que ele odiava isso, mas eu amava provoca-lo. E ao perceber que a regata branca do colombiano estava manchada de sangue eu acrescentei. –Por que está todo sujo de sangue? Está ferido?

–Ele foi mordido. Tivemos que mata-lo. – colombiano falou como se tentasse se justificar. Eu segui sua indicação e vi que um quinto homem, maior e mais gordo estava estirado no chão com enormes buracos em sua cabeça.

Instintivamente elevei minha mão à boca e virei meu rosto, não queria ver aquilo, era forte demais.

–Tranquem ele dentro de alguma sala qualquer. Não podemos deixa-lo exposto aqui.

–Por quê? Ele já está morto e não fará diferença alguma. –o mais magrelo deles perguntou.

Eu respirei fundo antes de responder. Ver aqueles vermes, pois para mim coisa boa que não eram para estarem presos, me deixava impaciente.

–Vocês o mataram antes de dele virar um zumbie, o que significa que a carne dele ainda é humana e um belo banquete para todos os zumbies que estiverem próximos daqui. –eu disse como se tentasse ensinar uma criança extremamente obtusa algo bem obvio.

–Até que a morena aí além de gostosa é inteligente. – o colombiano disse como se testemunhasse algo surpreendente. -Taí uma coisa difícil de se ver.

Eu o encarei com a minha expressão mais irônica possível, a que eu sempre usava quando discutia com Daryl na fazenda.

–Não te contaram? O mundo acabou. Tudo é possível hoje em dia. –respondi virando as costas para ele e abrindo a primeira porta que havia no corredor então apontei para o corpo. –Coloquem ele aqui dentro.

Os primeiros imediatamente se abaixaram para o cadáver e o arrastaram para dentro da sala trancando-a em seguida. Eu os observei em silencio sabendo que o colombiano mantinha os olhos fixos em mim.

–E aí morena qual teu nome? É Emi, não?

Eu olhei para Daryl antes de responder. Sua expressão era assustadora e seus olhos azuis mortais, como se fosse me degolar apenas com o olhar.

–Pra você é senhorita Emily Não-Te-Interessa. –respondi. –Vamos tomar logo a droga deste pavilhão por que eu preciso desse mal-agradecido para me ajudar com umas coisas. –eu respondi apontando para Daryl.

Os homens obedeceram em silencio. Quando quase todos eles já estavam no final do corredor foi que comecei a caminhar. Uma mão muito forte me agarrou pelo braço e me puxou para a parede.

–O que você pensa que está fazendo? Eu já disse que se quiser se matar deixa que eu faço isso pessoalmente. –Daryl me disse puxando-me em direção oposta a que o pessoal seguia.

–Caipira lindo da minha vida. –eu disse tentando me soltar. –Para de implicar comigo pelo menos uma vez.

Ele me repeliu virando o rosto, pois eu tentei agarrar sua bochecha. Depois seguiu pelo corredor atrás dos outros.

–Você fica perto de mim. Se der um passo a mais eu te levo de volta.

–Tá, ta, pai. Já entendi.

–Não me provoque! –ele rebateu. -Você não tem vergonha na cara mesmo! –resmungou.

Nós andamos em silencio pelos corredores seguintes. Daryl me vigiava de perto, parecia que a cada dois passos que dava se virava em minha direção para se certificar que eu estava perto.

–O que foi agora? –eu esbravejei quando ele repetiu o movimento pela quinta vez. –Está com tique nervoso?

Entramos finalmente na ultima sala que faltava ser limpa. Era maior e mais clara. A porta de frente a nós estava trancada e pelo barulho estridente eu soube que atrás dela havia muitos zumbies.

–Vamos. Abra a porta! –Rick disse para o colombiano.

Eu não tive tempo de ouvir a resposta, pois Daryl me puxou novamente pelo braço e me levou a uma porta em um canto.

–O que está fazendo? –eu perguntei após observa-lo olhar dentro da sala e depois voltar-se para mim.

–Atrás daquela porta tem muitos zumbies. –ele disse apontando para a porta que seria aberta pelo colombiano. –Eu tenho certeza que vai dar merda. Esses caras não estão para brincadeira e pode ser que aconteça alguma coisa então eu quero que você fique aqui dentro.

–Eu entendi tudo que você disse, mas sei me virar sozinha, e não vou obedecer a um caipira bruto como você! –respondi. –Não sou mais aquela mocinha em perigo que você conheceu em Atlanta. Agora sei me defender!

–Então se defenda disso. –ele respondeu. Então se abaixou e me abraçou pelas pernas na altura dos joelhos, depois se levantou me erguendo e me atirando a suas costas.

Eu tentei pedir ajuda aos outros, mas a discussão de quem abriria a porta era tão complexa que ninguém me ouviu. Eu fui jogada dentro da sala sem cerimonia. Cai no chão e quando finalmente consegui me levantar e correr, Daryl já havia passado pela porta trancando-a por fora em seguida.

Eu bati inutilmente, tentei forçar a fechadura, mas era uma prisão e algumas portas só tinham trancas de um dos lados.

–Eu te mato, caipira! –eu gritei, mas logo em seguida fiquei em silencio, pois finalmente alguém do outro lado abrira a outra porta e os zumbies invadiam com seus grunhidos e rosnados. Eu encostei meu ouvido atrás da porta e tentei interpretar os sons vindos do outro lado.

Pelo que ouvira até o momento, Rick estava furioso, pois havia dito para o colombiano abrir somente uma das portas ao que ele abriu as duas de uma vez alegando que havia feito isso por impulso. Após uns cinco minutos de golpes e chiados, o som finalmente cessara, ficando um silencio descomunal.

–Finalmente acabou. –eu respirei aliviada achando que a porta seria aberta em questão de segundos onde eu sairia e daria uma porrada na cara de Daryl. Mas a porta não foi aberta, ao invés disso, ouvi vários gritos onde Rick acusava o colombiano e depois um grito fino e mortal.

Alguém havia sido morto.

Depois Rick gritou que iria atrás de alguém.

Após uma “eternidade” de espera dentro daquela salinha minúscula e escura, finalmente a porta havia sido aberta.

–Seu crápula de uma figa! –eu gritei voando em cima de Daryl que me olhava com uma expressão cansada. Ao invés de sair ou de me repelir, ele simplesmente abriu os braços e me acolheu em um abraço.

Eu estava atônita. Por que Daryl estava me abraçando no momento em que eu ia bater nele?

Então por cima de seu ombro eu vi muitos zumbies caídos no chão e entre eles o colombiano com o crânio partido ao meio, outros dois estavam de joelhos com as mãos atrás da cabeça sendo viageados por Rick e T. Dog.

–Mas o que aconteceu aqui? –eu perguntei esquecendo-me de minha fúria e me afastando de Daryl apenas para olhar seu lindo rosto.

–Eu disse que ia dar merda. –ele respondeu apenas.

No fim das contas quem me contou toda a história foi Dog; o colombiano do qual nunca soube o nome tentara matar Rick, sendo partido por um facão deste. O magrelo e mirrado havia escapado pela porta restando apenas o mulato careca e alto e o coroa de cabelos meio grisalhos que alegavam não ter nada haver com o ocorrido.

–Moleque, abre a porta! –Daryl disse para Carl que estava de guarda. Ele obedeceu imediatamente.

No momento em que a porta foi aberta, Daryl agarrou-me pelo braço (de novo) me conduzindo para dentro.

–Eu sei andar sozinha. –eu resmunguei tentando me soltar, porem Daryl mantinha-se impassível.

Ele me conduziu até a cela que partilhávamos juntos e me jogou na cama depois saiu pela porta e trancou a cela por fora. Em seguida balançou o molho de chaves na minha frente.

Eu me segurei nas grades da cela e as balancei tentando abrir a porta, mas era impossível.

–Por que esta fazendo isso comigo? –eu perguntei encostando meu rosto o máximo possível das grades.

–Quem manda ser teimosa? Ninguém que tenta passar a perna em um Dixon sai em pune. Eu disse que não ia deixar barato. Agora você só vai sair daí quando eu deixar.

E dizendo isso me puxou pelo queixo e me deu um beijo a força na boca.

–Ahhhhh seu desgraçado caipira de uma figa! Você me PAGA! –eu coloquei minha mão para fora das grades tentando agarrar seu pescoço, mas ele pulou longe e meteu o molho e chaves dentro do bolso.

–Até mais minha “princesa”. –disse irônico fazendo uma reverencia.

Então ele andou até a porta dizendo que ia ajudar o Rick a resolver a historia dos dois prisioneiros que haviam sobrevivido. A porta parou:

–Se a deixar sair de novo eu te parto a cara. –Daryl disse puxando Carl pela blusa.

* * * *

Os minutos se arrastaram feito uma eternidade sem fim. Daryl deixara Carl com tanto medo que este nem ousava a se aproximar demais das grades. Lori e Maggie até que vieram me fazer companhia, mas [aos risos] disseram que não podiam me soltar pois somente Daryl e Rick que tinham todas as chaves das celas e enquanto não voltassem eu teria que esperar.

–Mas você foi teimosa. Se eu namorasse o Daryl teria o maior medo em contraria-lo. –Maggie disse baixinho para Glenn não ouvi-la.

–Diz isso porque o Glenn é um medroso! –eu bufei impaciente. Estava a tanto tempo esperando que havia sentado no chão e me escorado na grade.

–O Glenn não é nenhum medroso! –Maggie o defendeu.

–Garanto que o mais corajoso aqui é o Daryl. –rebati defendendo aquele chato.

–Ah mais não é mesmo. O Rick nos trouxe até aqui. –Lori respondeu. Então nós três começamos a dar risadas, pois estávamos ali no meio de todo aquele inferno defendendo “nossos homens”.

–É, vejo que está mais calma agora. –Uma voz familiar ressoou vinda de trás de Lori. Ambas erguemos a cabeça em tempo de ver Daryl parado a nos fitar.

As duas medrosas se ergueram rapidamente e inventaram o monte de desculpas absurdas para se retirarem e nos deixar a sós. Eu simplesmente virei minha cara para o outro lado emburrada sem respondê-lo.

Daryl torou as chaves do bolso e entrou na cela.

–Está atrapalhando a passagem. –ele disse.

Eu olhei feio para ele e me levantei da entrada e me afastei para o lado ainda de braços cruzados e desta vez batendo o pé impaciente no chão.

Daryl me olhou longamente antes de jogar a besta sobre a cama de cima. Passou as mãos pelos cabelos em evidente frustração.

–Por que você nunca me ouve? –ele perguntou.

Eu não respondi.

–É uma patricinha mesmo! Acha que o mundo gira entorno de você! Por que não pode ser como a magrela da Lori ou como a fazendeira da Maggie? Elas ficaram aqui e não deram trabalho ao Rick e nem a ninguém.

–Quer saber o motivo, está bem eu te conto. –eu disse passando a olha-lo agora. -Por que me importo com você! Mas não... Você não está nem aí para o sentimento das pessoas não é mesmo? Sempre sendo o solitário e anti-social...

Daryl foi pego de supressa com a parte em que eu havia dito que me importava com ele, porem depois sua expressão mudou, ficando novamente indiferente.

–Não está nem aí para ninguém, não liga nem para si mesmo e...

–CALA A BOCA! –ele berrou. Eu me calei imediatamente e o encarrei de olhos arregalados.

–Vem me fazer calar então! –eu o desafiei dando um passo para trás receosa. Daryl parecia uma onça que estava preste a dar o bote.

Não me provoque. –ele disse.

–Tô morrendo de medo. –Zombei, mas na verdade eu realmente estava com muito medo. Aquela frase “não perturbe uma onça com vara curta” cairia bem agora.

Ele passou a mão novamente por seus cabelos e encostou as cortinas da grade deixando-nos parcialmente no escuro. Vencendo o espaço que nos separava em segundos me agarrou pela cintura e pela nuca e me beijou vorazmente.

Suas mãos forçavam o meu corpo contra o seu. Em seguida me derrubou na cama e subiu sobre mim.

–Você acha que eu não me importo? –ele disse suspirando porque o beijo havia tomado o nosso folego.

Eu também suspirava forte, sentia seu corpo sobre o meu, mas não sabia o quer fazer ou o que responder naquele momento.

–Eu sabia que ia dar naquilo e se te tranquei era para te manter segura, sua cabeçuda!

Então Daryl não estava bancando o mandão novamente quando me tratou daquele jeito? Estava somente preocupado com minha segurança?

–Então você se importa comigo? –eu perguntei insegura para ter certeza de sua resposta.

–Só não quando você banca a patricinha tagarela irritante e malcriada frescurenta.

Nossa! Será que tudo isso queria dizer um sim ou um não? Eu ainda tinha minhas duvidas, mas a forma como me beijou me fez esquecer a briga temporária de forças.

–Onde nós estávamos mesmo? –eu perguntei passando meus braços por seus ombros.

Ele não respondeu, em vez disso, me beijou novamente. Desta vez com mais empenho e sensualidade. Meu corpo sentiu vários calafrios seguidos quando ele deslizou as mãos por meu corpo.

Nem parecia que havíamos discutido há poucos segundos.

* * *

Daryl:

Algumas semanas haviam se passado, e os dois prisioneiros não haviam nos perturbado. Eles ficavam no canto deles e nós no nosso. A chata da Emily ainda me tratava com certa frieza por conta das duas vezes em que a deixei presa. Mas que se dane! Ela mereceu aquilo e eu faria mais dez vezes se fosse preciso.

Nesse momento ela estava enfunada em algum lugar lá dentro se recusando a falar comigo, pois nós tínhamos brigado novamente por incrível que pareça simplesmente por que não a deixei ir atrás de equipamento médicos para o parto do bebê da magrela que seria logo. O Glenn e a Maggie que foram buscar as coisas que ela colocara em uma lista. Lori e Carol estavam montando um cantinho para o bebê que nasceria segundo Hershel em uns três dias. Por falar nele, Beth estava ensinado ele a andar com a nova muleta que o Dog havia feito.

Eu, Dog e Rick estávamos trazendo os carros para dentro e limpando os pátios pois os cadáveres ainda estavam todos espalhados pelo chão. O dia estava quente como nunca esteve antes.

–Onde está o Glenn? –Rick perguntou.

–Dentro da torre de vigia. –Eu respondi. –ele e a Maggie se enfunaram lá desde ontem à noite.

Então eu os chamei aos gritos e Glenn colocou a cabeça para fora assuntado enquanto fechava o zíper da calça.

Nós todos demos risadas, pois sabíamos que eles estavam eram transando ao invés de fazer vigia. Enquanto esperavam eles descerrem para nos ajudar os dois prisioneiros aparecerem implorando que nós os deixássemos ficarem com a gente.

Para a minha desgraça a Emily apareceu pela porta trazendo algumas quinquilharias para fora. Com estava realmente muito quente usava uma regata branca, um mini short [que em minha opinião só cobria a bunda] e uma bota marrom de couro. Ela nos viu conversando e após jogar as coisas em um canto caminhou em nossa direção. Meus olhos desviaram dela e eu passei a observar só dois marmanjos. Como eu previra, seus olhos esbulhados de cachorros no sio saltaram para fora enquanto a olhavam.

–Tão olhando o quê? Perderam alguma coisa?

Eu pigarrei alto para trazê-los de volta a realidade e forcei meus dedos a estralarem. Os dois se sobressaltaram e passaram a agir como se não tivesse acontecido nada.

–Eu precisava mesmo falar com você. –ela disse para mim distraidamente sem nem mesmo perceber a presença dos dois. –Enquanto limpava as celas encontrei uma barata deste tamanho aqui. –ela fez um gesto com a mão indicando o tamanho de uma bandeja. –Eu não vou entrar lá de novo enquanto você não exterminar ela!

–Ta, ta. Depois que eu resolver isso aqui eu vou lá. –respondi impaciente. Ela então finalmente se deu conta da presença dos prisioneiros.

–Olá? –disse amigavelmente. –Precisam de alguma coisa?

–Não. Eles já estão voltando para o bloco de celas deles. –Rick disse indiferente.

–Por favor, nos deixe ficar aqui. A gente faz o que for necessário para ajudar vocês. Mas por favor, não nos mande de volta para aquelas celas. –o mais velho deles disse.

Emily estava com lagrimas nos olhos quando ele terminou.

–Rick, por favor, dê uma chance a eles. –ela suplicou. Rick olhou para mim esperando meu veredito. Eu fiz que não com a cabeça.

–Mas por que Daryl? –ela me perguntou secando as lagrimas.

–Eh cara, deixa eles aqui com a gente. Os malucos não fizeram nada contra a gente até agora. –Dog deu sua opinião.

–Está falando serio? –Rick perguntou surpreso. –Eles vão roubar nossas armas na primeira oportunidade.

–Olha Rick, vamos dar uma chance.

Maggie e Glenn foram contra a decisão alegando que eram criminosos.

–Posso morar junto com eles assim como faço com vocês. –eu disse.

–Então você concorda comigo? –Emily perguntou com um sorriso esperançoso nos lábios.

–Nem a pau. –respondi. –Deixa os caras tentarem a sorte na estrada.

Rick me apoiou e disse que o trato continuava. Eles ficavam lá e nós aqui deste lado. Eu olhei para Emily que estava abatida por causa da decisão, mas ela não disse nada para impedir.

–Vem, vamos exterminar o monstro que está tentando te matar. –eu disse para ela ironicamente tentando faze-la sorrir referindo-me a barata que ela encontrou.

Emily concordou em silencio. E me seguiu.

Após matar o inseto minúsculo voltei para junto de Rick e dos outros e passamos boa parte da manhã e da tarde recolhendo os corpos.

–Olha só. –eu disse ao ver que Hershel finalmente havia conseguido andar com as muletas. Lori, Carl e Beth estavam com ele.

–Mandou bem Hershel! –Glenn gritou para ele entusiasmado. Carol se juntou há nós pouco tempo depois e sorria com a notícia.

Emily devia ter ouvido nossa comemoração, pois apareceu na porta com olhar ainda rabugento, mas que se desfez em orgulho ao ver Hershel caminhando sabendo que parte daquilo fora proporcionado por ela.

Porem algo não estava bem. Eu ouvi Rick gritar para Lori avisando ela de que havia zumbies no pátio. Todos nós olhamos para a entrada de um dos portões e vimos que dezenas de zumbies o tinham atravessado e agora marchavam na direção de Lori e dos outros. Nós estávamos muito longe para poder ajuda-los.

–Não! –Rick gritou correndo em direção a eles. Eu e Glenn o seguimos. Não conseguiríamos chegar a tempo...

Dog, Lori, Maggie e Emily sacaram as armas e começaram a atirar nos zumbies que estavam mais próximos. Eu corri como nunca enquanto ouvia os disparos e os gritos de ajuda vinda do pátio.

Será que eu conseguiria chegar a tempo?

* * *

Emily:

O que estava acontecendo? Por que tanta gritaria? Por que Rick estava gesticulando para gente lá de longe?

Então eu segui suas mãos e percebi que a prisão havia sido invadida por dezenas de zumbies. Lori e Carl atiravam sem parar dando cobertura para Hershel e Beth subirem as escadas. Depois ela, Carl e Carol correram atrás de Maggie que havia aberto uma passagem entre os zumbies.

–O portão está aberto! –Dog disse mim correndo em direção ao portão de onde os zumbies vinham em dezenas. Eu o segui para não deixa-lo fazer aquilo sozinho.

–Fecha o portão que eu dou cobertura! –eu gritei para ele que imediatamente avançou sobre o portão.

–A corrente está quebrada! –ele berrou.

Em uma fração de segundos, eu olhei para o chão em busca de algo que pudesse substituir a corrente. Os meus olhos bateram em um arame que eu peguei e joguei para Dog.

–Toma prende com isso!

Enquanto Dog fechava o portão, um zumbie apareceu e o mordeu no ombro.

–NÃO!!!! –eu berrei em desespero enquanto atirava na cabeça do zumbie que o havia mordido. Dog mesmo ferido conseguiu fechar o portão e se afastou deste sacando sua arma e junto comigo entrou em uma porta que estava aberta.

Eu ainda estava em choque com o que aconteceu e me pus a correr atrás dele. Minha cabeça já estava trabalhando em alguma solução para a ferida dele. T. Dog não podia virar um zumbie.

–Tem mais uma porta dupla que dá para o corredor. Eu vou te levar para lá. –disse-me Dog enquanto andava segurando o ombro mordido.

–Pare, por favor. Eu preciso cuidar de você. –eu disse chorando desesperada.

–Pra quê? Não tem mais solução para mim.

–Eu não vou deixar você virar uma coisa dessas.

–Deus vai cuidar de mim e vai me ajudar te tirar daqui.

Eu o seguia chorando sabendo que realmente não era possível salva-lo. Meu coração doía e sangrava de amargura. Eu amava Dog, foi um dos primeiros que conheci e com quem conversei.

Nós andamos por vários corredores até que o barulho de uma sirene começou a tocar.

–Mas o que está acontecendo agora? –eu perguntei vendo que os faróis de emergência começaram a piscar luzes vermelhas. O som de zumbies ficou cada vez mais alto enquanto corríamos.

Eu apoiei o braço de Dog em meu ombro enquanto andávamos, porem nos vimos cercados de zumbies que impediam a nossa passagem para a única saída existente. Eu o soltei e me posicionei na frente. Apontei minha arma e disparei.

A arma estava descarregada.

–Droga! –exclamei.

Os zumbies nos viram e se prepararam para atacar.

–Corre! –Dog gritou para mim correndo para cima dos zumbies liberando a passagem.

–Não! Não! –eu chorei.

–Eu já tô morto! Corre! –ele disse entre gritos, pois só zumbies estavam lhe mordendo.

Assentindo, eu corri em direção à passagem. Seus gritos ainda podiam ser ouvidos pelos corredores. O caminho estava escuro e a única fonte de luz vinha das sirenes que piscavam em rubi ora sim ora não.

Caminhei às cegas apenas apalpando as paredes. Saquei minha faca, minha única arma naquele momento. Quando cheguei ao final do corredor foi que minhas esperanças acabaram.

Não havia saída.

* * *

Daryl:

Nós finalmente chegamos ao pátio onde exterminamos os zumbies. Então um alarme da prisão começou a soar alto atraindo mais zumbies para dentro da prisão. Eu olhei para todos os lados e só vi sinal do Hershel e da Beth trancados dentro de uma cerca.

–Cadê a Lori e o Carl? –Rick perguntou.

–A Maggie os levou para o bloco C! –Hershel respondeu.

–E a Emily? –eu perguntei.

–Só sabemos que ela estava junto do T.Dog.

–O que vocês fizeram? –Eu perguntei me voltando para os prisioneiros que nos seguiram, apontando a besta.

–Nada cara. Eu juro.

Então as sirenes começaram a tocar, altas e irritantes. Glenn atirou em todos os megafones que havia espalhados.

–As sirenes ficam na ala norte da prisão eu posso leva-los lá para desligar. – o prisioneiro mais alto disse para nós.

Como não havia nenhum sinal dos outros decidimos segui-lo até a ala norte para desligar as sirenes antes que outro bando entrasse. Então nós cinco seguimos para a tal ala. Quando mais nos demorássemos, pior seria.

Matamos pelo menos nove zumbies dentro da prisão. Rick berrava por Lori.

–Vamos nos separar e procurar pelos outros, quem chegar ao gerador primeiro desliga. –ele disse para nós.

Então, Glenn e o coroa seguiram por um lado e eu, Rick e o e o outro foram em direção diferente.

Nós finalmente entramos na sala das sirenes. Eu segurei a porta enquanto Rick e o cara tentavam achar os controles. Enquanto segurava a porta vi o prisioneiro magrelo e pequeno que havia fugido enfrentar Rick com um machado. A arma de Rick caiu longe e eu me vi incapacitado, pois se soltasse a porta meia dúzia de zumbies entrariam e acabaria com todos nós.

Mas que merda de inferno! Quando essa porra toda vai acabar? Eu só quero encontrar aquela magrela metida e ter certeza de que está bem!

A luta durou alguns minutos até que o prisioneiro mais alto pegou a arma no chão e atirou no magrelo e depois devolveu ao Rick. Eu fiquei surpreso, não imaginava que ele fosse fazer isso. Mas finalmente desligamos as malditas sirenes e terminamos por acabar com os zumbies atrás da porta antes de corremos atrás dos outros.

Caminhamos no escuro por alguns corredores até toparmos com Glenn e o coroa.

–Vocês estão bem? –Glenn nos perguntou.

–Sim. Vocês viram mais alguém? –Rick perguntou.

Os dois fizeram que não com a cabeça.

Ouvimos então um barulho de zumbies e quando viramos o corredor, damos de cara com dois deles abaixados comendo alguém. Pela blusa, eu soube que o T.Dog.

Nós atiramos nos dois zumbies e olhamos o corpo mais de perto. Sem duvida era T. Dog. Lagrimas brilhavam no rosto de Glenn. Rick parecia atordoado. E eu? Bom, eu não sabia dizer como me sentia com relação a isso. A não ser o fato que as palavras de Hershel vieram a minha cabeça naquele momento.

“Só sabemos que ela estava junto do T.Dog.” eu então peguei a lanterna da mão de Rick e comecei a vasculhar pelo chão e pelas paredes em busca de algum indicio de que Emily realmente estava na presença de T. Dog. Então algo prateado brilhou no chão quando passei com a luz da lanterna. Eu me abaixei para verificar e vi que se tratava de um anel pequeno com uma pedrinha branca em cima: era o anel da Emi. Havia uma mancha de sangue sobre ele. Eu me levantei ainda em choque e me coloquei a olha-lo novamente.

Era dela sem sombra de duvida.

O meu mundo caiu naquela hora. Eu me vi sem saber o que fazer pela primeira vez. Tanto que eu a mantive segura para no fim um cretino sem mãe aprontar uma daquelas.

–Emily! –eu gritei. –EMILY!

Mas nenhuma resposta veio até mim. Corri pelos corredores em busca dela, mas não encontrei nada e nem ninguém. Bati na parede, frustrado. Rick pôs a mão em meu ombro, mas eu a afastei e o empurrei para longe.

–Me larga!

Eu corri para o pátio onde estava o Hershel.

–Vocês os encontraram? –Hershel nos perguntou.

–Achamos que estavam com vocês. –Glenn respondeu.

–E a Emily e o Dog?

–Não sobreviveram. –Glenn respondeu constrangido olhando para mim como se eu fosse bater nele. Eu o encarei em silencio. Mas não havia palavras que pudesse descrever o que eu sentia naquele momento, depois do meu irmão, Emily era a coisa mais próxima de uma família que eu poderia ter.

–Eu sinto muito. –Hershel disse para mim com a voz tristonha e em choque. –Eu gostava tanto dela...

Eu o ignorei por completo e me afastei para bem longe. Naquele momento eu queria ficar sozinho.

De longe pude ouvir um barulho de choro. Maggie se aproximava com Carl e ela segurava um bebê.

–Onde ela está? –Rick perguntou ao vê-la.

Então eu não fui o único a perder alguém hoje. Rick perdera a Lori também.


Notas Finais


Eh gente!! O que vocês acharam do capitulo!
Será que A Emy está mesmo morta como o Glenn está dizendo?
E o Daryl vai aceitar essa resposta assim?
quero respostas!!!! O que voces acharam do cap?
Bjos ate a proxima.


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