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História Unidos Pelo Caos - Mais Só Do Que Nunca


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas, desculpem a demora...
Obrigada por todos os recadinhos que recebi. um melhor que o outro:)
AMEI todos.
Vamos dedicar este capitulo a MORGANAOTOME , NEVERGROWUP , FEATNIALL E
KEYTHHYUUGAS2 que favoritaram a fic
Obrigada meninas!!!!
Boa leitura:

Capítulo 29 - Mais Só Do Que Nunca


As coisas não podiam ser piores.

Nosso grupo foi reduzido à metade desde que deixamos Atlanta. Hoje perdemos T. Dog que foi devorado por zumbies, Lori que morreu no parto ao ter o bebê e talvez Emily...

Não sei o porquê, mas ainda não caiu a ficha de que ela possa estar morta. Não a encontramos em parte alguma do presidio, nada além de seu anel. Algo dentro de mim me dizia que ela estava bem: protegida em algum lugar esperando que a gente fosse resgata-la.

Para piorar a situação, Rick pirou de vez. Estava tão atônito quanto eu. Seu mundo fora destruído.

Todos ali pareciam ter perdido a direção. Estavam com olhares vagos e sem reação. Eu precisava fazer alguma coisa. Desde que Shane morreu, eu meio que me tornei o segundo na “liderança”. Levantei-me da escada da qual eu estava sentado a pelo menos meia hora e caminhei até o grupo pensando no que Emi teria feito em uma situação dessas.

“Certamente estaria cuidando dos feridos e prestando cuidados médicos a criança.” Não sou bom com ferimentos, mas pelo menos posso cuidar da criança...

-Tem alguma coisa aqui que o bebê possa comer? –eu perguntei me aproximando de Hershel.

-A boa noticia é que ela parece bem, só que precisa se alimentar se não, não vai sobreviver.

-Não. –eu disse determinado fitando o rosto da menina. –Ela não, a gente não vai perder mais um. –então me virei para Glenn. –Ei, Glenn, vá até a cidade e traga comida para a menina.

-Eu vou junto. –Maggie se ofereceu voltando a realidade.

-Ótimo! –eu assenti. Então entreguei uma arma nas mãos de Hershel. –Hershel, fique de olho nos prisioneiros. Eles nos ajudaram, mas não confio nem um pouco. Se fizerem qualquer coisa atire sem dó.

-Ei Beth, venha aqui. –eu disse para a garota. Beth se aproximou de mim, então disse em voz baixa para que somente ela pudesse ouvir. –Cuida do garoto, ele acabou de perder a mãe e o pai não está bem.

-Pode deixar, eu cuido dele. –ela me tranquilizou. –E você, vai fazer o que agora?

Eu a encarei em silencio por um tempo, então baixei a cabeça antes de responder.

-Eu vou procurar pela Emily.

-Mas, Daryl, ela deve estar...

-Não acredito nisso. Nós só encontramos o anel dela e nada mais. Algo me diz que ela está bem, em algum lugar e eu vou encontra-la custe o que custar. Então... cuide das coisas por aqui.

Beth assentiu um pouco tristonha. Era evidente que ela, assim como os outros, tenha se convencido que Emily estava morta. Eu coloquei minha besta pendurada no ombro e me abaixei para o chão atrás de uma lanterna que avistei. Dei uma última olhada no pessoal antes de colocar o primeiro pé dentro do bloco e me ver diante da total escuridão.

Eu comecei a caminhar pelo escuro com auxilio apenas da lanterna que ia em minhas mãos.

-Emily! –eu gritei.

Silencio total.

Andei mais alguns metros e a chamei novamente. Desta vez o som de gotículas de agua caindo podia ser ouvido no final do corredor junto com grunhidos: ainda havia zumbies vivos dentro da prisão.

Eu passei por cima do corpo de Dog e dos dois zumbies mortos para chegar ao fim do corredor onde eu iniciaria minhas buscas. Pelo menos cinco zumbies ainda estavam vivos e quando viram o brilho da lanterna, avançaram em mim. Eu também avancei neles e os matei com um pouco de dificuldade. Quando me abaixei para juntar seus corpos e os empilhar no canto da parede para liberar a passagem algo chamou minha atenção.

Um pedaço de pano característico estava preso entre os dentes podres de um dos zumbies. Intrigado, me agachei e apontei a lanterna na cara do cadáver.

Não havia duvidas.

Apesar da sujeira, era possível ver que a cor inicial do pano era branco, a mesma cor da blusa que Emily usava. Olhei mais atentamente para o zumbie e vi que sua boca estava suja de sangue fresco.

-O que aconteceu com você Emi? –eu sussurrei tentando imaginar o que havia acontecido ali e como um pedaço de sua blusa foi parar entre os dentes daquele cadáver.

Sem nenhuma resposta (pelo menos, boa) levantei-me e continuei a busca. Caminhei por cerca de quarenta a cinquenta minutos por todos os corredores possíveis gritando por ela, mas ali dentro não havia nenhum único sinal de vida.

Quando voltei para o pátio, desolado e abatido, pois não a encontrei em nenhum único lugar por onde procurei. Vi que os dois prisioneiros estavam fazendo três covas em um canto do pátio onde o chão era de barro; um para Dog, outro para Lori e o ultimo para Emily.

Carol cuidava da criança ao lado de Carl. Beth estava abraçada com seu pai encostados as grades observando os prisioneiros de longe.

-Você a encontrou? –Beth me perguntou.

Eu não respondi. Um nó se formou dentro de minha garganta. Passei por ela sem dizer nenhuma palavra, afinal não me restara forças para pronunciar uma sílaba se quer, e segui para dentro do pavilhão onde a gente dormia. Chutei a grade da cela com raiva e me sentei na cama. Frustrado, não pude impedir um filete de lagrima escorrer por meus olhos.

Eu fechei meus olhos e com isso me fechei para o mundo como eu sempre fazia quando algo assim acontecia. Na verdade, eu estava acostumado a perder pessoas desde pequeno. Mas, por algum motivo, eu não conseguia aceitar essa perda em especifico. Mas era hora de cair na real.

Desiste cara, se ela estivesse viva você já a teria encontrado. Pensei comigo tentando preencher o vazio que agora crescia dentro de mim e durante todo o resto do dia disse isso a mim mesmo até me convencer.

 E assim chegou a noite...

 

* * * *

 

Um barulho muito forte se fez ouvir dentro da sala principal. Eu me ergui da cama ao ouvir varias vozes falarem ao mesmo tempo.

Seguindo o barulho, vi que Maggie e Glenn finalmente haviam retornado. Maggie e Beth faziam a mamadeira para a menina as pressas. Eu me aproximei rapidamente e peguei a menina no colo.

Como era pequenina e indefesa aquela criança. Por alguma razão desconhecida senti-me mais leve e mais tranquilo. Maggie me trouxe a mamadeira e eu a dei para a criança. O que Emily teria dito agora se me visse alimentando um bebê?

-Já deu um nome para ela? –eu perguntei a Carl.

-Ainda não. –ele respondeu triste. –Mas pensei em Sophia, Lori e Emily. Eu não sei.

Ao dizer o nome de Emi, o vazio me invadiu novamente. Eu respirei fundo e o encarei tentando embolsar um sorriso.

-Que tal chama-la de Bravinha? –eu sugeri e por mais que a situação não fosse à das melhores, todos riram. Inclusive Carl.

Então Rick que havia surtado, voltou para junto de nós. Estava péssimo. Suas roupas manchadas de sangue e suor. Ele se aproximou e eu entreguei a Bravinha para ele.

A hora de dormir havia chegado, embora ninguém a houvesse pronunciado. Eu segui de volta para a cela.  E depois de muitos meses dormindo ao lado de Emily, esta seria a primeira vez que eu dormiria sozinho.

 

 

* * * *

 

O dia amanheceu novamente. Eu, como sempre, abri meus olhos lentamente e os deixei se acostumarem com a claridade antes de me levantar. O espaço ao meu lado estava vazio. Olhei para o lado. As coisas de Emi ainda estavam organizadamente encostadas em um canto, como se ela fosse entrar na cela a qualquer momento. Eu pensei nela por um tempo; seus cabelos negros, seus olhos orgulhosos e profundos, seu queixo empinado e aquele “ar” arrogante e característico que ela exibia. Eu respirei fundo e me levantei. Glenn tinha comentado algo sobre fazer uma sepultura em sua memoria já que não encontramos o corpo. Na verdade o único que fora enterrado de fato era Dog. Ou o que sobrou dele. Rick disse que Lori foi devorada por um zumbie que conseguiu entrar na sala onde seu corpo estava.

Após vestir meu colete de couro por cima da minha camisa, sai para o pátio. De onde eu estava podia-se ver três cruzes grosseiramente feitas de madeira encostadas próximo às grades. Eu segui para lá lentamente, como se cada passo me custasse muito. Como se cada passo que eu desse até os “túmulos” me fizessem caminhar para mais longe dela.

As três cruzes estavam dispostas uma ao lado da outra; em cada uma delas, era possível visualizar os nomes de Lori, T. Dog e Emily respectivamente. Olhei uma por uma por certo tempo e depois me abaixei em frente à de Emi. Tirei de meu bolso o seu anel prateado e o depositei sobre a terra ao pé da cruz.

-Adeus. –Murmurei antes de me levantar e voltar para dentro do bloco de celas, onde o pessoal já começava a acordar.

Caminhei em linha reta e em nenhum momento me virei para olhar para trás. Quando comecei a subir os degraus, dei de cara com o mais alto dos prisioneiros. Ele me olhava indefinidamente.

-O que foi?! –perguntei rispidamente.

Ele demorou um pouco antes de responder com a voz amistosa.

-Eu sinto muito. –disse ele solidário. Do jeito que dizia provavelmente me viu abaixado sobre o tumulo de Emily. –Ela parecia realmente ser uma pessoa muito boa.

Eu olhei para ele indiferente. Minha garganta apertou.

-Não enche! –respondi lhe dando as costas e entrando novamente na prisão. Eu não queria ouvir nenhum tipo de consolo, nenhum tipo de conforto. Palavras jogadas fora não a trariam de volta e nem ninguém dos que perdemos. Estava cansado de perder pessoas. Estava cansado de sempre ficar sozinho.

 

-Você está bem? –Rick me perguntou quando entrei.

Eu queria manda-lo para o inferno por fazer uma pergunta tão idiota como aquela. Mas, se alguém entendia o que eu estava sentindo, esse alguém era ele. Pois assim como eu, Rick também perdeu alguém.

-Sim. –menti. –Mas e você?

Rick não respondeu, apenas desviou a pergunta mudando de assunto.

-Eu já limpei a sala da caldeira. –ele falou olhando para mim e depois para Carl. Todos nós estávamos reunidos em volta de uma mesa improvisada. Carl e os outros estavam tomando café.

-Quantos tinham lá? –eu perguntei.

-Eu não sei. Uma dúzia, duas dúzias. –ele respondeu com o olhar fora de foco. –Eu vou voltar lá.

-Rick. –eu o chamei quando ele se virou para ir embora. –você...

Eu comecei, mas não tive forças para continuar a frase, ainda mais com todos olhando para mim com pena como se eu fosse um doente em estagio terminal.

-Ainda não. –ele respondeu entendendo minha pergunta. Eu assenti, mas me mantive em silencio.

O restante do grupo começou então, uma conversa paralela para “disfarçar” quando Rick saiu da sala.

Depois de um tempo, organizando o que faríamos no restante do dia, ficou decidido que eu, Oscar e Carl ( eu o chamei mais para distrai-lo. Eu sabia o quanto ele sofria) para irmos “limpar” a sala dos geradores. Havia muito combustível ali que poderíamos usar futuramente.

Nós andamos por muitos corredores antes de chegar a sala do gerador. Uma das portas começou a balançar levemente enquanto andávamos.

-Acho que não verifiquei direito ontem a noite. –Disse o Oscarminhando até a porta para abri-la.

-Não. –eu disse. –Esse aí não vai sair. A gente pega ele depois.

Então continuamos andando até limparmos todo o lado norte da prisão. Carl se distraiu bastante até. Parecia menos triste.

Já devia ser pelo menos quatro da tarde quando nós checamos a ultima cela. Estava suja assim como todas as outras, mas não havia nenhum sinal de zumbie.

-Vamos embora então. –eu disse me virando para sair quando um zumbie apareceu do nada e avançou em mim.

Eu e Carl atiramos nele. E quando o cadáver caiu no chão, eu me abaixei para ele.

-Deve ter vindo da cela lá no final. –eu disse distraidamente, então vi que havia uma faca cravada em seu pescoço. Eu a puxei com cuidado. Eu reconheceria aquela faca em qualquer lugar. Pois eu a dei a Emily no dia em que tivemos de nos esconder embaixo de um carro quando um bando de zumbies invadiu a estrada principal. –Mas essa faca é da Emily...

-Você está bem cara? – o Oscar perguntou para mim com a voz preocupada. Era tão evidente assim o meu choque?

-Vão. –eu disse. –Eu alcanço vocês depois.

-Mas... –ele tentou protestar.

-VÃO! –eu gritei nervoso. Será que ele não entedia que eu queria ficar só.

-Vamos. –Carl disse para ele. Garoto inteligente, esse Carl. Eu olhei para ele agradecido. –A gente espera você lá.

Então quando os dois saíram, ainda relutantes, eu me sentei no chão em frente ao zumbie e comecei a cravar a faca no chão repetidas vezes. É claro que eu não tinha consciência do que fazia naquele momento. Minha cabeça estava em outro lugar.

Então o barulho do zumbie trancado dentro do banheiro começou de novo. Eu me levantei e caminhei até a porta e a chutei com violência.

-Fica quieto! –eu berrei dando as costas para a porta e caminhando pelo corredor em direção ao bloco C, quando o barulho aumentou.

Minha ira cresceu me fazendo voltar até a porta e arrastar o zumbie que estava bloqueando a passagem. Em seguida abri a porta com tudo.

Minha mão que segurava a faca já estava impulsionada para atingir o maldito zumbie quando parei assustado.

Meu espanto era tão grande que recuei alguns passos.

Mas não é possível... como?

Através da luz do corredor que entrava na sala escura, pude ver que uma mulher estava deitada no chão. Seus pés calçados com botas estavam voltados para a porta. Suas pernas estavam sujas e sua blusa parcialmente rasgada. Seus cabelos negros estavam espalhados para todos os lados no chão.

Ela estava imóvel.

Será que ela ainda está viva?

A perspectiva de levar o seu cadáver para ser finalmente enterrado me amedrontava.

Será que eu suportaria olhar para seu rosto vazio e sem vida?

O meu espanto era tão grande, que por alguns segundos em não me movi. Até que no fim, ouvi uma voz muito fraca e baixa sair de sua boca.

         -Por favor... me ajude...

Sim, ela está viva!

Eu me abaixei para ela e ergui seu rosto. Seus olhos estavam semifechados e sua respiração muito fraca.

-Emily! –eu disse reconhecendo seu rosto. –Você está bem?

-Oh, Daryl. Você é uma ilusão? –ela disse em um sussurro como se lhe custasse pronunciar cada palavra.

-Não. –eu disse balançando a cabeça negativamente, mal me dando conta que meus lábios se curvavam em um sorriso. –Eu vou levar você embora.

Ela assentiu fazendo cara de dor. Sem perder mais tempo, a peguei no colo e me levantei. Quando sai pela porta em direção ao corredor pude observar com mais clareza o seu estado: seus cabelos estavam cinzentos e opacos por causa do pó. Sua respiração estava muito lenta e ela mal se mexia.

Como eu me sentia feliz naquela hora, mas a minha preocupação era ainda maior.

-Não se preocupe. Hershel vai cuidar de você.

-Me desculpa. –ela disse e lagrimas saíram de seus olhos. –Eu não fui forte o bastante...

-Claro que é. –eu disse para ela sem entendê-la. –Você é mais forte do que imagina.

-Não, não. –ela disse com a voz quebrando. –Eu não pude salvar o Dog.

-Calma, calma. Está tudo bem. –eu tentei tranquiliza-la, pois agora ela tremia violentamente. Então esse era o motivo de tanta agonia. Mesmo quase a beira da morte ainda tinha forças para se preocupar com os outros.

Finalmente chegamos ao pavilhão C. Imediatamente a deitei na cama e corri atrás de Hershel.

-O que foi? Aconteceu alguma coisa? –ele me perguntou assustado. Ele era o único que estava lá dentro naquela hora.

-A Emily esta viva.

-Como?

-Viva, você precisa cuidar dela!

Hershel me seguiu sem entender o que estava acontecendo.

-Oh graças a Deus! – ele exclamou sorrindo. -Mas é a Emily!

 

* * * *

Emily:

 

Um dia e meio antes....

 

Eu que estava fazendo faxina dentro da prisão parei por um momento para admirar com grande orgulho, Hershel caminhar com a suas novas muletas. T. Dog estava do meu lado assoviando e sorrindo.

-Nada derruba esse cara! –dizia ele.

 Então, de uma hora para outras, estávamos todos correndo e atirando para todas as direções. Zumbies haviam invadido nossa fortaleza. Eu e Dog corremos para dentro do pavilhão D. Então quando eu acreditava que não conseguiríamos escapar daquela enrascada, Dog se colocou na frente dos zumbies para que eu tivesse alguma chance.

Eu não pude fazer nada para salva-lo. Estava sem balas em minha automática. Minha única arma naquele momento era uma faca.

“Como eu poderia enfrentar cinco zumbies com uma faca?”

Eu não vi outra solução se não obedecer a suas ordens e sair correndo dali. O corredor por onde eu tentara escapar estava tomado. Eu recuei em silencio na tentativa de não ser ouvida ou vista, mas foi inútil: o mais próximo avançou em mim me fazendo torcer meu tornozelo ao cair sobre um cadáver.

-Droga! –gritei ao sentir a dor vir em ondas. O zumbie estava cada vez mais perto. Eu me arrastei usando uma das mãos e com a outra comecei a apalpar as paredes atrás de uma brecha.

Então vi que havia uma porta entreaberta na parede direita, eu me arrastei até lá e ao tentar encostar a porta, o zumbie colocou a cabeça para dentro. Eu cravei minha faca no pescoço dele e quando o zumbie se afastou, chutei a porta com o pé que estava torcido: a dor foi tão grande que desmaiei.

Quando acordei, provavelmente no dia seguinte, pois já estava claro, vi que estava dentro de um banheiro com vários sanitários e mictórios sujos e encardidos. Eu tentei me levantar, mas a dor era absurdamente forte. Encostei minha cabeça atrás da porta e ouvi grunhidos. Os zumbies ainda estavam por ali. Mesmo que não estivessem por ali, eu jamais conseguiria chegar ao fim do corredor com aquele pé. Tentei tirar a bora para ver o estado do ferimento, mas o simples gestos quase me fez gritar.

Então ouvi as vozes de pessoas vindo de muito longe. Eu gritei mais minha garganta estava ressecada pela falta de agua. Não restou outra alternativa se não chutar a porta...

 

 

 

 

Agora....

 

O meu corpo estava totalmente entorpecido. Cada partícula, cada célula, cada átomo, gritavam por socorro. Minha barriga grudava nas minhas costas de tão esfomeada que eu estava. Eu estava a quase dois dias trancada naquele maldito banheiro sujo e destruído.

Alguém começou a apalpar minhas pernas até que tocou em meu tornozelo onde eu gritei.

-O que foi? –ouvi Daryl perguntar.

-O tornozelo dela está enxado. Acho que foi fraturado. –ouvi a voz de Hershel dizer. Sua voz me trouxe alegria sem medidas.

-Os outros onde estão? Estão bem? –eu perguntei tentando me erguer. Lembrei-me da confusão que havia acontecido...

-Estão lá fora. Hershel informou. Agora fique quieta e não se esforce. Eu vou trazer algo para que possa comer e beber.

Ele disse em tom profissional, em seguida saiu da cela me deixando a sós com Daryl.

-Você está bem?– ele me perguntou.

-Acho que sim. –eu disse virando o rosto com dificuldade para ele. –Você me salvou...

-Não. –ele respondeu pegando minha mão. –Você se salvou sozinha. Eu... eu achei que nunca mais fosse te ver... Como você pode fazer uma coisa dessas comigo! Me fez acreditar que estava...

Daryl se ergue da cadeira e começou a andar de um lado para o outro frustrado.

-Não estou entendendo...

-Emily! –disse ele parando de andar e se abaixando para ficar da minha altura. -Eu achei que você estava morta.

-Por um momento eu estava. –eu disse para ele. -Daryl, te amo.

Daryl não respondeu, mas me beijou apaixonadamente.


Notas Finais


Espero que gostem
Espero recedinhos :0


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