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História Unidos Pelo Caos - O Resgate


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá galera linda!!!
Amei todos os recadinhos recebidos:)
Fico feliz que a fic esteja agradando...
Aqui vai mais um post. Como sempre, espero mais recadinhos de voces linda!!!
Boa leitura

Capítulo 3 - O Resgate


Capítulo 3 – O Resgate

 

Eu estava aflita.

Mal os conhecera e já estava metida em apuros. Talvez fosse melhor eu ter ficado trancada naquele apartamento assim como Rapunzel em sua torre esperando ser salva pelo príncipe encantado.

Mas era hora de encarar a realidade. Eu não era uma princesa e aqueles homens não eram príncipes. Talvez Rick, ele era simpático e delicado comigo e sua presença me fazia sentir segura e protegida.

Caminhamos por cerca de dez minutos em silêncio até chagarmos a um prédio menor com todas as janelas e portas vedadas. A cerca de arame que cercava o prédio estava cortada em um canto próximo a uma moita arbustiva.

– É ali a entrada. – O prisioneiro disse.

Rick assentiu e viu-se para nós.

– Ótimo. T– Dog você pega um rifle sobe naquele prédio ali e fica de olho se alguém tentar alguma coisa, você atira. Me entendeu?

– Sim, cara pode deixar. – T. Dog respondeu.

– Emily você vai junto, leva a bolsa de arma. – Ele disse para mim. Eu, um pouco assustada com o que podia acontecer, concordei.

Rick e Daryl esperaram a gente sair dali para poderem tomar o caminho até a cerca.

Eu me abracei à bolsa e segui T. Dog. Nós subimos em um prédio bem mais alto. Para nossa sorte o lugar estava vazio e silencioso. Enquanto subíamos pela escada de incêndio, eu me perguntava se havia tomado à decisão certa. Juntar-me um grupo desconhecido apenas porque um deles vestia-se como xerife? Não me parecia uma decisão sensata nesse momento. O que me reconfortava é que estávamos fazendo tudo àquilo para salvar um membro do grupo.

– Você está bem? – T.Dog me perguntou.

Eu me sobressaltei e levantei os olhos para ele. Nós já estávamos no terraço do prédio.

– Sim. Um pouco preocupada, mas acredito que passará logo. – Eu respondi sorrindo– lhe. Nós nos aproximamos da sacada aonde ele se abaixou e preparou seu rifle de modo que ficasse apontado para a entrada do prédio.

Eu me sentei no chão de costa para o alvo e coloquei a bolsa no chão.

– Será que vai dar certo? – eu perguntei insegura.

– Eu conheço o Rick a pouco tempo, mas o cara tem se mostrado confiável. – disse ele sem tirar os olhos da mira. – Eles vão resgatar o Glenn... – ele afirmou convicto.

Eu fiquei em silêncio depois disso.  Aguardamos por um certo tempo até que T. Dog se levantou colocando o rifle nas costas.

– Graças a Deus... – murmurou ele me fazendo erguer os olhos.

– Eles conseguiram? – eu perguntei me levantando e pegando a bolsa de armas em seguida.

– Eu não sei... – ele respondeu. – Mas eles estão nos chamando.

Então descemos a escada de incêndio e seguimos para junto dos outros. T. Dog levantou a grade para que eu pudesse passar, então eu me abaixei e atravessei. T. Dog logo em seguida.

Além de Rick e Daryl e o prisioneiro, havia muitos outros homens também armados, porem suas mãos estavam abaixadas e não pareciam perigosas. Embora se decidisse atacar ganhariam, pois estavam em maior número.

– Ah! Minha bolsa de armas... – disse o primeiro do outro grupo.

– Já conversamos sobre isso e não lhe daremos a bolsa. – Rick respondeu muito sério. Depois olhou para mim como se quisesse dizer “não entregue a bolsa”. Eu assenti com o olhar.

Uma senhora com aproximadamente oitenta anos saiu de dentro do prédio caminhando com dificuldade por causa da idade.

– Philipe. – disse ela com a voz tremida. – Philipe, o senhor Miller não está se sentindo bem, você tem que fazer alguma coisa. – Ela disse se aproximando do homem que havia me dito sobre a bolsa.

– Agora não. – Ele disse perdendo a pose de durão. – Peça para outra pessoa.

– Mas, Philipe, o senhor Miller não está bem. Você tem que ajuda-lo. – ela repetiu como se não tivesse ouvido ele.

Philipe olhou para ela relutante e depois para nós.

– Venham. Vamos logo. – disse ele vencido. Depois entrou pela porta atrás da velhinha.

Os outros homens armados também entraram. Eu olhei insegura para Rick.

– Nós vamos entrar mesmo? – eu perguntei.

– Sim. – Ele respondeu seguindo atrás dos outros. Eu entrei atrás dele, sentindo que Daryl e T. Dog vinham também.

Quando atravessamos a porta e o corredor, deparamos com uma sala muito espaçosa cheia de leitos e equipamentos médicos. Muitas pessoas, na maioria idosas, estavam dentro da sala.

– Mas isso é um asilo. – Eu disse observando os equipamentos.

– Sim. – Responder Philipe já próximo do senhor Miller. O senhor estava sentado em uma poltrona com claros sinais de asma. Eu corri para ele e pedi sua pulsação.

– Ele está com asma, cade o inalador dele? – eu perguntei urgentemente. Philipe me deu a bombinha e eu imediatamente a coloquei na boca do paciente.  Na mesma hora ele voltou a respirar normalmente.

– Pronto. – Eu disse sorrindo.

– Como sabia que ele tinha asma? – Philipe perguntou desconfiado.

– Eu era enfermeira na Florida. – Respondi dando de ombros. Não queria ficar com os créditos. Porem a senhora que foi nos avisar se aproximou de mim e pegou minhas mãos nas suas.

– Obrigada, querida. Você salvou a vida do senhor Miller.

– De nada... – eu respondi.

– Bem... – Rick interrompeu. – Cade o Glenn?

Alguns instantes, Glenn apareceu trazido por outra pessoa. Eu percebi que ele estava ileso e sorridente.

– Vocês vieram! – disse ele para nós.

Rick conversou com Philipe e eu percebi que ele estava bem irritado.

– Você tem ideia de que viemos prontos para lutar até a morte. Se tivesse dito que aqui era um hospital... – eu o ouvi dizer para Philipe em um canto.

Eu deixei de ouvir a conversa e me voltei para Glenn.

– Oi. – Eu disse.

– Oi... – ele respondeu.

– Você está bem, está machucado? – eu perguntei para ele. Ele fez que não com a cabeça, mas não respondeu nada.

Após alguns momentos Rick voltou em minha direção e pediu a bolsa, eu lhe entreguei. Ele abriu-a e entregou algumas armas para o grupo e saímos de lá com “se cuidem” e “venham nos visitar”.

Problema resolvido. Finalmente eu iria para o acampamento.

Caminhamos pela estrada sobre as reclamações de Daryl.

– Por que você fez isso?! – ele perguntou para Rick. – Deu metade das armas para eles? Por quê?

– Eles também precisam Daryl. – Rick respondeu exasperado, pois já era a terceira vez que ele perguntava.

– Eles são um bando de velhos! Vão morrer logo! – Daryl respondeu.

– E o que você tem com isso? – eu disse exasperada. – Só porque são idosos não significa que tenham menos chance que nós.

Ele se virou para mim e apontou o dedo em minha face.

– Cala boca patricinha. Se você achar que vai salvar o mundo inteiro está enganada, então desça do sapatinho de cristal e acorda para vida!

– Eu patricinha?!  – Eu perguntei indignada.

– Isso mesmo! Se você se importa tanto com aqueles velhos devia ter ficado lá!

– Vocês dois podem parar. – Rick disse impaciente. – Vão atrair todos os zumbies para cá com essa gritaria. Nós temos que pegar o caminhão e...

Rick parara de falar de repente. Então nós olhamos para ele.

–  Que foi, cara? – perguntou T. Dog.

– Levaram o caminhão. – Ele respondeu.

– Mas quem levou? – eu disse preocupada.

– Merle... – Rick respondeu olhando para Daryl.

– Agora ele vai querer buscar vingança no acampamento. – Daryl disse sério.

Ficamos algum tempo em silencio, sem saber o que fazer. Então caminhamos até um estacionamento e escolhemos um carro com quatro portas, era prateado e grande. Daryl arrombou a janela com o cotovelo e se curvou sobre o banco de motorista.

– Você sabe fazer ligação direta? – Glenn perguntou para ele.

– Claro que sim, moleque. – disse ele ríspido.

“Ladrão de carros” eu pensei comigo na hora em que o carro acendeu os faróis e começou a apitar o alarme de segurança. Alguns segundos depois e o carro estava com o motor ligado e as portas abertas para entrarmos.

Rick foi sentado no banco do motorista, T. Dog ao lado de Rick. Glenn entrou no banco de trás logo em seguida. Eu entrei depois, seguida por Daryl, que se jogou com tudo para dentro do carro.

– Ai! – eu exclamei na hora que ele caiu em cima de mim. – Toma cuidado!

Ele me fulminou com o olhar.

– Pisa o pé na tábua, xerife. – disse ele fechando a porta, me ignorando por completo.

O carro arrancou pela estrada vazia.  O céu já estava adquirindo tons alaranjados, em breve anoiteceria. Após alguns quilômetros tivemos de parar para reabastecer.

Glenn e T. Dog foram atrás de gasolina. Rick estava com o capô do carro aberto e Daryl de pé encostado no carro. Eu sai também e olhei ao redor.

– Está tudo silencioso... – eu murmurei.

– O mundo acabou, não te contaram? – Daryl disse novamente. Eu me virei para ele.

– Sabe, eu não conheço você há muito tempo, mas esse pouco tempo que estamos juntos você tem se mostrado um caipira hipócrita! Você não sabe como tratar uma pessoa e... – Eu parara de falar.

– Eu o quê?  – Ele perguntou nervoso. – Fala!

– Você... Está machucado. – Eu disse olhando para um corte profundo em sua sobrancelha que sangrava.

Daryl parou por um momento seus insultos e olhou para mim.

– Ah! Isso? – ele respondeu dando de ombros e esquecendo-se momentaneamente de usar seu tom de voz arrogante. – Foi quando pegaram o Glenn.

         Eu me aproximei do carro e apanhei uma bolsinha com kit de primeiros socorros que eu havia ganhado de Philipe no asilo. Abri em cima do carro e tirei um pedaço e algodão e um frasquinho de iodo. Molhei o algodão com o liquido âmbar e me aproximei de Daryl.

         – Me deixa tratar esse ferimento. – Eu disse levando o algodão até sua têmpora. Nossos rostos ficaram muito próximos. Ele estava com os olhos estreitos e impassíveis. Então, ele recuou desconfiado.

         – Não vai doer. – Eu disse me esquecendo da raiva. – Ou está com medo?

– Quem disse que eu tenho medo de alguma coisa?! – ele perguntou voltando a seu timbre normal. – Eu só não quero você perto de mim.

Eu sorri irônica e empurrei sem nenhuma delicadeza o algodão na sua testa. Ele fez uma cara de dor e depois pegou meu pulso com força e o tirou de seu rosto. Depois tomou o algodão da minha mão.

– Deixa que eu faço isso. – Então ele mesmo começou a limpar o machucado. Eu não sei o porquê, mas fiquei olhando para ele. – Que foi, perdeu alguma coisa?

– Nada! – eu respondi fazendo menção de entrar no carro. – Caipira!

–  Patricinha. – Ele respondeu zombeteiro. Eu fechei a cara e entrei no carro cruzando os braços. – Não vai durar dois dias com a gente.

Eu não respondi sua provocação. Olhei pela janela e vi que T. Dog e Glenn haviam retornado com alguns galões.  Após duas horas de viagem havíamos chegado ao acampamento. Mas algo não estava normal.

Eu ouvi tiros. Muitos tiros.

– O acampamento está sendo atacado! – disse Glenn.

– Droga! – Rick respondeu. – Vamos!


Notas Finais


Espero recadinhos de todos que lerem a fic :)
Até o próximo
bkjas.


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