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História Unidos Pelo Caos - De volta para mim


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Ola meninada desculpem a demora mas a fonte do meu pc queimou e não tive tempo ainda de mandar alguem arrumar :(
Felizmente consegui arrumar um notebook ( do meu marido) para escrever este cap. desculpem os erros mais o office dele é meio antigo ainda e não tem muitas ferramentas.
Espero que apreciem pois este cap. é mais uma introdução para o proximo... e estou prevendo o fim da fic em mais alguns cap... ou talvez não, ainda não me descidi.
Bom galera como eu sempre digo:
Boa leitura

Capítulo 34 - De volta para mim


Emily:

 

Será que estou vivendo um sonho? Será realmente que Daryl está aqui na minha frente? Não podia ser... ele devia estar bem longe vagando com seu irmão por aí como havia dito Leander. Mas se isso realmente é um sonho, então porque eu sentia um calor emanar de sua mão grande e áspera? Não era um sonho. Daryl estava ali comigo. A forma como segurava minha mão como se eu fosse fugir... o jeito que caminhava a minha frente ao me levar por corredores escuros em direção ao interior da prisão... tinha que ser ele.

Nós dois finalmente diminuímos o passo e entramos em uma cela. Reparei que era a mesma aonde eu vinha dormindo sozinha a mais de um mês. Ele soltou a minha mão e se postou em minha frente. Nós nos encaramos em silêncio por alguns minutos.

-Você está é... bem? –ele me perguntou finalmente.

“Você está bem?” É isso que ele me fala depois de um mês sem fim sem me ver? Por que não diria “estou com saudades” ou “eu te amo, me desculpa se me afastei”. Sem ter controle sobre mim, eu deixei que a raiva tomasse conta de meu corpo e de meu coração.

-Se estive bem com certeza não foi por sua ajuda! –respondi cruzando os braços e fechando a cara.

Daryl me encarou confuso. O que ele esperava, um abraço?

-Você sabe o motivo deu ter ido embora. –ele me respondeu com um tom de voz sombrio e gélido.

-Sim... eu sei. E graças a esse seu “motivo” que Glenn e Maggie mal se falam hoje. –respondi me referendo a Merle.

            Daryl não respondeu. Parecia remoer algumas palavras que lhe vieram ao pensamento.

            -Eu já devia saber que isso ia acontecer... –eu disse o mais indiferente possível. Eu o amava de todo meu coração, mas o ver ali, parado a minha frente sem nem ao menos dizer algo para me reconfortar era desesperador. Daryl passou um mês fora (que para alguns seria pouco tempo), mas foi o suficiente para esquecer que me amava. –Suas coisas estão no mesmo lugar onde você as deixou...

            Eu me virei para ir embora, pois mais um minuto que eu ficasse parada ali diante daqueles olhos azuis e frios, certamente choraria. Eu não queria chorar na sua frente. Não queria parecer aquela mulher fraca que ficou sentada dias e dias a sua espera. Que passou noites e noites acordada chorando em silencio por sua ausência. Mal dei as costas e senti meu braço se apanhado por uma de suas mãos. Eu fui forçada a virar-me para ele. Por alguns estantes nos encaramos em silencio. Daryl parecia ferido emocionalmente. Constrangida, desviei meus olhos dos seus.

            -O que está acontecendo com você?! –ele me perguntou em voz baixa, quase um sussurro. –Por que está me tratando desse jeito?

            -Você nos abandonou. Me abandonou Daryl! Foi isso o que você fez! –eu gritei para ele, mas me arrependi. Devia ter ficado calada, pois agora lagrimas começavam a escorrer de meus olhos.

            -Você sabe que eu só fiz isso por meu irmão. Eu não podia deixá-lo sozinho por aí. –ele rebateu um pouco nervoso e impaciente.

            Então Daryl se aproximou mais de mim e sua expressão desanuviou-se. Sua mão que segurava meu braço pousou em minha cintura e com a outra mão alisou meus cabelos fazendo os fios correram para trás e juntar-se aos outros. Eu queria fechar meus olhos e render-me aquele momento, mas o meu orgulho falou mais alto. Continuei a fitá-lo de maneira inexpressiva.

            -Sabe, eu fiquei preocupado com você aqui sozinha... Eu... lembra o que lhe disse no dia em que nos despedimos?

            Eu fiz que sim com a cabeça, mas sem vontade de respondê-lo. É claro que eu me lembrava daquele dia... Daryl dissera que me amava antes de me deixar ali sozinha e perdida.

            -Eu disse a mais pura verdade... –ele falou num sussurro tímido como se lhe custasse admitir aquilo. Então avançou em mim. Nossos lábios se uniram e senti que ele me beijava vorazmente. Suas mãos me apertavam, me seguravam, me puxavam contra ele. Eu tentei resistir ao seu feitiço, mas foi em vão. Eu queria aquele beijo. Em instantes, minhas mãos percorreram suas costas, braços, pescoço, cabelos...

-Daryl... eu... eu...

-Não diga nada... só me...

-Mas eu preci...preciso dizer... eu... senti sua... falta.

Nossos beijos e nossas caricias eram tão irresistíveis que mal conseguíamos pronunciar qualquer palavra que fosse. No fim desistimos e continuamos a nos beijar.

Há quanto tempo não sentia isso. Há quanto tempo não tinha Daryl em meus braços. Ele era tudo para mim. Eu ainda estava com raiva, mas impossível recusar seus beijos.

-Nossaaa!!! Estou prestes a presenciar um pornô ao vivo em a cores! –gritou alguém entusiasticamente.

Eu e Daryl nos soltamos sobressaltados. Merle nos mostrava o seu sorriso mais sacana enquanto fitava-nos da entrada com uma das mãos apoiada no alto da moldura da porta.

-Onnn! Mas por que pararam? Continuem, continuem! Não sintam-se incomodados com minha presença.

Eu e Daryl que estavámos com as faces vermelhas e os cabelos desgrenhados nos soltamos. Daryl, frustrado falou:

-Ah Merle o que você quer?! Por que não vai se perder lá fora?!

-Eu lamento interromper as preliminares dos dois... –ele disse não parecendo nem um pouco preocupado em nos interromper. -mas o pessoal lá fora não está muito contente em me ver...

Eu que já havia despertado do feitiço que me unia a Daryl caminhei até Merle e lhe dei uma bofetada na cara, mas não satisfeita comecei a acertar todos os cantos que minha mão alcançava até que Daryl me segurou pela cintura e me afastou.

-Seu cretino! Vá embora! Eu te odeio! Seu miserável! Daryl, me solta que eu quero pegar esse filho da mãe sem coração.

-Ainda com raiva de mim cunhada! Você não é toda durona? Por que não esquece isso e vem dar um abraço no seu cunhado, o que acha?

Merle abriu os braços e sorriu sacana para mim. Aquilo me enfureceu ainda mais. Daryl se segurava com tanta força que eu comecei a usar os pés para tentar acertá-lo. Merle pulou para trás as gargalhadas.

-Alguém precisa vacinar essa moça. Adoro mulheres selvagens.

Ouvimos passos vindos do corredor e nós três olhamos para a entrada. Leander que vinha correndo parou com tudo ao ver a cena; Merle ainda com braços abertos e sorriso debochado na face; Daryl me segurando pela cintura enquanto meus pés estavam fora do chão.

-Éh, Emi... o que está acontecendo aqui? –ele perguntou mostrando preocupação comigo.

Merle olhou para Daryl como quem diz “eu disse que há essa hora você já era corno”.

-Nada Le.  –eu respondi finalmente me recompondo. Daryl me soltou e eu comecei a arrumar meu cabelo e roupa. –Não se preocupe, eu estou bem.                        

-Certo. –ele respondeu não acreditando no que eu dizia, pois ficou a nos observar por alguns segundos antes de continuar. –O Rick quer ver todos no pátio agora mesmo.

Ele saiu e Merle foi atrás. Eu também me pus a andar quando Daryl me pegou pelo braço de novo. Eu o encarei e vi que ele me olhava com uma sobrancelha erguida.

-O que foi? –lhe perguntei confusa.

-Que intimidade é essa com o garoto?

-Que garoto? –eu perguntei meio áeria.

-Não se faça de desentendida. O garoto que acabou de sair daqui. O conhece há quanto tempo?

-As coisas mudaram depois que você saiu daqui, Daryl. E uma delas é que não lhe devo mais satisfações. –respondi e fiquei muito contente ao ver seu olhar assassino sobre mim. Eu estendi a mão para ele. –Você vem?

De má, mais muita má vontade, Daryl pegou minha mão e me acompanhou pelos corredores de volta ao pátio. Todo mundo já estava lá. Glenn e Maggie lançavam olhares assassinos a Merle que parecia muito à vontade. Quando nos aproximamos o suficiente, senti os olhos de Leander pousados em nós dois. Carol chorava baixinho. Descobrimos que o motivo do choro era a morte de Axel. Eu também estava muito triste, mas Rick não nos deu tempo de lamentar sua morte. Ele estava no meio do circulo que havíamos feito, muito carrancudo.

Ele discutia com o restante do grupo.

-Nós não vamos sair daqui! –ele decretou.

Então uma discussão começou: Hershel, Maggie. Terris e Sasha diziam que devíamos partir; Glenn, Carol e Daryl apoiavam o Rick.  Quando pediram minha opinião, disse que devíamos ficar. Merle me chamou de tola e disse que o Governador tinha armas e tanques e que entrar ali seria moleza.

Leander mantinha-se em silencio. Sempre que eu o fitava, acabávamos cruzando nossos olhares. Daryl quando percebeu que ele me olhava passou o seu braço por cima de meus ombros e me puxou para perto de modo brusco.

Ao fim da reunião ficou decidido que não abandonaríamos a prisão. Maggie foi encubida de subir na torre de vigia e ficar de guarda. Eu, Lê, Sasha, Glenn e Rick íamos tomar o pátio de novo. Os zumbies tinham invadido depois que o furgão arrebentou as cercas. Daryl disse que ia subir na outra torre e ia atirar de lá. Merle, sob efeito da luz do sol eu acho, disse que também queria ajudar a matar os zumbies.

-Não! –eu disse para ele tomando a arma de sua mão e afastando-a. –Você não vai pegar em nenhuma arma!

-Emily. –me advertiu Hershel em som de voz como se fosse me dá um sermão. –Não o trate assim.

-Ele é um espião pau mandado do Governador! Como voce quer que eu reaja? Como pode defendê-lo?

-Pense comigo, Emily. E não desvie os olhos, ele tem experiência militar e apesar de ser um perdido, não subestime a lealdade que ele tem ao irmão.

Eu de má vontade lhe entreguei a arma.

-Obrigado boneca, ouça o que o velho aí diz. A partir de agora voce vai me respeitar.

-Vá para o inferno! –rugi.

-Oh, que boca suja, cunhada. É com essa boca aí que voce beija meu irmão?! –ele perguntou zombeteiro e fazendo cara de nojo.

Eu não respondi. Já vi que ter Merle conosco vai ser muito mais difícil do que imaginei.

 

* * *

Daryl:

 

            Voltei no momento certo para a prisão. Talvez se não estivesse aqui quando o ataque começou, me pergunto o que seria da Emi. Por falar nela, como esta estranha. Sei que sentiu minha falta, mas está um pouco fria e distante. Mas a culpa de tudo é minha. Sei que devia ter dito que a amo, que senti sua falta e que a queria de volta em meus braços. Contudo, por mais que me esforçasse, era muito difícil me ver dizendo isso mesmo que seja a mais pura verdade. Ela está lá fora agora preparando o pessoal para limparmos o pátio. Eu entrei um pouco e me sentei em nossa cama. Ou será que não é mais?

            Levantei-me e dei uma rápida olhada ao redor. Meus pertences ainda estavam por ali, arrumados na mesma maneira que eu me lembro de ter os deixado. Abri algumas gavetas e mexi em alguns cobertores. Senti que alguém me olhava da porta e me virei. Era Carol. Ela sorria e seus olhos meio que estavam luminosos.

            -Não tive a oportunidade de falar com voce. –ela me disse. –Estou muito feliz de ter voce aqui de volta.

            -É? –perguntei distraído enquanto ainda remexia nas coisas. E também estava feliz em revê-la, mas sem nem com a Emi eu consegui me expressar quem dirá com a Carol.

            -O que está fazendo? –ela me perguntou. 

            -Procurando uma coisa. –respondi.

            -Voce não me engana Daryl. Não vai achar nada aí que não seja seu ou da Emily.

            Eu fiquei vermelho com seu comentário. Era tão obvio o que eu estava fazendo? Preferi não responder, pois sabia que só iria piorar minha situação. Aceitando suas respostas como algo positivo me sentei na cama de novo.

            -Quem é esse pessoal novo que está aqui dentro? –perguntei-lhe.

            -A Emily não contou? Estranho. –ela disse sentando-se ao meu lado. –Assim que vocês saíram para ir a Woodbury, chegou aqui este grupo. Rick deixou eles ficarem.

            -E esse cara... Leonard que a Emi tanto fala? –perguntei tentando ao Maximo soar como quem não quer nada.

            -Ah! O Leander, você quer dizer... É um grande amigo da Emily. Pelo menos sempre os vejo juntos, andando sozinhos pelo pátio...

            Eu não respondi, mas aquilo não me agradou em nada. Arrependo-me amargamente por tê-la deixado sozinha e sei que ela vai jogar isso na minha cara por um bom tempo. Por falar nisso, é melhor eu ia lá fora dar uma olhada nos dois. Quero dizer, ajudar a matar os zumbies.

            Eu me levantei e caminhei até a porta quando Carol me chamou de volta. Eu parei e me virei para ela.

            -Sabe... eu sempre esperei por você e quando você se cansar da Emily ou ela de você, não deixe de me procurar...

            Era sério o que eu ouvia? Carol estava fletando comigo? Fiquei sem reação. O que eu diria para ela agora, não há nada para dizer... apenas sorri sem graça.

            -Cala boca... –eu disse brincando. Carol riu de volta. Eu a deixei lá na cela e comecei a caminhar pelos corredores.

            Vi Hershel conversando com Merle dentro de uma outra cela. O estranho era que Hershel estava lhe entregando uma bíblia. “Só mesmo gente como ele e como Emi para achar que as pessoas podem mudar...” pensei comigo, por falar nela, onde será que estava agora?

            Comecei a andar pelo pátio que ainda não havia sido tomado e ergui minhas mãos para poder enxergar, pois o sol estava muito quente e claro. Carl estava fazendo vigia atrás de um palete. Eu me aproximei dele.

            -Ei garoto! Você viu a Emily? –eu lhe perguntei.

            -Ela está lá no outro pátio com o Leander. Papai mandou-os para lá para fecharem o portão e se livrarem dos corpos. Olha ela lá. –ele disse apontando com a mão para um determinado local onde duas pessoas se agachavam para um corpo caído. -Sasha e Michonne também estão lá.

            Eu não respondi. Coloquei minha besta no ombro e atravessei o portão. Enquanto caminhava recordava-me das palavras de Carol e das ironias de meu irmão. Aquilo me deixou inquieto, mas não com raiva. Acho que eu estava começando a me sentir inseguro. Ainda não era nem quatro horas da tarde e eu já me sentia exausto com tudo aquilo, talvez fosse só cansaço. Quando eu dormisse essa sensação estranha dentro do meu estomago iria passar.

            Emily estava tentando levantar o zumbie sozinho que era muito maior que ela enquanto o loiro boboca ficava apenas rindo sem nem ao menos ajudá-la.  Quando me aproximei mais, pude ouvir sua conversa.

            -Parabens! Você está indo bem. Só mais alguns passos e ai! Você deixou ele cair! –ele dizia para Emily quando ela não agüentou mais o peso do corpo e caiu com ele no chão.

            “Mas que cara xarope! Ao invés de ajudá-la fica criticando?” eu pensei comigo enquanto apertava o passo. “Espero que a Emi não tenha se machucado, porque senão... eu quebro aquele rostinho bonito dele!” Finalmente cheguei aos dois e me abaixei para tirar o zumbie de cima da Emi e depois a levantei com cuidado.

            -Você está bem? –eu perguntei a ela enquanto a observava limpar a calça.

            -Sim. Eu estou. –ela respondeu um pouco sem ar por conta do esforço que fez.

             Achei que ela fosse avançar no Leander e repreendê-lo, mas ao contrario, ela estava rindo as gargalhadas. Eu me virei para o garoto, confuso,  e o empurrei.

            -Qual é a sua cara?! Como pode deixá-la carregá-lo sozinha! Você não vê que ela não agüenta o peso?! Que tipo de macho é você?!

            -Qual é a sua! Eu estava ensinando algumas coisas de sobrevivência para ela. A Emi tem que aprender a se virar sozinha, pois nem sempre estaremos aqui para ajudá-la. Nem sempre eu estarei aqui para proteje-la.

            Eu me afastei dele e ergui minha voz.

            -Mas eu vou! –gritei para ele deixando bem claro que não era para se meter no meu caminho.

            -Ah é mesmo?! –Leander disse em seu tom mais irônico e sarcástico. –Igual a pouco quando fomos atacados pelos capangas do Governador? Eu estava lá e não você!

            Ele estava certo e foi por isso que senti mais raiva ainda e avancei nele.

 

* * *

 

Emily:

 

 

            -Parem! Parem os dois! –eu comecei a gritar me interpondo-se entre os dois. –O que está acontecendo aqui?!

            Quando finalmente consegui fazer os dois se soltarem, me virei para o Le.

            -Le, está tudo bem? –eu disse tentado acalma-lo. -Ótimo. Deixa que eu termino isso com o Daryl ok? –eu disse para ele pedindo que voltasse para o pavilhão C, pois eu queria muito conversar com Daryl em particular.

A pos muita insistência e um olhar de suplica ele finalmente me obedeceu. Quando estava a uma distancia segura me volte para Daryl e lhe dei um empurrão.

            -O que pensa que está fazendo tumultuando desse jeito? –eu esbravejei. Daryl não respondeu. Respirei fundo e procurei me acalmar, pois apesar de estar sem pratica, eu sabia que para falar com Daryl tinha que tentar uma nova abordagem. –Dary, querido. O que foi isso que acabou de acontecer? Por que fez isso?

            Daryl ainda me olhava emburrado, mas como eu comecei a falar manso ele acabou cedendo.

            -Eu achei que ele tinha feito de propósito. Achei que você tinha se machucado.

            -Oh! Daryl... é muito lindo o que você fez, mas entenda uma coisa. –eu disse achando muito lindo sua reação mesmo que eu desaprovasse. –Le estava me ensinado coisas de sobrevivência, eu carregar aquele corpo seria o mesmo que ter de carregar um amigo machucado. Entenda, eu sei que você sempre estará aqui para me proteger, mas depois do que você par... partiu, e toda essa historia do Governador sitiar a prisão...

            -Eu não quero que você se esforce. –ele disse então se aproximou de mim e segurou meus ombros. -Uma vez te perdi e não quero que isso aconteça de novo.

            -Mas... –eu tentei dizer. Como assim ele me perdeu? Daryl dizia como se eu tivesse morrido. Ele por outro lado balançou a cabeça negativamente me pedindo silencio.

            -Quando os zumbies invadiram a prisão... que você ficou dentro daquele banheiro... eu achei que tinha te perdido para sempre. Aquilo foi muito... é... muito...

            Daryl queria dizer alguma coisa, mas seu orgulho e machismo o impediam de dizer. Eu não o forcei, sabia que isso não funcionaria com ele. A raiva que sentia por ele ter partido ainda queimava dentro de mim, mas Daryl estava conseguindo aos poucos apaga-las.

            Eu e Daryl, junto com os outros finalmente limpamos o pátio e consertamos o portão. O tempo que passamos juntos, embora fazendo tarefas muito pesadas, acabou por nos fazer esquecer toda a nossa desavença e até mesmo o fato dele ter ficado longe de mim por um mês inteiro.

            Tomamos um banho bem gostoso apesar da água fria e fomos para a nossa cela.

            -Cela! Doce cela! –Daryl disse irônico ao entrarmos. Eu sorri e o abracei. Ele fechou a cortina e aproximou sua boca do meu ouvido: -Espero que tenha se comportado esse tempo.

            -Você acha que eu andei transando com alguém? –eu perguntei também sussurrando. –Não se preocupe, eu me comportei bem em suas ausência.

            -Ótimo, pois só eu posso tocá-la. –em seguida tomou minha boca sob a sua e me beijou vorazmente. E nós dois nos amamos como nunca tínhamos feito antes.

            -Oh Daryl, é bom ter-lo de volta em meus braços.

 

* * *

Narrador:

 

            Na cela do lado direito, Leander estava deitado de barriga para cima com os braços sob a cabeça. Ele estava pensativo. Agora que Daryl voltou, sabia que sua Emi estava nesse momento aconchegada nos braços dele. Seu suor, seu calor, sua respiração, o êxtase sendo liberado entre gemidos proferidos por ela... ele estava lá vivendo sua vida, roubando-a dele “Eu devia estar lá com ela e não ele...”.

 

* * * 

 

            Em contra ponta, na cela do lado esquerdo, uma mulher de cabelos curtos, encolhida na cama chorava silenciosamente. Era Carol. Ela ouvia o inconfundível som de corpos em atrito, de respiração entrecortada e de... ela não queria pensar no que eles estariam fazendo agora. Fechou os olhos e se viu no lugar de sua rival: entre os braços de Daryl. Suas mão alisando suas costas enquanto o ouvia gemer de prazer em seu ouvido.

“Por que escolheu ela e não a mim?”.


Notas Finais


Obrigada pela atenção flores do meu jardim
Comentem o que voces esperam do proximo capitulo :)
Bjos


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