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História Unidos Pelo Caos - Ele Me Faz Bem


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Ola minha pimpolhas maravilhosas!!!
Pelo mil desculpas por não postar com a frequência de outrora, mas trabalhar, cursar e cuidar de marido não é fácil.
Mas eu quero que saibam que NUNCA vou abandonar a fic, mesmo que demore para postar sempre vai ter um cap. novo e eu vou conclui-la sim, pois como leitora odeio ler uma fic e a autora ou exclui-la ou abandona-la.
Quero dedicar este capitulo a BRUNASANTOS30 //~ALLANADHANDARA ///NAANA //~DDIXON //~ITSNEVERENDS // ~JUUHLHAN. OBRIGADA LINDAS e claro... não podíamos esquecer VOCÊS!! isso mesmo. você que está lendo a fic neste momento, obrigada por acompanhar e obrigada por todos os recadinhos maravilhosos que recebi :) amo todas você de coração

Capítulo 33 - Ele Me Faz Bem


Fanfic / Fanfiction Unidos Pelo Caos - Ele Me Faz Bem

Emily:

 

Os dias se arrastaram vagarosamente. Cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo... prolongava minha dor. Com o passar dos dias, eu adquirira o péssimo habito de todas as manhãs, sair para o pátio e lá, ficar horas a fio apenas a esperar. Esperar por algo que talvez acontecesse... talvez alguns mercenários a mando do Governador, talvez outro grupo de sobreviventes, mas principalmente, eu vivia e ansiava a espera de Daryl Dixon.

Aquele dia em particular, estava bem frio e nublado. Os raios de sol até que tentavam transpassar as pesadas nuvens, mas sem sucesso. Parecia refletir o meu humor naquele momento. Eu estava meramente agasalhada com poucas peças de roupa, mas minha solidão me impedia até mesmo de sentir frio. O pessoal dentro do pavilhão já estava parcialmente acordado, cumprindo as tarefas diárias da prisão. Apesar de não aparentar, eu sabia que todos eles estavam sobrecarregados e que as coisas não iam muito bem.

Maggie e Glenn estavam mais afastados do que nunca. Desde o ocorrido, Maggie andava abatida e calada. Glenn se culpava pelo que quase aconteceu a ela. Beth perdia praticamente seu dia tendo de cuidar de Judith praticamente só.  Carl assumiu, embora ninguém tivesse dito nada oficialmente, a missão de vigiar os novos moradores da prisão e Rick... bem, ele não andava melhor que os outros.

Certo dia, o flagrei correr para o vazio e depois conversar sozinho como se estivesse se desculpando com alguém que somente ele via...

Eu não podia julga-lo. Estávamos todos ficando loucos.

Apesar de saber que boa parte dos problemas poderiam ser resolvidos por mim, eu nada fazia. Eu não tinha animo para mais nada. Eu só queria que ele estivesse ali comigo. E foi pensando nele que não percebi uma segunda pessoa se aproximar de mim e sentar-se ao meu lado. Não me dei ao trabalho de virar e vem quem era. Na verdade não queria saber. Ficamos em silencio por alguns minutos até que o silencio foi quebrado.

-O Hershel me pediu para ver-se você está bem... ele parecia preocupado. –disse-me Leander, o mais jovem do grupo que chegou a prisão em minha ausência. Era magro, alto, olhos azuis e cabelos aloirados. Como não respondi, ele continuou.  -Você não devia estar aqui fora, está frio.

Mesmo assim, ainda não respondi.

 Continuei a fitar o horizonte como se estivesse anestesiada por uma morfina que me fizesse esquecer a noção de tudo e de todos. Eu só queria ficar sozinha ali, será que ele não entendia? Acho que não, pois ele se mexeu ao meu lado, mas ainda sim não saiu.

-Ele deve ser muito importante para você... –ele falou novamente em uma nova tentativa de puxar assunto, desta vez ele conseguiu, pois eu virei meu rosto para o seu.

Algo em minha expressão o fez desviar o olhar. Leander, olhou para além do gradil e depois voltou a olhar para mim. Um pouco mais receoso e hesitando um pouco nas palavras.

-Por que está me olhando desse jeito? Foi a Beth quem me disse isso. –ele falou sorrindo e erguendo os braços como se estivesse se rendendo. Eu sorriria de sua expressão se não estivesse muito chateada.

-E... e por que a Beth diria algo sobre mim a você? –eu perguntei indiferente.

 

-Bem... –Leander deu de ombros. –desde que chegamos aqui tenho tentado me familiarizar com todos, mas você... não sei se é seu jeito, mas está sempre afastada e cabisbaixa pelos cantos. Reparei também que desde que você voltou deste lugar do qual todos evitam por aqui, tem feito a mesma coisa todos os dias: sentar aqui e esperar. Esperar pelo quê? Perguntei-me certo dia. Então a Beth me contou a historia, ou pelo menos parte dela.

Ele olhou para mim e sorriu amigavelmente.

-Depois ela me deu uns belos de uns tapas porque eu comentei que... Bem, melhor deixar para lá. –ele corou.

-O que mais ela disse? –eu insisti, pois até que sem querer, eu estava gostando de sua companhia. Pensando bem, essa era a primeira vez que eu e Leander conversávamos.

-Nada demais. Mas, não precisa ser exatamente um gênio para saber que este cara é um grande imbecil.

Eu franzi a testa e me levantei indignada. De repente eu estava furiosa. Quem ele pensava que era para falar assim de Daryl? Quem?!

-Você não o conheceu! Como pode dizer esses absurdos?

-Ei! –ele falou levantando-se também, mas não estava com medo e nem com raiva. Sua personalidade continuava tranquila fazendo-me lembrar de Dale. –Acalme-se. Eu sei que não o conheço e talvez nunca o veja, mas posso afirmar que é um imbecil. Pois agora que a vejo, percebo que somente um imbecil teria deixado uma mulher como você para trás.

Eu estava estarrecida. Pela primeira vez estava sem respostas, coisa que nem mesmo Daryl havia conseguido. Algo de enigmático havia em Leander. Ele se aproximou de mim e passou sua mão por minha face, afastando algumas mechas de cabelo que dançavam por meu rosto conforme a musica do vento.

Eu queria defender o Daryl. Dizer que não era nada disso. Porem, as palavras de Leander mexeram comigo de tal forma que... era inexplicável. Suas belas e talvez sábias palavras desarmou-me por completo. Embora, eu me esforçasse para fechar meus olhos para aquela verdade, não conseguia.

Leander estava certo: Daryl era um idiota.

-Ele precisava ficar com o irmão... –eu disse em uma ultima tentativa de defendê-lo.

-Sim. O homem que espancou o Glenn e apontou uma arma para sua cabeça! –ele ergue a voz como se tudo aquilo o incomodasse.

Já era o suficiente. Eu não queria ouvir mais nada. Apesar de saber que Leander só queria meu bem, eu preferia a solidão do que sua companhia que até aquele momento estava sendo agradável.

-Tenho que ir. –eu disse me afastando e me virando para voltar ao pavilhão de celas.

Minha mão foi apanhada pela sua antes que eu me virasse por completo. Eu parei e olhei para ele.

-Foi algo que eu disse? –Leander me perguntou abatido. Eu fiz que não com a cabeça. –Então fique aqui comigo. Sei que não sou das melhores companhias, mas adoraria te conhecer melhor.

Seus olhos azuis se tornaram um convite para mim. Simplesmente não conseguia lhe dizer não. Assenti a custo, e deixei que ele me conduzisse à pedra que eu sentara há pouco.

-Tome. Não quero que se resfrie por minha causa. Ou Maggie e Hershel me matam. –ele tirou sua blusa e colocou-a sobre meus ombros.

-Não... não estou com frio.

-Eu insisto. –ele ergueu o tom de voz demostrando que não ia ceder. Em outra época, eu teria lhe dado umas duas respostas, pois não tolerava que tentasse me intimidar. Simplesmente concordei e ainda lhe sorri.

E o dia passou... ficamos lá por um bom tempo. Ele me contando como havia chegado à prisão e eu contando com havia entrado no grupo até que Hershel em pessoa veio atrás de nós e nos deu uma bela bronca por estarmos desagasalhados lá fora.

-Foi bom conversar com você. Obrigada. –eu disse lhe devolvendo sua blusa quando entravamos pela porta.

-O prazer foi todo meu. –ele respondeu com uma piscadela. Depois se afastou e sumiu pelos corredores.

-Eh... para quem vivia em cima do Daryl, você esqueceu ele fácil. –Carol disse de maneira irônica quando passei por ela. Todos que estavam próximos pararam o que faziam e a olhavam se entender o motivo de tudo aquilo.

-Cale a boca! –eu respondi rabugenta, mas não me dei ao trabalho de interroga-la.

Mais alguns dias se passaram e eu comecei a duvidar de que Daryl voltaria para mim. Minha angustia ia diminuindo aos poucos, pois agora eu estava me abrindo mais com o grupo e para completar; Leander estava me trazendo de volta à realidade e apartir daí voltei a cumprir com minhas responsabilidades.

Parecia que o Governador havia se esquecido de nós, pois por um bom tempo não nos perturbou. Ou pelo menos era o que pensávamos...

Certo dia, acredito que a quarta ou quinta semana desde que escapamos de Woodbery, finalmente voltamos a nos preocupar. Carol e Axel estavam colocando alguns paletes encostados nas grades lá no alto. Rick estava passeando lá por fora das grades. Digo passeando, pois ele continuava instável. Glenn e os outros estavam lá dentro reforçando as nossas defesas. Eu estava na horta colhendo algumas ervas, pois Beth estava mal do estomago e eu ia lhe fazer um chá. Leander sorriu para mim de longe e acenou com mão. Ele estava arrumando alguma coisa nos carros.

Estão quando me abaixei para cortar o caule de uma planta com o canivete ouvi um disparo na passarela onde Carol estava. Ela gritou dizendo que o Axel havia sido atingido. Então ergui meu rosto para o gradil e vi vários carros parados a muitos metros, já na entrada da floresta. Homens atiravam contra nós.

Num turbilhão de pensamentos me dei conta que corria perigo exposta daquele jeito, mas antes de me preocupar comigo eu zelei pela segurança dos outros. Beth e Carl estavam no campo de visão dos atiradores, mas por bom senso começaram a correr para dentro. Michonne se escondeu atrás do ônibus e Carol usou, foi horrível presenciar, o corpo de Axel como escudo. Eu procurei por Leander que também devia estar exposto e o vi já em cima de mim. Ele me jogou no chão e me cobriu com seu corpo.

-Mas... e os outros? –eu tentava falar, mas minha voz saia abafada e comprimida, pois ele estava bem encima de mim.

-Não a tempo para isso! Fica quieta!

Minha preocupação maior era Rick que estava lá fora sem chance de se esconder e Hershel que se rastejava pelo chão. Os tiros não paravam. Era um atrás do outro e vindo de vários canos de arma. Não havia como levantar e correr. Torcíamos para que a bala não estivesse sendo miradas no chão, pois aí sim não teríamos nenhuma chance.

A troca de tiros durou intermináveis dez minutos. A situação piorou, se é que podia ficar piro, quando finalmente os tiros cessaram. Eu tomei a liberdade de erguer a cabeça e espiar. Vi que um furgão branco com vermelho vinha a toda velocidade em direção ao portão principal. Eu não sabia o que esperar mais já tinha uma vaga ideia.

O furgão invadiu os portões como se fossem feito de papel e parou no centro do pátio. A porta traseira foi aberta automaticamente e de dentro dela dezenas de zumbies desciam as carreiras e se espalhavam pelo pátio com formigas saídas de um formigueiro sitiado.

Eles corriam em direção a Hershel e em direção a mim e Leander.

-Oh não! -eu gritei.

Leander foi muito, mais muito rápido. Ergueu-se com extrema agilidade e me puxou para junto de si e me prendeu pela cintura, recuando para trás de uns caixotes de madeira enquanto sacava de seu bolso uma pistola e atirava nos mais próximos.

Agora não atirávamos apenas nos invasores mais também nos filhos da mãe mortos. Os tiros ainda traziam mais zumbies vindos da floresta, não sei se devia agradecer ou lamentar. Pois sua vinda fez com que os atiradores entrassem nos carros e partissem, mas em troca,  eram mais cabeças para abatermos.

Maggie apareceu de qualquer lugar com dois fuzis militares e nos entregou. Agora que a ameaça “maior” se fora tínhamos que nos livrar dos zumbies.

Avançamos com cuidado em uma linha quase perfeita. Mentíamos uma distancia de dez metros um do outro enquanto avançávamos. Leander, eu, Maggie, Carol, Beth e Carl respectivamente, um ao lado do outros. Apontamos nossas armas para frente e mandamos bala. Michonne saíra de trás do ônibus e agora estava no meio dos zumbies com sua espada correndo. Tínhamos que tomar cuidado para não acertar ela e nem Hershel que devia estar deitado no chão em alguma parte.

Glenn apareceu de algum lugar com a caminhonete prata e agora ele e Michonne se dirigiam para Hershel em uma clara missão de resgate. Quando ambos estavam dentro do carro e longe da nossa mira, mandamos bala literalmente.

Mas eram muitos zumbies e tivemos que recuar para o segundo portão, pois o primeiro estava arrebentado e por mais que matássemos mais deles entravam. Trancado o portão observamos os zumbies entrarem e invadirem o pátio. O único lá fora agora era Rick. Eu precisava ajudá-lo. Corri para o portão e tentei abri-lo, mas fui impedida por Leander que veio de trás e me segurou. Eu tentei me soltar.

-Ele vai morrer! Me deixe ajuda-lo!

-Você não vai. Fica aqui! São muitos!

Eu me esforçava, mas não adiantava. Então ele me virou de frente e me abraçou tentando me acalmar.

-Olhe! Alguém está ajudando ele. Consegue ver?

Eu parei de me debater e olhei meio desconfiada para fora. Para mim, Leander estava tentando me distrair para que eu não tentasse resistir. Por outro lado, quando finalmente constatei que era verdade passei a observar seus salvadores, pois eram dois. Mas estavam muito longe e o sol me impedia de ver com clareza.

-Será que são mesmo amigos ou estão junto com o Governador? –perguntei.

-Não sei, mas estão ajudando. –disse-nos Glenn. -eu vou lá.

Ele entrou no carro e Maggie abriu o portão. Glenn saiu em disparada. Eu enfim mais calma, virei-me para Leander e ergui meu rosto para encará-lo.

-Você salvou minha vida. Obrigada. –eu disse em uma voz fininha. Então o abracei.

Um minuto depois, ouvi o som de motor se aproximando, mas não liguei. Deixei que Leander me abraçasse e me fizesse esquecer o susto. Mas parecia impossível. Nossos corações batiam descompassados pelo medo e nossas respirações estavam muito intensas.

-Oh Daryl! –Carol gritou excitada de emoção. –Você voltou!

Pelo canto do olho a vi passar por mim como uma flecha. Ouvi vozes exaltadas e alegres, mas ainda não havia caído a ficha. Como podem comemorar o que tinha acontecido? Quando percebi que todos olhavam na direção pra qual ela foi, eu me virei, ainda abraçada a Leander, e olhei.

Daryl estava parado olhando em minha direção, sério. Carol o abraçava pelo pescoço, mas ele parecia nem notar sua presença ou então se importar com ela. Estava imóvel, com os braços descaçados.

Eu me soltei de Leander lentamente e comecei a caminhar em sua direção. Eu sentia vontade de correr e pular eu seu pescoço, mas estranhamente, eu não conseguia. Era como se eu estivesse apenas vendo uma miragem na minha frente. Eu tinha medo de quando finalmente chegasse perto o bastante para tocar ele não estivesse mais ali. Estava tão entretida em sua face que não ouvi a ironia que Merle lançou ao ouvido de seu irmão

Mas se tivesse prestando atenção eu teria ouvido ele dizer:

-É maninho. A fila andou e agora você é o corno da vez...

-Daryl? –eu perguntei.  Ainda me custava acreditar.

Carol teve o bom senso de solta-lo e se afastar. Eu e Daryl nos encaramos em silencio. Daryl me fitava de maneira estranha. Em seus olhos eu via que ele estava feliz em me ver e queria me abraçar. Mas sua expressão dizia totalmente o contrario.

-Quem é ele? –Daryl me perguntou desviando seu olhar do meu e apontando para Leander coma cabeça.

-Oh, eu sou Leander. –Leander respondeu se aproximando de nós. -eu vim junto com...

-Não perguntei a você garoto. –Daryl lhe respondeu fazendo-o parar a meio caminho de cumprimenta-lo.

Ficamos em silencio por alguns momentos. Eu estava tão feliz e tão aérea que ainda não havia entendido o que estava acontecendo. Finalmente me aproximei de Daryl e lhe abracei com todo meu fervor. Ele me abraçou também, mas parecia muito rígido e seus olhos continuavam pregados em Leander.

-Será que podemos conversar somente eu e você? –Daryl falou para mim soando um pouco rude. Eu que estava acostumada com as delicadezas de Leander, quase me desacostumei com o “jeitão” de Daryl.

-Sim. –respondi. Daryl pegou minha mão e me levou para dentro do pavilhão. O que ele queria dizer para mim? Realmente eu não fazia ideia.


Notas Finais


Eaí o que será que Daryl vai conversar com a Emi? Por que ele tratou-a com um pouco de frieza?
E o Leander será que vai rolar algo aí? Hum???
Espero sua opinião


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